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prótese fixa - Faculdade de odontologia PUCRS - 2016

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Diego Arthur Pohren | Faculdade de odontologia | Ato 2018 
Prótese Fixa Unitária
Diego Arthur Pohren 
PÁGINA 1 
Princípios biomecânicos dos preparos 
Conceito de coroa total protética – a geometria é um fator importante e serve 
de norte para qualquer preparo dentário, sendo ele total ou parcial. Quando 
analisamos um dente, como por exemplo, um ICS, é possível analisar que sua 
coroa possui a forma de um trapézio, onde sua base maior encontra-se para a 
incisal do dente, esta forma se repete em qualquer dente analisado da mesma 
forma. Qualquer restauração feita de forma indireta (laboratorial) que devolva função 
e estética, englobando todas as faces do dente, é denominada coroa total protética, 
não importando que material é feita. 
Para que uma coroa protética (indireta) consiga ser colocada no dente de forma correta, o cirurgião dentista 
necessita desgastar este dente (ICS) na forma de um trapézio, todavia de forma invertida, evitando a 
presença de retenções que impossibilitariam a colocação da coroa. 
Preservação da estrutura dental – a anatomia e a histologia são fatores importantes na análise do desgaste dentário. É 
necessário ter uma noção das medidas médias de espessura de esmalte e da dentina de um dente natural, facilitando sua 
associação com o diâmetro das pontas diamantadas com a profundidade de desgaste que precisamos realizar. Basicamente 
neste planejamento levamos em consideração não somente o impedimento da destruição excessiva, mas requer também 
cuidados para reforçar e proteger a dentina e o esmalte remanescentes. 
Estabilidade estrutural – quem determina o padrão estético, a função e o tempo que a coroa irá 
durar na boca é o material com que ela for confeccionada, associado ao espaço adequado para o 
material escolhido. Um cuidado que devemos ter ao realizar um preparo é que se o mesmo ficar 
conservador ao extremo, não teremos espessura de material suficiente para uma coroa 
metalocerâmica, causando uma fratura nesta restauração, ou então dando origem a uma coroa com 
sobre-contorno. Se fosse utilizado um material cerômero ou uma cerâmica pura, que não possuem 
um metal para lhes dar suporte, sua espessura diminuída poderia não causar problemas no quesito 
estética, mas sim no quesito resistência. Nos casos de coroas metálicas totais a espessura do material 
também é importante, pois uma prótese fina pode causar uma deflexão neste metal, acarretando 
fragmentação e falhas. A espessura ideal que o material deve ter é proporcionalmente direta com a 
quantidade de tecido reduzido, proporcional ao desenho geométrico do preparo. Quando este 
espaço não é criado, haverá um sobrecontorno na prótese. A uniformidade do preparo garante uma 
estabilidade estrutural para a coroa. Um método para garantir a verificação do espaço necessário 
para a colocação de uma coroa total é a partir de um registro oclusal com uma bolinha de duralay 
vermelha e medir sua espessura com o espessímetro. 
Retenção friccional e estabilidade de fixação (resistência) – quando comparamos dois preparos, onde um possui a 
inclinação correta e a outra com uma inclinação acentuada é visível que aquele com as paredes mais acentuadas sofrerá 
maior deslocamento sobre forças apicais, obliquas e horizontais exercidas sobre a coroa. Outro fator importante a ser 
analisado é a altura e a largura de um preparo, quanto mais altas e mais largas forem as paredes, maior será a resistência 
do preparo, impedindo o seu deslocamento da prótese quando submetida a forças laterais. Por outro lado, se a largura for 
maior que a altura, maior será o raio de rotação, e, portanto, as paredes do preparo não oferecerão resistência adequada. 
Resumidamente a estabilidade de fixação previne o deslocamento da coroa em relação ao longo eixo do preparo, quando 
submetida sob esforços mastigatórios. Já retenção friccional é a resistência ao deslocamento no sentido do eixo de inserção 
da coroa oferecido pela geometria do preparo, esta retenção é máxima quando associada a uma imbricação mecânica pelo 
cimento na interface dente/coroa. Quanto mais paralelo for o preparo, maior a retenção friccional que ele terá. Quanto 
mais alto o preparo, maior a retenção friccional, pois terá uma maior área para se deslocar no sentido vertical. 
Em um caso de um preparo longo, em formato cônico, terá uma estabilidade de fixação baixa no sentido horizontal, pois 
ele estará girando em torno de si mesmo. 
“O preparo precisa oferecer retenção e resistência a qualquer tipo de força que tenda a mover a coroa protética do seu 
local” é importante não confundir preparo retentivo com esse tipo de retenção. 
Diego Arthur Pohren 
PÁGINA 2 
Caso clínico 1 – paciente com dente baixo, uma coroa total neste preparo resultaria em uma altura insuficiente 
para que uma coroa resistisse aos esforços mastigatórios sem deslocamento. Existem duas formas de corrigir este problema 
que devem ser discutidas com o paciente 
I. Cirúrgico – aumento da coroa clínica 
II. Confecções de sulcos, canaletas ou caixas proximais, que aumentam a área superficial do preparo e reduzem o 
assentamento da coroa em um único eixo de inserção. 
Neste caso deve-se deixar as paredes do preparo o mais paralelo possível, respeitando os limites de conicidade, pois 
desta forma aumentamos a retenção friccional. 
Resumidamente: 
 Retenção friccional – deslocamento no sentido do seu longo eixo, na tração e no assentamento da peça protética. 
 Estabilidade de fixação – deslocamento no sentido horizontal “em torno de si mesmo” causado por forças oblíquas 
da mastigação. Trata-se da capacidade do preparo de impedir que a peça se desloque em torno do seu longo eixo. 
