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A CELULA 
TIPOS DE CELULAS: 
Procariontes: são células que não 
possuem a carioteca que é uma fina 
membrana em volta do núcleo deixando 
este núcleo organizado. 
Eucariontes: possuem carioteca 
organizada 
Atravez do glicocalix, um 
fosfolipideo de membrana, a célula 
expressa seus receptores CAM’s, 
promovendo então a ligação e 
comunicação celular. 
Quando ocorre uma mutação nesta 
célula a primeira coisa a se perder são 
estes receptores e por isso as células 
crescem desordenadamente. 
Especializações da membrana: 
MICROVILOSIDADES : são 
evaginações da MP para o lado externo da 
célula afim de aumentar a superfície de 
contato. É muito útil para células as quais 
tem função de absorção de substâncias. 
São formados por prolongamentos de 
actina. 
DESMOSSOMO : é uma placa 
arredondada que é constituída pela 
membrana de duas células vizinhas. Dentro 
dessa placa se insere filamentos 
intermediários que ficam presos na 
membrana conferindo assim uma certa 
aderência entre as células. Esses filamentos 
variam de célula para célula de acordo com 
sua necessidade. Quando esse tipo de 
junção ocorre entre uma célula de um 
epitélio e um lamina basal , é chamado de 
hemidesmossomo pois a placa não vem de 
deus células. 
JUNÇÃO ADERENTE : é 
basicamente um cinto formado na região 
apical de vários tipos de epitélio de 
revestimento com função de adesão nas 
células. Este cinto é formado de um 
material citoplasmático amorfo onde se 
inserem filamentos de actina que fazem 
parte do cito esqueleto. Este tipo de junção 
é menos aderente que os desmossomos. 
Desmossomo mais fraco. 
ZONULA OCLUSIVA: é uma faixa 
continua em torno da região apical da 
célula cuja função é vedar o local e impedir 
a passagem de íons e moléculas entre as 
células. Também é responsável por 
permitir a existência de potenciais elétricos 
diferentes devido a diferente concentração 
de íons, neste caso rece 
COMPLEXO JUNCIONAL : Muito 
presente em várias células do epitélio 
próximo a extremidades celulares livre. O 
complexo juncional é a união da zônula 
oclusiva ou junção oclusiva com a junção 
aderente mais desmossomos , o que lhe 
confere uma aspecto de vedação e adesão 
entre uma célula e outra. 
JUNCOES COMUNICANTES : é 
bastante freqüentes em células do nosso 
corpo. Essas junções comunicantes são um 
conjunto de túbulos que atravessas a 
membrana de duas células formando com 
se fosse uma ponte de comunicação. É 
muito útil quando as células de um 
determinado tecido necessitam de se 
comunicar para agir coordenadamente. 
COMUNICAÇÃO 
As células se comunicam para 
organizar o crescimento dos tecidos e a 
proliferação mitótica e coordenar as 
funções dos diversos órgãos. Elas podem 
estabelecer junções comunicantes que 
possibilitam trocas de íons e pequenas 
 
 
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moléculas entre as organelas contíguas. 
Pelas junções comunicantes moléculas 
sinalizadoras passam sem passar pelo meio 
extra e participam de três tipos de 
sinalização: 
Endócrina: Quando são chamadas de 
hormônios e chegam às células alvo pelo 
sangue. 
Parácrina: Quando agem apenas no local, 
atuando sobre células que estão próximas, 
sendo rapidamente inativadas, se ela 
atingir o mesmo tipo de célula que a 
sintetizou chama-e autócrina. 
Sináptica: Exclusica do SNC onde são 
denominadas neurotransmissores e agem 
nos contatos celulares especializados, 
sinapses. 
Cada célula tem um conjunto 
diferente de proteínas receptoras que 
permite a célula responder as moléculas 
sinalizadoras de uma maneira especifica e 
programada. 
Elas variam quanto solubilidade na 
água, hidrofóbicas e hidrofílicas. 
Os sinalizadores de ação loca 
ativam proteínas receptoras localizadas na 
superficie da célula alvo e ai então se liga a 
uma molecula intermediaria citoplasmática 
que na maioria das vezes é a proteína G, 
que irá retransmitir o sinal até o destino 
intrecelular final. Ou seja, Ligante + 
receptor -> altera conformação do 
receptor -> ativa Proteina G -> Transforma 
GDP em GTP e há liberação da subunidade 
alfa da proteína G e atua sobre efetores 
(enzima que converte precussor inativo em 
segundo mensageiro ativo), esse segundo 
mensageiro faz uma cascata de 
modificações no comportamento celular. 
 
 
PRINCIPAIS ORGANELAS 
Mitocôndrias: de formato 
esféricas e alongadas, possuem duas 
unidades de membrana fazendo a 
transformação de ácidos graxos e glicose 
em ATP 
Ribossomos: Organelas 
constituídas de RNA ribossomal por duas 
subunidades com origem no núcleo. 
Principal função é montar proteínas de 
acordo com o RNAm 
Reticulo endoplasmático : são 
redes de vesículas achatadas, podendo ser 
Lisas ou Rugosas 
RER ou reticulo endoplamatico 
rugoso: Possui ribossomos em sua 
parede. Funçao: Sintese de proteínas 
mediante transcrição do RNAm , proteínas 
para a exportação (grânulos de secreção, 
exocitose) ou uso intracelular. 
Hipertrofiado em células que secretam 
proteínas (pâncreas e linf B). 
 
