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* * HALLIWICK recursos terapêuticos Prof. Fabiano Frâncio Fisioterapia - CNEC * * Estratégia de ensino que prioriza a prática de atividades aquáticas, a movimentação independente na água e a natação. Aplicabilidade a qualquer indivíduo, principalmente àqueles que apresentam dificuldades físicas ou de aprendizado. * * James McMillan, 1949, em Londres. Proposta inicial de recreação para pessoas com algum comprometimento físico, tornou-se uma forma de criar certa independência do paciente durante a natação. A terapia deve enfatizar as habilidades dos pacientes e não as suas limitações, e deve, ainda, ser uma atividade prazerosa. * * Objetivo Independência do indivíduo dentro da água. Indicado para indivíduos de todas as idades, com qualquer deficiência e grau de comprometimento. * * Executado com movimentos voluntários do paciente que apesar de toda e qualquer falta de habilidade que este possa ter, o que se enfatiza são as suas habilidades, por menores que sejam. O conceito adapta-se às formas e densidades alteradas do indivíduo deficiente, inicia-se com a entrada do paciente na piscina e termina com sua saída. * * Apesar da maioria das práticas na água não serem passíveis de realização em terra, o aprendizado obtido por meio delas é extremamente significativo na terra. O paciente deve acostumar-se com o meio(ajuste mental), aprender a equilibrar-se nele e, para isso, em geral são utilizados movimentos amplos de extremidades(restauração do equilíbrio), posteriormente inibidos(inibição), para facilitar os movimentos funcionais(facilitação). * * Preconiza-se exercitar ambos os lados, buscar simetria. No conceito não são usados flutuadores, pois: Mantém a face fora da água, inibindo o controle respiratório; Mantém a cabeça fora da água, resultando em falta de aprendizagem da posição corpórea; Inibem submergir e rolar; Induzem falso senso de segurança e dependência excessiva. * * PROGRAMA DOS DEZ PONTOS Relacionado com o processo de aprendizagem psicomotora, ajuste mental, restauração do equilíbrio, inibição e facilitação. * * Estágio 1 – ajustamento mental O objetivo desta fase é acostumar-se ao novo ambiente, aos efeitos mecânicos, tais como flutuação e turbulência e seus efeitos no equilíbrio; * * O fisioterapeuta deve: Transmitir segurança; Manter o contato físico e visual com o paciente; Verificar as melhores entradas e saídas da piscina, enfatizando o controle respiratório tanto oral quanto nasal (soprar: boca, nariz, boca aberta, de um lado para outro, cantar, falar assobiar). * * Não é recomendada a apnéia, pois aumenta a espasticidade. Devem-se explorar as posições verticais ( em pé, sentada, saltitar, correr, andar rápido, sob o calcanhar, em linha reta, na ponta dos pés, em ziguezague) e acostumar o paciente ao contato da água com os olhos e orelhas, observando a expressão do paciente( ex. esfregar o rosto é sinal que a água incomoda). * * Desprendimento O objetivo desta fase é executar as posições verticais, mover-se sem apoio físico ou visual. Permitir ao paciente diminuir gradativamente o contato manual e visual com o terapeuta. É importante não forçar o processo de desprendimento, o paciente se desprende do terapeuta conforme se sente mais seguro. * * O desprendimento estará presente em todos os pontos do Halliwick, podendo o fisioterapeuta dar mais ou menos apoio. * * Estágio 2 – restauração do equilíbrio Controle da rotação sagital O objetivo deste ponto é controlar a rotação ao redor do eixo sagital do corpo. Todo movimento lateral da cabeça induz movimentos contra-laterais dos membros inferiores(MMII). * * Controle da rotação transversal O objetivo é controlar a rotação ao redor do eixo transverso do corpo, permitindo, portanto, a transição de sentado para supino. O fisioterapeuta faz o apoio em S2, o tronco superior vai para trás; orelha na água, abdome e pé em direção à superfície. Inicialmente MsSs abduzidos e em supino. * * Controle da rotação longitudinal O objetivo é controlar a rotação ao redor do eixo longitudinal, a partir de supino, executa-se 360° de rotação para ambos os lados. O paciente rodará para o lado do fisioterapeuta, membros superior e inferior contra-laterais à rotação devem cruzar a linha média, o paciente deve olhar sobre o ombro e expirar durante todo o movimento(quanto menor o raio, mais rápido será a rotação). * * Controle da rotação combinada O objetivo é controlar a rotação transversal e longitudinal ao mesmo tempo, especialmente importante em algumas entradas na piscina. * * Inversão mental/empuxo Neste ponto, o paciente deve perceber que o corpo mantém-se na superfície em razão da força do empuxo. A expiração deve ser realizada lentamente. Embaixo d’água, os olhos devem estar abertos. Neste ponto o paciente é independente na água, embora não saiba nadar. * * Estágio 3 Equilíbrio estático O paciente deve manter-se em uma posição, evitando movimentos amplos de extremidades. No treino de equilíbrio, será utilizada a turbulência e o efeito metacêntrico. O controle de equilíbrio deve ser realizado por pequenos movimentos da cabeça e tronco e deve ser exercitado ao redor de todos os eixos. * * Deslizamento turbulento Neste ponto, o paciente deve manter-se na posição supino com os MMSS ao lado do tronco, enquanto seu corpo é deslizado na superfície da água pelo fisioterapeuta, que realiza turbulência na região cervical do paciente. O paciente deve manter-se simétrico (ombros na superfície) e deve manter quadris e joelhos em extensão. * * Estágio 4 – facilitação Progressão simples O paciente desliza em supino na superfície da água, utilizando os movimentos de extremidades superiores. Os movimentos são de flexo-extensão de punho(movimento de rabo-de-peixe), simétricos, contínuos,próximos aos quadris, embaixo d’água. Com o aumento da velocidade, os MMII tendem à superfície. * * Movimento básico Neste ponto, o paciente também deve deslizar em supino, na superfície da água, porém o movimento é mais amplo do que na progressão simples. Desta vez, ele deve realizar o movimento de flexo-extensão de punhos, cotovelos e ombros. A propulsão deve ser o mais eficiente possível e simétrica.