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Mod 7 Balanceamento Minerais e Vitaminas

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Curso Online: Formulação de dietas 
para bovinos de leite 
 
Módulo 7 – Balanceamento Minerais e Vitaminas 
 
Prof. Dr. Marcos Neves Pereira 
Médico Veterinário – UFLA/MG 
 
Texto escrito pelo Engenheiro Agrônomo MSc. Alexandre Mendonça Pedroso para 
a AgriPoint, a partir das aulas preparadas pelo Prof. Dr. Marcos Neves Pereira. 
 
 
Minerais 
Os minerais são elementos inorgânicos essenciais para o desenvolvimento 
normal dos animais, bem como para o bom funcionamento de suas funções 
reprodutivas. No sistema de análise proximal são medidos como cinzas. Cinzas é 
o resíduo da incineração da matéria seca (MS – Cinzas = Matéria Orgânica). 
Porém a fração cinzas não inclui alguns minerais voláteis como Iodo (I), Cloro (Cl) 
e Selênio (Se). Além disso, as cinzas não individualizam cada mineral presente no 
alimento nem sua disponibilidade para o animal. 
Os minerais requeridos em gramas (g) são chamados de Macrominerais, 
grupo que inclui Cálcio (Ca), Fósforo (P), Sódio (Na), Cloro (Cl), Potássio (K), 
Magnésio (Mg) e Enxofre (S). Os macrominerais são componentes estruturais 
importantes dos ossos e outros tecidos, e são também constituintes importantes 
dos fluídos corporais, tendo papel fundamental na manutenção do balanço ácido-
base, pressão osmótica, potencial elétrico das membranas e transmissão nervosa 
(NRC, 2001). 
Já os minerais requeridos em miligramas (mg) ou microgramas (µg) são os 
Microminerais, incluindo Cobalto (Co), Cobre (Cu), Iodo (I), Ferro (Fe), Manganês 
(Mn), Molibdênio (Mo), Selênio (Se) e Zinco (Zn), e talvez Cromo (Cr) e Flúor (F). 
Este grupo de compostos está presente nos tecidos corporais em concentrações 
muito pequenas, servindo como componentes de metaloenzimas ou atuando 
como cofatores enzimáticos, além de componentes de hormônios do sistema 
endócrino. 
 
 
 
 
Curso Online: Formulação de dietas 
para bovinos de leite 
Exigência de minerais absorvíveis 
A exigência de mantença descritos no modelo do NRC (2001) incluem a 
excreção endógena de minerais via fezes, urina e suor. A exigência para lactação 
é definida pela concentração do mineral no leite, multiplicado pela produção de 
leite corrigido para 4% de gordura. Já a exigência de gestação é definida pela 
quantidade do mineral retida no ganho diário de trato reprodutivo (feto, conteúdo 
uterino e útero). A exigência do animal gestante com menos de 190 dias de 
gestação é pequena, não sendo considerada nas exigências nutricionais diárias. 
As exigências para crescimento são expressas como a quantidade do mineral 
retido por Kg de ganho de peso. 
Para cada mineral, a soma de todas as exigências é a exigência de 
minerais absorvíveis do animal (mantença + lactação + gestação + ganho de 
peso). Nem todo mineral da dieta está disponível para absorção. O Coeficiente de 
absorção (CA) depende da fonte. Esta foi uma das grandes mudanças no NRC 
(2001) proporcionalmente ao NRC (1989). Pelo NRC (2001) cada fonte de 
minerais tem um CA para o mineral nele contido, ou seja, a concentração dietética 
dos minerais não reflete seu conteúdo em minerais absorvíveis, sendo este último 
o resultado da concentração do mineral na fonte utilizada multiplicado pelo CA da 
fonte. 
A concentração de minerais nos alimentos varia muito, sendo afetada por 
processamento do alimento, fertilização, esterco, tipo de solo, espécie de planta, 
etc. As fontes de minerais podem ser orgânicas ou inorgânicas. Em fontes 
orgânicas o mineral está complexado em alguma molécula orgânica como um 
aminoácido isolado, peptídeos, polissacarídeos ou mesmo incorporado em algum 
microorganismo, como em leveduras. A determinação laboratorial do teor de 
macro e microminerais nos alimentos pode ser importante para a correta 
formulação de dietas. A determinação utilizando métodos químicos tradicionais é 
preferível, pois a análise por NIRS não é confiável. 
Macrominerais 
Cálcio (Ca2+) 
O Ca é essencial para a formação do tecido esquelético, transmissão de 
impulsos nervosos, contração muscular, coagulação sanguínea, além de ser um 
importante componente do leite. Além disso o Ca está envolvido na atividade de 
uma série de enzimas, além de ser um dos principais mensageiros intercelulares. 
Cerca de 98% do Ca fica contido nos ossos dos animais, e os outros 2% fazem 
parte dos fluídos extracelulares. 
 