 
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Reticulo endoplasmatico liso; 
Síntese de lipídios como hormônios, 
desentoxicacao. Hipertrofiado em células 
hepáticas e em glândulas que secretam 
hormônios. 
Complexo de golgi : Após as 
proteínas e lipídios serem secretados pelo 
RE liso e rugoso eles devem ser 
empacotados e endereçados a algum lugar. 
Essa é a função do complexo de golgi. 
Maturacao-Empacotamento-Enderecamento 
Lisossomo ; são vesícula contendo 
enzimas hidrolíticas. Possui função de 
digestão 
Autofagia = digestacao de 
organelas ruins pela fusao lisossomo e 
organela = autofagossomo 
Autólise = quando o lisossoma se 
rompe e distrói a célula 
Proteossomo : Vesícula com 
diversas proteases que destrem proteínas 
errôneas ou inutilizáveis, importante para a 
degradação de proteínas excessivas. Pode 
ser uma nova esperança para o ratamento 
de cancer 
Peroxissomo são vesículas 
incorporada por meio de endossimbiose. 
Com caracteristicas catalase (enzima que 
converte peróxido de hidrogênio em água 
e oxigênio). Papel importante na 
desintoxicação principalmente por álcool e 
drogas , podem também ajudar a converter 
AC graxo em acetil Co-a 
Endossomo é a vesícula formada a 
partir do englobamento de particulas 
podendo ser tanto por pincitose como por 
fagocitose 
Citoesqueleto : São proteínas que 
preenchem o citoplasma . Podem ser 
microfilamentos (actina e miosina), 
microtubulos (polímeros de tubulina) ou 
filamentos intermediários. 
Os microfilamentos são proteínas 
maiores e mais densas. São formadas por 
filamentos de actina e miosina. Geralmente 
instáveis em células não musculares. Se 
concentram principalmente ao redor da 
membrana plasmática formando a camada 
gel do citoplasma que constitui o córtex 
celular. Esse córtex celular é necessário, 
pois a membrana da célula não é muito 
resistente e necessita de um reforço. Essas 
proteínas também são responsáveis por 
muitas das movimentações celulares e 
também por manter algumas 
características morfológicas como as 
vilosidades. Os microfilamentos são ricos 
em células que necessitammudar a sua 
morfologia constantemente como células 
musculares e leucócitos visto que são mais 
rígidas. Sua modificação estruturais pode 
ser desencadeada pelo aumento de Ca+ e 
AMP ciclico que promoverá o deslizamento 
da actina sobre a miosina. 
Os microtubulos são polímeros de 
tubulina. As tubulinas são cadeias 
polipetideas instáveis que estão em 
constante reorganização. Esta instabilidade 
e constante reorganização são controladas 
pelo Ca+ e pelo MAPS (proteínas 
associadas aos microtubulos). Com a 
reorganizacao freqüente ocorre então a 
mobilizacao das organelas citoplasmáticas. 
Muitas vezes essas tubulinas permanecem 
estáveis para a formação de outras 
estruturas como os cílio flagelos e 
centríolos. Os cílios e flagelos nada mais 
são do que microtubulos alongados e 
organizados sistematicamente(2 a 2) 
unidos por proteínas (dineína) que ao 
adentrarem no citoplasma formam o 
corpúsculo basal. Esta é uma estrutura 
semelhante a um centríolo responsável 
 
 
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pela formação do cílio ou flagelo. O 
centríolo é uma outra estrutura que é 
sintetizada a partir microtubulos em uma 
regiao chamada de centrossomo ou centro 
celular. O centríolo é a estrutura primária 
que marca a inicialização dos fusos 
mitóticos. 
Os filamentos intermediários são 
muito mais estáveis que os 
microfilamentos e microtubulos. Por ser 
assim esta estruturas são responsáveis por 
manter a forma celular. É importante dizer 
que os filamentos intermediários são 
característicos de tecido para tecido e por 
isso podem ser dosados para a 
identificação de um tumor. 
Queratinas: codificadas por 
genes com diferenças químicas e 
imunitárias, encontradas em células de 
tecido epitelial. 
Vimentina,(proteína dos 
filamentos intermediários do tecido 
conjuntivo, FIBROBLASTO) Desmina 
(proteína dos filamentos dos 
músculos), Proteina fibrilar ácida da 
glia, proteínas dos neurofilamentos, ( 
proteínas das células nervosas; glias e 
neurônios). 
 NUCLEO: região efetora onde fica 
contido todo o DNA da celular. “é onde 
encontramos a programação celular”. 
 
 
 
 
Membrana plasmática: 
Estrutura trilaminar, unidade de membrana 
pois é uma estrutura comum a todas. 
Bicamada de fosfolipídeos com seus 
agrupamentos hidrofóbicos voltados para 
centro da membrana e hidrofílicos para a 
superfície da membrana. Além do 
fosfolipídeos há colesterol e glicolipídeos 
na membrana. Todavia a composição 
lipídica de cada metade da membrana é 
diferente em casa célula, formando uma 
assimetria. 
As proteínas na membrana se 
inserem totalmente ou parcialmente e 
servem como pólos funcionais por onde 
transitam moléculas e íons. Outras 
proteínas são receptores ou moléculas 
sinalizadoras. 
Uma função importante da 
membrana é a manutenção da Constancia 
do meio intracelular que é diferente do 
extra. 
As proteínas da membrana são dividas 
em: 
Proteínas integrais: diretamente 
incorporadas na estrutura da membrana, 
só são extraídas após destruição da 
membrana. Existe o subtipo que atravessa 
toda a membrana, que são as 
transmembrana e estas podem ser dividas 
em proteínas de passagem única e 
proteínas de passagem múltipla, 
dependendo de sua conformação na 
membrana. 
Proteínas periféricas: fracamente 
associadas a membrana, facilmente 
extraídas por solução salina. 
A integração dessas moléculas de 
proteína com a membrana depende da 
ligação de seu aminoácido lipofílico com os 
 
 
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lipídeos da membrana, além disso, a sua 
posição depende de sua interação com o 
citoesqueleto e suas moléculas. Ao serem 
impulsionadas pelo citoesqueleto as 
proteínas podem deslizar no plano da 
membrana pois a camada lipídica é fluida, 
dando origem ao modelo mosaico fluido. 
As proteínas da membrana são 
sintetizadas no complexo de Golgi e 
transportadas para a superfície por 
vesículas. 
A superfície externa da membrana 
é mal delimitada por uma camada de 
hidratos de carbono, os glicocálice, ele 
participa do reconhecimento entre as 
células e união das células umas com as 
outras e com moléculas extracelulares. 
As trocas intra e extra tem lugar 
através da membrana. Moléculas 
pequenas como Na+, K+, Ca, podem 
atravessar a membrana por canais de 
proteínas integrais, se não usar energia 
chama-se difusão passiva. Mas se usar 
energia, transporte ativo. Ainda há a 
passagem com ajuda de proteínas 
carreadoras que estão na membrana, 
chamando de transporte facilitado. 
A entrada de material em 
quantidade chama-se endocitose, a saída, 
exocitose, mas elas dependem de 
proteínas diferentes. 
A endocitose se dá por, pinocitose 
de fase fluida, endocitose mediada por 
receptores e fagocitose. 
 
