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Recursos no Processo do Trabalho

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Processo do Trabalho TRT – RIO 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1
 
 
Olá pessoal! 
 
Na decorrer do curso estudamos os Princípios do Processo do Trabalho. 
 
Quero ressaltar que a FCC na prova de Analista Judiciário do TST 
abordou o seguinte: 
 
 (FCC – Analista Judiciário – TST – 2012) Nos casos omissos, 
o direito processual comum será fonte subsidiária do direito 
processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível 
com as normas do Processo Judiciário do Trabalho previstas na 
CLT. CERTA 
 Art. 769 da CLT Nos casos omissos, o direito 
processual comum será fonte subsidiária do direito 
processual do trabalho, exceto naquilo em que for 
incompatível com as normas deste Título. 
 
 
Na nossa aula de hoje, estudaremos “Recursos no Processo do 
Trabalho”, tema de suma importância para os concursos, uma vez que é 
certo cair em prova questões sobre este tema. 
 
Nesta aula, abordarei a teoria geral dos recursos e os recursos em 
espécie, ou seja, os tipos de recursos que podem ser interpostos na 
Justiça do Trabalho. Falaremos também da “reclamação correicional” e 
da informatização do processo judicial trabalhista. 
 
Vamos ao estudo de hoje! 
 
Aula 07: Recursos no processo do trabalho: princípios gerais, prazos, 
pressupostos, requisitos e efeitos; recursos em espécie: recurso 
ordinário, agravo de petição, agravo de instrumento, recurso de revista, 
embargos no TST, embargos de declaração, embargos infringentes e 
agravo regimental. Reclamação Correcional. 
 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT – RIO 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 2
7.1. Recursos: Conceito e admissibilidade 
 
A palavra recurso deriva do latim “recursus” que significa andar para 
trás, retorno, reapreciação. 
 
 
CONCEITO: Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que recurso, 
como espécie de remédio processual é um direito assegurado por 
lei para que as partes, o terceiro prejudicado ou o Ministério 
Público possam provocar o reexame da decisão proferida na 
mesma relação jurídica processual, retardando, assim, a formação 
da coisa julgada. 
 
Vamos visualizar o a interposição de recursos! 
 
 
Varas de Trabalho 
 (Juízes do Trabalho) 
 (1º grau) 
 
 
 
 
 
 
 
 
TST 
(3º grau) 
 
 
 
 
 
 
TRTS 2º grau 
 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT – RIO 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
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O jurista Nelson Nery Júnior afirma que recurso é o remédio processual 
que a lei coloca à disposição das partes, do Ministério Público ou de um 
terceiro, a fim de que a decisão judicial possa ser submetida a um novo 
julgamento por órgão de jurisdição hierarquicamente superior, em regra 
àquele que a proferiu. Segundo o jurista o recurso constitui o corolário, 
prolongamento do exercício do direito de ação. 
 
Uma sentença proferida por um Juiz do Trabalho, em uma Vara de 
Trabalho (1º grau) é passível de recurso para o TRT (2º grau) e um 
acórdão proferido no TRT é passível de recurso para o TST. 
 
Quando um recurso é interposto ele será submetido, em regra, à análise 
de dois juízos de admissibilidade: 
 
� 1º Juízo de admissibilidade: “juízo a quo”. 
 (prolator da decisão impugnada) 
 
� 2º Juízo de admissibilidade: “juízo ad quem”. 
 (competente para julgar o recurso). 
Estes juízos têm por objetivo verificar a presença dos pressupostos 
recursais (objetivos e subjetivos), e caso algum deles esteja ausente o 
recurso não será conhecido. 
⇒ O despacho do “juízo a quo” não vincula o “juízo ad quem”. O 
juízo ad quem poderá conhecer de um recurso que não foi 
conhecido pelo juízo a quo e o juízo a quo poderá conhecer de um 
recurso que não foi conhecido pelo juízo ad quem. 
 
⇒ Exceção/ art. 897-A da CLT. Os embargos de declaração possuem 
apenas um juízo de admissibilidade, pois este recurso é julgado 
pelo próprio órgão que proferiu a decisão recorrida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIZU DE 
PROVA 
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O art. 514 do CPC traz como requisitos para a interposição de recurso: a 
indicação dos nomes e a qualificação das partes, a apresentação da 
fundamentação dos fatos e do direito e a exigência de pedido de nova 
decisão, ou seja, de novo julgamento. 
 
A Súmula 422 do TST traz determinação no sentido do não 
conhecimento do recurso quando o recorrente não impugnar os 
fundamentos da decisão recorrida. 
 
Súmula 422 do TST Não se conhece de recurso para o TST, pela 
ausência do requisito de admissibilidade inscrito no art. 514, II, do CPC, 
quando as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da 
decisão recorrida, nos termos em que fora proposta. 
 
Analisaremos, mais adiante, os pressupostos recursais objetivos e 
subjetivos, que são os requisitos de admissibilidade dos recursos. 
 
Vamos, antes, estudar os princípios que se aplicam aos recursos. 
 
7.2. Princípios dos recursos trabalhistas: 
 
Os princípios recursais são as diretrizes básicas e os preceitos 
fundamentais dos recursos trabalhistas. Os recursos trabalhistas 
seguem as mesmas diretrizes dos princípios recursais do Código de 
Processo Civil e da Constituição Federal. 
 
Atenção: A CLT e a legislação processual trabalhista extravagante 
elencam, de forma taxativa os recursos no Processo do Trabalho. 
 
Desta forma não será possível aplicar ao Processo do Trabalho um 
recurso previsto no CPC sob o argumento de que a CLT é omissa. 
 
A taxatividade restringe-se somente ao arrolamento dos recursos 
admissíveis e não a toda a regulamentação da matéria. 
 
Portanto, incidem no processo trabalhista as demais normas do CPC 
referentes aos recursos, para suprir omissões da CLT (art. 769 da CLT). 
 
 
 
 
 
 
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Vejamos os princípios: 
 
a) Princípio do Duplo Grau de Jurisdição: O princípio do duplo 
grau de jurisdição assenta-se na possibilidade de controle dos atos 
jurisdicionais dos órgãos inferiores pelos órgãos jurisdicionais 
superiores. 
 
Segundo Mauro Schiavi prevalece o entendimento de que o duplo grau 
de jurisdição não é um princípio constitucional, pois a Constituição não o 
prevê expressamente. 
 
Para o jurista não se pode dizer que o princípio do duplo grau de 
jurisdição decorre do devido processo legal, do contraditório e da 
inafastabilidade da jurisdição. 
 
Súmula 303 do TST: FAZENDA PÚBLICA. DUPLO GRAU DE 
JURISDIÇÃO 
I - Em dissídio individual, está sujeita ao duplo grau de jurisdição, 
mesmo na vigência da CF/1988, decisão contrária à Fazenda Pública, 
salvo: a) quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente 
a 60 (sessenta) salários mínimos; b) quando a decisão estiver em 
consonância com decisão plenária do Supremo Tribunal Federal ou com 
súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho. 
II - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo juízo de primeiro grau 
está sujeita ao duplo grau de jurisdiçãoobrigatório quando desfavorável 
ao ente público, exceto nas hipóteses das alíneas "a" e "b" do inciso 
anterior. 
III - Em mandado de segurança, somente cabe remessa "ex officio" se, 
na relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público como 
parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na 
hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado 
pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria 
administrativa. 
 
b) Princípio da Taxatividade: Já falei um pouco deste princípio. 
Reflete que somente os recursos previstos na lei processual 
trabalhista extravagente ou na CLT serão cabíveis no Processo do 
Trabalho. 
 
 
 
 
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No Processo do Trabalho são cabíveis os seguintes recursos 
segundo a sistemática da CLT (segundo Mauro Schiavi): 
a) Recurso ordinário (art. 895 da CLT); 
b) Recurso de revista (art. 896 da CLT); 
c) Embargos para o TST (art. 894 da CLT); 
d) Agravo de instrumento (art. 897 da CLT); 
e) Agravo de petição (art. 897 da CLT); 
f) Embargos de declaração (art. 897-A da CLT); 
g) Agravo regimental (art. 709, parágrafo 1º da CLT); 
h) Pedido de revisão ao valor atribuído à causa (art. 2º, parágrafo 1º 
da Lei 5.584/70). 
 