 
Curso Online: Formulação de dietas 
para bovinos de leite 
A absorção do Ca pode ocorrer por transporte passivo em qualquer parte 
do trato digestivo, sendo necessários pelo menos 6 mM de Ca ionizado no fluido 
digestivo diretamente sobre a mucosa para que haja a absorção por este 
mecanismo. Porém, o efeito de diluição do fluido ruminal reduz este mecanismo 
em ruminantes, sendo que o transporte ativo parece ser a maior rota de absorção 
nesses animais. O processo é controlado pelo hormônio 1,25-D OH vitamina D. 
Através da regulação da produção desse hormônio, a quantidade de Ca absorvido 
pode ser ajustada para manter constante a concentração de Ca extracelular. 
O coeficiente de absorção (CA) depende da exigência do organismo 
animal. A quantidade de Ca necessária na dieta para atender as necessidades de 
Ca absorvível depende da disponibilidade de Ca nos alimentos e fontes 
inorgânicas da dieta, e da eficiência de absorção intestinal do mineral. De maneira 
geral, a quantidade absorvida de Ca da dieta equivale à necessidade do 
organismo, desde que a dieta contenha níveis adequados do mineral. Quando há 
excesso de Ca na dieta, o CA cai. 
O NRC (2001) utiliza um CA para cada fonte de Ca. No caso de forragens é 
considerado um CA de 30% (20-30% do Ca em forragens está ligado a oxalato, 
que é relativamente indisponível para ruminantes). A presença de Fitato parece 
ser limitante à absorção de Ca em monogástricos, mas isso não se observa em 
ruminantes. O modelo do NRC (2001) usa um CA de 60% para o Ca em 
concentrados, pois estes não têm oxalato. 
O Ca de suplementos minerais geralmente é mais disponível do que o das 
fontes orgânicas (forragens e concentrados). O que limita a absorção do Ca de 
fontes minerais é sua solubilidade. O CA de Ca de algumas fontes seria: CaCl – 
95%; CaCO3 – 75%; Calcário calcítico – 70%; Fosfato bicálcico – 94%; Calcário 
dolomítico – 60%. 
Oltjen (1975) sugeriu que a formação de sabões de Ca no rúmen impediria 
a absorção de Ca quando se adicionava gordura à dieta. Entretanto, Rahnema et 
al. (1994) não observaram efeito da gordura sobre a absorção de Ca. De qualquer 
forma, o modelo do NRC (2001) não recomenda o aumento no Ca quando se 
utiliza gordura. No entanto pode existir necessidade de aumentar Mg nesses 
casos, pois este elemento precisa estar solúvel no rúmen para absorção. Uma vez 
que a hipomagnesemia pode afetar o metabolismo de Ca, conclui-se que há um 
efeito de gordura no metabolismo de Ca, mas este não se corrige com 
suplementação de Ca. 
A quantidade de Ca disponível que será efetivamente absorvido varia com 
o estado fisiológico do animal. A absorção de Ca cai com o avançar da idade, pois 
à medida que o animal fica mais velho, o número de receptores de Vit D no 
intestino cai, o que reduz a habilidade em responder à 1,25-D OH vitamina D. 
 
 
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para bovinos de leite 
Quase todas as vacas entram em balanço negativo de Ca no início da 
lactação, especialmente nos primeiros 10 dias pós-parto. Cerca de 800 a 1300 g 
de Ca são removidos dos ossos para suportar a produção de leite no início da 
lactação, e esse Ca deve ser re-depositado nos ossos no terço final da lactação, e 
durante o período seco. O modelo do NRC (2001) não considera essa exigência 
para re-deposição. 
Exigência de Ca absorvível 
1. Mantença 
Para animais não lactantes, o requerimento é 0,0154 g/kg PV. Para 
animais em lactação, a exigência aumenta para 0,031 g/kg PV 
(maior consumo aumenta a secreçãointestinal de Ca durante a 
digestão). 
2. Crescimento 
Ca (g/d) = 9,83 x PVM0,22 x PV-0,22 x GDP, onde: 
PVM = Peso vivo maduro. PV = Peso vivo atual. GDP = Ganho diário 
de peso. Animais mais jovens requerem mais cálcio (maior 
deposição de esqueleto) 
3. Gestação 
Ca (g/d) = 0,02456 e (0,05581 – 0,00007 t) t – 0,02456 e [0,05581 – 0,00007 (t-1)] (t-
1), para gestações acima de 190 dias, onde t = dia da gestação. 
Considera que a calcificação do esqueleto do feto ocorre mais 
acentuadamente nas últimas semanas da gestação. 
4. Lactação 
Exigência depende da % de proteína do leite (depende da raça): 
 1,22 g/L em Holandês 
 1,45 g/L em Jersey 
 1,37 g/L para outras raças 
 2,1 g/L para colostro 
 
O Cálcio na dieta de vacas em lactação normalmente fica acima de 
0,65% da MS. 0,85% é um valor médio, não sendo incomum valores em 
torno de 1%. 
A relação Ca/P não é crítica, mas deve-se evitar relações > 7:1 e < 1:1. 
 