LESAO CELULAR E ADAPTAÇÃO 
A célula é capaz de lidar com 
exigências fisiológicas normais, mantendo 
um estado estável chamado de 
homeostasia. Estresses fisiológicos severos 
e alguns estímulos patológicos podem 
desencadear um grande número de 
adaptações celulares fisiológicas e 
morfológicas.. 
Hiperplasiaaumento do número 
de células de um órgão ou tecido, 
resultando em aumento de seu volume. Ela 
ocorre se a população celular for capaz de 
sintetizar DNA permitindo que ocorra a 
mitose. Pode ser fisiológica ou patológica. 
 Hiperplasia Fisiológica: pode ainda 
ser dividida em hiperplasia 
hormonal, a qual aumenta a 
capacidade funcional de um tecido; 
ou compensatória, na qual ocorre 
aumento da massa tecidual após 
dano ou ressecção parcial. 
 Hiperplasia Patológica: a maioria é 
causada por estimulação excessiva 
das células-alvo por hormônios ou 
por fatores de crescimento. Apesar 
de anormal, o processo permanece 
sob controle, pois a hiperplasia 
regride se o estímulo hormonal é 
eliminado, e isto é o que diferencia 
hiperplasia patológica normal de 
câncer. 
Mecanismos de Hiperplasia: é 
geralmente causado pela produção local de 
fatores de crescimento, aumento dos 
receptores de fatores de crescimento nas 
células envolvidas ou a ativação de 
determinadas vias de sinalização 
intracelular, e todas elas levam à produção 
de fatores de transcrição que ativam 
muitos genes celulares, receptores (acima 
citados) e reguladores do ciclo celular, 
resultando na proliferação celular. 
Então há ativação de células tronco 
satélites (potencializadas) que se 
diferenciam em células hiperplásicas 
diferenciadas do tecido em demanda. 
 
 
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 Na hiperplasia hormonal os próprios 
hormônios funcionam como fatores de 
crescimento e na hiperplasia 
compensatória o estímulo ainda não foi 
definido. 
Hipertrofia-aumento no volume das 
células, devido à síntese de mais 
componentes do citosol, resultando em um 
aumento do tamanho do órgão. Pode ser 
fisiológica ou patológica, sendo causada 
pelo aumento da demanda funcional ou 
por estímulos hormonais específicos. O 
estímulo mais comum para hipertrofia 
muscular é um aumento da carga. 
O mecanismo da hipertrofia envolve 
muitas vias de transdução de sinais, 
levando à indução de vários genes que, por 
sua vez, estimulam a síntese de numerosas 
proteínas celulares. Os genes que são 
estimulados durante a hipertrofia incluem 
aqueles que codificam fatores de 
transcrição, fatoresde crescimento e 
agentes vasoativos. Além disso, alguns 
genes que só se expressam durante as 
fases iniciais do desenvolvimento se 
expressam novamente nas células 
hipertróficas e seus produtos participam da 
resposta celular ao estresse. 
Atrofia-redução do tamanho da 
célula devido à perda da substância celular. 
A atrofia pode ser fisiológica ou patológica, 
a fisiológica é comum durante as fases 
iniciais do desenvolvimento, e a patológica 
depende da causa e pode ser localizada ou 
generalizada. As causas mais comuns são: 
Diminuição da carga (atrofia por 
desuso): A rápida diminuição inicial do 
tamanho celular é reversível assim que o 
uso é retomado [músculo no exercício 
físico]. 
Perda da inervação (atrofia por 
desnervação): O funcionamento normal da 
célula depende do sistema nervoso e a 
lesão dos nervos causa uma rápida atrofia 
das células inervadas por eles. 
Diminuição do suprimento sanguíneo: 
A redução do suprimento sanguíneo de um 
tecido leva à atrofia devido a uma perda 
progressiva das células. 
Nutrição inadequada: A desnutrição 
protéico-calórica acentuada está associada 
ao uso de células musculares como fonte 
de energia depois que outras reservas 
foram esgotadas. 
Perda da estimulação endócrina: 
Muitas glândulas endócrinas, a mama e os 
órgãos reprodutivos dependem da 
estimulação endócrina para seu 
metabolismo e função normais, e a perda 
de tal estimulação causa atrofia. 
Envelhecimento (atrofia senil): o 
processo de envelhecimento está 
associado com perda celular. 
Pressão: a compressão de um tecido 
por período de tempo pode causar atrofia 
Metaplasia-alteração reversível 
na qual um tipo de célula adulta é 
substituído por outro tipo de célula adulta. 
Isso pode representar uma substituição 
adaptativa de células que são sensíveis ao 
estresse por tipos celulares mais capazes 
de sobreviver ao ambiente adverso. Se as 
influência que predispõem à metaplasia 
persistirem, elas podem induzir 
transformações malignas no epitélio 
metaplásico. 
A metaplasia mais comum é do epitélio 
colunar para escamoso, que ocorre no 
trato respiratório em resposta à irritação 
crônica, mas também pode ocorrer 
metaplasia do tipo escamoso para o 
colunar. A metaplasia do tecido conjuntivo 
 
 
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se dá pela formação de cartilagem, osso ou 
tecido adiposo em tecidos que 
normalmente não contêm esses 
elementos. 
A metaplasia é o resultado de uma 
reprogramação de células-tronco, com 
diferenciação de células-tronco em uma 
linhagem em particular ocorre por meio de 
sinais gerados por citocinas, fatores de 
crescimento e componentes da matriz 
extracelular no ambiente que cerca a 
célula. Esses fatores de crescimento, 
agindo como estímulos externos, induzem 
fatores de transcrição específicos que 
direcionam a cascata de genes específicos 
para determinado fenótipo para formar 
uma célula totalmente diferenciada. 
LESÃO CELULAR 
Se os limites da resposta de 
adaptação a um estímulo são excedidos, 
ocorre uma seqüência chamada de lesão 
celular, que é até certo ponto reversível, 
mas se o estímulo persistir ou se for severo 
o suficiente desde o início, a lesão se torna 
irreversível levando a morte celular. 
Inicialmente a lesão reversível se 
manifesta por alterações funcionais e 
morfológicas que são revertidas se o 
estímulo nocivo for retirado. 
Características: redução da fosforilação 
oxidativa, redução na quantidade de ATP e 
edema celular causado por alterações na 
concentração de íons e influxo de água. 
Ausência de Oxigênio, hipóxia causa lesão 
celular pela redução da respiração aeróbica 
oxidativa. Dependendo da gravidade, 
podem se adaptar, sofrer alguma lesão ou 
morrer. 
Agentes Físicostrauma mecânico, 
temperaturas extremas, mudanças bruscas 
na pressão atmosféricas, radiação e 
choque elétrico. 
Agentes Químicos e Drogas 
Agentes Infecciosos: lesão genica e 
opsonização celular 
Reações Imunológicas 
Distúrbios Genéticosanormalidades 
cromossômicas, erros inatos do 
metabolismo e presença de RNA de dpla 
fita no interior da célula, estimula 
receptores p/ INF_g, ativando macrófagos 
a fagocitar a célula anormal. 
Desequilíbrios Nutricionais-principal 
causa de lesão celular. Podem ser 
deficiências protéico-calóricas ou excessos 
nutricionais. 
As conseqüências da lesão celular 
dependem do tipo, estado e grau de 
adaptação da célula danificada, ou seja, do 
estado nutricional e hormonal da célula e 
suas necessidades metabólicas, que 
indicarão a vulnerabilidade da célula às 
modificações. 
DIMINUIÇÃO DO ATPa 
diminuição do ATP ou a redução de sua 
síntese estão freqüentemente associadas a 
lesões hipóxicas e químicas (tóxicas), e essa 
redução em menos de 5 a 10% dos níveis 
normais tem efeitos disseminados em 
muitos sistemas celulares cítricos, como: 
A atividade da bomba de sódio da 
membrana plasmática depende de energia, 
causando acúmulo intracelular de sódio e 
perda de potássio da célula, o que causa 
acúmulo de água e conseqüente edema 
celular e dilatação do retículo 
endoplasmático. 
Com o suprimento de oxigênio 
reduzido, a célula muda para metabolismo 
anaeróbico, que é dependente da glicólise 
 