Há, também, no Processo do Trabalho a possibilidade de interposição 
de Recurso Extraordinário, que não é um recurso trabalhista stricto 
sensu, mas por ser um recurso constitucional é aplicável ao processo 
do trabalho (art. 102 da CF/88). 
 
É importante falar da remessa ex officio, também chamada de 
recurso de ofício, prevista no art. 475 do CPC e Decreto-lei 779/69, 
embora não tenha a mesma natureza jurídica dos recursos é 
aplicável ao processo do trabalho. 
 
Quando houver condenação em face da Fazenda Pública, nos termos 
do Decreto-lei 779/69 e art. 475 do CPC, o processo estará sujeito ao 
duplo grau de jurisdição obrigatório ou à remessa de oficio, também 
denominada recurso de ofício. 
 
A remessa necessária não tem natureza recursal, uma vez que não 
se busca aclarar, reformar ou anular a decisão. Trata-se de condição 
de eficácia da sentença que somente produzirá efeitos de pois de 
confirmada pelo Tribunal. 
 
c) Princípio da Singularidade ou Unirrecorribilidade: Consiste 
no fato de ser cabível somente um recurso para cada decisão. 
 
d) Princípio da Fungibilidade: Consiste no fato de o recorrente 
poder interpor um recurso ao invés de outro, quando presentes 
alguns requisitos. 
 
 
 
 
 
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São pressupostos para aplicação do princípio da fungibilidade: 
 
a) Dúvida objetiva sobre o recurso cabível: Há dúvida objetiva 
quando há fundada discussão tanto na doutrina quanto na 
jurisprudência sobre qual o recurso cabível para a decisão. 
 
b) Inexistência de erro grosseiro ou má-fé: Há erro grosseiro quando 
a lei expressamente disciplina um recurso e a parte interpõe outro 
recurso. 
 
c) Interposição no prazo do recurso correto: Havendo dúvida sobre 
qual o recurso correto, deve a parte interpor o recurso no prazo 
do recurso correto. Assim, se há dois prazos distintos, deverá a 
parte interpor o recurso no prazo do recurso menor. 
 
A jurisprudência do TST acolhe o princípio da fungibilidade recursal 
conforme podemos observar na súmula 421 do TST e na OJ 69 da 
SDI-1 do TST: 
 
Súmula 421 do TST I - Tendo a decisão monocrática de provimento ou 
denegação de recurso, prevista no art. 557 do CPC, conteúdo decisório 
definitivo e conclusivo da lide, comporta ser esclarecida pela via dos 
embargos de declaração, em decisão aclaratória, também monocrática, 
quando se pretende tão-somente suprir omissão e não, modificação do 
julgado. II - Postulando o embargante efeito modificativo, os embargos 
declaratórios deverão ser submetidos ao pronunciamento do Colegiado, 
convertidos em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e 
celeridade processual. 
OJ 69 da SDI- II do TST Recurso ordinário interposto contra despacho 
monocrático indeferitório da petição inicial de ação rescisória ou de 
mandado de segurança pode, pelo princípio de fungibilidade recursal, 
ser recebido como agravo regimental. Hipótese de não conhecimento do 
recurso pelo TST e devolução dos autos ao TRT, para que aprecie o 
apelo como agravo regimental. 
 
 
 
 
 
 
 
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e) Princípio da reformatio in pejus: O princípio da proibição da 
reformatio in pejus decorre do princípio do dispositivo e também do 
princípio do tantum devolutum quantum appellatum, segundo o qual 
não se pode agravar a situação do recorrente. 
 
Constitui exceção a este princípio de vedação da reformatio in pejus as 
matérias que o Tribunal pode conhecer de ofício, como as mencionadas 
no art. 301 do CPC (matérias de ordem pública). 
 
f) Princípio da Variabilidade: Alguns autores sustentam a existência 
deste princípio, que consiste na possibilidade de o recorrente, dentro do 
prazo recursal, variar o recurso interposto, ou seja, alterar a medida 
recursal já interposta, com a finalidade de interpor o recurso correto 
para a decisão. 
 
Mauro Schiavi não perfilha deste entendimento. Observem: “Pensamos 
que, atualmente, diante da sistemática processual vigente, tanto da CLT 
que não contém regra a respeito, como do CPC de 73 que não repetiu o 
disposto no art. 809 do CPC de 39, não existe o princípio da 
variabilidade no ordenamento processual vigente, tampouco no Processo 
do Trabalho”. 
 
Assim, uma vez interposto o recurso o recorrente consuma o ato não 
podendo alterar a medida recursal, pois estará consumada a preclusão 
consumativa. 
 
7.3. Teoria Geral: 
 
a) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: A regra 
geral é que as decisões interlocutórias não são recorríveis de imediato 
na Justiça do Trabalho, sendo recorríveis, apenas, no recurso da decisão 
definitiva que, em regra, é o recurso ordinário. 
 
Art. 893 da CLT § 1º - Os incidentes do processo são 
resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a 
apreciação do merecimento das decisões interlocutórias 
somente em recursos da decisão definitiva. 
 
 
 
 
 
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É importante assinalar que as decisões interlocutórias poderão ensejar 
recurso nas hipóteses elencadas na Súmula 214 do TST. 
 
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as 
decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas 
hipóteses de decisão: 
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou 
Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; 
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo 
Tribunal; 
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa 
dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o 
juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. 
 
Decisão interlocutória é um ato do juiz que no curso do processo 
resolverá uma questão incidental a ele, mas que não terá relação com o 
mérito/pedido da ação. 
 
A Súmula apresenta então, três exceções ao princípio da 
irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias. 
 
A primeira, quando a decisão contrariar Súmulaou Orientação 
Jurisprudencial do TST o fundamento da admissibilidade imediata do 
recurso contra a decisão é a celeridade e economia processual, uma vez 
que a decisão será reformada no TST. 
 
Já quando a decisão for suscetível de impugnação de recurso para um 
mesmo Tribunal podemos citar o cabimento de recurso de decisão do 
juiz relator quando negar seguimento a um recurso, como é o caso do 
agravo regimental. 
 
Já a terceira hipótese é o caso, por exemplo, de um juiz do trabalho que 
acolhe a exceção de incompetência territorial e remeterá os autos do 
processo para um tribunal distinto daquele a que se vincula o juízo 
excepcionado, neste caso o TST admite o recurso desta decisão. 
 
Observem o que a FCC abordou! 
 
 
 
 
 
 
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 (FCC - Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 
15ª Região- 2009) Contra decisão de Tribunal Regional do 
Trabalho que reconhece ter havido nulidade ou a existência de 
irregularidade sanável e determina a baixa dos autos ao juízo de 
primeiro grau, para novo pronunciamento deste, 
(A) caberá agravo regimental. 
(B) caberá embargos no prazo de oito dias. 
(C) caberá recurso de revista no prazo de oito dias. 
(D) não caberá recurso. 
(E) caberá recurso de revista no prazo de cinco dias. 
 
Comentários: Letra D. Trata-se de uma decisão interlocutória, 
por isso não caberá recurso de imediato conforme estabelece o 
art. 893, parágrafo 1º da CLT. 
 
 
A CLT regulamenta os recursos nos artigos 893/901. Irei comentá-los 
através de questões FCC, no decorrer desta aula. 
 
Art. 893. Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: 
I. embargos; 
II. recurso ordinário; 
III. recurso de revista; 
IV. agravo. 
§ 1º Os incidentes do processo são resolvido pelo próprio Juízo 
ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das 
decisões interlocutórias somente em recurso da decisão 
definitiva. 
§ 2º A interposição de recurso para o Supremo Tribunal Federal 
não prejudicará a execução do julgado. 
 
