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Princípios Contratuais, RESUMO. DIREITO CIVIL III

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Anotações.
• Princípios contratuais;
Os princípios basilares do DC (direito contratual) são:
- Princípio da Autonomia da Vontade;
- Princípio da Supremacia da Ordem Pública;
- Princípio do Consensualismo;
- Princípio da Relatividade dos Efeitos Contratuais;
- Princípio da Obrigatoriedade Contratual;
- Princípio da Revisão ou Onerosidade Excessiva do Contrato;
- Princípio da Boa-fé.
• Antes de explorarmos os princípios norteadores do DC, é importante revisar o que é 
Contrato Típico e Atípico e seus requisitos.
O Contrato Típico é aquele cujas características e requisitos são definidos por lei. Já 
o Contrato Atípico, é o resultado de um acordo de vontades não regulado no ordenamento jurídico. 
Ele é gerado pelas necessidades e interesses das partes. Tem por sua vez, requisitos para que seja 
válido. São eles: Partes capazes; Objeto lícito, possível, determinado ou determinável; Suscetível de
apreciação econômica; Cláusulas minuciosas especificando os direitos acordados.
• Princípio da Autonomia da Vontade:
No princípio da autonomia da vontade, cabe à parte a faculdade de contratar ou não. Ou seja,
contrata se quiser e com quem quiser. Esse contrato pode ser típico ou atípico. 
Em outras palavras, é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. Sendo assim, as 
partes tem total liberdade para contratarem com quem quiserem desde que o objeto do contrato seja 
lícito, não precisando de previsão legal para se efetuar. Via de regra, os contratos costumam ser 
atípicos.
• Princípio da Supremacia da Ordem Pública:
Nesse princípio, a lei é a regra vital. Ou seja, ela quem determina ''Quem'', ''Como'' e ''O 
que'' pode ser negociado. A lei tem sempre vistas à garantir a Supremacia da Ordem Pública acima 
do interesse particular. 
Não se admite afastamento da OP por vontade das partes pois contrato que contrarie o 
interesse público não pode existir.
• Princípio do Consensualismo:
O consensualismo em determinados contratos é regra e o formalismo uma exceção. Assim 
sendo, em regra os contratos são consensuais. Alguns são REAIS – COISA – e somente se 
concretizam com a entrega do objeto subsequente ao acordo de vontades.
Nos contratos consensuais, a entrega da coisa faz parte da execussão do contrato, sendo 
assim uma consequência dele e não o requisito fundamental. A entrega da coisa não é parte da 
conclusão do contrato, ou seja, o contrato antes e a entrega depois. EX: O contrato já está perfeito e 
acabado desde o momento em que o vendedor aceitar o preço oferecido pela coisa, independente da 
entrega, o que significa dizer que compra-se uma geladeira especial fabricada minuciosamente, 
numa determinada loja que somente apresenta as fotos ao cliente, a geladeira é o objeto do contrato 
mas o requisito objetivo é o acordo de vontades entre o vendedor e o comprador, a geladeira 
especial que fora encomendada é a consequência daquele contrato acordado por eles, mas essa 
geladeira não está na loja, logo o comprador tem que esperar que seja entregue em sua casa. Logo o 
contrato já estava perfeito e acabado desde o momento do acordo entre as duas partes, mas a 
geladeira foi a consequência dele constituindo assim a fase des obrigações assumidas pelos 
contratantes. 
Se se estabelece condições para a venda, a compra não é pura. As pessoas acordam tanto no 
objeto como no preço. O consenso precisa ser livre e o objeto determinado.
• Princípio da Relatividade dos Efeitos Contratuais:
Os contratos sempre começam relativos. O contrato é, em regra, a produção de 
efeitos entre as partes que dele participarem, porém, o Código Civil reconhece uma função social à 
terceiros que forem de alguma forma afetados pelo contrato celebrado entre as partes. Esse terceiro 
somente pode ser afetado em seu benefício. Os contratos não devem atingir terceiros mas caso 
aconteça, à luz da função social, nunca poderá afetá-lo em seu malefício. 
• Princípio da Obrigatoriedade dos Contratos:
Este princípio visa a necessidade de segurança nos negócios que deixariam de existir casos 
contratantes não fossem obrigados a cumprir o que foi estabelecido no contrato. O que foi acordado 