 
 
 
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Fósforo (P3-) 
De todos os elementos minerais dietéticos essenciais, o P é o que 
representa o maior risco potencial, se for liberado em excesso no ambiente, 
contaminando as águas superficiais e causando eutroficação, de forma que o 
correto balanceamento do fósforo nas dietas é crucial para o bom desempenho 
dos bovinos leiteiros e também para minimizar problemas ambientais. Entre 95-
98% da excreção total de P é via fezes, sendo este o mineral com maior potencial 
para contaminação de águas. 
Além de ser exigido pelo animal, o P também é requerido pelos 
microorganismos ruminais para digestão da celulose e síntese de proteína 
microbiana. Sua absorção ocorre no intestino delgado, por dois sistemas distintos. 
Um sistema de transporte ativo saturável e dependente de Vitamina D. Não é igual 
ao sistema de absorção de Ca, pois torna-se operante em dietas com baixos 
teores de P. A síntese de 1,25-D OH vitamina D pode ser estimulada quando a 
concentração sanguínea de P é baixa, o que aumenta a eficiência de absorção. O 
outro sistema é passivo, que atua quando o animal consome dietas com teores 
normais ou elevados de P, e a absorção tem relação direta com a quantidade de P 
no lúmen do intestino e no plasma. 
Segundo o NRC (2001) o CA do P em algumas fontes comuns é: Forragens 
- 64%; Concentrados - 70%; Fosfato bicálcico – 75%; Fosfato de rocha – 30%; 
Ácido fosfórico – 90%. 
Mais de 2/3 do P em concentrados está ligado organicamente a fitato, mas 
a fitase dos microorganismos ruminais libera todo o P ligado a fitato. Não existe 
evidência de resposta em desempenho a aumento no P dietético acima da 
exigência mínima recomendada pelo NRC (0,30 a 0,37% da MS). 
Sódio (Na+) 
Na evolução dos bovinos o Na sempre foi escasso, de forma que o 
organismo dos ruminantes desenvolveu um sistema para conservar Na. Os 
ruminantes utilizam o Na com muita eficiência, de forma que o fornecimento em 
excesso aumenta rapidamente a excreção. 
A absorção ocorre ao longo de todo o trato digestivo. No reticulorumen, 
abomaso, omaso e duodeno, o transporte se dá por um processo ativo. A 
absorção passiva ocorre na parede do intestino, de modo que há uma tendência 
de equilíbrio nas concentrações dos fluídos intestinal e fecal. No entanto também 
ocorre transporte ativo contra gradiente de concentração na porção final do 
intestino delgado e no intestino grosso, sendo que pouco Na é excretado nas 
fezes. 
 
 
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para bovinos de leite 
Da mesma forma que para Ca e P, utiliza-se o método fatorial para calcular 
a exigência nutricional de Na. Considerando que ocorre secreção de Na no suor, o 
NRC (2001) assume: 
• Temperatura 25-30oC 
+ 0,10 g de Na/100 kg de peso vivo na exigência de mantença 
• Temp > 30oC: 
+0,40 g de Na/100 kg de PV 
O NRC (2001) assume coeficiente de absorção de 90% para todas as 
fontes de Na. A concentração do mineral na dieta de vacas em lactação 
normalmente fica entre 0,20 e 0,22% da MS, e em torno de 0,10% da MS em 
dietas de vacas secas e novilhas. A meta deve ser ficar o mais próximo possível 
de 0,10% durante o período de transição, a fim de evitar edema de úbere e febre 
vitular. 
Cloro (Cl-) 
De todos os macrominerais, o Cl é o menos estudado, mas sua funções 
fisiológicas e interrelações com Na e Cl são muito importantes. O NRC (2001) 
assume CA de 90% para todas as fontes. Cerca de 80% do Cl que entra no 
sistema digestivo vem das secreções digestivas, como a saliva, suco gástrico, bile 
e suco pancreático, sendo absorvido em todo o trato digestivo, principalmente no 
intestino delgado proximal por difusão passiva. 
A concentração de Cl na dieta de vacas em lactação fica entre 0,24 e 
0,30% da MS. Sua importância é grande no período de transição, para combater a 
alcalose metabólica, que predispõe as vacas de leite à hipocalcemia (K é grande 
causador). No pré-parto pode-se utilizar cloretos para reduzir o pH sanguíneo 
(conceito de dieta aniônica). Sulfatos também são utilizáveis. Uma regra simples 
para definir o teor dietético de Cl na transição capaz de reduzir o pH da urina 
seria: %Cl = %K – 0,5% 
Potássio (K+) 
O K é o terceiro mineral mais abundante no organismo, e deve ser 
fornecido constantemente na dieta, pois o animal mantém pequeno estoque desse 
mineral, cuja exigência é a mais elevada dentre todos os cátions. 
O NRC (2001) assume um CA de 90% para todas as fontes de K. Excesso 
do mineral pode causar problemas no metabolismo de Ca e Mg em vacas 
periparturientes, e pode causar edema de úbere. O K é o mineral de maior 
concentração no leite. 
 
