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Curatela: Instituição Assistencial

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CURATELA
É um instituto primo da tutela.
1. CONCEITO
É um INSTITUTO ASSISTENCIAL, destinado a reger os bens e a pessoa DAQUELES QUE POR SI SÓS não estão em condições de o fazer.
LIVROS ANTIGOS
Antigamente, a curatela era definida:
“A curatela é o instituto do menor incapaz.”
Hoje, o Código Civil ampliou o conceito:
- não vincula a incapacidade.
- também o enfermo e o deficiente físico podem ser curatelados.
São pessoas capazes, lúcidas, mas que, por dificuldade de locomoção, têm um curador.
2. PRESSUPOSTOS
a) FÁTICO
Que a pessoa se encontre numa situação que ela NÃO PODE CUIDAR DE SI E DE SEUS BENS.
É o caso do pródigo, do enfermo, do deficiente físico, do toxicômano, etc.
b) JURÍDICO
Só existe curatela se existir um PROCESSO DE INTERDIÇÃO e o juiz proferir uma decisão em que afirma a curatela, por incapacidade, nomeando o curador para cuidar dos encargos.
3. CARACTERÍSTICAS
- É UM INSTITUTO ASSISTENCIAL
- É UM MÚNUS PÚBLICO
É uma obrigação imposta pelo Estado, para que determinadas pessoas cuidem de outras, que não podem cuidar-se de si.
NINGUÉM PODE ESCUSAR-SE, somente se A LEI o disser.
Para a escusa, abrem-se as mesmas hipóteses que na tutela.
Todas as pessoas que podem se escusar da tutela, podem se escusar da curatela.
OBRIGAÇÕES
A curatela é TEMPORÁRIA.
Cessada A CAUSA da interdição, a curatela terminará.
Começa por uma sentença judicial e só termina por outra sentença judicial.
A não ser que o curatelado morra.
Requer a CERTEZA, provada por PERÍCIA.
4. QUEM SÃO AS PESSOAS SUJEITAS À CURATELA?
CC. 1767
Art. 1.767. Estão SUJEITOS a curatela:
I - aqueles que, por ENFERMIDADE ou DEFICIÊNCIA MENTAL, NÃO TIVEREM o necessário DISCERNIMENTO para os ATOS da VIDA CIVIL;
A diferença entre enfermos e deficientes: é trazida pela medicina, e não pelo Direito.
II - aqueles que, por OUTRA CAUSA DURADOURA, não puderem EXPRIMIR A SUA VONTADE;
É o caso da pessoa em coma, o surdo-mudo que não consegue se comunicar, do acometido por um AVC.
III - os DEFICIENTES MENTAIS, os ÉBRIOS habituais e os VICIADOS EM TÓXICOS;
Os deficientes mentais aqui aludidos são os relativamente incapazes.
Os ébrios habituais, os alcoólatras.
IV - os EXCEPCIONAIS sem completo desenvolvimento mental;
É o absolutamente incapaz.
V - os PRÓDIGOS.
TAMBÉM ESTÃO SUJEITOS À CURATELA:
Artigo 1778, 1779 e 1780, CC:
Art. 1.778. A autoridade do curador ESTENDE-se à PESSOA e aos BENS dos FILHOS DO CURATELADO, observado o art. 5o.
O curador dos pais será também o dos filhos do curatelado.
É a chamada CURATELA PRORROGADA.?
Art. 1.779. Dar-se-á curador AO NASCITURO, se o PAI FALECER estando GRÁVIDA a mulher, e NÃO TENDO O PODER FAMILIAR.
Parágrafo único. Se a mulher estiver INTERDITA, seu CURADOR SERÁ O DO NASCITURO.
A mãe foi DESTITUÍDA do poder familiar por uma sentença. Essa perda é para TODOS OS FILHOS.
Se ela ficar GRÁVIDA, não poderá representar o nascituro.
Se ELE PRECISAR entrar no Judiciário, por exemplo, para pedir uma herança, será nomeado um CURADOR.
