Sistema Límbico: memória, emoções e aprendizagem

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INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE PORTO VELHO ILES/ULBRA
RAÍSSA RODRIGUES DE MEDEIROS
Sistema Límbico: emoções, memória e aprendizagem
Porto Velho
2016
Sistema Límbico: emoções, memória e aprendizagem
O Sistema Límbico é complexo e está relacionado com os processos emocionais, ele envolve estruturas do córtex, diencéfalo e tronco encefálico. Em geral, essas áreas estão relacionadas com alguns processos motivacionais primários como sede, fome e estados de necessidade, além de controlar o sistema nervoso autônomo, o que caracteriza sua importância na participação da expressão das emoções.
O SL tem o formato de um anel cortical contínuo, que contorna as formações inter-hemisféricas. Seus componentes corticais são: Giro do Cíngulo, Giro Parahipocampal e Hipocampo e os Componentes Subcorticais são: Corpo Amigdaloide, Área Septal, Núcleos Mamilares, Núcleos Anteriores do Tálamo e Núcleos Habenulares. Ele está localizado na face medial do hemisfério cerebral, margeando o corpo caloso.
O Hipotálamo, a área pré-frontal e o sistema límbico estão relacionados com os processos emocionais, eles ocupam grande parte do encéfalo. O “cérebro límbico” tem a capacidade para memória e pode selecionar o que aprender de uma experiência e, para isso, as informações são associadas com sons, imagens, cheiros e sentimentos, isto faz com que o SL esteja diretamente ligado com o processo cognitivo de aprendizagem. Quando o indivíduo pratica atividades prazerosas e desafiadoras a ativação entre as células neurais acontece mais facilmente fortalecendo as sinapses e redes neurais.
Para que o indivíduo aprenda é necessário que esteja motivado, sem isso o cérebro não se dispõe para que ocorra a aprendizagem. A motivação impulsiona as estruturas corticais para desenvolver complexas associações cognitivas, o sistema motor para desenvolver procedimentos ou programas motores que permitem executar movimento com o mínimo gasto energético e com os mais eficientes padrões.
O sistema límbico motiva através de sensações olfatórias, impulsos viscerais ou autonômicos, emoções, sentimentos, atitudes, crenças, experiências culturais, preconceitos psicossociais, nosso autoconceito, opiniões e outros. Como nossos sentimentos, atitudes e valores impulsionam os comportamentos, tanto pela atenção como por respostas motoras, o aspecto emocional do sistema límbico tem grande influência no aprendizado e controle motor.
Em caso de ocorrerem lesões nessas estruturas límbicas, pode haver impedimento no aprendizado ocasionando um comportamento mal adaptado, tornando o indivíduo menos passível de se adaptar a seu meio social.
Os processos de aprendizagem e execução estão inevitavelmente integrados, pois só se aprende quando há prática, e a execução só pode ser feita após a aprendizagem. Tanto a motivação quanto a concentração são contribuídas pelo sistema límbico e para que ele funcione plenamente, deve estar livre de fortes emoções de qualquer espécie, ocasionando um estado de segurança e confiança, o que favorece os processos de aprendizagem e memória.
Este sistema atribui respostas viscerais, olfativas, sentimentais e motoras durante determinadas situações, com isso, quanto mais valor for dado a estas respostas e sensações mais fácil será guardar a lembrança, por exemplo, se durante um almoço em família a criança experimenta uma sobremesa da qual goste muito, todas às vezes que experimentar novamente ela se lembrará do almoço ou de outra coisa que tenha ocorrido quando experimentou a sobremesa, porém, isto funciona no aprendizado também, se um aluno aprende uma regra de Português de maneira cantada, provavelmente quando ele precisar lembrar basta cantar a música novamente para ativar a lembrança que ficou registrada pela música. 
Enfim, o Sistema Límbico tem como principal função integrar as informações sensitivo-sensoriais com o estado psíquico interno, no qual ele atribui um conteúdo afetivo a esses estímulos, o registro das informações é feito com as memórias pré-existentes, isto gera uma resposta emocional adequada, consciente ou vegetativa de acordo com a atenção que o indivíduo atribui a um determinado processo de aprendizagem.