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Diego Arthur Pohren | Faculdade de odontologia | Ato 2018 Prótese Fixa Unitária Diego Arthur Pohren PÁGINA 1 Princípios biomecânicos dos preparos Conceito de coroa total protética – a geometria é um fator importante e serve de norte para qualquer preparo dentário, sendo ele total ou parcial. Quando analisamos um dente, como por exemplo, um ICS, é possível analisar que sua coroa possui a forma de um trapézio, onde sua base maior encontra-se para a incisal do dente, esta forma se repete em qualquer dente analisado da mesma forma. Qualquer restauração feita de forma indireta (laboratorial) que devolva função e estética, englobando todas as faces do dente, é denominada coroa total protética, não importando que material é feita. Para que uma coroa protética (indireta) consiga ser colocada no dente de forma correta, o cirurgião dentista necessita desgastar este dente (ICS) na forma de um trapézio, todavia de forma invertida, evitando a presença de retenções que impossibilitariam a colocação da coroa. Preservação da estrutura dental – a anatomia e a histologia são fatores importantes na análise do desgaste dentário. É necessário ter uma noção das medidas médias de espessura de esmalte e da dentina de um dente natural, facilitando sua associação com o diâmetro das pontas diamantadas com a profundidade de desgaste que precisamos realizar. Basicamente neste planejamento levamos em consideração não somente o impedimento da destruição excessiva, mas requer também cuidados para reforçar e proteger a dentina e o esmalte remanescentes. Estabilidade estrutural – quem determina o padrão estético, a função e o tempo que a coroa irá durar na boca é o material com que ela for confeccionada, associado ao espaço adequado para o material escolhido. Um cuidado que devemos ter ao realizar um preparo é que se o mesmo ficar conservador ao extremo, não teremos espessura de material suficiente para uma coroa metalocerâmica, causando uma fratura nesta restauração, ou então dando origem a uma coroa com sobre-contorno. Se fosse utilizado um material cerômero ou uma cerâmica pura, que não possuem um metal para lhes dar suporte, sua espessura diminuída poderia não causar problemas no quesito estética, mas sim no quesito resistência. Nos casos de coroas metálicas totais a espessura do material também é importante, pois uma prótese fina pode causar uma deflexão neste metal, acarretando fragmentação e falhas. A espessura ideal que o material deve ter é proporcionalmente direta com a quantidade de tecido reduzido, proporcional ao desenho geométrico do preparo. Quando este espaço não é criado, haverá um sobrecontorno na prótese. A uniformidade do preparo garante uma estabilidade estrutural para a coroa. Um método para garantir a verificação do espaço necessário para a colocação de uma coroa total é a partir de um registro oclusal com uma bolinha de duralay vermelha e medir sua espessura com o espessímetro. Retenção friccional e estabilidade de fixação (resistência) – quando comparamos dois preparos, onde um possui a inclinação correta e a outra com uma inclinação acentuada é visível que aquele com as paredes mais acentuadas sofrerá maior deslocamento sobre forças apicais, obliquas e horizontais exercidas sobre a coroa. Outro fator importante a ser analisado é a altura e a largura de um preparo, quanto mais altas e mais largas forem as paredes, maior será a resistência do preparo, impedindo o seu deslocamento da prótese quando submetida a forças laterais. Por outro lado, se a largura for maior que a altura, maior será o raio de rotação, e, portanto, as paredes do preparo não oferecerão resistência adequada. Resumidamente a estabilidade de fixação previne o deslocamento da coroa em relação ao longo eixo do preparo, quando submetida sob esforços mastigatórios. Já retenção friccional é a resistência ao deslocamento no sentido do eixo de inserção da coroa oferecido pela geometria do preparo, esta retenção é máxima quando associada a uma imbricação mecânica pelo cimento na interface dente/coroa. Quanto mais paralelo for o preparo, maior a retenção friccional que ele terá. Quanto mais alto o preparo, maior a retenção friccional, pois terá uma maior área para se deslocar no sentido vertical. Em um caso de um preparo longo, em formato cônico, terá uma estabilidade de fixação baixa no sentido horizontal, pois ele estará girando em torno de si mesmo. “O preparo precisa oferecer retenção e resistência a qualquer tipo de força que tenda a mover a coroa protética do seu local” é importante não confundir preparo retentivo com esse tipo de retenção. Diego Arthur Pohren PÁGINA 2 Caso clínico 1 – paciente com dente baixo, uma coroa total neste preparo resultaria em uma altura insuficiente para que uma coroa resistisse aos esforços mastigatórios sem deslocamento. Existem duas formas de corrigir este problema que devem ser discutidas com o paciente I. Cirúrgico – aumento da coroa clínica II. Confecções de sulcos, canaletas ou caixas proximais, que aumentam a área superficial do preparo e reduzem o assentamento da coroa em um único eixo de inserção. Neste caso deve-se deixar as paredes do preparo o mais paralelo possível, respeitando os limites de conicidade, pois desta forma aumentamos a retenção friccional. Resumidamente: Retenção friccional – deslocamento no sentido do seu longo eixo, na tração e no assentamento da peça protética. Estabilidade de fixação – deslocamento no sentido horizontal “em torno de si mesmo” causado por forças oblíquas da mastigação. Trata-se da