é irreversível. Preza também pela intangibilidade e imutabilidade do contrato, ou seja, o acordo de 
vontades tem que ser lei entre as partes. ''Pacta Sunt Servanda'' – Os pactos devem ser cumpridos 
não devendo ser alterados pelo juiz, salvo em algumas hipóteses previstas no princípio da revisão 
dos contratos ou onerosidade excessiva. 
Sendo assim, qualquer modificação no contrato terá de ser bilateral. Há a hipótese de o 
inadimplemento ser postulado para obrigar a parte devedora a pagar ou indenizar por perdas e 
danos, e nesse caso cabe execução patrimonial.
Esse princípio passou por uma suavização, ou seja, em caráter excepcional, permite-se 
intervenção judicial em seu conteúdo para corrigir seus rigores ante ao desequilíbrio das prestações,
modificando ou liberando o contratante lesado para evitar atentado contra a justiça.
• Princípio da Revisão dos Contratos ou da Onerosidade:
Este princípio está ligado ao equilíbrio da relação contratual, na ausência excessiva deste, há
sim de se falar em uma revisão contratual. Isto surge como ferramenta para democracia contratual, e
oposição à obrigatoriedade. 
Cabível tanto para o devedor como para o credor, tornando-se excessivamente oneroso para 
uma das partes devido à acontecimentos extraordinários, poderá a parte lesada requerer isenção 
parcial ou total da obrigação, à depender do contrato e do caso fortuito ou de força maior que 
houver ocorrido.
Há de se falar numa teoria da imprevisão. Nessa, o fato além de ser extraordinário tende ser 
imprevisível. Por isso, os tribunais não costumam a inflação e as alterações na economia pessoal do 
requerente como causa de revisão contratual pois presume-se que esse fenômeno seja previsível à 
qualquer pessoa. 
Pode-se encontrar fundamento para a revisão ou extinção do contrato em razão de fato 
superveniente que desvirtue sua finalidade social, agrida as exigências da boa-fé ou signifique 
o enriquecimento ilícito para uma das partes em detrimento da outra.
* A teoria da imprevisão não se aplicará em contratos aleatórios, salvo se o imprevisível decorrer de
fatores estranhos ao risco próprio do contrato firmado.
• Princípio da Boa-fé e da Probidade:
Esse princípio, em resumo gramatical, significa: agir de forma a não causar danos, ter 
comportamento correto antes, durante e depois do cumprimento do contrato.
As partes devem agir com PROBIDADE, LEALDADE e HONESTIDADE.
O juiz deve aplicar no julgamento dessas demandas obrigacionais a boa-fé objetiva, a função social 
do contrato e a ordem pública.
A probidade nos contratos nada mais é que um aspecto objetivo do princípio da boa-fé, 
devendo ser entendida como a honestidade de proceder ou a maneira criteriosa de cumprir todos os 
deveres atribuídos às partes.
* A boa-fé subjetiva não está presente nas demandas contratuais contemporâneos pois preza-se 
atualmente pela boa-fé objetiva e não facultativa.
*Não cumprindo o contratante os seus deveres anexos ou secundários, entende-se que esse 
comportamento ofenda a boa-fé objetiva e assim caracteriza o inadimplemento contratual. EX: Não 
prestar informações sobre o uso do bem quando o dono solicitar esclarecimentos.
Proibição do VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM:
Oriundo da princípio da boa-fé objetiva, não admite contradição. Não é aceito 
comportamento contraditório, pois há expectativa da outra parte para com a conduta de determinado
comportamento futuro. Ocorrendo, haverá a mácula aos princípios da lealdade e confiança se vier a 
ser praticado ato contrário ao previsto, ato surpresa e prejuízo à contraparte.
 
 SUPPRESSIO, SURRECTIO E TU QUOQUE:
- Conceitos correlatos à boa-fé objetiva;
- Oriundos do direito relativo;
- Devem suprir lacunas contratuais etrazer deveres implícitos às partes contratuais.
- Suppressio:
Um direito não exercido durante determinado lapso temporal, não poderá mais sê-lo por contrariar a
boa-fé.
-Surrectio:
Inverso do Suppressio. Acarreta o nascimento de um direito em razão da contínua prática de 
determinados atos.
- TU QUOQUE:
Proíbe que uma pessoa faça com outra o que não faria contra sí. Consiste em aplicar o princípio 
inspirador da Exeptio Non Adimpleti Contractus.

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