Caso clínico 2 – dente 26 apresenta uma forte inclinação para a mesial e precisa ser preparado, que 
possíveis problemas poderemos ter em relação a inserção da coroa protética? Devemos sempre 
realizar o preparo paralelo ao longo eixo do dente, todavia, por este dente estar com uma inclinação 
acentuada se o preparo for realizado a partir desta regra a colocação da coroa protética será 
impossibilitada pela presença do dente ao lado (25), portanto devemos realizar este preparo inclinado 
de forma que fique com a oclusal paralela à oclusal dos outros dentes. Outra forma seria realizar um 
desgaste no dente vizinho que não chegue a 50% do mesmo. 
Integridade marginal – se a saúde periodontal for comprometida pela presença de uma coroa protética, vários fatores 
podem estar diretamente relacionados, tal como o contorno, a forma, a higiene e a localização do término cervical do 
preparo. Por exemplo uma coroa protética com uma maior espessura pode comprimir o periodonto marginal, iniciando 
um processo patológico. Os desajustes presentes na adaptação da coroa são preenchidos por cimento, que, com o tempo 
sofre degradação marginal, permitindo um maior acúmulo de placa e desenvolvimento de processos cariosos. 
Preservação do periodonto – o espaço biológico é a distância entre a porção 
mais coronária do epitélio juncional e o topo da crista óssea alveolar. Trata-se 
do espaço necessário para a existência de aderência epitelial e da inserção 
conjuntiva. Geralmente a localização do término cervical pode variar de 2mm 
aquém da gengiva marginal livre até 1mm no interior do sulco. Relação dos 
preparos 
 Intra-sucular – quando o limite cervical está dentro das dimensões do 
sulco histológico, sem invadir o espaço biológico 
 Gengival – limite cervical localizado no nível da margem gengival 
 Supra-sucular – limite localizado acima da margem livre da gengiva. 
Geometria norteando os princípios mecânicos dos preparos protéticos 
 A forma geométrica de qualquer dente, por vista vestibular, é um trapézio, onde a base maior se dá para a 
incisal/oclusal e a menor para cervical.Quando preparamos um dente, devemos inverter esta forma, onde a borda 
maior se dá por cervical e menor por incisal/oclusal. 
 Um preparo não deve ser retentivo nem cônico, deve ter um certo paralelismo que será propiciado a partir do 
formato da ponta diamantada que será utilizada para realizar o desgaste do preparo. 
 No momento da redução, deve-se estar atento ao longo eixo coronário e não ao longo eixo do dente. Muitas vezes 
eles não coincidem entre si. 
 Quando realizar um preparo em dente inclinado ou apinhado, pode-se encaminhar para uma endodontia como 
prevenção ou para uma ortodontia para reposicionar o dente. 
 Deve-se levar em consideração as paredes proximais dos dentes vizinhos quando fomos assentar as coroas, 
respeitando a convexidade dos dentes vizinhos “a superfície externa da ponta diamantada deve estar paralela as 
faces proximais dos dentes adjacentes. 
Diego Arthur Pohren 
PÁGINA 3 
 Chanfro – término do preparo, forma que a região cervical assume após o desgaste das paredes com a 
ponta arredondada de uma ponta diamantada. 
Preparo de dentes anteriores 
O preparo em dentes anteriores, para coroa total, é o desgaste feito em todas as faces da coroa, com objetivo de 
conseguir um espaço para o material restaurador, reestabelecendo o equilíbrio do sistema estomatognático. As indicações 
de uma coroa total são: 
 Elementos dentários isolados 
 Para retenção de próteses fixas 
 Suporte de PPR (prótese parcial removível) 
 Estética – em casos de dentes escurecidos e com giroversão. 
Todavia este tipo de preparo possui desvantagens por ser pouco conservador e exigir 
uma boa habilidade. 
Desgaste – o quanto é necessário desgastar ou reduzir depende do tipo do material 
restaurador, por exemplo um desgaste para uma coroa metalocerâmica necessita de um 
desgaste de aproximadamente 1,5mm. 
Princípios do preparo – mesmo sendo uma técnica invasiva, é necessário preservar a 
estrutura dentária possível, manter a integridade marginal, evitar um preparo retentivo e 
realizar um preparo com estabilidade estrutural. 
Redução da face vestibular – o desgaste é iniciado pela face 
vestibular por ser de fácil acesso, permitir a visualização da 
forma geométrica do dente e de grande importância estética. 
A redução nesta face é de uma profundidade uniforme de 
aproximadamente 1,2mm. O dente anterior deve ter sua face vestibular preparada em dois planos, mediocervical e 
medioincisal. Caso estes planos não sejam obedecidos no preparo deste dente, e realizarmos um preparo com uma única 
face, duas situações podem se formar: 
1. Um desgaste insuficiente para a colocação estética de uma coroa total 
2. Um desgaste suficiente para a colocação estética de uma coroa total, mas com possível comprometimento do 
órgão pulpar. 
Confecção dos sulcos de orientação – os sucos de orientação são realizados utilizando a ponta diamantada 3139 (tronco 
cônica com ISO de 21mm), penetrando desta forma metade do seu diâmetro na face do dente. É a partir da confecção dos 
sulcos que é determinado a quantidade de desgaste e a orientação do corte. 
Sulcos vestibulares – No primeiro plano são realizados sulcos na vestibular do dente paralelo ao terço cervical da face, 
com uma profundidade de meia broca. No segundo plano são realizados sulcos na vestibular do dente paralelo ao terço 
incisal da face, com uma profundidade de meia broca. 
Após a redução da face vestibular e incisal do dente, precisamos visualizar toda a parte axial (de ambos os planos) e o 
chanfro quando observado em uma vista incisal. Desta forma garantimos que o preparo não é retentivo. Caso eu não 
consiga visualizar o ângulo arredondado estamos diante de uma retenção. 