 
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para produção de energia. 
Conseqüentemente os depósitos de 
glicogênio são rapidamente reduzidos, e o 
ácido lático e fosfatos inorgânicos 
acumulados, o que leva a uma redução do 
pH intracelular, resultando na diminuição 
da atividade de muitas enzimas celulares. 
Nas células privadas de oxigênio ou 
glicose, as proteínas podem ser dobradas de 
forma incorreta e iniciar uma reação celular 
chamada de resposta das proteínas não 
dobradas, que pode acarretar lesão e mesmo 
morte celular. 
DANO MITOCONDRIALas 
mitocôndrias são alvos importantes para 
quase todos os tipos de estímulos nocivos, e 
a lesão da mesma geralmente resulta na 
formação de um canal de alta condutância, 
chamado poro de transição de 
permeabilidade mitocondrial, na membrana 
mitocondrial interna. Como a manutenção 
do potencial de membrana é crítico para a 
produção de ATP, este poro não-seletivo 
significa uma sentença de morte para a 
célula. O dano mitocondrial também pode 
estar associado ao extravasamento do 
citocromo C no citosol, podendo iniciar as 
vias de morte por apoptose no citosol fator 
essencial para morte celular. 
FLUXO INTRACELULAR DE 
CÁLCIO E PERDA DA 
HOMEOSTASIA DO CÁLCIOo cálcio 
livre no citosol é mantido em concentrações 
extremamente baixas comparado aos níveis 
extracelulares, a maior parte do cálcio 
intracelular está na mitocôndria e no RE. As 
isquemias e certas toxinas causam um 
aumento inicial da concentração de cálcio 
no citosol devido ao influxo de Ca2+ através 
da membrana plasmática e liberação do 
Ca2+ das mitocôndrias e do RE, o excesso 
ativa várias enzimas, como as ATPases, 
fosfolipases, proteases e as endonucleares, 
além de causar um aumento na 
permeabilidade mitocondrial, induzindo 
apoptose. 
ACÚMULO DE RADICAIS LIVRES 
DERIVADOS DO OXIGÊNIO 
(ESTRESSE OXIDATIVO)são 
eliminados das células através de sistemas 
de defesa para prevenir lesões causadas por 
esses produtos. Um desequilíbrio entre os 
sistemas de geração e eliminação desses 
radicais livres causa um estresse oxidativo, 
condiçãoassociada com a lesão celular. 
Lesões causadas por radicais livres nas 
membranas e nos ácidos nucléicos iniciam 
reações autocatalíticas, convertendo mais 
moléculas em radicais livres para propagar 
a cadeia de danos. Esses radicais livres 
podem ser criados dentro das células de 
várias maneiras. 
DEFEITOS NA PERMEABILIDADE DA 
MEMBRANAa perda inicial da 
permeabilidade seletiva da membrana leva 
a um dano evidente da membrana, 
podendo afetar a mitocôndria, a 
membrana plasmática e outras membranas 
celulares. 
A lesão à membrana plasmática 
resulta em perda do equilíbrio osmótico 
com influxo de fluídos e íons, assim como a 
perda de proteínas, enzimas, coenzimas e 
ácidos ribonucléicos, além de 
extravasamento de metabólitos vitais para 
reconstituição de ATP e extravasamento de 
enzimas do lisossomo para o citoplasma, 
que quando ativadas levam à digestão 
enzimática de componentes celulares, 
causando morte celular por necrose. 
As células sofrem alterações 
seqüenciais conforme a lesão progride e 
finalmente sofrem necrose. As células 
necróticas são incapazes de manter a 
integridade das membranas e seu 
conteúdo geralmente extravasa, causando 
inflamação no tecido adjacente. 
A aparência morfológica da 
necrose resulta da desnaturação das 
 