 
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para bovinos de leite 
Como a sudorese aumenta a excreção de K, o NRC (2001) recomenda que 
sempre que a temperatura passar dos 30oC, deve-se adicionar + 0,40 g de K/100 
kg de PV. Em ambiente termoneutro, recomenda-se 0,8-1,0% de K na MS da dieta 
e 1,5% em stress calórico (Beede & Shearer, 1991). 
Normalmente não há necessidade de suplementação com K, pois ele já 
está presente em quantidades adequadas na maioria dos alimentos consumidos 
por ruminantes. No período de transição, recomenda-se manter a teor de K o 
mais próximo possível de 1%, para evitar efeito negativo sobre a absorção de Mg 
e Ca. 
Magnésio (Mg2+) 
O Mg é um importante cátion intracelular, atuando como cofator enzimático 
em muitas reações importantes das principais vias metabólicas. Rúmen-retículo 
parece ser único local de absorção de Mg em ruminantes adultos. Em bezerros, a 
absorção ocorre no intestino delgado. O processo absortivo se dá por transporte 
ativo ligado a Na. 
A solubilidade do Mg cai drasticamente em pH acima de 6,5. Quando se 
fornece dietas com altos teores de concentrado, o pH do fluido ruminal geralmente 
cai abaixo de 6,5, e a solubilidade do Mg normalmente é adequada nessas 
condições. Isso pode explicar porque o Mg em concentrados é mais disponível 
que em forragens. Normalmente as forragens contêm ácidos palmítico, linoleico e 
linolênico, os quais podem formar sais insolúveis de Mg. 
Segundo o NRC (2001) o coeficiente de absorção do Mg em algumas 
fontes comuns do mineral é: MgO – 70%; Mg(OH)2 – 90%; Calcário dolomítico – 
30% (considerado como indisponível). 
Forragens e pastagens geralmente contêm pouco Na. Leguminosas 
normalmente contêm mais Mg que gramíneas. A adição de Na à dieta pode 
favorecer o transporte de Mg pela parede do rúmen, quando o teor de Na na dieta 
é baixo, apesar de que em grandes quantidades, o Na aumenta a excreção 
urinária de Mg, de forma que o benefício ao animal pode ser anulado. 
Altos teores de K na dieta podem reduzir a absorção de Mg. O mecanismo 
exato dessa interferência é pouco conhecido, mas acredita-se que afete o 
transporte ligado a Na pela parede do rúmen, através da despolarização da 
membrana do epitélio ruminal.Esse efeito negativo do K não pode ser 
compensado pela adição de Na ou Mg à dieta, mas aumentar o teor de Mg na 
dieta permite transporte suficiente pela parede do rúmen por absorção passiva 
(requer 0,4% de Mg na dieta). O modelo do NRC (2001) não incorpora o conceito 
de que a absorção deveria ser reduzida com aumento no K dietético. 
 
 
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para bovinos de leite 
O fornecimento de ionóforos na dieta pode aumentar a atividade do sistema 
de transporte de Mg, aumentando sua eficiência de absorção em até 10% (Greene 
et al, 1986). 
MgO é a fonte inorgânica mais comum de Mg em dietas para ruminantes. O 
tamanho de partícula do MgO pode afetar a absorção, que aumenta com fontes de 
partículas finamente moídas. 
Um problema com o excesso de Mg, é que os sítios de transporte do 
mineral no rúmen são totalmente saturáveis em concentrações acima de 11 mM 
no fluído ruminal. Os efeitos negativos do excesso de magnésio geralmente se 
restringem à redução no CMS e indução de diarréia osmótica. Edições anteriores 
do NRC recomendavam níveis máximos de Mg em torno de 0,4%, mas a 
suplementação com MgO, para elevar o teor de Mg a 0,61%, tem sido utilizada em 
dietas de altos teores de concentrado para corrigir a queda de gordura no leite 
sem problemas aparentes. 
MgSO4 e MgCl2 são utilizados como fonte de ânions antes do parto, a fim 
de evitar ocorrência de febre do leite. 
Da mesma forma que para outros minerais, as exigências de Mg foram 
descritas pelo NRC (2001) através do método fatorial. A concentração na dieta de 
vacas leiteiras fica em torno 0,2% da MS. Teores de 0,4% poderiam ser utilizados 
em dietas com alto teor de K, para induzir absorção por transporte passivo. 
Enxofre (S2-) 
O S é encontrado em diversos aminoácidos, sendo requerido para síntese 
de proteína microbiana. A exigência é dos microrganismos do rúmen, para 
maximizar a produção de proteína microbiana. 
Em sua forma elementar o S é pouco solúvel, e não é bem utilizado pelas 
bactérias do rúmen, sendo que estas utilizam melhor os sulfatos inorgânicos. O S 
incorporado na proteína microbiana é absorvido no intestino delgado na forma de 
cisteína e metionina 
As concentrações normais de S na dieta de ruminantes são de 0,20-0,25% 
da MS, para garantir substrato adequado para a síntese de aminoácidos 
microbianos no rúmen. Segundo Bouchard & Conrad (1973), a relação N:S deve 
ser entre 10 e 12:1. Excesso de S pode inibir a absorção de Cu e Se. 
Sulfatos têm sido utilizados em dietas de transição para reduzir a diferença 
catiônica-aniônica (DCAD). O teor de S nas dietas não deve ultrapassar 0,4% da 
MS, pois pode causar sintomas neurológicos por intoxicação. 
 