Sulcos na borda incisal – sulcos com uma profundidade de 1,5 a 2mm dependendo do comprimento da coroa. Pode ser 
feita em três momentos, após a redução dos planos vestibulares, antes da redução dos planos em caso de dentes longo ou 
por último, se o dente for muito curto. 
Cerâmica
(1.0mm)
Opaco
(0.2mm)
Casquete 
(0.3mm)
Diego Arthur Pohren 
PÁGINA 4 
Redução da face palatal – este desgaste é realizado primeiramente com a broca 2135. A broca é inclinada para 
que fique paralela ao longo eixo do dente e realizamos o desgaste do chanfro palatino. Uma inclinação acentuada desta 
broca poderá causar uma grande remoção do cíngulo. Para a remoção do tecido dentária dos terços médio e incisal da face 
palatina, é utilizada uma broca diamantada em forma de 
chama, 3118, e são feitos movimentos no sentido mésio-distal, 
esta face palatina precisa ser côncava no sentido inciso-
cervical. Para a remoção desta segunda parte devemos 
primeiramente ter removido o contato proximal com os 
dentes vizinhos. 
Redução das faces proximais – nesta fase o desgaste também é realizado por uma broca 2135, todavia pode ser utilizada 
associada a uma broca 2200. A broca tem sua inclinação 
paralela ao longo eixo do dente, para que desta forma o 
preparo não seja retentivo. 
Acabamento do preparo – é realizado um arredondamento 
dos ângulos, pode-se utilizar as brocas diamantadas de 
granulação fina: 2135F e 3118F. não devemos ter ângulos nítidos 
(ângulos vivos) em um preparo, por causa do acúmulo de 
forças 
No momento do acabamento devemos levar o término do preparo ao local desejado (intra-sucular, no nível gengival ou 
supra-sucular), obrigatoriamente sendo feito em baixa rotação. 
Características finais do dente preparado – preparo deve possibilitar espaço para o casquete, opaco e a cerâmica. 
Evitando excessos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diego Arthur Pohren 
PÁGINA 5 
 
 
Preparo de dentes posteriores 
O preparo em dentes posteriores para coroa total é o desgaste feito em todas as faces da coroa, com o objetivo de 
conseguir um espaço para o material restaurador, e restabelecer o equilíbrio do sistema estomatognático. É indicado para: 
 Grandes perdas de estrutura dental 
 Dentes com giroversão 
 Má formações dentárias 
E contraindicado para: 
 Coroas clínicas curtas 
 Paciente com bruxismo – irá causar um desgaste do dente antagonista 
 Quando o antagonista for uma prótese parcial removível 
A principal desvantagem desta técnica é pelo fato de ser pouco 
conservadora, causando um desgaste da estrutura dentária em uma quantidade 
considerável. Este desgaste varia de acordo com o tipo de material restaurador 
que será utilizado. Em casos de coroas metalocerâmica o desgaste a ser 
realizado será de 0,8 a 1,0mm para a parte cerâmica, o,2mm para o opaco e 0,3 
a 0,5mm para o casquete. 
Princípios de preparo – preservação da estrutura dental, dentro da 
possibilidade para um correto preparo do dente, manter integridade marginal, 
não ser retentivo e permitir uma estabilidade estrutural. 
Etapas do preparo 
Face vestibular – Com a broca 3139, realizar os sulcos de 
orientação, primeiramente nas vertentes lisas das cúspides 
funcionais, com uma profundidade de toda a broca na metade 
da mesma, onde o diâmetro é de aproximadamente 1,5mm. Em 
seguida realiza-se o desgaste do terço médio e do terço cervical da face vestibular do dente. 
Face lingual – realiza-se sulcos de orientação com a broca 
perpendicular ao dente utilizando uma broca 2135, este 
desgaste é realizado em um plano somente. 
Bisel das cúspides funcionais – realiza-se o bisel das cúspides funcionais seguindo suas inclinações, utiliza-se para as 
faces vestibulares das cúspides vestibulares a broca 3139 e para as faces linguais das cúspides linguais a 2135. 
Desgaste da face proximal – utiliza-se uma broca 2135, 
podendo associa-la com uma 2200. As paredes devem ser 
quase paralelas para aumentar a estabilidade de fixação. 
Todavianecessitamos de uma pequena convergência para a 
oclusal. 
Desgaste oclusal – Para o desgaste da superfície oclusal 
utilizamos a broca 3098, uma broca cilíndrica de extremidade 
plana. Devemos sempre mantar a anatomia do dente, 
lembrando que cada cúspide tem dois planos, confecção de 
sulcos de orientação, mantendo sempre a inclinação das 
Sistema 
cerâmico
Coroa 
metalocerâmica
Metálica Acrílica 
Diego Arthur Pohren 
PÁGINA 6 
cúspides (vertentes) penetrando todo o diâmetro da broca. É preciso respeitar a anatomia do dente. A broca tem 
extremidade plana para parar de cortar o sulco. 
Acabamento – realiza-se o acabamento das paredes axiais, desta forma alisamos o preparo, pois quanto mais liso maior a 
retenção friccional. 
Checklist do preparo – é preciso visualizar todo o terminco cervical e verificar se possui um correto espaço na vestibular 
e na lingual, a partir de uma vista oclusal. Devemos poder visualizar todo o chanfro, para não termos retenções e espaço 
suficiente para manter o dente alinhado. Devemos cuidar o alinhamento para que a prótese não fique nem vestibularizada 
nem lingualizada. O preparo não pode tocar no dente antagonista e ainda possuir um correto espaço para a colocação do 
material, que vai em média de 1,5 a 2mm. Se a coroa clínica do 36 for aumentada, onde ficará o limite cervical? Ficará 
supra-gengival pois temos a vantagem de fazer um preparo mais conservador, com melhor visualização, mais facilmente 
moldagem. Tambem colabora na facil manutenção e higienização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diego Arthur Pohren 
PÁGINA 7 
 
Moldagem em prótese fixa - siliconas 
Após o preparo ser realizado é feita a moldagem do paciente, em casos de gengiva inflamada não podemos realizar a 
moldagem, e é preciso descobrir o motivo que gerou a inflamação (falta de higiene, provisório mal adaptado). Como já 
citado acima, o término do preparo pode ser subgengival, nestes casos é preciso utilizar técnicas de afastamento de gengiva 
a fim e de copiar adqueadamente todos os detalhes anatômicos. 