 
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proteínas intracelulares e da digestão 
enzimática da célula, que pode ser por 
enzimas do lisossomo da célula (autólise) 
ou dos lisossomos de leucócitos que 
migram para região durante processo 
inflamatório. 
No paciente vivo a maioria das células 
necróticas e de seus fragmentos 
desaparecem através da combinação de 
digestão enzimática e fragmentação, 
seguidas pela fagocitose dos fragmentos 
pelos leucócitos. Se isso não ocorre 
imediatamente, elas atraem sais de cálcio e 
outros minerais e se calcificam, fenômeno 
chamado de calcificação distrófica, que é 
um fenômeno local. Por outro lado, 
deposição de cálcio em tecidos normais é 
conhecida como calcificação metastática e 
quase sempre resulta da hipercalcemia 
secundária a algum distúrbio no 
metabolismo do cálcio. Essa hipercalcemia 
pode ocorrer por quatro causas principais: 
aumento da secreção e hormônio da 
paratireóide com a conseqüente 
reabsorção óssea, a destruição de tecido 
ósseo, desordens relacionadas à vitamina D 
e insuficiência renal. 
ENVELHECIMENTO CELULAR é o 
resultado de um declínio progressivo na 
capacidade proliferativa, tempo de vida 
das células, e exposição continuada a 
influências que resultam no acúmulo 
progressivo de danos celular e molecular. 
As células têm uma capacidade 
limitada de se multiplicarem, após um 
número fixo de divisões as células 
estacionam em um estágio terminal sem 
capacidade de se dividir, conhecido como 
senescência celular. Um possível 
mecanismo para a senescência é que a 
cada divisão celular ocorra uma replicação 
incompleta das extremidades do 
cromossomo, o que leva, em última 
instância, à parada do ciclo celular. 
A extensão do dano oxidativo de uma 
célula, que aumenta conforme o 
organismo envelhece, pode ser um 
componente importante da senescência, e 
o acúmulo de lipofuscina nas células é uma 
indicação de tal dano. 
APOPTOSE 
Morte celular programada, ou seja, 
a própria célula por mecanismos 
intrínsecos se autodestrói. Esse mecanismo 
pode ser fisiológico ou patológico. Como 
exemplos fisiológicos, podemos colocar a 
apoptose que ocorre na embriogênese; a 
involução de um tecido hormônio-
dependente; a eliminação de linfócitos 
auto-reativos. Como situações patológicas 
têm-se: a lesão do DNA por influência do 
meio; o acúmulo de proteínas dobradas 
devido ao estresse metabólico celular e a 
apoptose feita em infecções. 
A apoptose é um mecanismo antes 
de tudo fisiológico podendo ser 
desencadeado em qualquer célula do 
organismo. É uma maneira da célula se 
defender de mutações, dano do DNA, as 
células imunes como os linfócitos 
citotóxicos reconhecem células que 
apresentam anormalidades de receptores, 
seja por invasão de agentes agressores 
(vírus e bactérias) ou por uma mutação 
nuclear a qual a célula não deu conta de 
executar apoptose antes de mutar. 
Alterações morfológicas 
 Retração celular, devido à 
compactação das organelas para 
formar os corpos apoptóticos 
 Condensação da cromatina: 
Característica mais marcante. É 
 
 
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em função da fragmentação do 
DNA. 
 Formação de bolhas 
citoplasmáticas e corpos 
apoptóticos: necessário para o 
englobamento dos macrófagos. 
Características Bioquímicas = Ativação das 
Caspases (será explicada), a quebra do DNA 
e alterações na membrana que facilitam a 
fagocitose. 
Mecanismo da apoptose 
Toda célula possui o mecanismo de 
desencadear a apoptose, portanto, a célula 
tem de possuir um mecanismo 
antiapoptótico. 
Quando a célula está recebendo 
sinais de sobrevivência (podem ser 
hormônios, enzimas, fatores de 
crescimentoe e/ou o DNA está íntegro e 
sem alterações), estas características 
estimulam a produção de um grupo de 
proteínas chamadas BEL’s, IAP’s e a 
Smac/DIABLO. As BEL’s controlam a 
permeabilidade da mitocôndria. Isso tem 
grande importância visto que a 
mitocôndria possui uma proteína chamada 
de citocromo C, que é pró-apoptótica, ou 
seja, induz a apoptose pela ativação de 
outra proteína plasmática, chamada de 
BH3. Esta BH3 quando ativada inibe as 
IAP’s e a Smac/DIABLO. IAP’s e 
Smac/DIABLO são proteínas que inativam a 
Caspase-3 e Caspase-6. A Caspase-3 e 
Caspase-6 são proteínas ativadoras das 
reações de apoptose. Quando esta é ativa 
dá-se inicio à parte de execução. 
 
A via da apoptose se divide em intrínseca 
(ou mitocondrial) e extrínseca. 
 
VIA INTRÍNSECA 
A perda dos sinais de sobrevivência 
por si só ativa diretamente as proteínas 
BH3. A radiação ou a invasão por vírus, 
assim como qualquer modificação do DNA, 
também ativa estas proteínas. As BH3 
quando são ativadas alteram a 
permeabilidade da mitocôndria formando 
um canal chamado BAX-BAK, e também 
inativa IAP’s e Smac/DIABLO. O canal BAX-
BAK também pode ser criado pelo excesso 
de proteínas dobradas que é resultado do 
estresse metabólico celular. Quando o 
canal BAX-BAK é criado, ocorre um 
extravasamento do citocromo C ao 
citoplasma. Este por sua vez irá se ligar a 
uma proteína já existente no citoplasma, 
chamada Apaf-1, formando o 
apoptossomo, que ativará a Caspase-9 e 
Caspase -10. Indutoras, ativando a 
Caspase-3 e Caspase-6, que são chamadas 
de proteínas executoras. A inativação das 
IAP’s e Smac/DIABLO ativa diretamente as 
Caspase-6 e Caspase-3. 
VIA EXTRINSECA 
Quando há modificação do DNA de 
uma célula haverá também modificação 
nos receptores de superfície, os linfócitos, 
então, reconhecerão esta célula como 
RUIM. Ao reconhecer este processo o 
linfocito liga-se pelo Faz-L a uma receptor 
da célula alvo chamado de Faz. Este 
receptor possui um domínio de morte que, 
quando ativado fará a ativação de outra 
proteína chamada FADD. Ativando a 
Caspase-8 e 10 desencadeando ativação da 
Caspase-3 e Caspase-6 que farão as 
modificações morfológicas. 
NECROSE 
A lesão à membrana plasmática 
resulta em perda do equilíbrio osmótico 
 