Art. 1.780. A requerimento do ENFERMO ou PORTADOR DE DEFICIÊNCIA FÍSICA, ou, na impossibilidade de fazê-lo, de QUALQUER das PESSOAS a que se refere o ART. 1.768, dar-se-lhe-á curador para cuidar de TODOS OU ALGUNS de seus NEGÓCIOS ou BENS.
CURADOR DOS ENFERMOS E DEFICIENTES FÍSICOS
No passado, o CC/16 só tinha curador para:
- incapazes e deficientes mentais;
- pródigo;
- nascituro.
A curatela do PRÓDIGO é PARCIAL.
Porque ele pode praticar TODOS OS ATOS, MENOS o de dispor de seus bens.
Na prática, existiam pessoas, enfermas ou deficientes físicas, impossibilitadas de se locomover, e que precisavam praticar atos jurídicos.
Essas pessoas nomeavam um procurador para tomar essas iniciativas.
O brasileiro tornou esses procedimentos em uma fraude.
Proibiu-se, então, a movimentação de conta bancária e o requerimento de benefício previdenciário por procurador.
Essas pessoas começaram a ir ao Judiciário para que fosse nomeado alguém, para movimentar a conta bancária e retirar a verba da aposentadoria.
Assim, nomeava-se um curador específico para o levantamento da aposentadoria no final do mês, por exemplo.
A solução que o Judiciário deu para o problema virou lei.
Pode ser concedida a curatela, por exemplo, para movimentação da aposentadoria.
COMO SE INTERDITA UMA PESSOA?
PROCESSO DE INTERDIÇÃO
Só existe a CURATELA quando houver uma INTERDIÇÃO e um CURADOR NOMEADO pelo JUIZ.
Art. 1.768. A INTERDIÇÃO deve ser PROMOVIDA:
I - pelos PAIS ou TUTORES;
Se o MENOR é RELATIVAMENTE INCAPAZ, mentalmente, deve-se aguardar os DEZOITO ANOS, para entrar com o processo de interdição;
Se é TOTALMENTE INCAPAZ, o processo de interdição deve ser promovido quando ele completar os DEZESSEIS ANOS.
MOTIVO:
Os atos do menor, entre os 16 e os 18 anos, convalidam-se com o passar do tempo.
II - pelo CÔNJUGE, ou por qualquer PARENTE;
Parente em linha reta, em qualquer grau. Se colaterais, até o quarto grau.
III - pelo MINISTÉRIO PÚBLICO.
Os casos em que o MP poderá promover a interdição estão explicitados no artigo 1769.
Art. 1.769. O MINISTÉRIO PÚBLICO SÓ PROMOVERÁ INTERDIÇÃO:
I - em caso de DOENÇA MENTAL GRAVE;
II - se NÃO EXISTIR ou NÃO PROMOVER a INTERDIÇÃO alguma das pessoas designadas nos INCISOS I e II do artigo antecedente;
III - se, EXISTINDO, forem INCAPAZES as pessoas mencionadas no inciso antecedente.
Por exemplo, se só tem a mãe, que se torna incapaz.
Os filhos são menores.
Não podem promover a ação.
Nesse caso, o MP ingressa com a ação de interdição.
FORO COMPETENTE
O do domicílio do interditando.
PROCEDIMENTO
Especial de jurisdição voluntária.
Previsto nos artigos 1177/1178 do CPC.
Exige o interrogatório do interditando pelo juiz.
Se a pessoa está sem condições de se locomover ou está internada, é o juiz quem vai se locomover para interrogar o interditando.
O PROCESSO de interdição SEM o INTERROGATÓRIO do interditando é NULO.
ABSOLUTAMENTE INCAPAZ
A interdição é TOTAL.
RELATIVAMENTE INCAPAZ
A interdição é PARCIAL. Para a prática de determinados atos.
PRÓDIGO
Artigo 1782
Art. 1.782. A interdição do pródigo SÓ O PRIVARÁ de, sem curador, EMPRESTAR, TRANSIGIR, DAR QUITAÇÃO, ALIENAR, HIPOTECAR, DEMANDAR ou SER DEMANDADO, e PRATICAR, em geral, os ATOS QUE NÃO SEJAM DE MERA ADMINISTRAÇÃO.