 
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Diferença Catiônica-Aniônica (DCAD) 
Algumas equações são utilizáveis para calcular a DCAD: 
(Na+ + K+) – (Cl- + S2-) 
(Na+ + K+) – (Cl-) 
A segunda equação assume que parte do S seria incorporado em 
aminoácidos microbianos no rúmen, e que o mineral pode ser estocado e 
consumido pelo corpo da vaca. A determinação mais correta considera a 
capacidade acidificante ou alcalinizante de cada íon, conforme a equação abaixo: 
(0,2 Ca2+ + 0,16 Mg++ + Na+ + K+) – (Cl- + 0,6 S2- + 0,64 P3-) 
Os principais fatores da dieta que determinam o pH do sangue e da urina 
são Na, K e Cl. Os sulfatos são menos acidificantes que cloretos. 
Para controlar a febre vitular é necessário manter a DCAD antes do parto o 
mais próximo de –50 mEq/kg de MS, onde: 
mEq/kg de MS = [(%Na/23) + (%K/39) – (%Cl/35) –(%S/32 x 2)] * 10000 
O pH da urina é a variável resposta de avaliação da eficiência da estratégia 
de alimentação nesse período. Esse parâmetro nos mostra se a dieta de pré-parto 
está funcionando. Quando o sangue se torna mais ácido, aumenta a excreção de 
Ca pela urina (deve aumentar o consumo de Ca para cerca de 100 g/d). O pH é 
acima de 8,2 em dietas com alto teor de cátions. A limitação de cátions na dieta 
reduz o pH um pouco (para cerca de 7,8), mas o ideal seria pH da urina entre 6,2 
e 6,8 em vacas Holandesas, e 5,8 a 6,3 em Jerseys, nas últimas 3 semanas de 
gestação. Um pH entre e 5 e 5,5 é baixo demais e pode deprimir o consumo 
(acidose metabólica não compensada). O pH da urina pode ser verificado 48 
horas ou mais após a mudança da dieta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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para bovinos de leite 
A tabela 1 mostra a composição dos principais sais aniônicos. 
Tabela 1. Principais sais aniônicos utilizados para alimentação de ruminantes (% da MS). 
Sal Fórmula N Ca Mg S Cl % MS 
Sulfato de amônio (NH4)2SO4 21,2 24,1 100 
Sulfato de cálcio CaSO4 2H2O 23,3 18,6 97 
Sulfato de magnésio MgSO4 7H2O 9,8 13,3 98 
Cloreto de amônio NH4Cl 26,2 66,3 100 
Cloreto de cálcio CaCl2 2H2O 27,3 48,2 100 
Cloreto de magnésio MgCl2 6H2O 12,0 34,9 100 
Adaptado de NRC (2001). 
Para se obter uma dieta de transição com DCAD baixo (-50 mEq/Kg de 
MS), a fim de se evitar a hipocalcemia, os seguintes ajustes devem ser feitos: Ca 
entre 0,8 e 1,0%; P em torno de 0,35%; Mg em torno de 0,4%; S acima de 0,2% e 
abaixo de 0,4%; Na o mais próximo de 0,1%; K o mais próximo de 1%; Cl o mais 
próximo possível de (%K - 0,5%). 
 
Microminerais 
Cobalto 
A síntese ruminal de vitamina B12 requer Co. Ruminantes são muito 
sensíveis à deficiência de B12 porque são muito dependentes de gliconeogênese, 
e a B12 é exigida no metabolismo de propionato, principal precursor 
gliconeogênico. 
Deficiência de B12 também pode limitar a produção de metionina e a 
retenção de N. Normalmente, as reservas de B12 em ruminantes adultos são 
suficientes para vários meses, mas o mesmo não ocorre com os microrganismos 
ruminais. Deficiência da vitamina no rúmen reduz rapidamente a síntese de 
propionato. A exigência é de 0,11 mg de Co/kg de MS dietética. 
O fornecimento de Co acima da exigência (0,25-0,35) parece aumentar a 
digestão ruminal de alguns alimentos, especialmente forragens de baixa 
qualidade. Os microorganismos do rúmen podem requerer mais Co que o definido 
pela necessidade para síntese de B12. 
 