No Processo do Trabalho, as decisões interlocutórias não serão 
recorríveis de imediato, conforme estabelece o art. 893 § 1º da CLT, 
que somente permite apreciação das mesmas no recurso da decisão 
definitiva, geralmente no recurso ordinário. 
 
 
 
 
 
 
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Art. 893 da CLT Das decisões são admissíveis os seguintes 
recursos: 
I - embargos; 
II - recurso ordinário; 
III- recurso de revista; 
IV- agravo. 
§ 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio 
Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento 
das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão 
definitiva. 
A Súmula 214 do TST traz hipóteses de exceção ao princípio da 
irrecorribilidade das decisões interlocutórias, quando o TRT proferir 
decisão interlocutória contrária a alguma Súmula e OJ do TST a parte 
poderá recorrer desta decisão. 
 
Quando a decisão interlocutória for passível de recurso para o mesmo 
Tribunal a parte prejudicada poderá recorrer desta decisão e quando for 
acolhida exceção de incompetência territorial relativa (estudaremos na 
aula sobre exceção, contestação e reconvenção) com remessa do 
processo para outro TRT a parte poderá recorrer da decisão 
interlocutória. 
 
Neste sentido a Súmula 214 do TST! 
 
Súmula 214 do TST Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 
1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, 
salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho 
contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior 
do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o 
mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, 
com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que 
se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, 
da CLT. 
 
 
 
 
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b) Efeito Devolutivo dos recursos: No processo do trabalho os 
recursos serão dotados, em regra de efeito devolutivo, permitindo-se a 
extração de carta de sentença para a execução provisória até a penhora. 
Art. 899 da CLT - Os recursos serão interpostos por simples 
petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções 
previstas neste Título, permitida a execução provisória até a 
penhora. 
Há outras classificações que foram objeto da prova discursiva do TRT 
20ª região em 2011, vejamos: 
 (TRT 20ª Região – Analista Judiciário – FCC – 2011) Em que 
consistem os efeitos translativo, regressivo, substitutivo, devolutivo e 
suspensivo dos recursos: 
 
Sugestão de resposta: A banca pede que vocês falem de todos os 
efeitos dos recursos, ela quer o conceito de cada um deles. 
 
Observem o resumo teórico dos efeitos dos recursos: 
 
Efeitos dos recursos: 
 
a) Efeito Devolutivo: No processo do trabalho os recursos são dotados, 
ordinariamente, de efeito devolutivo, permitindo ao credor a execução 
provisória da sentença. Por efeito devolutivo deve-se entender a 
devolução da matéria submetida a apreciação e julgamento pelo órgão 
judicial destinatário do recurso. 
 
b) Efeito Suspensivo: Este efeito não permite a execução provisória da 
sentença, pois ele adia os efeitos da decisão impugnada. 
 
c) Efeito Translativo: Permite ao órgão recursal conhecer de uma 
matéria ainda que não tenha sido objeto de impugnação. São as 
matérias de ordem pública que devem ser conhecidas de ofício. 
 d) Efeito Substitutivo: A decisão do órgão recursal substitui a decisão 
do órgão recorrido no que tiver sido objeto do recurso. 
 
 
 
 
 
 
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 Há duas situações em que o recurso interposto não terá efeito 
substitutivo, são elas: 
 
1)quando o órgão recursal não conhece o recurso; 
 
2) quando o órgão recursal decreta a nulidade da sentença. 
 
e) Efeito Extensivo: O efeito extensivo tem aplicabilidade na hipótese de 
litisconsórcio unitário, sendo aquele que ocorre quando a decisão judicial 
tem que ser uniforme para todos os componentes. 
 
f) Efeito Regressivo: É aquele que tem cabimento na hipótese de 
possibilidade de retratação ou reconsideração pelo mesmo juízo prolator 
da decisão, como ocorre com o Agravo de Instrumento e com o Agravo 
Regimental. 
 
 
 
c) Uniformidade de prazo para recurso: Será de 08 dias o prazo 
para interpor e contra-razoar qualquer recurso trabalhista. Entretanto, 
alguns recursos possuem prazos diferenciados, como o de 05 dias para 
embargos de declaração e o de 15 dias para recurso extraordinário. 
 
d) Instrução Normativa 27: A Instrução normativa 27 do TST assim 
dispõe: a ampliação da competência da justiça do trabalho pela Emenda 
Constitucional 45/04 não alterou o sistema recursal trabalhista. 
 
A sistemática recursal a ser observada será a prevista na CLT. 
 
e) Pressupostos Recursais objetivos e subjetivos 
 
� Pressupostos recursais objetivos ou extrínsecos: São 
pressupostos processuais objetivos ou extrínsecos: 
 
a) a recorribilidade do ato: O ato será recorrível quando não houver 
vedação legal para a interposição de recurso como, por exemplo, os 
despachos de mero expediente que não são passíveis derecursos; 
 
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 Atenção: Questão Subjetiva Comentada: Qual é o recurso 
cabível contra decisão do juiz do trabalho na qual seja 
homologado acordo pactuado entre as partes? Justifique sua 
resposta. 
 
Comentários: No procedimento ordinário o juiz é obrigado a 
fazer duas propostas de conciliação: a primeira quando abrir a 
audiência antes de receber a contestação e a segunda após 
razões finais antes de proferir a sentença. E, também a qualquer 
tempo o juiz poderá propor a conciliação entre as partes, 
independentemente das duas propostas conciliatórias obrigatórias 
por lei. 
Quando as partes conciliarem-se, ou seja, celebrarem acordo, o 
juiz deverá lavrar um termo de conciliação que será assinado 
pelas partes e por ele. Este termo de conciliação é considerado 
uma sentença homologatória de transação entre as partes, sendo, 
título executivo judicial que pode ser executado na Justiça do 
Trabalho. 
As partes não poderão interpor recurso contra o termo de 
conciliação, exceto quanto às parcelas devidas para a previdência 
social, uma vez que o parágrafo único do art. 831 da CLT 
estabelece que o mesmo valerá como decisão irrecorrível. 
Em face do que excepciona o parágrafo único do art. 831 da CLT 
a União poderá interpor recurso ordinário relativamente às 
contribuições previdenciárias decorrentes dos acordos 
homologados. 
 Art. 831 da CLT - A decisão será proferida depois de 
rejeitada pelas partes a proposta de conciliação. 
Parágrafo único - No caso de conciliação, o termo que for 
lavrado valerá como decisão irrecorrível salvo para a 
Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem 
devidas. 
A desconstituição do termo de conciliação somente será possível 
através de ação rescisória de acordo com a Súmula 259 do TST. 
 Súmula 259 do TST TERMO DE CONCILIAÇÃO. AÇÃO 
RESCISÓRIA Só por ação rescisória é impugnável o termo de 
conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT. 
 
 
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b) a adequação: O recurso interposto tem que ser o previsto para 
impugnar a decisão, isto é o mesmo que dizer que ele é adequado; 
 
c) a tempestividade: Por tempestividade deve-se entender o fato do 
recurso ser interposto dentro do prazo próprio para cada recurso, 
estabelecido por lei. 
 
BIZU DE PROVA (NOVA SÚMULA): Observem a situação hipotética, 
relativamente ao prazo para a interposição de recurso: 
 
Em ação trabalhista já em grau de recurso, a advogada de Joana tomou 
conhecimento da decisão proferida em recurso ordinário mediante 
publicação da ata de julgamento. Antes de ter sido publicado o referido 
acórdão, a advogada interpôs o recurso de revista para impugnar a 
decisão. 
 
O recurso deverá ser considerado tempestivo ou intempestivo, de 
acordo com orientação jurisprudencial do TST? 
 
SÚMULA 434 (EX-OJ 357) I) É extemporâneo recurso interposto 
antes de publicado o acórdão impugnado. II) A interrupção do prazo 
recursal em razão da interposição de embargos de declaração pela parte 
adversa não acarreta qualquer prejuízo àquele que apresentou seu 
recurso tempestivamente. 
 
O recurso de revista apresentado pela advogada de Joana foi 
intempestivo, uma vez que a antiga Orientação Jurisprudencial 357 da 
SDI-1 do TST, agora convertida na Súmula 434 do TST, estabelecia que 
o recurso interposto antes da publicação do acórdão impugnado é 
extemporâneo, ou seja, intempestivo. 
 