 
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com influxo de fluídos e íons, assim como a 
perda de proteínas, enzimas, coenzimas e 
ácidos ribonucléicos, além de 
extravasamento de metabólitos vitais para 
reconstituição de ATP e extravasamento de 
enzimas do lisossomo para o citoplasma, 
que quando ativadas levam à digestão 
enzimática de componentes celulares, 
causando morte celular por necrose. 
A necrose se refere ao conjunto de 
alterações morfológicas que ocorrem após 
a morte celular em um tecido vivo. 
Morfologia: As células necróticas são 
eosinófilas devido à perda de RNA. 
Aparência homogênea mais vítrea do que 
as células normais devido a perda de 
glicogênio. 
Os lisossomos digerem as organelas e o 
citoplasma torna-se um vacuolado. 
Calcificação das células mortas 
Características de células necróticas: MC e 
organelas descontinuas , dilatação das 
mitocôndrias, figuras de mielina 
intracitoplasmáticas, restos amorfos , 
Proteínas desnaturadas. Alterações 
nucleares: devido à degradação 
inespecífica do DNA 
 Perda do DNA pela degradação da 
endonuclease, causando basofilia 
da cromatina (cariólise) 
 Retração nuclear (picnose) 
 Fragmentação nuclear (cariorrexe) 
Tipos de Necrose 
De coagulaçãohá a preservação da 
anatomia básica dos tecidos mortos (por 
alguns dias). Os tecidos afetados exibem 
textura firme. A lesão desnatura as 
proteínas estruturais e enzimas, 
bloqueando a proteólise das células 
mortas; persistindo por dias/semanas. 
Depois as células são removidas por 
fagocitose pela infiltração leucocitária e 
pela digestão por ação das enzimas 
lisossômicas. Ex: isquemia, exceto no 
cérebro. 
Liquefativaé caracterizada pela digestão 
das células mortas, resultando na 
transformação do tecido em uma massa 
viscosa líquida. Ex: infecções bacterianas, 
fúngicas, pela estimulação do acúmulo de 
leucócitos e liberação de enzimas dessas 
células. Material necrótico é amarelo 
cremoso pela presença de leucócitos 
mortos (pus). Ex: hipóxia de células do SNC. 
Gangrenosaé aplicada a um membro 
(perna, por exemplo) que tenha perdido 
seu suprimento sanguíneo e sofreu 
necrose (de coagulação), envolvendo varias 
camadas do tecido. Quando surge uma 
infecção bacteriana ocorre mais necrose 
liquefativa, pela ação das enzimas 
degradativas (gangrena úmida). 
Caseosaencontrada em focos de 
infecção tuberculosa. “Caseoso”= 
aparência de queijo, friável esbranquiçada. 
Nessa área há células rompidas ou 
fragmentadas e restos granulares dentro 
de uma borda inflamatória em um foco de 
inflamação (granuloma). 
Gordurosaáreas de destruição 
gordurosa, pela liberação de lipases 
pancreáticas ativadas na substância do 
pâncreas e na cavidade peritoneal. Os 
ácidos graxos liberados combinam-se com 
o cálcio, produzindo áreas brancas 
gredosas. 
Fibrinoidepresente em reações imunes 
que envolvem vasos sanguíneos; ocorre 
quando complexos de antígenos e 
anticorpos são depositados nas paredes 
das artérias; esses depósitos combinam-se 
 
 
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com a fibrina que extravasou do vaso, 
resultando em uma aparência amorfa e 
róseo-brilhante 
 
O CICLO CELULAR 
Processo contínuo dividido em 2 fases 
principais: 
 INTÉRFASE 
 MITOSE 
Falhas nos mecanismos célula podem 
ser: 
Encaminhada para apoptose (morte celular 
programada) ou desenvolvimento tumoral 
 
Fases do Ciclo: 
INTERFASE: G0 
 G1: 12 horas 
 S: 7 a 8 horas 
 G2: 3 a 4 horas 
 M: 1 a 2 horas 
Total: 24 horas 
G1: Crescimento celular. Metabolismo normal 
ocorrendo duplicação de organelas 
S: Sintese, replicação do DNA e duplicação 
cromossômica 
G2: Crescimento celular e preparação para 
mitose 
 
 
Sinais químicos que controlam o ciclo 
 Sinais externos: Hormônios, 
fatores de crescimento, 
 Sinais internos são proteínas de 2 
tipos: Ciclinas e Quinases (CDKs) 
Para que o ciclo seja iniciado, uma 
seqüência ordenada de eventos necessita 
ocorrer: 
1) Ligação de um fator de crescimento a 
um receptor específico na membrana 
plasmática; 
2) Ativação deste receptor (proteína 
transmembrana), que ativa proteínas 
transdutoras de sinais presentes no 
citoplasma através do domínio interno do 
receptor; 
3) Transmissão do sinal, por estas 
proteínas transdutoras, até o núcleo; 
4) Ativação de proteínas regulatórias 
nucleares; 
5) Iniciação e progressão do ciclo celular. 
G0, G1, S e G2 fazem parte da intérfase, 
enquanto M representa a mitose. 
Os fatores de crescimento podem ser 
divididos em duas grandes classes: 
*De ampla especificidade, que 
atuam sobre muitos receptores e 
consequentemente sobre muitas classes de 
células (ex: PDGF – fator de crescimento 
derivado das plaquetas, EGF – fator de 
crescimento epidérmico, VEGF – fator de 
crescimento vascular endotelial, FGF – 
fator de crescimento fibroblástico); 
*De estreita especificidade, que 
atuam sobre células específicas. 
 
 
 
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Fatores de Crescimento 
Os fatores de crescimento 
liberados ligam-se aos receptores de 
membrana das células alvo. Então, o 
complexo receptor-ligante ativa produção 
de sinalizadores intracelulares ativando a 
cascata de fosforilação intracelular, 
induzindo a expressão de genes 
Produto da expressão destes genes 
componentes essenciais do Sistema de 
Controle do Ciclo celular (composto por 
CDKs e Ciclinas) 
 
 
 
 
Controladores Positivos do Ciclo Celular: 
Estimulam a progressão da célula 
no ciclo celular, a fim de que ocorra a 
divisão normal em duas células-filhas. 
 CDKs (Cinases Dependentes de 
Ciclina) 
Presentes durante todo o ciclo celular, 
mas só tivadas em determinadas fases, 
quando ligadas às ciclinas. Este complexo 
CDK-ciclina fosforila proteínas específicas. 
Ex: a proteína Rb é fosforilada pelo 
complexo CDK-ciclina, tornando-se inativa 
e liberando proteínas de regulação gênica, 
permitindo progressão do ciclo. 
 Ciclinas: 
Suas unidade variam periodicamente, 
seno sintetizadas somente em fases 
específicas, de acordo com a necessidade, 
e destruídas após a sua utilização. Ligam-se 
às CDKs para que possam juntas exercer 
suas funções. 
 