capacidade do preparo de impedir que a peça se desloque em torno do seu longo eixo. Caso clínico 2 – dente 26 apresenta uma forte inclinação para a mesial e precisa ser preparado, que possíveis problemas poderemos ter em relação a inserção da coroa protética? Devemos sempre realizar o preparo paralelo ao longo eixo do dente, todavia, por este dente estar com uma inclinação acentuada se o preparo for realizado a partir desta regra a colocação da coroa protética será impossibilitada pela presença do dente ao lado (25), portanto devemos realizar este preparo inclinado de forma que fique com a oclusal paralela à oclusal dos outros dentes. Outra forma seria realizar um desgaste no dente vizinho que não chegue a 50% do mesmo. Integridade marginal – se a saúde periodontal for comprometida pela presença de uma coroa protética, vários fatores podem estar diretamente relacionados, tal como o contorno, a forma, a higiene e a localização do término cervical do preparo. Por exemplo uma coroa protética com uma maior espessura pode comprimir o periodonto marginal, iniciando um processo patológico. Os desajustes presentes na adaptação da coroa são preenchidos por cimento, que, com o tempo sofre degradação marginal, permitindo um maior acúmulo de placa e desenvolvimento de processos cariosos. Preservação do periodonto – o espaço biológico é a distância entre a porção mais coronária do epitélio juncional e o topo da crista óssea alveolar. Trata-se do espaço necessário para a existência de aderência epitelial e da inserção conjuntiva. Geralmente a localização do término cervical pode variar de 2mm aquém da gengiva marginal livre até 1mm no interior do sulco. Relação dos preparos Intra-sucular – quando o limite cervical está dentro das dimensões do sulco histológico, sem invadir o espaço biológico Gengival – limite cervical localizado no nível da margem gengival Supra-sucular – limite localizado acima da margem livre da gengiva. Geometria norteando os princípios mecânicos dos preparos protéticos A forma geométrica de qualquer dente, por vista vestibular, é um trapézio, onde a base maior se dá para a incisal/oclusal e a menor para cervical.Quando preparamos um dente, devemos inverter esta forma, onde a borda maior se dá por cervical e menor por incisal/oclusal. Um preparo não deve ser retentivo nem cônico, deve ter um certo paralelismo que será propiciado a partir do formato da ponta diamantada que será utilizada para realizar o desgaste do preparo. No momento da redução, deve-se estar atento ao longo eixo coronário e não ao longo eixo do dente. Muitas vezes eles não coincidem entre si. Quando realizar um preparo em dente inclinado ou apinhado, pode-se encaminhar para uma endodontia como prevenção ou para uma ortodontia para reposicionar o dente. Deve-se levar em consideração as paredes proximais dos dentes vizinhos quando fomos assentar as coroas, respeitando a convexidade dos dentes vizinhos “a superfície externa da ponta diamantada deve estar paralela as faces proximais dos dentes adjacentes. Diego Arthur Pohren PÁGINA 3 Chanfro – término do preparo, forma que a região cervical assume após o desgaste das paredes com a ponta arredondada de uma ponta diamantada. Preparo de dentes anteriores O preparo em dentes anteriores, para coroa total, é o desgaste feito em todas as faces da coroa, com objetivo de conseguir um espaço para o material restaurador, reestabelecendo o equilíbrio do sistema estomatognático. As indicações de uma coroa total são: Elementos dentários isolados Para retenção de próteses fixas Suporte de PPR (prótese parcial removível) Estética – em casos de dentes escurecidos e com giroversão. Todavia este tipo de preparo possui desvantagens por ser pouco conservador e exigir uma boa habilidade. Desgaste – o quanto é necessário desgastar ou reduzir depende do tipo do material restaurador, por exemplo um desgaste para uma coroa metalocerâmica necessita de um desgaste de aproximadamente 1,5mm. Princípios do preparo – mesmo sendo uma técnica invasiva, é necessário preservar a estrutura dentária possível, manter a integridade marginal, evitar um preparo retentivo e realizar um preparo com estabilidade estrutural. Redução da face vestibular – o desgaste é iniciado pela face vestibular por ser de fácil acesso, permitir a visualização da forma geométrica do dente e de grande importância estética. A redução nesta face é de uma profundidade uniforme de aproximadamente 1,2mm. O dente anterior deve ter sua face vestibular preparada em dois planos, mediocervical e medioincisal. Caso estes planos não sejam obedecidos no preparo deste dente, e realizarmos um preparo com uma única face, duas situações podem se formar: 1. Um desgaste insuficiente para a colocação estética de uma coroa total 2. Um desgaste suficiente para a colocação estética de uma coroa total, mas com possível comprometimento do órgão pulpar. Confecção dos sulcos de orientação – os sucos de orientação são realizados utilizando a ponta diamantada 3139 (tronco cônica com ISO de 21mm), penetrando desta forma metade do seu diâmetro na face do dente. É a partir da confecção dos sulcos que é determinado a quantidade de desgaste e a orientação do corte. Sulcos vestibulares – No primeiro plano são realizados sulcos na vestibular do dente paralelo ao terço cervical da face, com uma profundidade de meia broca. No segundo plano são realizados sulcos na vestibular do dente paralelo ao terço incisal da face, com uma profundidade de meia broca. Após a redução da face vestibular e incisal do dente, precisamos visualizar toda a parte axial (de ambos os planos) e o chanfro quando observado em uma vista incisal. Desta forma garantimos que o preparo não é retentivo. Caso eu não consiga visualizar o ângulo arredondado estamos diante de uma retenção. Sulcos na borda incisal – sulcos com uma profundidade de 1,5 a 2mm dependendo do comprimento da coroa. Pode ser feita em três momentos, após a redução dos planos vestibulares, antes da redução dos planos em caso de dentes longo ou por último, se o dente for muito curto. Cerâmica (1.0mm) Opaco (0.2mm) Casquete (0.3mm) Diego Arthur Pohren PÁGINA 4 Redução da face palatal – este desgaste é realizado primeiramente com a broca 2135. A broca é inclinada para que fique paralela ao longo eixo do dente e realizamos o desgaste do chanfro palatino. Uma inclinação acentuada desta broca poderá causar uma grande remoção do cíngulo. Para a remoção do tecido dentária dos terços médio e incisal da face palatina, é utilizada uma broca diamantada em forma de chama, 3118, e são feitos movimentos no sentido mésio-distal, esta face palatina precisa ser côncava no sentido inciso- cervical. Para a remoção desta segunda parte devemos primeiramente ter removido o contato proximal com os dentes vizinhos. Redução das faces proximais – nesta fase o desgaste também é realizado por uma broca 2135, todavia pode ser utilizada associada a uma broca 2200. A broca tem sua inclinação paralela ao longo eixo do dente, para que desta forma o preparo não seja retentivo. Acabamento do preparo – é realizado um arredondamento dos ângulos, pode-se utilizar as brocas diamantadas de granulação fina: 2135F e 3118F. não devemos ter ângulos nítidos (ângulos vivos) em um preparo, por causa do acúmulo de forças No momento do acabamento devemos levar o término do preparo ao local desejado (intra-sucular, no nível gengival ou supra-sucular), obrigatoriamente sendo feito em baixa rotação. Características finais do dente preparado – preparo deve possibilitar espaço para o casquete, opaco e a cerâmica. Evitando excessos. Diego Arthur Pohren PÁGINA 5 Preparo de dentes posteriores O preparo em dentes posteriores para coroa total é o desgaste feito em todas as faces da coroa, com o objetivo de conseguir um espaço para o material restaurador, e restabelecer o equilíbrio do sistema estomatognático. É indicado para: Grandes perdas de estrutura dental Dentes com giroversão Má formações dentárias E contraindicado para: Coroas clínicas curtas Paciente com bruxismo – irá causar um desgaste do dente antagonista Quando o antagonista for uma prótese parcial removível A principal desvantagem desta técnica é pelo fato de ser pouco conservadora, causando um desgaste da estrutura dentária em uma quantidade considerável. Este desgaste varia de acordo com o tipo de material restaurador que será utilizado. Em casos de coroas metalocerâmica o desgaste a ser realizado será de 0,8 a 1,0mm para a parte cerâmica, o,2mm para o opaco e 0,3 a 0,5mm para o casquete. Princípios de preparo – preservação da estrutura dental, dentro da possibilidade para um correto preparo do dente, manter integridade marginal, não ser retentivo e permitir uma estabilidade estrutural. Etapas do preparo Face vestibular – Com a broca 3139, realizar os sulcos de orientação, primeiramente nas vertentes lisas das cúspides funcionais, com uma profundidade de toda a broca na metade da mesma, onde o diâmetro é de aproximadamente 1,5mm. Em seguida realiza-se o desgaste do terço médio e do terço cervical da face vestibular do dente. Face lingual – realiza-se sulcos de orientação com a broca perpendicular ao dente utilizando uma broca 2135, este desgaste é realizado em um plano somente. Bisel das cúspides funcionais – realiza-se o bisel das cúspides funcionais seguindo suas inclinações, utiliza-se para as faces vestibulares das cúspides vestibulares a broca 3139 e para as faces linguais das cúspides linguais a 2135. Desgaste da face proximal – utiliza-se uma broca 2135, podendo associa-la com uma 2200. As paredes devem ser quase paralelas para aumentar a estabilidade de fixação. Todavianecessitamos de uma pequena convergência para a oclusal. Desgaste oclusal – Para o desgaste da superfície oclusal utilizamos a broca 3098, uma broca cilíndrica de extremidade plana. Devemos sempre mantar a anatomia do dente, lembrando que cada cúspide tem dois planos, confecção de sulcos de orientação, mantendo sempre a inclinação das Sistema cerâmico Coroa metalocerâmica Metálica Acrílica Diego Arthur Pohren PÁGINA 6 cúspides (vertentes) penetrando todo o diâmetro da broca. É preciso respeitar a anatomia do dente. A broca tem extremidade plana para parar de cortar o sulco. Acabamento – realiza-se o acabamento das paredes axiais, desta forma alisamos o preparo, pois quanto mais liso maior a retenção friccional. Checklist do preparo – é preciso visualizar todo o terminco cervical e verificar se possui um correto espaço na vestibular e na lingual, a partir de uma vista oclusal. Devemos poder visualizar todo o chanfro, para não termos retenções e espaço suficiente para manter o dente alinhado. Devemos cuidar o alinhamento para que a prótese não fique nem vestibularizada nem lingualizada. O preparo não pode tocar no dente antagonista e ainda possuir um correto espaço para a colocação do material, que vai em média de 1,5 a 2mm. Se a coroa clínica do 36 for aumentada, onde ficará o limite cervical? Ficará supra-gengival pois temos a vantagem de fazer um preparo mais conservador, com melhor visualização, mais facilmente moldagem. Tambem colabora na facil manutenção e higienização. Diego Arthur