O termo a quo para contagem do prazo recursal ocorrerá com a 
publicação da decisão recorrida, assim o recurso que for interposto 
antes da publicação da decisão a ser impugnada será intempestivo, uma 
vez que o prazo recursal começara a correr a partir da publicação da 
decisão. 
 
 
 
 
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Há julgados que se apresentam como fundamentação para a decisão 
que considera intempestivo, o recurso interposto antes da publicação do 
acórdão, o artigo 184, parágrafo 2º, do Código de Processo Civil 
(aplicação subsidiária ao processo do trabalho), segundo o qual o termo 
inicial do prazo recursal começa a correr a partir da intimação das 
partes. 
É importante mencionar que a contagem do prazo para interposição de 
recurso é regulamentada, pelos seguintes dispositivos legais e 
jurisprudenciais: 
Art. 851 da CLT - Os tramites de instrução e julgamento da 
reclamação, serão resumidos em ata, de que constará, na 
íntegra, a decisão. 
 § 2º - A ata será, pelo presidente ou juiz, junta ao processo, 
devidamente assinada, no prazo improrrogável de 48 (quarenta 
e oito) horas, contado da audiência de julgamento. 
Art. 852 da CLT - Da decisão serão os litigantes notificados, 
pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência. 
No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida 
no § 1º do art. 841. 
 
Súmula 30 do TST Quando não juntada a ata ao processo em 48 
horas, contadas da audiência de julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o 
prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a 
intimação da sentença. 
 
Súmula 197 do TST O prazo para recurso da parte que, intimada, não 
comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da 
sentença conta-se de sua publicação. 
 
d) a representação: 
 
OJ 120 da SDI-1 do TST O recurso sem assinatura será tido por 
inexistente. Será considerado válido o apelo assinado, ao menos, na 
petição de apresentação ou nas razões recursais. 
 
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e) o preparo: Por preparo deve-se entender o pagamento das custas e 
do depósito recursal, quando não for feito o preparo diz-se que ocorreu 
a deserção e o recurso não será conhecido. 
 
A massa falida não terá o ônus de ter o seu recurso considerado 
deserto, por não ter pago as custas processuais e não ter efetuado o 
depósito recursal. Massa falida é o nome que se dá a uma empresa que 
está passando por um processo de falência. 
 
Deserção ocorrerá quando o recurso não for conhecido por não ter sido 
realizado o preparo que é um pressuposto processual objetivo, 
indispensável para o conhecimento do recurso. 
 
Atenção: Em Junho de 2010, art. 899 da CLT foi acrescido do parágrafo 
sétimo que assim dispõe: § 7o No ato de interposição do agravo de 
instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% (cinquenta por 
cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar. 
 
 
Súmula 86 do TST 
Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento 
de custas ou de depósito do valor da condenação. Esse privilégio, 
todavia, não se aplica à empresa em liquidação extrajudicial. 
 
 
� Pressupostos recursais subjetivos ou intrínsecos: 
 
São pressupostos processuais subjetivos: 
 
a) A legitimidade das partes: Partes legítimas são aquelas que 
poderão interpor o recurso contra determinada decisão. 
 
A doutrina considera como legitimados as seguintes pessoas: as 
partes, o terceiro interessado e o Ministério Público, o sucessor ou 
herdeiro, a empresa condenada solidariamente ou subsidiariamente, o 
subempreiteiro, o empreiteiro principal ou o dono da obra, os 
litisconsortes e assistentes, o substituto processual, o Ministério Público 
do Trabalho,tanto nos processos em que é parte quanto naqueles em 
que oficia como custos legis,o presidente do TRT e o Ministério Público 
do trabalho das decisões proferidas em dissídios coletivos, que afetem 
as empresas de serviços públicos, ou, em qualquer caso, das proferidas 
em revisão nos casos de dissídio coletivo. 
 
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b) A capacidade: Refere-se à plena capacidade civil estabelecida nos 
artigos 3º, 4º e 5º do Código Civil, ou seja, no ato de interposição do 
recurso o recorrente não poderá estar, por exemplo, sofrendo das 
faculdades mentais. 
 
c) O interesse processual: O interesse para a interposição de recurso 
decorre da utilidade e necessidade em recorrer, ou seja, utilidade da 
providência jurisdicional que se pede e necessidade da via recursal para 
obtê-la. 
 
OJ 338 SDI- I do TST Há interesse do Ministério Público do trabalho 
para recorrer contra a decisão que declara a existência de vínculo 
empregatício com Sociedade de economia Mista, após a CF/88, sem a 
prévia aprovação em concurso público. 
 
 (FCC - Analista Judiciário - Execução de mandados TRT 20ª 
Região- 2011) São pressupostos recursais intrínsecos 
(A) o depósito recursal e o interesse recursal. 
(B) o cabimento e o pagamento de custas. 
(C) o interesse recursal e a legitimidade. 
(D) a tempestividade e a legitimidade. 
(E) o depósito recursal e a tempestividade. 
 
Comentários: Letra C. 
 
7.4. Espécies: Antes de falar sobre as espécies de recursos, é 
importante lembrar da remessa necessária. 
 
O Decreto-lei 779/69 estabelece que nas causas em que figurarem a 
União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, bem como as 
autarquias e fundações públicas, que não explorem atividade 
econômica, haverá recurso ordinário ex officio das decisões que lhes 
sejam total ou parcialmente contrárias. 
 
O recurso ex officio ou remessa necessária não comportará contrarazões 
e nem recurso adesivo, uma vez que apesar do nome “recurso” esta 
remessa não tem natureza de recurso, sendo privilégio processual da 
Fazenda Pública. 
 
 
 
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Vamos estudar, agora, as espécies de recursos no Processo do 
Trabalho! 
 
1. Recurso Ordinário: (Art. 895 da CLT, Súmulas 158, 201, 414 do 
TST). 
 
 
Varas de Trabalho 
 (Juízes do Trabalho) 
 1º grau 
Art. 895. Cabe recurso ordinário para a instância superior: 
I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no 
prazo de 8 (oito) dias; e 
II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais 
Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 
8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios 
coletivos. 
Caberá recurso ordinário para a instância superior: 
a) das decisões definitivas ou terminativas das Varas de Trabalho 
e juízos para os TRTS; 
b) das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais 
Regionais, em processos de sua competência originária, quer nos 
dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. 
O prazo para a interposição do recurso ordinário será de oito dias. 
TST 
(3º grau) 
 
 
 
 
 
 
TRTS 2º grau 
 
 
 
 
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(FCC - Analista Judiciário – TST – 2012) Cabe recurso 
ordinário, no prazo de 8 dias, das decisões definitivas ou 
terminativas das Varas; sendo que em relação aos Tribunais 
Regionais, em processos de sua competência originária, somente 
cabe o recurso das decisões definitivas em dissídios individuais, e 
das decisões definitivas ou terminativas em dissídios coletivos. 
 
ERRADA 
 
 
Art. 895 § 1º Nas reclamações sujeitas ao procedimento 
sumaríssimo, o recurso ordinário: I - (vetado) 
II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no 
Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, 
e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em 
pauta para julgamento, sem revisor; 
III - terá parecer oral do representante do Ministério Público 
presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o 
parecer, com registro na certidão; 
IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de 
julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte 
dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a 
sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de 
julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. 
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão 
designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários 
interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao 
procedimento sumaríssimo. 
É importante lembrar que no procedimento sumaríssimo, o recurso 
ordinário terá características próprias com o objetivo de maior 
celeridade processual. 
Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso 
ordinário: 
a) será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, 
devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria 
do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para 
julgamento, sem revisor; 
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b) terá parecer oral do representante do Ministério Público 
presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o 
parecer, com registro na certidão; 
c) terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, 
com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões 
de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos 
próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal 
circunstância, servirá de acórdão. 
Atenção: Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão 
designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos 
das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento 
sumaríssimo. 
É importante citar as Súmulas que tratam de Mandado de 
Segurança e Ação Rescisória e que se referem ao Recurso Ordinário: 
Súmula 158 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em 
ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do 
Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista. 
Súmula 201 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em 
mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) 
dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o 
recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. 
Súmula 414 do TST I - A antecipação da tutela concedida na sentença 
não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser 
impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar é o meio 
próprio para se obter efeito suspensivo a recurso. II - No caso da tutela 
antecipada (ou liminar) ser concedida antes da sentença, cabe a 
impetração do mandado de segurança, em face da inexistência de 
recurso próprio. III - A superveniência da sentença, nos autos 
originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que 
impugnava a concessão da tutela antecipada (ou liminar). 
 