 
 
 
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Cobre 
O Cu é um componente de várias enzimas que participa de diversos 
processos biológicos importantes, como a respiração aeróbica e transporte de 
ferro, dentre outros. 
A necessidade de suplementação com Cu muda com a idade do animal. 
Em recém nascidos até 70% do Cu dietético é absorvido, enquanto que em 
ruminantes adultos a absorção cai para 1 a 5%. A absorção é reduzida na 
presença de S e Mo, que formam complexos de Cu no rúmen, tornando-o menos 
disponível. O Zn também pode inibir a absorção de Cu no intestino. Excesso de Fe 
também pode ser prejudicial, reduzindo a concentração de Cu no fígado. Teores 
elevados de Ca também parecem reduzir a absorção de Cu. 
Segundo o NRC (2001), os coeficientes de absorção de algumas fontes 
comuns de cobre são: CuSO4 – 5%; CuO – 1% (insolúvel, péssimo); CuCl2 – 5%. 
Várias formas orgânicas de Cu estão disponíveis na forma de minerais orgânicos. 
Uma fonte quelatada de Cu poderia ter um mecanismo de absorção que 
compense os impedimentos naturais à absorção deste elemento, entretanto até o 
momento dados suportando este conceito não foram publicados em boas revistas 
científicas. 
Um efeito não facilmente detectável da deficiência de Cu é a queda na 
função imune, possivelmente pela redução da atividade dos neutrófilos. A 
exigência para função imune ótima pode exceder a quantidade exigida para 
prevenir os sinais clássicos de deficiência. 
De todos os minerais Cu é o mais fácil de se tornar tóxico se fornecido em 
excesso (máximo tolerável em torno de 40 mg/kg). Assim, a concentração de Cu 
na dieta de ruminantes deve ficarentre 15 a 20 ppm. 
Iodo 
O Iodo é necessário para a síntese de tirosina e triiodotironina, dois 
hormônios tireoidianos que regulam o metabolismo energético. Vacas de alta 
produção, em lactação, chegam a incorporar cerca de 4 mg Iodo/dia nesses 
hormônios. 
Cerca de 90% do iodo dietético é absorvido, sendo que o excesso não 
utilizado pela tireóide é excretado na urina e leite. Alguns compostos bociogênicos 
interferem na síntese de hormônios pela tireóide, de forma que o teor de I na dieta 
deve ser aumentado se houver compostos bociogênicos nos alimentos. A 
recomendação para concentração de I na dieta é de 0,40 a 0,60 ppm. 
 
 
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Ferro 
As principais funções do Fe são como componente da hemoglobina e 
mioglobina no sangue, e como cofator de enzimas da cadeia de transporte de 
elétrons. Sua deficiência em bovinos é rara, de forma que normalmente não é 
suplementado. 
No entanto, excesso de Fe pode interferir com a absorção de Cu e Zn. A 
presença de Fe livre nos tecidos pode levar a uma situação de “stress oxidativo”, 
aumentando a exigência de anti-oxidantes do animal. O Fe livre é necessário para 
crescimento de várias bactérias, de forma que o excesso de Fe dietético pode 
acentuar a ocorrência de infecções bacterianas. 
A exigência de Fe é de 12-18 mg/kg de MS, não podendo exceder 1000 
mg/kg de MS (nível tóxico). Äguas com mais de 0,3 mg Fe/L são consideradas 
impróprias para consumo animal. 
Manganês 
Deficiências de Mn podem reduzir o crescimento e causar anormalidades 
esqueléticas, distúrbios reprodutivos e anormalidades fetais. 
O CA do Mn dietético é menor que 4%, normalmente menor que 1%. Altos 
teores de Ca, K e P aumentam a excreção de Mn nas fezes. 
A fonte mais usada é o MnSO4 solúvel. A exigência determinada pelo 
método fatorial do NRC (2001) é de 18 mg/kg MS. A concentração de Mn na dieta 
deve ficar entre 30-40 ppm. Intoxicação por Mn é pouco provável, sendo que 1000 
mg/kg é o limite máximo. 
Molibdênio 
O Mo é componente de algumas enzimas do leite. Dificilmente irá ocorrer 
deficiência desse mineral em ruminantes, de forma que não se recomenda a 
suplementação. O interesse prático pelo Mo é sua ação inibitória da absorção de 
Cu e, em menor extensão, de P. Os sinais de intoxicação por Mo são os mesmos 
da deficiência de Cu. O máximo tolerável do mineral são 10 mg/kg de MS, 
devendo-se manter abaixo de 5. 
Selênio 
A função mais conhecida do Se é como componente da enzima glutationa 
peroxidase, um importante elemento do sistema antioxidante celular. Alguns 
distúrbios musculares também estão relacionados à deficiência de Se. 
 