Técnica do afastamento gengival – utiliza-se métodos para deslocar o tecido gengival e controlar a umidade sucular 
permitindo a cópia adequada do térmico cervical. A técnica pode ser química, física ou uma associação de ambas. 
Devemos nos preocupar com o fluido gengival, uma vez que este tende a repelir os materiais de moldagem. 
Métodos químicos do afastamento gengival 
 Hemostáticos – utiliza-se materiais que possuam um controle sobre o sangramento e possuem algum grau de 
vasoconstrição, para que desta forma cause um afastamento gengival pela constrição dos vasos nas papilas. 
Exemplos de materiais homeostáticos são o sulfato férrico 20% e o cloreto de alumínio 25%. É necessário cuidar a 
quantidade aplicada, pacientes com gengivas finas tendem a possuir uma maior recessão gengival quando 
manipulados em contato com produtos químicos. 
 Adstringentes – trata-se de sais metálicos que causam vasoconstrição. Obliteram pequenos vasos evitando que o 
fluido fique dentro do sulco gengival. 
Estes produtos químicos são colocados com um aplicador, no fundo do sulco gengival e é necessário que na hora da 
moldagem realizar uma boa lavagem pois estas substâncias podem interferir na moldagem. 
Métodos químico-mecânicos 
 Pastas – são pastas hidrossolúveis que promovem afastamento gengival. Consistem de cloreto de alumínio (15%) 
e carga (85%). É aplicado no interior do sulco gengival e pela própria carga do material promove um afastamento 
e o cloreto de alumínio faz vasoconstrição. Associando um efeito químico com um efeito mecânico. 
Métodos mecânicos 
 Fios afastadores – existem diferentes calibres de fios. Trata-se em introduzir uma porção do fio no interior do 
sulco gengival com uma espátula própria para isso. Este método é muito seguro pois não causa nenhuma injuria 
no tecido gengival pois não possui nenhum produto químico e nem medicamento. Devemos cuidar para não 
esquecer o fio no interior do sulco gengival, pois pode gerar um processo inflamatório ou um afastamento 
prolongado. 
Materiais elastoméricos – são materiais com características elásticas, portanto conseguem se expandir e voltar a posição 
normal (memória elástica), esta memoria elástica demora em torno de mais ou menos uma hora para concluir, portanto 
este é o motivo pelo qual não podemos vazar o gesso antes de passar está uma hora, pois teremos um modelo alterado. 
Tipos de materiais elastoméricos 
 Polissulfeto 
 Polieter – até 7 dias para vazar 
 Silicona de condensação – material com potencial de distorção, logo, não podemos vazas mais de uma vez. 
 Silicona de adição – até 7 dias para vazar. Deve-se aguardar pelo menos uma hora para o vazamento por causa da 
memória elástica e por causa da liberação de hidrogênio, que deixaria o gesso poroso. Podemos vazar mais de uma 
vez. 
Técnica de moldagem para siliconas – podemos moldar em um único tempo, onde a pasta pesada e a pasta leve são 
aplicadas simultaneamente. Ou podemos moldar em dois tempos, onde primeiro moldamos com a pesada, remove-se faz 
o alivio e injeta no preparo onde foi aliviado e leva em boca novamente. As duas técnicas supracitadas possuem a mesma 
precisão, uma vez que o material leve é um material de correção. 
Diego Arthur Pohren 
PÁGINA 8 
Provisórios para dentes anteriores 
Após terminado o preparo protético, devemos realizar uma coroa provisória. Os objetivos do provisório são: 
 Repor os dentes ausentes 
 Corrigir o mal posicionamento dentário 
 Verificar e estabilizar a mobilidade dentária – se o dente não suportar o provisório, não irá suportar a prótese. 
 Restaurar a estabilidade oclusal ideal 
 Restaurar a DV adequada 
 Melhorar a estética e a fonética 
 Preservar e condicionar o periodonto marginal 
 Servir como protótipo das restaurações definitivas – o paciente vai ter uma ideia de como vai ficar a prótese 
definitiva, por isso é preciso fazer um provisório que seja o melhor possível, tanto em estética como em função. 
 Terapêutica – quando necessário cuidar o dente. 
O termino cervical do dente será sempre em dente, pois o provisório vai sempre se apoiar em dente. 
Técnica direta – é feita com dentes de estoque, utilizada para dentes anteriores, os passos para este preparo são 
1. Com um compasso, medir o tamanho do dente do paciente 
2. Redução com fresa do dente de estoque, na cervical e na palatina, deixamos o dente poroso para a resina poder se 
aderir 
3. Utilizar o preparo como norte para o desgaste do dente 
4. Utilizar gel hidrossolúvel para isolar o paciente 
5. Colocar uma gota de monômero no dente para aumentar a adesão 
6. Mistura no pote dappen do pó e do líquido 
7. Colocar o acrílico na face, cortar os excessos e colocar no preparo, conduzindo todo o preparo em direção a 
cervical. 