 
 
 
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2. Embargos no Tribunal Superior do Trabalho: 
 
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no 
prazo de 8 (oito) dias: 
 
I - de decisão não unânime de julgamento que: 
 
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios 
coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais 
Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças 
normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos 
em lei; e 
 
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das 
decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, salvo se 
a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou 
orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou 
do Supremo Tribunal Federal. 
 
 (FCC - Analista Judiciário – TST – 2012) No Tribunal 
Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 dias, de 
decisão unânime de julgamento que estender ou rever as 
sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos 
casos previstos em lei. ERRADA. 
 
Os embargos constituem espécie recursal cabível exclusivamente no 
âmbito do TST para pacificar a jurisprudência deste Tribunal. 
Atualmente, os embargos no TST vêm disciplinados pela Lei 7.701/88, 
arts. 2º, II, c e 3º, III, b e no art. 894 da CLT, com redação dada pela 
Lei 11.496/07. 
 
Antes do advento da Lei 11.496/07, a Lei 7.701/88 previa três espécies 
de embargos, quais sejam embargos de divergência, de nulidade e 
infringentes. 
 
Com a nova Lei, são previstos, apenas, dois tipos de embargos: 
embargos de divergência e embargos infringentes. 
 
 
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� O art. 894 da CLT trata dos embargos que poderão ser 
interpostos para o TST em 8 dias das decisões não-unânimes de 
julgamento que conciliar, julgar ou homologar conciliação em 
Dissídios coletivos que excedam a competência regional dos 
Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as 
sentenças normativas do TST. 
 
� Caberá embargos para o TST, de acordo com o art. 894 da CLT, 
das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das 
decisões proferidas pela Seção de Dissídios individuais, salvo se 
a decisão recorrida estiver em consonância com Súmula ou OJ 
do TST ou do STF. 
 
� Prazo oito dias. 
 
� O art. 2º, II da Lei 7.701/88 trata dos embargos infringentes que 
caberão das decisões não-unânimes proferidas pelo TST em 
Dissídios Coletivos de sua competência originária. 
 
� Prazo oito dias. 
 
� O art. 3º, I II, b da Lei 7.701/88 trata dos embargos de 
divergência que caberão quando houver divergência de decisão 
entre: a) turmas do TST; b) Turmas do TST e Seção 
Especializada em Dissídios Individuais; c) Turmas do TST e 
Súmulas do Próprio TST. 
 
Embargos Infringentes: 
 
Os embargos infringentes é uma modalidade de recurso de natureza 
ordinária cuja competência para julgamento é da Seção de Dissídios 
Coletivos (SDC). 
 
É o recurso cabível para impugnar decisão não-unânime proferida em 
dissídio coletivo de competência originária do TST. Como exemplo, 
Carlos Henrique Bezerra Leite cita os dissídios coletivos que envolvem 
empresas que exercem a sua atividade econômica em base territorial 
que extrapole a jurisdição de um TRT. 
 
 
 
 
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Atenção: Os embargos infringentes estavam previstos no art. 2º, II, c 
da Lei 7.701/88. 
 Art. 2º - Compete à seção especializada em dissídios 
coletivos, ou seção normativa: 
 II - em última instância julgar: c) os embargos infringentes 
interpostos contra decisão não unânime proferida em processo de 
dissídio coletivo de sua competência originária, salvo se a decisão 
atacada estiver em consonância com procedente jurisprudencial 
do Tribunal Superior do Trabalho ou da Súmula de sua 
jurisprudência predominante. 
Com a nova redação do art. 894 da CLT, a interpretação adotada pela 
doutrina é a de que são admissíveis os embargos infringentes e decisão 
não-unânime da SDC, salvo se esta estiver em consonância com 
precedente ou OJ da SDC ou súmula do TST. 
 
Os embargos infringentes é uma modalidade de recurso que também 
está prevista no Regimento Interno do TST que determina o seu 
cabimento das decisões não-unânimes proferidas pela Seção 
Especializada em Dissídios Coletivos. 
 
Os embargos infringentes comportam devolutividade ampla, abrangendo 
matéria fática e jurídica desde que restritas à cláusula em que não 
tenha havido julgamento unânime. 
 
Art. 894 da CLT No Tribunal Superior do Trabalho cabem 
embargos, no prazo de 8 (oito) dias: 
I - de decisão não unânime de julgamento que 
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos 
que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do 
Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal 
Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; 
 
O procedimento dos embargos infringentes está previsto nos artigos 233 
e 234 do Regimento interno do TST. 
 
 
 
 
 
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Art. 232. Cabem embargos infringentes das decisões não 
unânimes proferidas pela Seção Especializada em Dissídios 
Coletivos, no prazo de oito dias, contados da publicação do 
acórdão no órgão oficial, nos processos de Dissídios Coletivos de 
competência originária do Tribunal. 
Parágrafo único. Os embargos infringentes serão restritos à 
cláusula em que há divergência, e, se esta for parcial, ao objeto 
da divergência. 
Art. 233. Registrado o protocolo na petição a ser encaminhada à 
Secretaria do órgão julgador competente, esta juntará o recurso 
aos autos respectivos e abrirá vista à parte contrária, para 
impugnação, no prazo legal. Transcorrido o prazo, o processo será 
remetido à unidade competente, para ser imediatamente 
distribuído. 
Art. 234. Não atendidas as exigências legais relativas ao 
cabimento dos embargos infringentes, o Relator denegará 
seguimento ao recurso, facultada à parte a interposição de agravo 
regimental. 
 (FCC – TST – Técnico Judiciário – 2012) Considere os 
seguintes Tribunais: 
I. Tribunal Superior do Trabalho. 
II. Supremo Tribunal Federal. 
III. Superior Tribunal de Justiça. 
IV. Tribunal Regional do Trabalho. 
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, caberá 
Embargos no Tribunal Superior do Trabalho das decisões das 
Turmas que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela 
Seção de Dissídios Individuais, salvo se a decisão recorrida estiver 
em consonância com súmula ou orientação jurisprudencial dos 
Tribunais indicados 
APENAS em 
(A) I, II e IV. 
(B) I e IV. 
(C) I e II. 
(D) II e III. 
(E) I, II e III. 
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Letra C. Os incisos I e II estão corretos (art. 894, II da CLT). 
 
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem 
embargos, no prazo de 8 (oito) dias: 
I - de decisão não unânime de julgamento que: 
 
b) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios 
coletivos que excedam a competência territorial dos 
Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as 
sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, 
nos casos previstos em lei; e 
 
II - das decisões das Turmasque divergirem entre si, ou 
das decisões proferidas pela Seção de Dissídios 
Individuais, salvo se a decisão recorrida estiver em 
consonância com súmula ou orientação jurisprudencial do 
Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal 
Federal. 
 