 
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A suplementação com Se tem mostrado efeito positivo na redução da 
retenção de placenta, sem efeito aparente em trabalhos onde os animais já 
consumiam alimentos com teores adequados de Se. Esse mineral também está 
ligado à ocorrência de metrite, cisto ovariano e edema de úbere. 
Experimentos mostram que a suplementaçãp de Se pode aumentar a 
atividade dos neutrófilos e reduzir a prevalência e a severidade de mastite. No 
entanto, nestes experimentos os alimentos fornecidos continham menos de 0,08 
mg de Se/kg de MS, o que não deixa claro se o efeito da suplementação é 
benéfico em qualquer situação ou somente quando houver deficiência do mineral 
nos alimentos. As respostas ocorreram após injeção de 50 mg/vaca ou 
suplementação de 0,2-0,3 mg/kg de dieta. 
A concentração recomendada de Se na dieta é de 0,3 ppm. Apenas 2 
fontes são permitidas, o Selenito de Sódio (Na2SeO3) e o Selenato de Sódio 
(Na2SeO4). 
Zinco 
O Zn é componente de diversas metaloenzimas participantes do 
metabolismo de carboidratos, proteínas, lipídeos e ácidos nucléicos. Deficiência 
de Zn afeta a síntese de prostaglandina, o que prejudica a função luteínica. 
A absorção de Zn ocorre principalmente no intestino delgado, sendo que a 
quantidade absorvida é regulada pela parede do intestino. O Zn é transportado 
através das células da parede após ser ligado a proteínas específicas, ricas em 
cisteína. 
Fontes orgânicas e inorgânicas de Zn são similares em eficiência de 
absorção. ZnCO3 – 10%; ZnCl2 – 20%; ZnO – 12%; ZnSO4 – 20%. A concentração 
recomendada de Zn na dieta é de 60-80 ppm. 
Zn e Cu são antagonistas, sendo que níveis muito elevados de Cu podem 
prejudicar a absorção de Zn. Níveis elevados de Ca na dieta interferem na 
absorção de Zn em monogástricos, mas estudos com ovinos não mostraram 
existir efeito de Ca sobre Zn. O efeito existe em monogástricos provavelmente 
porque o efeito do fitato é exacerbado pela presença de Ca em excesso. Porém os 
microorganismos ruminais metabolizam fitato. 
Peptídeos e aminoácidos podem formar complexos com Zn e aumentam 
sua eficiência de absorção em aves. Quelatos (um tipo de mineral orgânico) 
podem aumentar a solubilidade do Zn e facilitar sua chegada à parede do intestino 
para absorção. 
 
 
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Bovinos com deficiência de Zn apresentam rápida redução no CMS e na 
taxa de crescimento, juntamente com enfraquecimento da parede dos cascos. 
Cromo 
A importância do Cr decorre do seu papel no metabolismo da glicose, 
aumentando a comunicação entre a insulina e seus receptores na membrana 
celular (Evans & Bowman, 1992). Uma comissão científica de alto nível foi 
formada pelo Conselho de Pesquisa Norte-Americano (NRC) em 1997 para decidir 
sobre a essencialidade do Cr em dietas para ruminantes. A comisão avaliou a 
resposta à suplementação de Cr em 7 estudos com gado de leite, 20 com gado de 
corte e 7 com ovinos. Nestes estudos as dietas basais continham de 0,79 a 1,6 mg 
de Cr/kg de MS e a suplementação foi de 5,5 a 10 mg de Cr por dia. As 
conclusões foram inconsistentes, com disponibilidade insuficiente de dados para 
recomendar uma exigência nutricional. 
Formas inorgânicas de Cr3+ (CrCl3, Cr2O3) são pouco absorvidas. Por isto 
Cr2O3 é utilizado como marcador de digestão em experimentos de nutrição animal. 
A complexação de Cr com compostos orgânicos aumenta muito sua absorção. 
Nicotinato de Cr e Picolinato de Cr são consideradas as fontes mais disponíveis. O 
Cr só é suplementado como mineral orgânico (Ex: Cr-Metionia). 
A suplementação de Cr poderia potencializar a ação da insulina e reduzir a 
concentração de AGNE no plasma e ocorrência de fígado gorduroso, além de 
aumentar a tolerância a glicose. Existem evidências positivas à suplementação de 
vacas leiteiras em resposta imune, redução na incidência de fígado gorduroso e 
aumento no consumo e na produção de leite. Entretanto, a quantidade de Cr 
requerida para desempenho ótimo não é clara e a literatura não suporta a 
recomendação de suplementação rotineira em dietas típicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A figura 1 mostra uma síntese da literatura da resposta em produção de 
leite à suplementação com Crorgânico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 1. Resposta em produção de leite à suplementação com Cr orgânico 
Hayirli et al. 2001. ? Multíparas 
Yang et al. 1996. ? Primíparas. ? Multíparas 
Subiyatno et al. 1996. ? Primíparas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
20 25 30 35 40
Leite no controle (kg/d)
R
es
po
st
a 
ao
 C
r (
kg
)
 