8. Todas essas etapas são feitas na fase plástica 
9. O provisório não pode polimerizar em boca 
10. Pedimos para o paciente ocluir, fazemos uma leve pressão na vestibular, para alinhar a faceta. 
11. Retirar e remover os excessos 
12. Acabamento 
13. Reembasamento 
Reembasamento – nome dado ao processo de colocar acrílico na porção interna do dente provisório 
e leva-lo novamente em boca. Devemos levar o acrílico em fase arenosa, para melhor escoamento e 
formação da pestana. Polimerização fora da boca. Os objetivos do reembasamento são: fazer uma 
cópia dos sulcos gengivais através da adição de acrílico. Este acrílico está intra-sucular e assim eu 
copio o sulco gengival. Esta cópia se chama pestana. Precisamos desgastar a porção externa, até 
chegar na linha chamada de pestana, para que desta forma tenhamos um provisório com suasuperfície alinhada à superfície do dente, por isso devemos remover a pestana sempre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diego Arthur Pohren 
PÁGINA 9 
Provisórios para dentes posteriores 
Passos para um provisório para dentes posterior 
1. Isolar o dente, os vizinhos e o antagonista 
2. Preparar o acrílico (10 gotas e saturar o pó) o mesmo deve ser consistente 
3. Manipular a resina na fase plástica e fazer uma bolinha, acomodando sobre o preparo e pressionar de oclusal para 
cervical, acomodando as faces vestibulares e linguais. 
4. A oclusão do paciente não pode causar desvios de mandíbula, todos os dentes devem estar em contato 
5. Compressão digital por vestibular e lingual e realizar novamente oclusão 
6. Remoção de excessos com uma tesoura reta, sem pressionar a resina, para não deformar e poder voltar a posição 
original. 
7. Retornar para a boca e ocluir novamente. 
8. Realizar movimentos de introdução e remoção, no sentido do eixo de inserção, tem como objetivo eliminar as 
partes retentivas, principalmente na região das ameias proximais. 
9. Não polimerizar em boca 
10. Remover excessos ao nível cervical, facilitando a recolocação no sitio de origem 
11. Na oclusal é possível visualizar as impressões feitas pelo antagonista, posicionando onde serão as cristas marginais 
e as arestas longitudinais (perímetro oclusal). Essa impressão é feita pois a oclusal é o último passo a ser esculpido. 
12. Fazer reduções das paredes, olhando por cervical 
13. Fazer marcações das cristas marginais do dente vizinho, nas faces proximais. Devendo estar na mesma altura que 
os dentes vizinhos. 
14. Marcar zona de contato, que não deve ser tocada em nenhuma fase até o polimento 
15. Não reproduzir a anatomia até que esteja completamente adaptada ao término cervical do preparo, com o objetivo 
de preservação da saúde periodontal, visando a longevidade e funcionalidade do provisório. 
16. Aliviar a parte interna para permitir um reembasamento e copiar com maior precisão o término cervical 
17. Preparar a resina e umedecer com monômero a parte interna do provisório para que a resina tenha uma maior 
aderência. 
18. Nesta fase, devemos trabalhar com a resina no final da fase fibrosa, onde ela está mais fluida, para que possamos 
ter um escoamento facilitado, não pode estar liquida, pois precisa ter consistência adequada para empurrar os 
tecidos gengivais e copiar com precisão o término cervical, ocasionando uma pestana bem delimitada. 
19. Levar novamente em boca e comprimir suavemente até chegar a sua posição original 
20. Polimerizar fora de boca e remover os excessos 
21. Escultura do dente 
22. Acabamento e polimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diego Arthur Pohren 
PÁGINA 10 
Núcleos metálicos multi-radiculares 
Trata-se dos núcleos feitos em dentes com mais de um conduto e podem ser feitos em duas maneiras: 
 Núcleo com raízes paralelas (peça única) 
 Núcleo com raízes divergentes (mais de uma peça) 
Diferenças anatômicas dos condutos  nos molares superiores o conduto 
principal é o palatino, enquanto nos molares inferiores é a distal. 
Núcleo  peça protética que é confeccionada sobre uma raiz para recuperar o 
dente preparado, que simula um munhão. 
Munhão  dente preparado 
Extensão para radicular  o núcleo deve se estender até 2/3 da extensão do 
canal radicular para aumentar a retenção 
desta peça. Todavia por se tratar de um dente 
polirradicular não podemos fazer com que 
todas as raízes tenham esta extensão de 2/3, 
por causa da divergência presente entre elas, o 
que impossibilitaria a colocação da mesma 
(quando peça única). Desta forma iremos 
deixar a raiz principal com a extensão recomendada e nas 
outras colocar enquanto forem paralelas entre si com a raiz 
principal. Ou seja  a raiz principal terá sua extensão até os 
2/3 enquanto as outras raízes até onde houver paralelismo. 
Ou seja, a partir desta técnica teremos uma maior área de 
contato, aumentando a retenção friccional. 
Núcleo complemento  complementa a falta de estrutura 
dentária de um munhão. 
Núcleo total  não possui resto coronário, somente a região 
da raiz. 
Brocas largo  as brocas largos são utilizadas de acordo com o 
tamanho do conduto (1,2,3), utilizamos ela para remover o 
material de restauração e obturador de dentro do conduto. Nunca 
devemos cimentar um núcleo em restos de cimento endodônticos. Por isso é importante a limpeza do conduto. A broca 
largo deve perseguir a guta, em caso de obstrução deve-se parar para evitar alguma fratura ou perfuração. 
Broca Gates  broca com menos resistência, podendo perfurar o 
dente, e causando um desgaste muito exacerbado. Não é utilizado 
na prótese. 
Como chegar nos 2/3 do conduto  utiliza-se uma radiografia, na qual medimos o comprimento do 
dente e é controlada o tamanho com cursor. No final disto, realizamos uma radiografia para verificar o 
tamanho do conduto. Deixamos 5mm de dente na região apical sem realizar desgaste. 
O preparo dos condutos segue a anatomia radicular, em casos de condutos achatados o nosso preparo 
será achatado. 