 
 
Súmula 353 do TST Não cabem embargos para a Seção de Dissídios 
Individuais de decisão de Turma proferida em agravo, salvo: a) da 
decisão que não conhece de agravo de instrumento ou de agravo pela 
ausência de pressupostos extrínsecos; b) da decisão que nega 
provimento a agravo contra decisão monocrática do Relator, em que se 
proclamou a ausência de pressupostos extrínsecos de agravo de 
instrumento; c) para revisão dos pressupostos extrínsecos de 
admissibilidade do recurso de revista, cuja ausência haja sido declarada 
originariamente pela Turma no julgamento do agravo;d) para impugnar 
o conhecimento de agravo de instrumento; 
e) para impugnar a imposição de multas previstas no art. 538, 
parágrafo único, do CPC, ou no art. 557, § 2º, do CPC. f) contra decisão 
de Turma proferida em Agravo interposto de decisão monocrática do 
relator, baseada no art. 557, § 1º-A, do CPC. 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA 433 do TST (publicada em 2012) A admissibilidade do 
recurso de embargos contra acórdão de Turma em recurso de revista 
em fase de execução, publicado na vigência da Lei 11.496, de 
26.06.2007, condiciona-se à demonstração de divergência 
jurisprudencial entre Turmas ou destas e a Seção Especializada em 
Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho em relação à 
interpretação de dispositivo constitucional. 
 
Observem a recente decisão do Tribunal Pleno do TST! 
 
Tribunal Pleno decide incorporar OJ 293 da SDI-1 na Súmula 
353. 
Em sessão realizada ontem (16/11), o Tribunal Pleno do Tribunal 
Superior do Trabalho decidiu, por unanimidade, cancelar a Orientação 
Jurisprudencial 293 da SDI-1 e convertê-la no item “f” da Súmula 353 
do TST. A alteração atendeu proposta da Comissão de Jurisprudência do 
TST. 
Houve, ainda, alteração da referência legal: em vez do $ 1º de art. 557 
do CPC (que trata de denegação do seguimento de recurso), passou 
para § 1º - A do mesmo artigo (que trata do provimento do recurso por 
despacho). 
A OJ cancelada tem a seguinte redação: “EMBARGOS À SDI CONTRA 
DECISÃO DE TURMA DO TST EM AGRAVO DO ART. 557, § 1º, DO CPC. 
CABIMENTO. São cabíveis Embargos para a SDI contra decisão de 
Turma proferida em Agravo interposto de decisão monocrática do 
relator, baseada no art. 557, § 1º, do CPC”. Com a alteração ela ficou 
da seguinte forma: 
“EMBARGOS À SDI CONTRA DECISÃO DE TURMA DO TST EM AGRAVO 
DO ART. 557, § 1º-A, DO CPC. CABIMENTO
São cabíveis Embargos para a SDI contra decisão de Turma proferida 
em Agravo interposto de decisão monocrática do relator, baseada no 
art. 557, § 1º-A, do CPC”. 
Já a Súmula 353, que terá o texto da OJ 293 incorporado como letra “f”, 
tem atualmente o seguinte teor: “EMBARGOS. AGRAVO. CABIMENTO 
 
 
 
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Não cabem embargos para a Seção de Dissídios Individuais de decisão 
de Turma proferida em agravo, salvo:
a) da decisão que não conhece de agravo de instrumento ou de agravo 
pela ausência de pressupostos extrínsecos;
b) da decisão que nega provimento a agravo contra decisão monocrática 
do Relator, em que se proclamou a ausência de pressupostos 
extrínsecos de agravo de instrumento;
c) para revisão dos pressupostos extrínsecos de admissibilidade do 
recurso de revista, cuja ausência haja sido declarada originariamente 
pela Turma no julgamento do agravo;
d) para impugnar o conhecimento de agravo de instrumento;
e) para impugnar a imposição de multas previstas no art. 538, 
parágrafo único, do CPC, ou no art. 557, § 2º, do CPC”.
 
Essa decisão terá validade após sua publicação no Diário Eletrônico do
Tribunal Superior do Trabalho (Augusto Fontenele)
 
Fonte: www.tst.jus.br 
 
3. Agravo de petição: Art. 897, a, da CLT. 
� É o recurso cabível para impugnar decisões judiciais proferidas no 
curso do processo de execução. 
� Caberá no prazo de 8 (oito) dias. 
� O agravo de petição só será recebido quando o agravante 
delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, 
sendo permitida a execução imediata da parte remanescente até o 
final, nos próprios autos ou por carta de sentença. 
Art. 897. Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: 
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; 
 
§ 1º O agravo de petição só será recebido quando o agravante 
delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, 
permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, 
nos próprios autos ou por carta de sentença. 
 
 
 
 
 
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§ 2º O agravo de instrumento interposto contra o despacho que 
não receber agravo de petição não suspende a execução da 
sentença. 
 
§ 3º Na hipótese da alínea a deste artigo, o agravo será julgado 
pelo próprio Tribunal, presidido pela autoridade, salvo se tratar de 
decisão de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou do Juiz 
de Direito, quando o julgamento competirá a uma das Turmas do 
Tribunal Regional a que estiver subordinado o prolator da 
sentença, observado o disposto no Art. 679 desta Consolidação, a 
quem este remeterá as peças necessárias para o exame da 
matéria controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos, 
se tiver sido determinada a extração de carta de sentença. 
 
§ 8º Quando o agravo de petição versar apenas sobre as 
contribuições sociais, o juiz da execução determinará a extração de 
cópias das peças necessárias, que serão autuadas em apartado, 
conforme dispõe o § 3º, parte final, e remetidas à instância superior 
para apreciação, após contraminuta. 
 
 
(FCC - Analista Judiciário – TST – 2012) O agravo de 
instrumento interposto, no prazo de 8 dias, contra o despacho 
que não receber agravo de petição suspende a execução da 
sentença até o seu julgamento final. ERRADA 
 
§ 2º O agravo de instrumento interposto contra o despacho 
que não receber agravo de petição não suspende a 
execução da sentença. 
 
 
 4. Agravo de instrumento: Art. 897, b, da CLT. 
� É utilizado para impugnar despachos que negam seguimento ao 
recurso. 
� Prazo para agravo e contra-razões é de 8 dias. 
� Será interposto perante o juízo que não conheceu do recurso. 
� Admite-se o juízo de retratação, podendo o juízo reconsiderar a 
decisão. 
 
 
 
 
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Súmula 285 do TST O fato de o juízo primeiro de admissibilidade do 
recurso de revista entendê-lo cabível apenas quanto a parte das 
matérias veiculadas não impede a apreciação integral pela Turma do 
Tribunal Superior do Trabalho, sendo imprópria a interposição de agravo 
de instrumento. 
 
Art. 897. Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: 
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de 
recursos. 
§ 2º O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não 
receber agravo de petição não suspende a execução da sentença. 
 
§ 4º Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo 
Tribunal que seria competente para conhecero recurso cuja interposição 
foi denegada. 
 
§ 5º Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação 
do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o 
imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de 
interposição: 
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da 
respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do 
agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão 
originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende 
destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito 
recursal a que se refere o § 7º do art. 899 desta Consolidação; 
I - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao 
deslinde da matéria de mérito controvertida. 
 
§ 6º O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao 
recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar necessárias 
ao julgamento de ambos os recursos. 
 
§ 7º Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do 
recurso principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o 
procedimento relativo a esse recurso. 
 
 
 
 
 
 
 
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BIZU DE PROVA: O art. 897 da CLT foi recentemente alterado, 
passando a exigir o recolhimento de custas e o depósito recursal. 
 
Art. 897 § 5º, I da CLT - obrigatoriamente, com cópias da decisão 
agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações 
outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição 
inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal 
referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do 
recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7o do 
art. 899 desta Consolidação; 
 
5. Recurso de Revista: (Art. 896 da CLT) 
 
O Recurso de Revista é um recurso de natureza extraordinária destinado 
a impugnar os acórdãos proferidos em recurso ordinário, sendo 
encaminhado às Turmas do TST para julgamento. 
 
Vejamos o dispositivo consolidado! 
 
Art. 896. Cabe recurso de revista para Turma do Tribunal Superior do 
Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em 
dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: 
 
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da 
que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou 
a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a 
Súmula de Jurisprudência Uniforme desta Corte; 
 
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de 
Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento 
empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a 
jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, 
interpretação divergente na forma da alínea "a"; e 
 
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta 
direta e literal à Constituição Federal. 
 
§ 1º O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será 
apresentado ao Presidente do Tribunal recorrido, que poderá recebê-lo 
ou denegá-lo, fundamentando, em qualquer caso, a decisão. 
 