 
 
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Controladores Negativos do Ciclo Celular: 
Inativam as funções dos 
controladores positivos, levando à parada 
no ciclo celular e à apoptose (morte 
programada). 
• CKIs (Inibidores de Cinase dependente de 
Ciclina) 
São proteínas que interagem com CDKs ou 
complexos ciclina-CDK, 
bloqueando sua atividade de 
cinase. As cinases não mais 
fosforilam proteínas, o que 
determina parada do ciclo. 
As CKIs podem ser de dois 
tipos: 
 Específicas (ex: p15, 
p16, p18, p19): são 
seletivas sobre os 
complexos ciclinaD-
CDK4 e ciclina D-
CDK6, que atuam 
em G1. 
 Inespecíficas (ex: p21, p27, p53, 
p57): atuam sobre diversos tipos 
de complexos ciclina-CDK. 
Complexo ubiquitina: Degrada ciclinas e 
outras proteínas, impedindo a progressão 
do ciclo celular. 
Fosfatases :Atuam na desfosforilação de 
CDKs e complexos ciclina-CDKs, tornando-
os inativos. 
Checkpoint – Pontos de verificação: Zela 
pela correta execução dos eventos, 
impedindo o início de eventos 
subseqüentes até que o anterior esteja 
concluído comsucesso. Em suma, se 
detectada qualquer alteração no genoma 
celular, este mecanismo interrompe a 
progressão do ciclo até que seja feito o 
reparo. 
Todas essas estruturas protéicas envolvidas 
no controle do ciclo celular são codificadas 
por genes específicos. Qualquer mutação 
nesses genes pode resultar em proteínas 
alteradas, EX: A mutações em genes 
específicos, gene pRb = proteínas pRb 
alteradas, desencadeando proliferação 
celular aumentada e desenvolvendo o 
retinoblastoma (Rb) 
 
 INTÉRFASE: 
Interpõe a duas mitoses, 
preparando divisão em duas células-filhas. 
16 a 24 h para se processar, mas a 
velocidade depende do tipo celular. Ex: 
derme e mucosa intestinal necessitam 
renovar-se constantemente e, por isso, sua 
interfase tem duração menor se 
comparada à de outras células. 
Dividida em 4 fases: G0, G1, S e G2. 
G0 –As células estão em repouso, tipos 
celulares, como os hepatócitos, podem 
entrar provisoriamente em G0, mas de 
acordo com a necessidade do órgão (ex: 
abuso de álcool, vírus da hepatite C, 
malária...), retornam a G1 e continuam o 
ciclo. 
 
 
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G1 – Quando uma célula é estimulada a se 
multiplicar, ela entra em G1. Nesta fase, a 
célula responde a estímulos positivos ou 
negativos, sendo levada a crescimento, 
diferenciação, multiplicação ou apoptose. 
Há aumento do volume celular e aumento 
no número de organelas. 
Logo no início de G1, ocorre a síntese de 
ciclina D, que vai se ligar com a CDK4 e a 
CDK6, formando dois complexos. Mais 
tardiamente, ocorre a síntese de ciclina E, 
que se liga à CDK2. Estes três complexos 
irão atuar na fosforilação da proteína pRb. 
Inicialmente, a proteína pRb está na forma 
ativa, ligada ao fator E2F. Quando 
fosforilada pelos complexos ciclina-CDKs, 
torna-se inativa e libera o fator E2F 
(proteína de regulação gênica) que vai 
ativar a transcrição de vários genes cujos 
produtos são necessários para que a célula 
progrida para a fase S. A proteína pRb, 
então, não fosforilada permanece ligada ao 
E2F, impedindo que a célula saia do estágio 
G1 e entre na fase S. Já quando fosforilada, 
libera E2F e permite a progressão do ciclo. 
As CKIs p21, p53 e p57 exercem um 
controle negativo sobre a proteína pRb por 
bloquearem a atividade de cinase dos três 
complexos ciclina-CDKs, podendo impedir 
que a célula saia do estágio G1. A 
importância destas CKIs reside no fato de 
que, por exercerem função de bloqueio, 
são consideradas supressoras tumorais. 
Infelizmente, seus genes codificadores são 
alvos freqüentes de mutação; assim, 
quando mutados (sobretudo o p53), não 
promovem repressão do ciclo celular e 
células tumorais não vão à morte por 
apoptose. A célula tumoral torna-se, então, 
imortal. 
S – É nesta fase que ocorre a síntese de 
DNA (cópia idêntica), a fim de que cada 
cromossomo seja formado por duas 
cromátides-irmãs geneticamente iguais. 
Leva entre 6 a 8 h para se processar. Os 
mecanismos envolvidos permanecem um 
tanto obscuros, mas sabe-se que o 
complexo ciclinaA-CDK2 mostra 
importante função imediatamente antes 
da síntese de DNA, fosforilando proteínas 
específicas envolvidas nas origens de 
replicação do DNA. Estas proteínas 
específicas são conhecidas como fatores 
licenciadores, os quais ligam-se a 
determinados pontos da molécula de DNA, 
permitindo a deselicoidização da estrutura 
dupla-fita, a fim de que seja replicada. 
Os fatores licenciadores acumulam-se 
durante G1, atuam em S, e são destruídos 
em G2 para impedir nova replicação antes 
da mitose. 
Como são várias as origens de replicação 
(ou seja, a duplicação do material genético 
ocorre em vários locais simultaneamente), 
são igualmente importantes nesta fase os 
pontos de metilação. Eles sinalizam que 
determinada seqüência da molécula já 
replicou, impedindo excesso de material 
duplicado. Um outro componente é o 
complexo mitótico ciclinaB-cdc2 ou Fator 
Promotor da Mitose (MPF). Ele permanece 
inativo durante toda a fase S e protege a 
célula de uma divisão antes que ela esteja 
totalmente pronta para isto. 
G2 – Há basicamente a síntese de RNA, de 
proteínas e outras estruturas necessárias 
para o início da divisão celular. Nesta fase, 
inicia-se a condensação da cromatina, o 
que facilitará as fases de metáfase e 
anáfase da mitose. O MPF permanece 
inativo durante quase toda a fase G2, 
sofrendo fosforilações e desfosforilações, 
até que uma fosfatase específica remove 
alguns fosfatos; o complexo é então 
ativado e a célula é encaminhada à mitose. 
 
 
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MITOSE: 
Divisão celular propriamente dita. Leva de 
1 a 2 h e é dividida nas seguintes fases: 
Prófase: É a primeira fase da 
mitose. Enquanto o fuso está 
sendo formado, o material 
cromatínico do núcleo fica 
comprimido em cromossomos 
bem definidos. 
 Pró-Metáfase: O 
envelope nuclear se 
desintegra, enquanto os 
microtubulos do aparelho 
mitótico em formação se 
prendem aos cromossomos. 
Metáfase: Durante este período os 
pares de centríolos são afastados pelo 
fuso em desenvolvimento, enquanto 
os cromossomos são puxados pelos 
microtubulos para a parte central da 
célula ficando alinhados no plano 
equatorial do fuso mitótico. 
 Anáfase: Com o 
crescimento adicional do fuso, 
cada par de cromossomos 
replicados é agora afastado. 
 