Convergência do preparo  ao contrário dos preparos de coroa os quais sua convergência se dava 
para a oclusal, no preparo dos condutos temos sua convergência para apical. Para desta forma evitar que 
retenções que impossibilitariam a colocação de nosso núcleo. 
Quando temos condutos divergentes podemos realizar núcleos parcelados (duas peças). 
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Núcleo macho e fêmea  Podemos ter uma peça macho e fêmea, onde colocamos primeiramente uma peça e 
ao colocar a segunda o núcleo é formado, formando um encaixe de precisão. Desta forma coloca-se primeiro a fêmea e em 
seguida o macho. Neste caso iremos fundir as peças separadas. 
Núcleo transfixado – trata-se de um pino metálico que é transfixado no núcleo, no caso transfixa um munhão metálico 
Desta forma temos uma técnica que possibilita a utilização de núcleos com raízes não paralelas entre si, aumento a 
retenção desta peça metálica. 
Importante  o término do preparo sempre termina em dente, não pode terminar em núcleo, em resina, em nenhum 
material odontológico. No caso o cimento não pode cobrir o chanfro, mas se for na região do munhão não existe 
problemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Técnicas de moldagem 
Requisitos para uma boa moldagem  não se pode realizar uma moldagem, se não tiver um bom preparo, extensão 
adequado, um término cervical com acabamento, liso, limpo e bem definido, sem presença de bolhas significativas, 
principalmente na região do término. Com coroas provisórias bem adaptadas, pois estabilizam os tecidos, causando 
também um afastamento gengival. Além de uma boa saúde gengival e periodontal, pois não se molda paciente com doença 
periodontal. 
Limite gengival  Os limites gengivais supragengivais e ao nível da gengiva possuem uma fácil moldagem, por não 
necessita a realização de um afastamento prévio a técnica. Todavia, pacientes com limites subgengivais possuem uma 
maior dificuldade no procedimento, necessitando uma técnica de afastamento, para que desta forma possamos ver o limite 
cervical de nosso preparo. 
Métodos de afastamento gengival 
 Métodos químicos – não se usa mais 
 Método químicos-mecânicos – não se utiliza na faculdade, filosofia da faculdade 
 Mecânicos – unicamente fio retrator 
 Cirúrgico – aumento de coroa clínica. 
Não se utiliza métodos que envolvam substâncias químicas, pois estes podem causar retração gengival permanente em 
certos casos. 
Afastamentos mecânicos-químicos – utiliza-se fiosimpregnados com substâncias químicas que tendem a causar um 
afastamento extra pelo uso de vasoconstritores. 
Afastamentos mecânicos – utiliza-se fios retratores, facilitando o acesso visual do nosso preparo, deixando o filme no 
local e então moldado. Ou podemos utilizar coppings/moldeiras individuais/casquetes para gerar um afastamento 
mecânico. 
Propriedades de um bom material de moldagem 
 Baixa toxicidade 
 Tempo de trabalho 
 Consistência adequada 
 Estabilidade dimensional – muito importante 
 Memoria elástica 
 Fidelidade ao vazar o gesso 
 Poder ser limpo com substâncias desinfetantes. 
Hidrocoloides irreversíveis – utiliza-se para modelos de antagonistas e para moldagens complementares. Utiliza-se uma 
moldeira de estoque. 
Polissulfeto – são bons, mas está sendo menos utilizado, mesmo sendo um bom material. Possuem uma alta resistência 
ao rasgamento, baixo custo, bom tempo de trabalho, indicado para técnica do copping, foram substituídos pelas siliconas 
de adição e condensação. 
Poliéter – não formam subproduto, possui uma excelente estabilidade dimensional, tempo de trabalho reduzido, gosto 
desagradável, contraindicado para dentes longos e finos, pois pode rasgar. Pode ser utilizado para moldeiras individuais 
(copping). 
Siliconas de condensação – utilizadas na complementação das moldagens, formação de álcool etílico, podendo causar 
grande mudanças na moldagem. 
Siliconas de adição – baixo peso molecular, ausência de subproduto, alta estabilidade dimensional, excelente resistência 
ao rasgamento, bom tempo de trabalho, ótima recuperação elástica e mais preciso. 
Moldagem individual com copping – quando utilizamos um material para moldagem complementar que possibilite a 
utilização de um adesivo, por exemplo uma silicona ou um poliéter, temos uma vantagem de uma correta relação entre os 
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dentes na arcada quando comparados com moldagens com 
alginato, onde não temos esta adesividade e, portanto, temos 
que recolocar o copping em posição, mudando sua relação no 
arco. Neste segundo caso é necessário realizar uma segunda 
moldagem de toda arcada para que tenhamos uma relação com 
os dentes vizinhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica Isolamento 
Moldagem sim, não queremos saliva 
Cimentação sim, não queremos saliva 
Confecção de moldeira individual não. 
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Moldagem com poliéter 
 
“Quanto mais detalhado for a técnica, 
maior a fidelidade do molde” ROSA, 
Renato. 
A técnica depende da localização 
do término cervical, sendo o mais 
complicado o intrasucular por causa da 
necessidade do afastamento gengival. 
O poliéter possui duas pastas, e necessidade ser vigorosamente e rapidamente 
misturado, pois possui um tempo curto de trabalho. Por ser muito duro, quando for removido 
o gesso, se possuir alguma estrutura muito fina e frágil, irá causar uma ruptura desta estrutura. 
A confecção da moldeira individual é com resina duralay vermelha, basicamente é o 
mesmo método de um provisório, todavia não deve possuir contato com os dentes vizinhos, e 
ao reembasar não removemos a pestana da moldeira. É importante realizar uma marca na face 
vestibular do copping para servir como guia de colocação. Devemos sempre passar o adesivo 
na moldeira, para causar uma aderência entre o material de moldagem com a moldeira (após 
passado, devemos esperar uns oito minutos). O material de moldagem deve ser primeiramente 
colocado na moldeira e em seguida no dente no sentido cérvico-oclusal, para 
desta forma evitar a formação de bolhas na moldagem. 