 
 
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§ 2º Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou 
por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo 
incidente de embargos de terceiro, não caberá recurso de revista, salvo 
na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. 
 
§ 3º Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, 
à uniformização de sua jurisprudência, nos termos do Livro I, Título IX, 
Capitulo I do CPC, não servindo a súmula respectiva para ensejar a 
admissibilidade do recurso de revista quando contrariar Súmula da 
Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
§ 4º A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, 
não se considerando como tal a ultrapassada por súmula ou superada 
por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
§ 5º Estando a decisão recorrida em consonância com enunciado da 
Súmula da Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, poderá o 
Ministro Relator, indicando-o, negar seguimento ao recurso de revista, 
aos Embargos, ou ao agravo de instrumento. Será denegado 
seguimento ao recurso nas hipóteses de intempestividade, deserção, 
falta de alçada e ilegitimidade de representação, cabendo a interposição 
de agravo. 
 
 
(FCC - Analista Judiciário – TST – 2012) Cabe Recurso de 
Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões 
proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, 
pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando proferidas com 
violação literal de disposição de lei municipal, estadual e federal 
ou afronta direta e literal à Constituição Federal. ERRADA 
 
 
 
§ 6º Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será 
admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de 
jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violação 
direta da Constituição da República. 
 
 
 
 
 
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Art. 896-A. O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, 
examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação 
aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 
 
ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 352 DA SBDI-1 Nas causas 
sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso de 
revista está limitada à demonstração de violação direta a dispositivo da 
Constituição Federal ou contrariedade a Súmula do Tribunal Superior do 
Trabalho, não se admitindo o recurso por contrariedade a Orientação 
Jurisprudencial deste Tribunal (Livro II, Título II, Capítulo III, do RITST), 
ante a ausência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT. 
 
7. Agravo Regimental: O agravo regimental tem natureza de recurso 
e está previsto nos regimentos internos dos Tribunais. 
 
A CLT em seu art. 709, §1º faz menção a ele. 
 
� Do despacho do relator que negar seguimento a um recurso no 
TST caberá agravo regimental. 
� Caberá agravo regimental, de uma maneira geral para impugnar 
decisões monocráticas. 
� Não há sustentação oral nos agravos regimentais. 
 
� Caberá pedido de reconsideração ou retratação no agravo 
regimental. 
 
Art. 709. Compete ao Corregedor, eleito dentre os Ministros togados do 
Tribunal Superior do Trabalho: 
 
I – exercer funções de inspeção e correição permanente com 
relação aos Tribunais Regionais e seus Presidentes; 
 
II – decidir reclamações contra os atos atentatórios da boa ordem 
processual praticados pelos Tribunais Regionais e seus Presidentes, 
quando inexistir recurso específico; § 1º Das decisões proferidas 
pelo Corregedor, nos casos do artigo, caberá o agravo regimental, 
para o Tribunal Pleno. 
 
 
 
 
 
 
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Art. 9º da Lei 5.584/70 - No Tribunal Superior do Trabalho, quando 
o pedido do recorrente contrariar súmula de jurisprudência 
uniforme deste Tribunal já compendiada, poderá o Relator negar 
prosseguimento ao recurso, indicando a correspondente súmula. 
Parágrafo único. A parte prejudicada poderá interpor agravo desdeque à espécie não se aplique o prejulgado ou a súmula citada pelo 
Relator. 
Lei 7.701/88 - Art. 3º Compete à Seção de Dissídios Individuais 
julgar: III – em última instância: c) os agravos regimentais de 
despachos denegatórios dos Presidentes das Turmas, em matéria 
de embargos, na forma estabelecida no Regimento Interno; 
O agravo regimental, portanto, será utilizado, em regra, para 
provocar o reexame de decisões monocráticas proferidas pelo Tribunal, 
como as que concedem ou negam medidas liminares, ou de decisões 
proferidas pelo presidente do Tribunal em matérias administrativas. 
Também será cabível, para impugnar decisão monocrática proferida pelo 
juiz relator que negue seguimento a recurso. 
 
O agravo regimental também é cabível para impugnar decisão 
monocrática do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, que negar 
seguimento ao recurso de embargos no Tribunal Superior do Trabalho. 
� Não haverá custas ou depósito recursal 
� Recebido apenas no efeito devolutivo. 
� O prazo para interposição do recurso é contado em dobro quando 
a parte for pessoa jurídica de direito público ou o Ministério 
Público do Trabalho. 
� O agravo regimental será interposto perante o órgão judicial que 
prolatou a decisão a ser impugnada, sendo possível o juízo de 
retratação. 
� Não sendo cabível a apresentação de contra razões ou de 
sustentação oral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. Recurso Adesivo: É um recurso que não tem previsão na CLT e por 
isso, aplica-se subsidiariamente o art. 500 do CPC. 
Sendo o recurso adesivo compatível com o processo do trabalho 
conforme estabelece a Súmula 283 do TST. 
� Prazo 8 dias. 
� Na interposição do recurso Extraordinário caberá no prazo de 15 
dias. 
� Caberá na hipótese de interposição de: a) Recurso Ordinário; b) 
Agravo de petição; c) Recurso de Revista; d) Embargos. 
� A matéria nele veiculada não precisará estar relacionada com a do 
recurso interposto pela parte contrária. 
� O Recurso Adesivo é dependente do recurso principal e por isso, ele 
não será conhecido se o recurso principal não for conhecido. 
 
� Para a interposição do recurso adesivo será preciso ter havido a 
sucumbência recíproca, ou seja, reclamante e reclamado deverão 
ter sido vencedores e vencidos parcialmente. 
� Não caberá a interposição de recurso adesivo no caso de reexame 
necessário em caso de decisão proferida contra ente público. 
 
Súmula 283 do TST O recurso adesivo é compatível com o processo do 
trabalho e cabe, no prazo de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição 
de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, 
sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada 
com a do recurso interposto pela parte contrária. 
 
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Em resumo: Recursos em espécie: 
Embargos de 
Declaração 
 Agravo de petição Agravo de 
instrumento 
 
 Art. 897-A da CLT 
 
 Art. 897, a, da CLT Art. 897, b, da CLT 
Prazo 5 dias Prazo de 8 dias Prazo de 8 dias. 
 
 Não estão sujeitos 
a dois juízos de 
admissibilidade 
Estão sujeitos a dois 
juízos de 
admissibilidade 
Admite-se o juízo de 
retratação, podendo 
o juízo reconsiderar a 
decisão. 
 
OJ 142 SDI-I/TST, 
Súmulas 184 e 278 
do TST. 
É o recurso cabível 
para impugnar 
decisões judiciais 
proferidas no curso 
do processo de 
execução. 
Súmula 285 do TST. 
 
 
 
 
 
 
Recurso de Revista Recurso Ordinário Recurso Adesivo 
 Art. 897 da CLT Art. 895 da CLT Art. 500 do CPC. 
 
 Prazo 8 dias Prazo 8 dias. Prazo 8 dias. 
 
 Cabimento para 
Turma do TST 
Cabimento para o 
TRT e para o TST 
Para a interposição 
do recurso adesivo 
será preciso ter 
havido a 
sucumbência 
recíproca. 
Dois Juízos de 
admissibilidade 
Dois Juízos de 
admissibilidade 
Não caberá a 
interposição de 
recurso adesivo no 
caso de reexame 
necessário em caso 
de decisão proferida 
contra ente público. 
 
 Há diversas Súmulas 
do TST 
S. 158, 201, 414 do 
TST. 
Súmula 283 do TST 
 
 
 
 
 
 
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Súmula 184 do TST Ocorre preclusão se não forem opostos embargos 
declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de 
embargos. 
Súmula 278 do TST A natureza da omissão suprida pelo julgamento de 
embargos declaratórios pode ocasionar efeito modificativo no julgado. 
 
 
9. Embargos de Declaração: (art. 897-A da CLT) 
Vide os artigos 535, 536 e 537 do CPC. 
� Prazo 05 dias para a sua interposição. 
 