Se a pessoa é enferma ou deficiente física, mas lúcida, embora tenha deficiência de locomoção: a curatela dará poderes para que o curador pratique todos os atos jurídicos ou atos determinados.
Por exemplo, sacar a aposentadoria e pagar as contas.
VALIDADE DOS ATOS
DA PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA
Uma vez PUBLICADA A SENTENÇA que declarará a interdição, TODOS OS ATOS jurídicos PRATICADOS SERÃO NULOS, MESMO enquanto a sentença AGUARDA RECURSO.
PRESUNÇÃO DE VALIDADE
Todos os atos jurídicos praticados ANTES da interdição são PRESUMIVELMENTE VÁLIDOS, a não ser que se prove que já existia o motivo da interdição.
Se o outro contratante estiver de MÁ-FÉ, o ato é NULO.
Se, porém, o outro contratante estiver de BOA-FÉ, o juiz decidirá entre DOIS VALORES, no CASO CONCRETO:
1. O DIREITO DO INTERDITANDO;
2. O DIREITO DO CONTRATANTE DE BOA-FÉ. 
Esta sentença é levada a registro no Cartório de Registro Civil.
Será averbado na certidão de nascimento que aquela pessoa foi interditada em tal data, por sentença judicial.
Será publicado, para que todos saibam.
Pode constar também na certidão de casamento, se o interditado for casado.
A averbação na certidão de nascimento é obrigatória.
QUEM PODE SER CURADOR?
A curatela pode ser de DOIS TIPOS:
1. LEGÍTIMA
Quando é nomeado um cônjuge, companheiro. 
Em havendo cônjuge ou companheiro, será ele nomeado.
Não havendo, será nomeado:
- o pai ou a mãe.
Ou:
- descendente mais apto ou parente.
Na falta de parentes, será nomeado um curador dativo.
1. DATIVA
Na nomeação o juiz sempre decide pelo interesse do menor.
Além decuidar da PESSOA do curatelado, também deve ser promovido o tratamento.
Se não houver condições de o curatelado viver em sociedade, deve o curador providenciar a internação deste.
EM RELAÇÃO AOS BENS
O CC emprega para a curatela todas as disposições aplicáveis à tutela.
Art. 1.735. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam:
I - aqueles que NÃO TIVEREM A LIVRE ADMINISTRAÇÃO DE SEUS BENS;
II - aqueles que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem constituídos EM OBRIGAÇÃO PARA COM O MENOR, ou tiverem que FAZER VALER DIREITOS CONTRA ESTE, e aqueles cujos PAIS, FILHOS OU CÔNJUGES TIVEREM DEMANDA CONTRA O MENOR;
III - os INIMIGOS DO MENOR, ou de seus PAIS, ou que tiverem sido por estes expressamente EXCLUÍDOS DA TUTELA;
IV - os CONDENADOS POR CRIME DE FURTO, ROUBO, ESTELIONATO, FALSIDADE, CONTRA A FAMÍLIA ou os COSTUMES, tenham ou não cumprido pena;
V - as pessoas de MAU PROCEDIMENTO, ou FALHAS EM PROBIDADE, e as CULPADAS DE ABUSO EM TUTORIAS ANTERIORES;
VI - aqueles que exercerem FUNÇÃO PÚBLICA INCOMPATÍVEL com a boa administração da tutela.
GARANTIA
Dispensa-se a garantia quando o curador for CÔNJUGE.
Art. 1.783. Quando o CURADOR for o CÔNJUGE e o regime de bens do casamento for de COMUNHÃO UNIVERSAL, NÃO SERÁ OBRIGADO À PRESTAÇÃO DE CONTAS, SALVO DETERMINAÇÃO JUDICIAL.
A contrario sensu, se o regime de casamento for qualquer outro, a prestação de contas em juízo é obrigatória.
TERMINA A CURATELA
1. Na morte do curatelado.
2. Quando cessada a causa da interdição.
É o caso do LEVANTAMENTO DA INTERDIÇÃO.
A interdição só termina com uma SENTENÇA.
Por uma ação de LEVANTAMENTO DE INTERDIÇÃO.
QUEM PODE MOVÊ-LA
1. O próprio interditado.
2. As pessoas que podem mover o processo de interdição: o cônjuge, o companheiro, qualquer parente ou o Ministério Público.