Pohren PÁGINA 7 Moldagem em prótese fixa - siliconas Após o preparo ser realizado é feita a moldagem do paciente, em casos de gengiva inflamada não podemos realizar a moldagem, e é preciso descobrir o motivo que gerou a inflamação (falta de higiene, provisório mal adaptado). Como já citado acima, o término do preparo pode ser subgengival, nestes casos é preciso utilizar técnicas de afastamento de gengiva a fim e de copiar adqueadamente todos os detalhes anatômicos. Técnica do afastamento gengival – utiliza-se métodos para deslocar o tecido gengival e controlar a umidade sucular permitindo a cópia adequada do térmico cervical. A técnica pode ser química, física ou uma associação de ambas. Devemos nos preocupar com o fluido gengival, uma vez que este tende a repelir os materiais de moldagem. Métodos químicos do afastamento gengival Hemostáticos – utiliza-se materiais que possuam um controle sobre o sangramento e possuem algum grau de vasoconstrição, para que desta forma cause um afastamento gengival pela constrição dos vasos nas papilas. Exemplos de materiais homeostáticos são o sulfato férrico 20% e o cloreto de alumínio 25%. É necessário cuidar a quantidade aplicada, pacientes com gengivas finas tendem a possuir uma maior recessão gengival quando manipulados em contato com produtos químicos. Adstringentes – trata-se de sais metálicos que causam vasoconstrição. Obliteram pequenos vasos evitando que o fluido fique dentro do sulco gengival. Estes produtos químicos são colocados com um aplicador, no fundo do sulco gengival e é necessário que na hora da moldagem realizar uma boa lavagem pois estas substâncias podem interferir na moldagem. Métodos químico-mecânicos Pastas – são pastas hidrossolúveis que promovem afastamento gengival. Consistem de cloreto de alumínio (15%) e carga (85%). É aplicado no interior do sulco gengival e pela própria carga do material promove um afastamento e o cloreto de alumínio faz vasoconstrição. Associando um efeito químico com um efeito mecânico. Métodos mecânicos Fios afastadores – existem diferentes calibres de fios. Trata-se em introduzir uma porção do fio no interior do sulco gengival com uma espátula própria para isso. Este método é muito seguro pois não causa nenhuma injuria no tecido gengival pois não possui nenhum produto químico e nem medicamento. Devemos cuidar para não esquecer o fio no interior do sulco gengival, pois pode gerar um processo inflamatório ou um afastamento prolongado. Materiais elastoméricos – são materiais com características elásticas, portanto conseguem se expandir e voltar a posição normal (memória elástica), esta memoria elástica demora em torno de mais ou menos uma hora para concluir, portanto este é o motivo pelo qual não podemos vazar o gesso antes de passar está uma hora, pois teremos um modelo alterado. Tipos de materiais elastoméricos Polissulfeto Polieter – até 7 dias para vazar Silicona de condensação – material com potencial de distorção, logo, não podemos vazas mais de uma vez. Silicona de adição – até 7 dias para vazar. Deve-se aguardar pelo menos uma hora para o vazamento por causa da memória elástica e por causa da liberação de hidrogênio, que deixaria o gesso poroso. Podemos vazar mais de uma vez. Técnica de moldagem para siliconas – podemos moldar em um único tempo, onde a pasta pesada e a pasta leve são aplicadas simultaneamente. Ou podemos moldar em dois tempos, onde primeiro moldamos com a pesada, remove-se faz o alivio e injeta no preparo onde foi aliviado e leva em boca novamente. As duas técnicas supracitadas possuem a mesma precisão, uma vez que o material leve é um material de correção. Diego Arthur Pohren PÁGINA 8 Provisórios para dentes anteriores Após terminado o preparo protético, devemos realizar uma coroa provisória. Os objetivos do provisório são: Repor os dentes ausentes Corrigir o mal posicionamento dentário Verificar e estabilizar a mobilidade dentária – se o dente não suportar o provisório, não irá suportar a prótese. Restaurar a estabilidade oclusal ideal Restaurar a DV adequada Melhorar a estética e a fonética Preservar e condicionar o periodonto marginal Servir como protótipo das restaurações definitivas – o paciente vai ter uma ideia de como vai ficar a prótese definitiva, por isso é preciso fazer um provisório que seja o melhor possível, tanto em estética como em função. Terapêutica – quando necessário cuidar o dente. O termino cervical do dente será sempre em dente, pois o provisório vai sempre se apoiar em dente. Técnica direta – é feita com dentes de estoque, utilizada para dentes anteriores, os passos para este preparo são 1. Com um compasso, medir o tamanho do dente do paciente 2. Redução com fresa do dente de estoque, na cervical e na palatina, deixamos o dente poroso para a resina poder se aderir 3. Utilizar o preparo como norte para o desgaste do dente 4. Utilizar gel hidrossolúvel para isolar o paciente 5. Colocar uma gota de monômero no dente para aumentar a adesão 6. Mistura no pote dappen do pó e do líquido 7. Colocar o acrílico na face, cortar os excessos e colocar no preparo, conduzindo todo o preparo em direção a cervical. 8. Todas essas etapas são feitas na fase plástica 9. O provisório não pode polimerizar em boca 10. Pedimos para o paciente ocluir, fazemos uma leve pressão na vestibular, para alinhar a faceta. 