Moldagem de conduto – nestes casos iremos utilizar uma Lentulo que servirá 
para levar o material de moldagem em toda a extensão do 
canal. Após a utilização da Lentulo colocaremos um 
pinjet no canal que servirá de 
ancoragem para nossa 
moldagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Troquel e troquelamento 
O Troquelamento será feito em cima do modelo do dente que iremos realizar 
nossa prótese. 
Cuidados com os modelos – modelos sem bolhas, bem recortados, 
moldagem bem-feita, com material adequado. Importante realizar uma boa 
proporção do material, vide bula, pois irá aumentar a qualidade do nosso 
trabalho. É indicado que o gesso seja espatulado em cima de um vibrador para 
que desta forma fique mais homogêneo a mistura e que também se espatule 
por volta de um minuto, aumentando também a qualidade do material. 
Importante realizar a desinfecção do molde. Devemos dar um bom acabamento no nosso modelo, para que o mesmo fique 
agradável ao se olhar. 
Troquel – trata-se de um modelo unitário articulado a um modelo mestre que preserve seu posicionamento em relação 
aos outros dentes e aos antagonistas. 
Motivo da utilização de um troquel – para uma melhor adaptação da coroa, e para, em cima dela realizar o 
troquelamento 
Troquelamento – remoção do gesso que representa os tecidos moles, deixando todo o limite cervical disposto. 
Motivo da utilização de um troquelamento – para desta forma termos um acesso visual e instrumental melhor para a 
confecção de peças protéticas 
Marcações do troquel – tem como objetivo serem usados como guias na hora da preparação do nosso troquel. As guias 
de corte devem ser convergentes para a apical, para que desta forma não seja retentivo. 
 
Caso fique partes retentivas do pino 
para fora do troquel, ele irá prender no 
modelo mestre. É importante realizar 
canaletas para servir como chave de 
posição na inserção do troquel, 
para que desta forma o mesmo se 
mantenha estável no modelo 
mestre. Caso o pino do troquel 
esteja bem adaptado a cavidade 
realizada, iremos colar o mesmo com 
superbonder, caso esteja mal adaptado 
será cimentando com fosfato de zinco, pois 
terá mais resistência. Para que o modelo do troquel se adapte ao modelo mestre, utiliza-se “goleiras” com clips de papel 
que serão cimentadas. A vaselina só será colocada na região do gesso que não queremos que se mantenha fixo ao gesso do 
Trata-se de um guia da largura 
do nosso troquel
Mesmas linhas da imagem a 
esquerda em uma vista 
vestibular, serve como guia par 
ao corte.
Linha que delimita o longo do 
eixo, sua extensão para baixo 
do modelo é onde o pino de 
troquel deve ser posto
Ao selecionarmos o pino do troquel 
devemos medir seu diamêtro, com 
auxílio de um espessímetro e a altura 
da parte retentiva com uma régua, 
para que desta forma possa calibrar o 
tamanho da ponta ativa da broca 
esférica e marcar o quanto ela deverá 
entrar no gesso, pois toda a parte 
retentiva do pino deve se encontrar 
dentro do futuro troquel.
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modelo mestre. Na ponta do pino será colocado uma bolinha de gesso, para ajudar a formar a cavidade que irá 
servir de anteparo para remoção do troquel. 
Quando formos serrar nosso troquel devemos ter os cuidados para que as cerdas da serra estejam voltadas para 
nós, que não pegue na borda do preparo, danificando-o e que as paredes de nosso troquel estejam convergentes para apical 
ou paralelas entre si. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Provisório indireto 
Coroa provisória – trata-se de uma coroa provisória com o objetivo de restaurar 
momentaneamente um dente preparado 
Funções de um provisório 
 Proteção pulpar 
 Proteção periodontal, com limites bem delimitados e coroa bem adaptada 
 Estabilidade de posição 
 Retomar oclusão e contatosproximais 
 Possuir estabilidade estrutural e funcional 
 Estética 
Requisitos de um provisório 
 Forma e tamanho adequado 
 Perfil de emergência 
 Harmonia de cor 
 Adaptação ao limite cervical 
 Restabelecimento dos contatos 
 Anatomia básica 
 Superfície lisa e polida 
 Facilitar higiene 
 Espessura suficiente 
Características que um material restaurador deve ter 
 Facilidade de manuseio 
 Facilidade de reembasamento 
 Biocompatibilidade 
 Boa estabilidade dimensional durante polimerização 
 Possibilidade de acabamento 
 Boa rigidez 
 Boa estética 
Técnica de provisório indireto – existem as seguintes técnicas 
A primeira técnica é a mais comum, teremos que primeiramente obter um modelo de gesso do dente a ser preparo. 
Neste modelo podemos realizar um preparo no modelo de gesso, que servirá como modelo para a confecção de um 
provisório, ou seja, moldamos o dente não preparado. Após pronto iremos então preparar o dente e em cima dele 
reembasar o nosso provisório. Este provisório indireto é realizado a partir de guias criados pelo enceramento do dente. 
Basicamente, é feito o provisório em cima de um modelo, tendo então guias confeccionadas em cima de um enceramento 
prévio e utiliza-se uma resina autopolimerizável que pode ser levada ao forno para melhorar suas características 
mecânicas. A primeira camada de resina é mais opaca semelhante a uma dentina, e a segunda camada é mais translucida, 
semelhante a um esmalte. Quando o provisório estiver pronto, iremos então realizar um preparo no dente e posicionar o 
provisório e o reembasar, pois sempre é necessário, uma vez que não realizamos dois preparos iguais, não importa a 
experiência. 