PODE TERMINAR A INTERDIÇÃO?
Sim.
Um toxicômano pode tratar-se e curar-se.
Um enfermo pode ter sua enfermidade curada.
Assim como no processo de interdição, o levantamento da interdição demanda perícia.
A sentença é publicada três vezes na imprensa oficial e é registrada no Cartório de Registro Civil, sendo averbada na certidão de nascimento.
REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL
Se a interdição for promovida pelo Ministério Público, o juiz nomeará defensor ao suposto incapaz; nos demais casos o Ministério Público será o defensor (Art. 1.770 do Código Civil). 
RESPONSABILIDADE CIVIL
Toda pessoa pode provocar um ato civil e CAUSAR DANO A OUTREM.
Segundo o CÓDIGO DE 16, quando o ato era praticado por um incapaz, quem respondia era apenas seu representante legal.
COMO FICOU ESSA RESPONSABILIDADE CIVIL NO CC/02?
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os PAIS, pelos FILHOS MENORES que estiverem sob SUA AUTORIDADE e em SUA COMPANHIA;
II - o TUTOR E O CURADOR, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas MESMAS CONDIÇÕES;
No código novo, o legislador priorizou o DIREITO DA VÍTIMA do incapaz.
Art. 928. O INCAPAZ RESPONDE PELOS PREJUÍZOS QUE CAUSAR, se as PESSOAS por ele RESPONSÁVEIS NÃO TIVEREM OBRIGAÇÃO de fazê-lo ou NÃO DISPUSEREM DE MEIOS SUFICIENTES.
Parágrafo único. A INDENIZAÇÃO prevista neste artigo, que deverá ser EQÜITATIVA, NÃO TERÁ LUGAR se PRIVAR do NECESSÁRIO o INCAPAZ OU as PESSOAS que DELE DEPENDEM.
Mas será uma INDENIZAÇÃO EQUITATIVA.
O incapaz fica com o suficiente para sobreviver.
Não é uma indenização total, mas apenas eqüitativa.
Postado por Maria da Glória Perez Delgado Sanches às 21:43 
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766 comentários:
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Anônimo disse...
BOA NOITE, ÓTIMO O TRABALHO SOBRE O INSTITUTO DA CURATELA E TUTELA. GOSTARIA DE SABER SE UMA ESPOSA / CURADORA NECESSITA DE OUTRA AUTORIZAÇÃO PARA POSTULAR EM NOME DO MARIDO INTERDITADO PARA TODOS OS ATOS DA VIDA CIVIL. EM UMA AÇÃO DE COBRANÇA NO JUÍZO CIVEL.
GRATO
24 de outubro de 2009 20:03
maria da glória perez disse...
A curadora já possui os poderes para praticar tais atos, limitados pelo juiz, segundo o grau de interdição.
Daí, é possível que o curador atue, tanto demandando como defendendo o curatelado, em eventuais ações na justiça.
Aliás, trata-se mesmo de um dever do curador, que zela pelos bens do curatelado.
26 de outubro de 2009 07:41
Anônimo disse...
Olá!
Goataria de uma explicação.
Sou curadora de meu pai, que tem 105 anos há 3 anos,minha irma faleceu nesse mesmo periodo,queria fazer duas perguntas. meu pai deixou em usofruto uma casa em meu nome e no nome dela,tenho mais 3 irmaos, cada um tem ssuas casas em usufruto uns com os outros no caso o a parte de minha irma falecida volta pra o meu pai? Ela apenas deixou um automóvel no nome dela, que eu gostaria de passar para o nome de minha sobrinha, no caso pensei em pagar a eles dividido em tres partes, é correto? Já que todos dispoe de seus bens, e eu sou a unica que realmente cuida 24 hs de meu pai,ter que dividir a parte da casa que era dela com eles?
Obrigada.
24 de novembro de 2009 22:23
maria da glória perez disse...
Bom dia!
Em primeiro lugar, não existe, no usufruto, o direito de acrescer, a não ser que expresso no ato de constituição. Ou seja: na omissão, não existe o direito de acrescer, entre os usufrutuários. 