Telófase: O fuso mitótico ainda 
fica mãos longo, tracionando os 
dois conjuntos de cromossomos 
filhos, afastando-os cada vez 
mais. Em seguida o aparelho 
mitótico se dissolve e forma-se uma nova 
membrana nuclear em torno de cada 
conjunto de cromossomos, sendo essa 
membrana formada a partir dos restos do 
RE que permanece no citoplasma. Pouco 
depois, a célula apresenta um anel de 
constrição em um ponto situado entre os 
dois núcleos. Isso é causado por um anel 
de microfilamentos, formado de actina e 
miosina, as duas proteínas contráteis. 
O aparelho mitótico: 
No começo da mitose, os dois pares de 
centríolos começam a se afastar um do 
outro. Provocado pelo crescimento de 
microtubulos protéicos a partir dos 
centríolos, o que os faz afastar. Ao mesmo 
tempo, crescem microtubulos em direção 
radial, a partir de cada um dos centríolos, 
formando uma estrela de múltiplas pontas, 
chamada áster, em cada extremidade da 
célula. Algumas dessas pontas penetram 
no núcleo e tem papel na separação dos 
dois conjuntos de hélices de DNA, durante 
a mitose. O conjunto de microtubulos que 
liga os dois pares de centríolos é chamado 
fuso, e a totalidade dos microtubulos mais 
os dois pares de centríolos chama-se 
aparelho mitótico. 
 CONTROLE GENICO DA FUNÇAO 
CELULAR 
O controle da síntese de proteínas 
começa com a formação do ácido 
ribonucléico (RNA) no núcleo, sob o 
controle do DNA. São formados três tipos 
diferentes de RNA, todos eles difundindo 
do interior do citoplasma, desempenhando 
papeis específicos para formação de 
proteínas. 
 RNA ribossômico forma grande 
parte da estrutura do ribossomo, as 
organelas citoplasmáticas, onde ocorre na 
realidade a síntese das proteínas. 
RNA transferidor fixa-se a 
aminoácidos específicos no citoplasma e os 
transfere para o ribossomopara formar a 
cadeia protéica. 
 RNA mensageiro é uma longa 
molécula que, passa ao longo do 
 
 
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ribossomo, determinando a seqüência dos 
diferentes aminoácidos (aa’s) na molécula 
de proteína que está sendo sintetizada. 
Cada molécula de DNA é formada 
por seqüência de nucleotídeos. Cada grupo 
de três nucleotídeos forma um codinome, 
de tipo único de aminoácido na molécula 
As moléculas de RNA também são 
formadas por seqüências de nucleotídeos. 
O código de DNA, é passado para o 
RNA mensageiro, quando este é formado 
por três nucleotídeos forma o códon. Esse 
processo é chamado de transcrição. Em 
seguida o RNAm passa pelo ribossomo, 
fazendo com que aminoácidos reajam 
entre si para formar a molécula de 
proteína, processo chamado de tradução. 
O DNA sofre ou replicação virando outra 
fita de DNA através da DNA polimerase, 
processo ocorrido no núcleo. Ou o DNA 
sofre transcrição virando uma fita de RNA 
correspondente, para síntese de proteínas, 
isso ocorre no núcleo também através de 
RNA polimerase. 
Genes: Os genes controlam o 
funcionamento das células ao 
determinarem quais substancias serão 
sintetizadas por essas células, quais 
estruturas, quais enzimas e quais 
moléculas. 
Cada gene, que é um ácido 
nucléico, chamado DNA, que controla a 
formação do RNA que se difunde por toda 
a célula, regulando a formação de uma 
proteína especifica. Existem mais de 
100.000 tipos diferentes de genes nas 
células humanas, formados por elementos 
básicos de DNA: 
Ácido fosfórico, um açúcar 
chamado desoxirribose e quatro bases 
nitrogenadas (adenina, guanina, timina e 
citosina). 
 As bases de cada par podem fixar-
se frouxamente por pontes de hidrogênio 
entre si, o que representa o mecanismo 
que faz com que os dois filamentos de DNA 
fiquem unidos. 
 SÍNTESE DE RNA 
 Elementos básicos do RNA: Açúcar: 
Ribose e a Timina é substituída por Uracila. 
 Transcrição é o processo pelo qual 
uma molécula de RNA é sintetizada a partir 
de um molde de DNA. Através da 
transcrição, são sintetizados todos os tipos 
de RNAs da célula, ou seja, o RNA 
mensageiro (mRNA), o RNA ribossômico 
(rRNA), o RNA transportador (tRNA) e 
outros RNAs menores. Todos os RNAs 
estão envolvidos ativamente na síntese 
protéica. O mRNA será usado para 
transferir a informação genética do DNA às 
proteínas, mas os demais RNAs 
sintetizados têm, por si, funções finais na 
célula, tanto estruturais como catalíticas. 
 Somente partes do DNA são 
transcritas para produzir RNA. 
 Somente uma porção ainda menor 
da seqüência de nucleotídeos do 
RNA sobrevive os passos de 
processamento pelo qual o RNA 
recém transcrito passa para se 
tornar maduro e funcional. 
 A seqüência linear de nucleotídeos 
no DNA é decodificada para dar 
uma seqüência linear de 
nucleotídeos no RNA que, por sua 
vez, pode ser decodificada em 
grupos de três nucleotídeos 
(códons) para dar uma seqüência 
linear de aminoácidos (3bases = 1 
códon = 1 aminoácido) no produto 
polipeptídico. Os códons de 
 
 
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Página 19 
terminação (UAA,UAG,UGA) são 
responsáveis pelo fim, ou “stop” 
(no quadro acima) da transcrição. 
Já o início da transcrição é dado 
pelo códon AUG. 
O RNA transcrito tem a mesma direção 
e a mesma seqüência de bases (com 
exceção da U pela em vez da T) que a fita 
oposta da hélice dupla, ou seja, a que não 
é molde. Por essa razão a fita não-molde 
freqüentemente é chamada de fita senso, 
e a fita molde de fita antisenso. 
Para a diferenciação embrionária, com 
características humana ( ex; crescer uma 
perna e não uma antena), foram 
descobertos os genes Homeobox, em 
pares homólogos (HOX), encontrados no 
cromossomo 7, 17, 12, 2 que quando 
ativados promovem a gastrulação. 
Entao inicia-se a DIFERENCIAÇAO 
CELULAR 
REGENERAÇAO E REPARO 
 Temos 2 processos básicos; 
regeneração e cicatrização 
 REGENERAