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Sistema Urinário – João Paulo – P2 Avaliação pré-opertória: Radiográfico: Urografia excretora, feito com o animal sedado com contraste para todo o rim. Uretrocistografia, feito com sonda na uretra e contraste Bioquímica sérica: ureia e creatinina, sendo a última a mais importante para a insuficiência renal, avalia o funcionamento do rim. Cistotomia (retirada do cálculo): Indicações: urolitíase e neoplasias Técnica cirúrgica: Anestesia geral e decúbito dorsal; Sondagem uretral; Celiotomia ventral mediana retro umbilical; Exposição da bexiga retro flexionada (vira ao contrário); Pontos de ancoramento, incisão ventral; A incisão é feita sempre na região dorsal porque é onde tem menos pressão; Após a retirada dos cálculos, fazer lavagem com soro pela sonda. Cistorrafia: Sutura invaginate (Cushing), ida e volta; Fio absorvível sintético, não pode entrar na luz da bexiga, porque formará mais cálculos, serve de núcleo. Cistectomia (remoção de um segmento da bexiga) causado por ruptura de bexiga (atropelamento, traumas): Sutura vesical: fio absorvível, sutura invaginante em dupla camada, lavagem abdominal (solução fisiológica aquecida ou ringer lactato). Metade da bexiga pode ser removida, do ápice para o trígono, ela volta a expandir com o tempo. Hérnia perineal, a bexiga fica presa próxima ao ânus. A cicatrização da bexiga é muito rápida, se necessário, usar uma sonda pra facilitar a cicatrização, de 48 horas a 3 dias. Uretrotomia: (abrir a uretra). Indicação: urolitíase em equinos. Técnica cirúrgica: Posição quadrupedal; Anestesia epidural; Sondagem uretral; Incisão perineal mediana; Divulsão da musculatura; Incisão da uretra; Cicatrização por segunda intenção. Uretrostomia (realizar nova abertura para a uretra: Indicação: urolitíase, cálculos que obstruem a uretra, é comum nos cães e nos gatos parar perto do osso peniano. Técnica cirúrgica: Uretrostomia pré-escrotal; Uretrostomia escrotal (é a mais utilizada, exige castração). Preparo da região; Incisão cutânea ao redor da bolsa escrotal; Orquiectomia; Deslocamento e fixação lateral do músculo retrator do pênis; Abertura uretral Fixação da uretra na pele (manter sonda uretral ajuda a sangrar menos) nylon 4.0 Gatos uretrostomia perineal (penectomia), técnica cirúrgica: Preparo da região; Incisão cutânea ao redor do prepúcio e bolsa escrotal; Orquiectomia; Divulsão e incisão dos músculos isquio cavernoso para expor a parte calibrosa, uretra no pênis; Remoção do músculo retrator do pênis; Abertura da uretra, por toda a extensão até o óstio; Sutura da uretra na pele, nylon 4.0; Remoção da glande antes da sutura; Manter sonda uretral até a cicatrização. Nefrotomia (abertura do rim): Técnica pouco utilizada; Extremamente traumática; Hemorragia severa. Nefrectomia (retirada do rim, causado por tumor, trauma, hidronefrose): Incisão cutânea pré-retro-umbilical; Rim direito mais difícil (mais cranial); Posição do cirurgião (lado posto); Deslocamento visceral (exposição); Incisar o retroperitônio (incisar entre o rim e a via cava); Dissecar o hilo renal (exposição da veia renal, ureter e artéria renal); Realizar ligadura dupla e individual, dependendo uma única ligadura, das estruturas (fio não absorvível sintético) Ureter, fazer a ligadura o mais próximo possível. Técnicas Cirúrgicas do Sistema Geniturinário em Grandes Animais – João Paulo – P2 Uretrostomia em pequenos ruminantes (nova abertura para a uretra, feita em caso de cálculo e urolitos na uretra): Caudal à flexura sigmóide na região do períneo Apêndice vermifoide, onde é mais comumo cálculo, efetua-se o exciso da estrutura, não serve mais para reprodução animal, em geral vai para o abate. Indicações: urolitíase obstrutiva recorrente, insucesso da hidropulsão, estenose uretral, neoplasias, amputação peniana. Técnica cirúrgica: Tricotomia e antissepsia; Incisão de pele e subcutâneo (região perineal); Dissecação do músculo retrator do pênis; Exposição do pênis; Localização e incisão da uretra; Caudal flexura sigmoide; Sutura com ponto simples separado na mucosa uretral mais túnica albugínea à pele Sondagem por cerca de 10 dias, tomar cuidado com infecção na bexiga via sonda. Pós-operatório: antibioticoterapia; anti-inflamatório; fluidoterapia; manejo alimentar (alimentação com muito concentrado aumenta a possibilidade de urólitos). Complicações: descarte reprodutivo; estenose uretral; cistite. Orquiectomia de Grandes Animais: Indicações: conveniência; criptorquidismo; hérnia; orquite e epididimite; neoplasia; trauma; torção; idade. Preparo do animal varia de acordo com a espécie: equino x ruminante, posicionamento deitado ou em pé e anestesia. Técnica cirúrgica aberta (menor risco de hemorragia): Animais adultos; Incisão da bolsa escrotal: no equino 2 incisões, uma pra cada testículo; no ruminante uma incisão central, entre os 2 testículos. Incisar a pele, túnica dartos, fáscia escrotal e túnica vaginal comum; Ruptura ou secção do ligamento da cauda do epidídimo; Dissecação do mesórquio; Fazer a ligadura do cordão espermático com categute 3 ou 4 ou emasculador Transfixação da túnica vaginal comum. Técnica cirúrgica fechada (maior risco de hemorragia): Animais jovens – pequenos ruminantes; Incisão na bolsa ewscrotal; Isolamento da vasculização testicular; Túnica vaginal comum mais cordão espermático, emasculador ou ligadura. Pós-operatório: antibioticoterapia, antitetânica (soro e vacina antes da cirurgia de preferência), limpeza do local,exercício em equinos. Escroto cicatrização por segunda intenção; Complicações: hemorragia, infecção, miíase, evisceração, hérnia, peritonite. Cesariana: Raro em éguas; Frequente nos ruminantes; Indicações: viabilidade fetal, tamanho fetal, dilatação insuficiente, distocias não corrigíveis, torção uterina.
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