Daí, se não estava previsto tal direito quando constituído o usufruto, a parte ideal de sua irmã, quando ela faleceu, retornou ao seu pai.
De modo contrário, se foi previsto o direito de acrescer pelo seu pai, e só nesse caso, você se torna usufrutuária da sua parte e também da dela.
25 de novembro de 2009 08:33
maria da glória perez disse...
No caso do automóvel, ele é um bem dela, e somente ela poderia dispor dele.
Com o falecimento, o veículo passou a pertencer aos descendentes dela (filhos ou netos). Na falta deles, pertence aos pais.
Presumo que sua mãe é falecida, uma vez que não a citou.
Por conseqüência, o automóvel pertence a seu pai.
Portanto, não há como você passar para alguém, uma vez que é seu pai quem herdou o veículo.
Porém, como você é curadora de seu pai (da pessoa e dos bens), e nas condições expostas, deverá vender o veículo. A melhor solução, no caso, será vender o aumotóvel, uma vez que ele não tem condições de usá-lo. 
Seus irmãos não tem parte no bem, uma vez que são apenas herdeiros colaterais.
25 de novembro de 2009 08:46
maria da glória perez disse...
Quanto a você ter que dividir a parte da casa que era dela com eles está respondido no primeiro tópico: tudo depende de como foi disposto no ato de constituição do usufruto.
Se não estiver expressamente previsto o direito de acrescer, extingue-se o usufruto (da parte dela), mas você permanece usufrutuária.
O fato de cuidar de seu pai lhe confere um direito moral, mas não legal.
25 de novembro de 2009 08:52
Anônimo disse...
Bom dia! Um esclarecimento, por favor! Tenho um tio que é doente mental e curatelado a mais de 40 anos. Sempre morou na casa de meus pais e hoje se encontra internado a mais ou menos 3 anos. Quem era procuradora dele era minha mãe. Por motivo de doença da minha mãe, hoje eu sou o procurador. Existe uma nova curadora nomeada por um juiz. Mes passado houve um recadastramento e como de praxe informei que meu tio estava internado numa casa de saude custeada pelo SUS bem próxima a minha residencia (qualquer oficial de justiça pode comprovar). Inclusive, apresentei um atestado médico comprovando a internação e o seu estado de saude. Ocorre que meu tio recebe uma pensão de 1 salário mínimo deixada pelo meu avô a mais de 40 anos. A curadora se negou a liberar o benefício (repito: a 40 anos ele tem direito e recebe esta pensão) alegando que se ele está internado não há despesa com o curatelado. Ela diz que enviou uma petição ao Juíz para solicitar a liberação do benefício (já são 2 meses). Hoje tenho despesas com o meu tio já que toda semana levo biscoitos, frutas, sucos,material de higiene pessoal e até remédio se preciso for. Pergunto: A curadora está agindo de forma correta retendo este benefício, que é de direito? Como proceder para que esse benefício retorne logo a ser pago? Muito obrigado.
27 de novembro de 2009 08:31
maria da glória perez disse...
Bom dia! A sua mãe, como curadora, era responsável pelo seu tio e pelos seus bens, inclusive pelo recebimento da pensão, que deveria aplicar em despesas do inretesse dele. Você não explicou as circunstâncias que levaram o juiz a nomear outro curador. De toda forma, o melhor caminho a seguir, agora, é procurar a ajuda de um advogado e estudar eventual ação a ser proposta.
27 de novembro de 2009 09:09
Anônimo disse...
meu companheiro sofreu um acidente e sua mãe tem sua curatela., acabei parando de trabalhar para cuidar dele pois tenho mais condições e disposição de levá-lo as terapias. Porém sua mãe usa desta curatela para mandar nele como se fosse um brinquedo. Quero que ela passa pra mim mas ela se nega e disse que se eu for brigar ela vai vir arrancar ele da minha casa. Ela pode fazer isso. O acidente afetou a sua memória, porém ele é lúcido..sabe o que quer...o q podemos fazer..
10 de fevereiro de 2010 11:56
maria da glória perez disse...
Você pode, sim, ser a curadora de seu companheiro. Contrate um advogado de sua confiança ou contate a Defensoria Pública, se o caso (comprovadamente pobre).