 
 
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A figura 2 mostra o efeito da suplementação com Cr sobre a concentração 
de AGNE no plasma sanguíneo, em vacas leiteiras pré-parto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 2. Efeitos da suplementação com Cr sobre a concentração de AGNE no plasma 
sanguíneo. Efeito linear P=0,03.Adaptada de Hayirli et al. (2001) 
VITAMINAS 
O modelo do NRC (2001) prevê que a suplementação vitamínica deve ser 
proporcional ao peso vivo e independente da produção de leite. Para Vitamina A, 
110 UI/kg de peso vivo; Vitamina D, 30 UI/kg de peso vivo; Vitamina E, 0,8 UI/kg 
de peso vivo. A relação entre A, D e E em suplementos vitamínicos ou vitamínico-
minerais não deveria variar. Esta é uma maneira simples de avaliar fontes 
comerciais de vitaminas. 
A Vitamina E e o Se são agentes antioxidantes nutricionais, que podem 
reduzir danos peroxidativos nas membranas celulares. Em gado leiteiro pode-se 
esperar ganhos em reprodução e controle de mastite com a suplementação com 
estes compostos. Recomendação no pré-parto 0,3 mg de Se/kg de dieta e 1000 UI 
de Vit E/dia. Neste período a suplementação de Vit E deve ser o dobro da 
suplementação de vacas em lactação. 
 
289.7
247.8
228.4
149.0
100
175
250
325
A
G
N
E,
 µ
Eq
/m
L 
0 0.03 0.06 0.12
Cr Suplementar, mg/kg PV0.75
 
 
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Abortos e retenção de placenta são sintomas de deficiência de Vitamina A. 
Hurley & Doane (1989) mostraram que o fornecimento de β-caroteno (Pró-
Vitamina A), em doses de 300 a 400 mg/dia, melhorou a eficiência reprodutiva em 
12 de 22 estudos. Segundo o NRC (2001), a exigência de Vit A suplementar é: 
Novilhas - 80 UI / kg de peso vivo; Vacas - 110 UI / kg de peso vivo. 
A tabela 2 apresenta uma sugestão de concentração dietética de vitaminas 
e alguns minerais. 
Tabela 2. Concentrações dietéticas de vitaminas e microminerais para vacas 
leiteiras em diferentes estágios. 
 Vacas Secas Período de Transição 23 Kg Leite/dia 45 Kg Leite/dia
CMS, Kg/dia 13,6 10,0 19,9 26,3 
Vit. A, UI/Kg 1500 2050 840 680 
Vit. E, UI/Kg 16 23 5,4 4,5 
Se, ppm 0,3 0,3 0,3 0,3 
Cu, ppm 20 20 15-20 15-20 
Mn, ppm 30-50 40-50 30-40 30-40 
Zn, ppm 40-60 50-70 50-70 60-80 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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weather. Agri-Prac. 12: 5-12, 1991. 
Evans, G.W. & Bowman, T.D. Chromium picolinate increases membrane fluidity 
and rate of internalization. J. Inorg. Biochem. 46: 243-251, 1992. 
Greene, L.W.; Schelling, G.T.; Byers, F.M. Effects of dietary monensin and 
potassium on apparent absorption of magnesium and other macroelements in 
sheep. J. Anim. Sci. 63: 1960-1967, 1986. 
Hayirli, A; Bremmer, D.R.; Bertics, S.J.; Socha, M.T.; Grummer, R.R. Effect of 
chromium supplementation on production and metabolic parameters in 
periparturient dairy cows. J. Dairy Sci. 84: 1218-1230, 2001. 
Hurley, W.L. & Doane, R.M. Recent developments in the roles of vitamins and 
minerals in reproduction. J. Dairy Sci. 72: 784-804, 1989. 
 
 
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National Research Council. Nutrient Requeriments of Dairy Cattle - 7th Revised 
Edition. Washington, D.C.: National Academy Pess, 405p. 2001. 
Oltjen, R. Fats for ruminants – utilization and limitations, including value of 
protected fats. Proc. Ga. Nutr. Conf. Athens: University of Georgia. 1975. 
Rahnema, S.; Wu, Z.; Ohajuruka, O.A.; Weiss, W.P.; Palmquist, D.L. Site of 
mineral absorption in lactating cows fed high-fat diets. J. Anim. Sci. 72: 229-
235, 1994. 
Subiyatno, A.; Mowat, D.N.; Yang, W.Z. Metabolite and hormonal responses to 
glucose or propionate infusions in periparturient dairy cows supplemented 
with chromium. J. Dairy Sci. 79: 1436-1445, 1996. 
Yang, W.; Mowat, D.; Subiyatno, A.; Liptrap, R. Effects of chromium 
supplementation on early-lactation perform

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