� Os embargos de declaração não estão sujeitos a dois juízos 
de admissibilidade recursal, somente a um, pois são 
julgados pela própria autoridade que proferiu a decisão 
embargada. 
 
� Os embargos de declaração objetivam corrigir obscuridade 
ou contradição na sentença ou no acórdão, mas os erros 
materiais poderão ser corrigidos de ofício, não sendo 
necessária a interposição de embargos de declaração para 
que o juiz ou a Turma possam corrigi-los. 
 
� O art. 535 do CPC estabelece a possibilidade de 
interposição de embargos de declaração quando haja 
obscuridade, contradição ou omissão na decisão. Este 
artigo é aplicado ao processo do trabalho. 
 
Art. 897-A. Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, 
no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira 
audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na 
certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e 
contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos 
pressupostos extrínsecos do recurso. 
 
Parágrafo único. Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou 
a requerimento de qualquer das partes. 
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Súmula 184 do TST Ocorre preclusão se não forem opostos embargos 
declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de 
embargos. 
Súmula 278 do TST A natureza da omissão suprida pelo julgamento de 
embargos declaratórios pode ocasionar efeito modificativo no julgado. 
Efeito modificativo no julgado ocorrerá quando a decisão a ser 
esclarecida, via embargos declaratórios, modificar o que foi deferido na 
sentença ou no acórdão. Em relação à natureza jurídica dos embargos 
de declaração há divergências doutrinárias. Alguns o consideram 
recurso, outros entendem que a natureza jurídica dos embargos 
declaratórios não é recursal. 
Vejamos outros artigos da CLT: 
 
 Art. 898. Das decisões proferidas em dissídio coletivo que afete 
empresa de serviço público, ou, em qualquer caso, das proferidas em 
revisão, poderão recorrer, além dos interessados, o Presidente do 
Tribunal e a Procuradoria da Justiça do Trabalho. 
 
Art. 899. Os recurso serão interpostos por simples petição e terão 
efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Titulo, 
permitida a execução provisória até a penhora. 
 
§ 1º Sendo a condenação de valor até 10 (dez) vezes o valor-de-
referência regional, nos dissídios individuais, só será admitido o recurso, 
inclusive o extraordinário, mediante prévio depósito da respectiva 
importância. Transitada em julgado a decisão recorrida, ordenar-se-áo 
levantamento imediato da importância do depósito, em favor da parte 
vencedora, por simples despacho do juiz. 
 
§ 2º Tratando-se de condenação de valor indeterminado, o depósito 
corresponderá ao que for arbitrado para efeito de custas, pela Junta ou 
Juízo de Direito, até o limite de 10 (dez) vezes o valor-de-referência 
regional. 
 
§ 3º (Revogado pela L-007.033-1982) 
 
§ 4º O depósito de que trata o § 1º far-se-á na conta vinculada do 
empregado a que se refere o Art. 2º da Lei nº 5.107, de 13 de setembro 
de 1966, aplicando-se-lhe os preceitos dessa lei, observado, quanto ao 
respectivo levantamento, o disposto no § 1º. 
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§ 5º Se o empregado ainda não tiver conta vinculada aberta em seu 
nome, nos termos do Art. 2º da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 
1966, a empresa procederá à respectiva abertura, para efeito do 
disposto no § 2º. 
 
§ 6º Quando o valor da condenação, ou o arbitrado para fins de custas, 
exceder o limite de 10 (dez) vezes o valor-de-referência regional, o 
depósito para fins de recurso será limitado a este valor. 
 
§ 7º No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito 
recursal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do 
depósito do recurso ao qual se pretende destrancar. 
 
Art. 900. Interposto o recurso, será notificado o recorrido para oferecer 
as suas razões, em prazo igual ao que tiver o recorrente. 
 
Art. 901. Sem prejuízo dos prazos previstos neste Capítulo, terão as 
partes vistas dos autos em cartório ou na secretaria. 
Parágrafo único. Salvo quando estiver correndo prazo comum, aos 
procuradores das partes será permitido ter vista dos autos fora do 
cartório ou secretaria. 
 
7.5. Reclamação Correcional. A correição parcial ou reclamação 
correicional não é um recurso e nem uma ação. Trata-se de uma medida 
judicial sui generis, cuja finalidade é coibir a inversão da boa marcha 
processual, surgida no curso do processo em decorrência de erro, abuso 
ou omissão do juiz. 
 
A CF/88 em seu art. 96 estabelece que compete privativamente aos 
Tribunais velar pelo exercício da atividade correicional respectiva. A CLT 
em seu art. 709 estabelece a competência do Corregedor - Geral da 
Justiça do Trabalho para exercer a correição permanente em relação aos 
Tribunais Regionais e seus Presidentes. 
O art. 682, XI da CLT confere poderes ao Presidente do TRT ou ao 
Corregedor Regional para exercer a correição sobre as Varas de 
Trabalho. 
A correição parcial é o instrumento utilizado para atacar atos atentórios 
à boa marcha processual, praticados pelos Juízes. 
 
 
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Para cabimento da correição parcial será necessário o preenchimento 
cumulativo dos seguintes requisitos: 
a) existência de uma decisão ou despacho, que contenha erro ou abuso, 
capaz de tumultuar a marcha normal do processo; 
b) o dano ou a possibilidade de dano para a parte; 
c) inexistência de recurso específico para sanar o error in procedendo. 
 
Dispositivos legais: Art. 96, I, b da CF/88. 
 Art. 709 da CLT. 
 Art. 682, XI da CLT. 
Art. 709, parágrafo 1º da CLT. 
 
7.6. Questões FCC comentadas: 
 
1. (FCC - Analista Judiciário – TST – 2012) Em matéria recursal, 
conforme previsão contida na Consolidação das Leis do Trabalho, é 
correto afirmar: 
(A) No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 
dias, de decisão unânime de julgamento que estender ou rever as 
sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos 
previstos em lei. 
(B) Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou 
por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo 
incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo 
na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. 
(C) Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do 
Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em 
dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando 
proferidas com violação literal de disposição de lei municipal, estadual e 
federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. 
(D) O agravo de instrumento interposto, no prazo de 8 dias, contra o 
despacho que não receber agravo de petição suspende a execução da 
sentença até o seu julgamento final. 
(E) Cabe recurso ordinário, no prazo de 8 dias, das decisões definitivas 
ou terminativas das Varas; sendo que em relação aos Tribunais 
Regionais, em processos de sua competência originária, somente cabe o 
recurso das decisões definitivas em dissídios individuais, e das decisões 
definitivas ou terminativas em dissídios coletivos. 
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Comentários: LETRA B. A FCC limitou-se a cobrar os artigos da CLT. 
Creio que as questões da prova de Técnico do TRT Rio terão este perfil. 
 
Art. 896 § 2º Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do 
Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em 
processo incidente de embargos de terceiro, não caberá recurso de 
revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da 
Constituição Federal. 
 
A letra “A” está errada porque o inciso I do art. 894 fala em decisão 
não-unânime. 
 
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no 
prazo de 8 (oito) dias: 
I - de decisão não unânime de julgamento que: 
c) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios 
coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais 
Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças 
normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos 
em lei; e 
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das 
decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, salvo se 
a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou 
orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou 
do Supremo Tribunal Federal. 
 
A letra “C” está errada porque não cabe recurso de revista contra 
decisão que afrontar lei estadual ou municipal. 
 
Art. 896. Cabe recurso de revista para Turma do Tribunal Superior do 
Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em 
dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:a) 
derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que 
lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a 
Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a 
Súmula de Jurisprudência Uniforme desta Corte; 
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de 
Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento 
empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a 
jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, 
interpretação divergente na forma da alínea "a"; e 
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c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta 
direta e literal à Constituição Federal. 
 
A letra “D” está errada porque o art. 897 da CLT estabelece em seu 
parágrafo segundo que não há suspensão da execução pela interposição 
de agravo de instrumento contra despacho que não recebe agravo de 
petição. 
 
Art. 897 § 2º O agravo de instrumento

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