11. Retirar e remover os excessos 12. Acabamento 13. Reembasamento Reembasamento – nome dado ao processo de colocar acrílico na porção interna do dente provisório e leva-lo novamente em boca. Devemos levar o acrílico em fase arenosa, para melhor escoamento e formação da pestana. Polimerização fora da boca. Os objetivos do reembasamento são: fazer uma cópia dos sulcos gengivais através da adição de acrílico. Este acrílico está intra-sucular e assim eu copio o sulco gengival. Esta cópia se chama pestana. Precisamos desgastar a porção externa, até chegar na linha chamada de pestana, para que desta forma tenhamos um provisório com suasuperfície alinhada à superfície do dente, por isso devemos remover a pestana sempre. Diego Arthur Pohren PÁGINA 9 Provisórios para dentes posteriores Passos para um provisório para dentes posterior 1. Isolar o dente, os vizinhos e o antagonista 2. Preparar o acrílico (10 gotas e saturar o pó) o mesmo deve ser consistente 3. Manipular a resina na fase plástica e fazer uma bolinha, acomodando sobre o preparo e pressionar de oclusal para cervical, acomodando as faces vestibulares e linguais. 4. A oclusão do paciente não pode causar desvios de mandíbula, todos os dentes devem estar em contato 5. Compressão digital por vestibular e lingual e realizar novamente oclusão 6. Remoção de excessos com uma tesoura reta, sem pressionar a resina, para não deformar e poder voltar a posição original. 7. Retornar para a boca e ocluir novamente. 8. Realizar movimentos de introdução e remoção, no sentido do eixo de inserção, tem como objetivo eliminar as partes retentivas, principalmente na região das ameias proximais. 9. Não polimerizar em boca 10. Remover excessos ao nível cervical, facilitando a recolocação no sitio de origem 11. Na oclusal é possível visualizar as impressões feitas pelo antagonista, posicionando onde serão as cristas marginais e as arestas longitudinais (perímetro oclusal). Essa impressão é feita pois a oclusal é o último passo a ser esculpido. 12. Fazer reduções das paredes, olhando por cervical 13. Fazer marcações das cristas marginais do dente vizinho, nas faces proximais. Devendo estar na mesma altura que os dentes vizinhos. 14. Marcar zona de contato, que não deve ser tocada em nenhuma fase até o polimento 15. Não reproduzir a anatomia até que esteja completamente adaptada ao término cervical do preparo, com o objetivo de preservação da saúde periodontal, visando a longevidade e funcionalidade do provisório. 16. Aliviar a parte interna para permitir um reembasamento e copiar com maior precisão o término cervical 17. Preparar a resina e umedecer com monômero a parte interna do provisório para que a resina tenha uma maior aderência. 18. Nesta fase, devemos trabalhar com a resina no final da fase fibrosa, onde ela está mais fluida, para que possamos ter um escoamento facilitado, não pode estar liquida, pois precisa ter consistência adequada para empurrar os tecidos gengivais e copiar com precisão o término cervical, ocasionando uma pestana bem delimitada. 19. Levar novamente em boca e comprimir suavemente até chegar a sua posição original 20. Polimerizar fora de boca e remover os excessos 21. Escultura do dente 22. Acabamento e polimento Diego Arthur Pohren PÁGINA 10 Núcleos metálicos multi-radiculares Trata-se dos núcleos feitos em dentes com mais de um conduto e podem ser feitos em duas maneiras: Núcleo com raízes paralelas (peça única) Núcleo com raízes divergentes (mais de uma peça) Diferenças anatômicas dos condutos nos molares superiores o conduto principal é o palatino, enquanto nos molares inferiores é a distal. Núcleo peça protética que é confeccionada sobre uma raiz para recuperar o dente preparado, que simula um munhão. Munhão dente preparado Extensão para radicular o núcleo deve se estender até 2/3 da extensão do canal radicular para aumentar a retenção desta peça. Todavia por se tratar de um dente polirradicular não podemos fazer com que todas as raízes tenham esta extensão de 2/3, por causa da divergência presente entre elas, o que impossibilitaria a colocação da mesma (quando peça única). Desta forma iremos deixar a raiz principal com a extensão recomendada e nas outras colocar enquanto forem paralelas entre si com a raiz principal. Ou seja a raiz principal terá sua extensão até os 2/3 enquanto as outras raízes até onde houver paralelismo. Ou seja, a partir desta técnica teremos uma maior área de contato, aumentando a retenção friccional. Núcleo complemento complementa a falta de estrutura dentária de um munhão. Núcleo total não possui resto coronário, somente a região da raiz. Brocas largo as brocas largos são utilizadas de acordo com o tamanho do conduto (1,2,3), utilizamos ela para remover o material de restauração e obturador de dentro do conduto. Nunca devemos cimentar um núcleo em restos de cimento endodônticos. Por isso é importante a limpeza do conduto. A broca largo deve perseguir a guta, em caso de obstrução deve-se parar para evitar alguma fratura ou perfuração. Broca Gates broca com menos resistência, podendo perfurar o dente, e causando um desgaste muito exacerbado. Não é utilizado na prótese. Como chegar nos 2/3 do conduto utiliza-se uma radiografia, na qual medimos o comprimento do dente e é controlada o tamanho com cursor. No final disto, realizamos uma radiografia para verificar o tamanho do conduto. Deixamos 5mm de dente na região apical sem realizar desgaste. O preparo dos condutos segue a anatomia radicular, em casos de condutos achatados o nosso preparo será achatado. Convergência do preparo ao contrário dos preparos de coroa os quais sua convergência se dava para a oclusal, no preparo dos condutos temos sua convergência para apical. Para desta forma evitar que retenções que impossibilitariam a colocação de nosso núcleo. Quando temos condutos divergentes podemos realizar núcleos parcelados (duas peças). Diego Arthur Pohren PÁGINA 11 Núcleo macho e fêmea Podemos ter uma peça macho e fêmea, onde colocamos primeiramente uma peça e ao colocar a segunda o núcleo é formado, formando um encaixe de precisão. Desta forma coloca-se primeiro a fêmea e em seguida o macho. Neste caso iremos fundir as peças separadas. Núcleo transfixado – trata-se de um pino metálico que é transfixado no núcleo, no caso transfixa um munhão metálico Desta forma temos uma técnica que possibilita a utilização de núcleos com raízes não paralelas entre si, aumento a retenção desta peça metálica. Importante o término do preparo sempre termina em dente, não pode terminar em núcleo, em resina, em nenhum material odontológico. No caso o cimento não pode cobrir o chanfro, mas se for na região do munhão não existe problemas. Diego Arthur Pohren PÁGINA 12 Técnicas de moldagem Requisitos para uma boa moldagem não se pode realizar uma moldagem, se não tiver um bom preparo, extensão adequado, um término cervical com acabamento, liso, limpo e bem definido, sem presença de bolhas significativas, principalmente na região do término. Com coroas provisórias bem adaptadas, pois estabilizam os tecidos, causando também um afastamento gengival. Além de uma boa saúde gengival e periodontal, pois não se molda paciente com doença periodontal. Limite gengival Os limites gengivais supragengivais e ao nível da gengiva possuem uma fácil moldagem, por não necessita a realização de um afastamento prévio a técnica. Todavia, pacientes com limites subgengivais possuem uma maior dificuldade no procedimento, necessitando uma técnica de afastamento, para que desta forma possamos ver o limite cervical de nosso preparo. Métodos de afastamento gengival Métodos químicos – não se usa mais Método químicos-mecânicos – não se utiliza na faculdade, filosofia da faculdade Mecânicos – unicamente fio retrator Cirúrgico – aumento de coroa clínica. Não se utiliza métodos que envolvam substâncias químicas, pois estes podem causar retração gengival permanente em certos casos. Afastamentos mecânicos-químicos – utiliza-se fiosimpregnados com substâncias químicas que tendem a causar um afastamento extra pelo uso de vasoconstritores. Afastamentos mecânicos – utiliza-se fios retratores, facilitando o acesso visual do nosso preparo, deixando o filme no local e então moldado. Ou podemos utilizar coppings/moldeiras individuais/casquetes para gerar um afastamento mecânico. Propriedades de um bom material de moldagem Baixa toxicidade Tempo de trabalho Consistência adequada Estabilidade dimensional – muito importante Memoria elástica Fidelidade ao vazar o gesso Poder ser limpo com substâncias desinfetantes. Hidrocoloides irreversíveis – utiliza-se para modelos de antagonistas e para moldagens complementares. Utiliza-se uma moldeira de estoque. Polissulfeto – são bons, mas está sendo menos utilizado, mesmo sendo um bom material. Possuem uma alta resistência ao rasgamento, baixo custo, bom tempo de trabalho, indicado para técnica do copping, foram substituídos pelas siliconas de adição e condensação. Poliéter – não formam subproduto, possui uma excelente estabilidade dimensional, tempo de trabalho reduzido, gosto desagradável, contraindicado para dentes longos e finos, pois pode rasgar. Pode ser utilizado para moldeiras individuais (copping). Siliconas de condensação – utilizadas na complementação das moldagens, formação de álcool etílico, podendo causar grande mudanças na moldagem. Siliconas de adição – baixo peso molecular, ausência de subproduto, alta estabilidade dimensional, excelente resistência ao rasgamento, bom tempo de trabalho, ótima recuperação elástica e mais preciso. Moldagem individual com copping – quando utilizamos um material para moldagem complementar que possibilite a utilização de um adesivo, por exemplo uma silicona ou um poliéter, temos uma vantagem de uma correta relação entre os Diego Arthur Pohren PÁGINA 13 dentes na arcada quando comparados com moldagens com alginato, onde não temos esta adesividade e, portanto, temos que recolocar o copping em posição, mudando sua relação no arco. Neste segundo caso é necessário realizar uma segunda moldagem de toda arcada para que tenhamos uma relação com os dentes vizinhos. Técnica Isolamento Moldagem sim, não queremos saliva Cimentação sim, não queremos saliva Confecção de moldeira individual não. Diego Arthur Pohren PÁGINA 14 Moldagem com poliéter “Quanto mais detalhado for a técnica, maior a fidelidade do molde” ROSA, Renato. A técnica depende da localização do término cervical, sendo o mais complicado o intrasucular por causa da necessidade do afastamento gengival. O poliéter possui duas pastas, e necessidade ser vigorosamente e rapidamente misturado, pois possui um tempo curto de trabalho. Por ser muito duro, quando for removido o gesso, se possuir alguma estrutura muito fina e frágil, irá causar uma ruptura desta estrutura. A confecção da moldeira individual é com resina duralay vermelha, basicamente é o mesmo método de um provisório, todavia não deve possuir contato com os dentes vizinhos, e ao reembasar não removemos a pestana da moldeira. É importante realizar uma marca na face vestibular do copping para servir como guia de colocação. Devemos sempre passar o adesivo na moldeira, para causar uma aderência entre o material de moldagem com a moldeira (após passado, devemos esperar uns oito minutos). O material de moldagem deve ser primeiramente colocado na moldeira e em seguida no dente no sentido cérvico-oclusal, para desta forma evitar a formação de bolhas na moldagem. Moldagem de conduto – nestes casos iremos utilizar uma Lentulo que servirá para levar o material de moldagem em toda a extensão do canal. Após a utilização da Lentulo colocaremos um pinjet no canal que servirá de ancoragem para nossa moldagem. Diego Arthur Pohren PÁGINA 15 Troquel e troquelamento O Troquelamento será feito em cima do modelo do dente que iremos realizar nossa prótese. Cuidados com os modelos – modelos sem bolhas, bem recortados, moldagem bem-feita, com material adequado. Importante realizar uma boa proporção do material, vide bula, pois irá aumentar a qualidade do nosso trabalho. É indicado que o gesso seja espatulado em cima de um vibrador para que desta forma fique mais homogêneo a mistura e que também se espatule por volta de um minuto, aumentando também a qualidade do material. Importante realizar a desinfecção do molde. Devemos dar um bom acabamento no nosso modelo, para que o mesmo fique agradável ao se olhar. Troquel – trata-se de um modelo unitário articulado a um modelo mestre que preserve seu posicionamento em relação aos outros dentes e aos antagonistas. Motivo da utilização de um troquel – para uma melhor adaptação da coroa, e para, em cima dela realizar o troquelamento Troquelamento – remoção do gesso que representa os tecidos moles, deixando todo o limite cervical disposto. Motivo da utilização de um troquelamento – para desta forma termos um acesso visual e instrumental melhor para a confecção de peças protéticas Marcações do troquel – tem como objetivo serem usados como guias na hora da preparação do nosso troquel. As guias de corte devem ser convergentes para a apical, para que desta forma não seja retentivo. Caso fique partes retentivas do pino para fora do troquel, ele irá prender no modelo mestre. É importante realizar canaletas para servir como chave de posição na inserção do troquel, para que desta forma o mesmo se mantenha estável no modelo mestre. Caso o pino do troquel esteja bem adaptado a cavidade realizada, iremos colar o mesmo com superbonder, caso esteja mal adaptado será cimentando com fosfato de zinco, pois terá mais resistência. Para que o modelo do troquel se adapte ao modelo mestre, utiliza-se “goleiras” com clips de papel que serão cimentadas. A vaselina só será colocada na região do gesso que não queremos que se mantenha fixo ao gesso do Trata-se de um guia da largura do nosso troquel Mesmas linhas da imagem a esquerda em uma vista vestibular, serve como guia par ao corte. Linha que delimita o longo do eixo, sua extensão para baixo do modelo é onde o pino de troquel deve ser posto Ao selecionarmos o pino do troquel devemos medir seu diamêtro, com auxílio de um espessímetro e a altura da parte retentiva com uma régua, para que desta forma possa calibrar o tamanho da ponta ativa da broca esférica e marcar o quanto ela deverá entrar no gesso, pois toda a parte retentiva do pino deve se encontrar dentro do futuro troquel. Diego Arthur Pohren PÁGINA 16 modelo mestre. Na ponta do pino será colocado uma bolinha de gesso, para ajudar a formar a cavidade que irá servir de anteparo para remoção do troquel. Quando formos serrar nosso troquel devemos ter os cuidados para que as cerdas da serra estejam voltadas para nós, que não pegue na borda do preparo, danificando-o e que as paredes de nosso troquel estejam convergentes para apical ou paralelas entre si. Diego Arthur Pohren PÁGINA 17 Provisório indireto Coroa provisória – trata-se de uma coroa provisória com o objetivo de restaurar momentaneamente um dente preparado Funções de um provisório Proteção pulpar Proteção periodontal, com limites bem delimitados e coroa bem adaptada Estabilidade de posição Retomar oclusão e contatosproximais Possuir estabilidade estrutural e funcional Estética Requisitos de um provisório Forma e tamanho adequado Perfil de emergência Harmonia de cor Adaptação ao limite cervical Restabelecimento dos contatos Anatomia básica Superfície lisa e polida Facilitar higiene Espessura suficiente Características que um material restaurador deve ter Facilidade de manuseio Facilidade de reembasamento Biocompatibilidade Boa estabilidade dimensional durante polimerização Possibilidade de acabamento Boa rigidez Boa estética Técnica de provisório indireto – existem as seguintes técnicas A primeira técnica é a mais comum, teremos que primeiramente obter um modelo de gesso do dente a ser preparo. Neste modelo podemos realizar um preparo no modelo de gesso, que servirá como modelo para a confecção de um provisório, ou seja, moldamos o dente não preparado. Após pronto iremos então preparar o dente e em cima dele reembasar o nosso provisório. Este provisório indireto é realizado a partir de guias criados pelo enceramento do dente. Basicamente, é feito o provisório em cima de um modelo, tendo então guias confeccionadas em cima de um enceramento prévio e utiliza-se uma resina autopolimerizável que pode ser levada ao forno para melhorar suas características mecânicas. A primeira camada de resina é mais opaca semelhante a uma dentina, e a segunda camada é mais translucida, semelhante a um esmalte. Quando o provisório estiver pronto, iremos então realizar um preparo no dente e posicionar o provisório e o reembasar, pois sempre é necessário, uma vez que não realizamos dois preparos iguais, não importa a experiência. Na segunda técnica é quando temos um paciente que já possui os dentes preparados e deseja trocar suas coroas, para isso fazemos um acesso palatino nas coroas para remove-los sem danificar a vestibular. Após a remoção dos