Ainda que ele não conseguisse se expressar, você teria esse direito.
Um abraço e boa sorte.
11 de fevereiro de 2010 18:49
Anônimo disse...
Maria,uma pessoa que sofre de problemas de memória tem que estar interditada? Este meu companheiro após o acidente ficou com problemas de memória de trabalho e recente. Também perdeu quase td a sua memória antiga, porém ele tem noção de td. Vc acredita que consegueriamos tirar esta curatela dele? obriagada
6 de março de 2010 23:23
maria da glória perez disse...
A curatela é uma solução para PROTEGER o curatelado.
Se o seu companheiro sobre com problemas de memória, a ponto de influenciar o dicernimento (dele) - o que ele realmente quer - é possível a curatela.
Mas essa é uma decisão que passará pelo crivo do juiz, após inspeção pericial.
Converse, primeiro, com o médico dele.
Boa sorte.
9 de março de 2010 18:49
Anônimo disse...
meu tio faleceu dia 2 de abril. eu consigo receber o sálario dele desse mes ou naõ ? ele era aposentado por invalidez?
19 de abril de 2010 19:34
maria da glória perez disse...
A pensão (e também o salário) referem-se a um período passado. 
Por conseguinte, como seu tio morreu no dia 2 de abril, você teria o direito a retirar o último depósito, ainda mais porque presume-se que teve gastos com as despesas do funeral.
Entretanto, a sua legitimidade para requerer - a curatela - cessou com morte do curatelado, o que o torna incapaz de representá-lo a partir do evento.
20 de abril de 2010 07:53
Nυиσ disse...
Ola Maria, Boa Noite!
Li toda a matéria do BLOG e achei muito detalhada, de boa qualidade e auxilio para quem procura informação ou auxilio. De qualquer forma eu gostaria de pedir uma interpretação ou a grosso modo ajuda mesmo.
Vou encurtar a narrativa.
Minha mãe esta internada em um hospital geriátrico a mais ou menos 6 anos na época que tinha 18 anos sendo atualmente o filho mais velho (maior de idade), mesmo com 18 anos com o impacto dos acontecimentos e falta de informação eu não sabia que poderia ser curador, uma vez que minha mãe não tem conjugue ou parente apto mais próximo. Pelo que eu entendi naquela época eu já estava em condições de ser curador porem não fui indicado, ao contrario disso, uma “amiga” se propôs a ajudar não informando que eu poderia ser curador se pois a frente e sem vinculo familiar abriu o processo e foi nomeada pelo ministério publica como curadora. Mesmo assim durante todo esse tempo eu estive sozinho, porem sempre auxiliando minha mãe, de todas as formas, sofri com ela, corri com ela, e hoje com 24 anos consigo dar um suporte melhor, estar mais presente e acompanhá-la, porem nunca a abandonei.
Agora eu tenho vontade de ser curador, para poder administrar seu beneficio, e pagar uma fisioterapeuta, tratamento odontológico etc,algo que a clinica pelos SUS não da suporte, porem a curadora atual, se nega a prestar constas de todos esses anos de recebimento do beneficio e se nega a passar a curadoria, ela é curadora definitiva.
Minha duvida é, é possível revogar essa curadoria definitiva? A algo que me desabone para ser curador neste momento? O Processo seria algo extenso? Eu tenho chances? O que preciso fazer para consguir dar o primeiro passo para reverter esta situação?
Por favor, se puder tirar essas duvidas eu agradeço.
At. Bruno – br4all@live.com
26 de abril de 2010 20:25
maria da glória perez disse...
Bruno
É possível, sim, alterar a curatela. Basta que contrate um advogado e ingresse com o processo.
Um detalhe importante: como curadora, ela teria que prestar contas em juízo, periodicamente.
Boa sorte.
27 de abril de 2010 07:20
Alethéa Arruda disse...
Maria,
ótimo artigo!! No caso de uma sentença de interdição com efeito retroativo, quem fica responsável pelo incapaz no período anterior ao processo de interdição, uma vez que, a nomeação do curador só se dá ao longo do processo de interdição??? 
Grata,
Alethéa.
4 de maio de 2010 00:52

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