Na segunda técnica é quando temos um paciente que já possui os dentes preparados e deseja trocar suas coroas, 
para isso fazemos um acesso palatino nas coroas para remove-los sem danificar a vestibular. Após a remoção dos mesmos 
iremos moldar e obter um modelo. Este modelo é enviado ao laboratório e então obtidos os provisórios. 
Na terceira técnica, realiza-se um preparo que será escaneado pelo software do CAD/CAM, troquelado no próprio 
programa, podendo espelhar o dente vizinho. Após o dente estiver pronto é só mandar para a máquina que ela irá fresar 
o dente provisório. 
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Na quarta técnica utilizamos uma resina biscacrilica, onde moldamos o 
paciente e em seguida realizamos o preparo. Neste caso a resina biscacrilica é 
colocada na moldeira e levado em boca, dando forma aos provisórios. Este material 
possui uma ponteira de autamistura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cimentação 
A escolha do material de cimentação é de acordo com o material 
restaurador utilizado para o caso. Um método que pode ser utilizado para 
averiguar se nossa cimentação foi corretamente feita é a partir de um teste de 
oclusão, pois se colocamos a coroa em boca e ela não possui problemas de oclusão 
e após cimentar possuir interferências na oclusão é porque o cimento está 
causando algum tipo de falta de adaptação na coroa. Esta falta de adaptação pode 
causar frestas que irão ocasionar um insucesso em nosso procedimento, dando 
origens a problemas periodontais ou cáries secundárias. 
Cimento provisório – a diferença entre um cimento provisório e um definitivo é 
principalmente a resistência coesiva deste cimento, pois se trata de um cimento 
passível de ser removido, possibilitando repreparos, moldagem e futura remoção 
desta coroa provisória. Após a remoção deste cimento provisório é necessário 
realizar uma limpeza (removendo restos do cimento provisório) para realizar uma 
nova cimentação definitiva. As possíveis formas de realizar esta limpeza é por: 
 Utilizar uma colher de dentina ou uma cureta, para raspar este material 
 Utilizar uma escolha de robson com pedra pomes 
 Utilizar um ultrassom 
 Utilizar um algodão embebido em um pouco de álcool 
Basicamente – devemos remover todos os resíduos de cimento da região do chanfro 
Utilização de fios afastadores na cimentação – pode-se utilizar estes fios para diminuir os níveis de fluidos suculares, 
pois a cimentação deve ser feita a seco. Por isso usamos um isolamento relativo. 
Os principais fatores para realizar uma cimentação adequada é inserir o cimento em uma coroa seca, limpa e sem 
resíduos e introduzir de forma lenta sobre o preparo, permitindo um correto escoamento do material, além disso é 
importante trabalhar com o material no tempo correto. 
Cimento de fosfato de zinco – Tempo de presa de oito minutos, após a cimentação desta coroa iremos remover os 
excessos com cuidado, usando um fio dental ou sonda, deixando totalmente limpo. É importante aconselhar o nosso 
paciente que por 24 horas tenha uma mastigação leve no local da coroa, para esperar o tempo de 24h de polimerização 
total de nosso material. 
Cimento resinoso – nestes casos não precisa esperar as 24 horas, pois praticamente no momento da polimerização ele já 
se encontra no seu estado final. 
Definição de cimento – trata-se de uma substância modelável que tem como objetivo selar ou cimentar duas partes, 
mantendo-as unidas. No caso de cimentos provisórios, mesmo que estes tenham uma maior facilidade de remoção, não 
poderá ter instabilidades. 
Mecanismo de união dos cimentos odontológicos – se une a partir do embricamento com a superfície rugosa do 
preparo com a peça protética, sem deixar de lado os princípios de preparo. 
Requisitos para um agente cimentante 
 Não ser prejudicial ao dente ou aos tecidos orais (biocompatibilidade) 
 Permitir tempo de trabalho suficiente para assentar a restauração 
 Condições de tempo (por exemplo temperatura e umidade) 
 Ter fluidez o suficiente que permita um completo assentamento da restauração, formando uma espessura de uma 
película 
 Formar rapidamente uma massa rígida que permita resistir as funções mastigatórias (presa total rápida). 
Tipos de cimento permanente 
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 Ionômero de vidro – principal material que é utilizado, possui adesividade e libera flúor, pode ser 
utilizado em pacientes com riscos de cárie ou com dieta cariogênica. Não espatulamos, só o aglutinamos, pois se 
trata de um gel. 
 Cimento resinoso – usado em situações como facetas laminadas, melhorando a fixação. 
 Fosfato de zinco – trata-se de um cimento pó/líquido, para casos de várias cimentações em sequência (ponte fixa), 
podemos deixar o pó na geladeira para aumentar o tempo de trabalho. 
Critérios para a seleção de um cimento 
 Situação clínica do material restaurador, se estamos com um dente vitalizado ou não, um núcleo metálico ou de 
fibra, o tipo de material restaurador. Por exemplo, metalocerâmica é um material que funciona muito bem com 
fosfato de zinco (barato) 
 Propriedades do material que vamos analisar no momento 
 Comprovação clínica 
 Custo 
Fatores a serem observados, antes, durante e após a cimentação: 
 Limpeza da superfície a ser unida, com colher de dentina e algodão embebido em álcool 
 Controle da umidade da região da cimentação, com isolamento relativo e sugador 
 Manipulação do cimento de acordo com as instruções do fabricante 
 Observar se o cimento está adequado, se não está perto de tomar a presa, consistência 
 Respeitar o tempo de trabalho 
 Remover excessos 
Tipos de cimento temporários 
 Oxido de zinco com ou sem eugenol – preferencialmente sem eugenol, pois o eugenol pode atrapalhar na 
adesividade. 
 Hidróxido de cálcio – mesmo usado em forramento, neste caso o cimento fica mais retido, tendo uma resistência 
coesiva maior.

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