mesmos iremos moldar e obter um modelo. Este modelo é enviado ao laboratório e então obtidos os provisórios. Na terceira técnica, realiza-se um preparo que será escaneado pelo software do CAD/CAM, troquelado no próprio programa, podendo espelhar o dente vizinho. Após o dente estiver pronto é só mandar para a máquina que ela irá fresar o dente provisório. Diego Arthur Pohren PÁGINA 18 Na quarta técnica utilizamos uma resina biscacrilica, onde moldamos o paciente e em seguida realizamos o preparo. Neste caso a resina biscacrilica é colocada na moldeira e levado em boca, dando forma aos provisórios. Este material possui uma ponteira de autamistura. Diego Arthur Pohren PÁGINA 19 Cimentação A escolha do material de cimentação é de acordo com o material restaurador utilizado para o caso. Um método que pode ser utilizado para averiguar se nossa cimentação foi corretamente feita é a partir de um teste de oclusão, pois se colocamos a coroa em boca e ela não possui problemas de oclusão e após cimentar possuir interferências na oclusão é porque o cimento está causando algum tipo de falta de adaptação na coroa. Esta falta de adaptação pode causar frestas que irão ocasionar um insucesso em nosso procedimento, dando origens a problemas periodontais ou cáries secundárias. Cimento provisório – a diferença entre um cimento provisório e um definitivo é principalmente a resistência coesiva deste cimento, pois se trata de um cimento passível de ser removido, possibilitando repreparos, moldagem e futura remoção desta coroa provisória. Após a remoção deste cimento provisório é necessário realizar uma limpeza (removendo restos do cimento provisório) para realizar uma nova cimentação definitiva. As possíveis formas de realizar esta limpeza é por: Utilizar uma colher de dentina ou uma cureta, para raspar este material Utilizar uma escolha de robson com pedra pomes Utilizar um ultrassom Utilizar um algodão embebido em um pouco de álcool Basicamente – devemos remover todos os resíduos de cimento da região do chanfro Utilização de fios afastadores na cimentação – pode-se utilizar estes fios para diminuir os níveis de fluidos suculares, pois a cimentação deve ser feita a seco. Por isso usamos um isolamento relativo. Os principais fatores para realizar uma cimentação adequada é inserir o cimento em uma coroa seca, limpa e sem resíduos e introduzir de forma lenta sobre o preparo, permitindo um correto escoamento do material, além disso é importante trabalhar com o material no tempo correto. Cimento de fosfato de zinco – Tempo de presa de oito minutos, após a cimentação desta coroa iremos remover os excessos com cuidado, usando um fio dental ou sonda, deixando totalmente limpo. É importante aconselhar o nosso paciente que por 24 horas tenha uma mastigação leve no local da coroa, para esperar o tempo de 24h de polimerização total de nosso material. Cimento resinoso – nestes casos não precisa esperar as 24 horas, pois praticamente no momento da polimerização ele já se encontra no seu estado final. Definição de cimento – trata-se de uma substância modelável que tem como objetivo selar ou cimentar duas partes, mantendo-as unidas. No caso de cimentos provisórios, mesmo que estes tenham uma maior facilidade de remoção, não poderá ter instabilidades. Mecanismo de união dos cimentos odontológicos – se une a partir do embricamento com a superfície rugosa do preparo com a peça protética, sem deixar de lado os princípios de preparo. Requisitos para um agente cimentante Não ser prejudicial ao dente ou aos tecidos orais (biocompatibilidade) Permitir tempo de trabalho suficiente para assentar a restauração Condições de tempo (por exemplo temperatura e umidade) Ter fluidez o suficiente que permita um completo assentamento da restauração, formando uma espessura de uma película Formar rapidamente uma massa rígida que permita resistir as funções mastigatórias (presa total rápida). Tipos de cimento permanente Diego Arthur Pohren PÁGINA 20 Ionômero de vidro – principal material que é utilizado, possui adesividade e libera flúor, pode ser utilizado em pacientes com riscos de cárie ou com dieta cariogênica. Não espatulamos, só o aglutinamos, pois se trata de um gel. Cimento resinoso – usado em situações como facetas laminadas, melhorando a fixação. Fosfato de zinco – trata-se de um cimento pó/líquido, para casos de várias cimentações em sequência (ponte fixa), podemos deixar o pó na geladeira para aumentar o tempo de trabalho. Critérios para a seleção de um cimento Situação clínica do material restaurador, se estamos com um dente vitalizado ou não, um núcleo metálico ou de fibra, o tipo de material restaurador. Por exemplo, metalocerâmica é um material que funciona muito bem com fosfato de zinco (barato) Propriedades do material que vamos analisar no momento Comprovação clínica Custo Fatores a serem observados, antes, durante e após a cimentação: Limpeza da superfície a ser unida, com colher de dentina e algodão embebido em álcool Controle da umidade da região da cimentação, com isolamento relativo e sugador Manipulação do cimento de acordo com as instruções do fabricante Observar se o cimento está adequado, se não está perto de tomar a presa, consistência Respeitar o tempo de trabalho Remover excessos Tipos de cimento temporários Oxido de zinco com ou sem eugenol – preferencialmente sem eugenol, pois o eugenol pode atrapalhar na adesividade. Hidróxido de cálcio – mesmo usado em forramento, neste caso o cimento fica mais retido, tendo uma resistência coesiva maior.
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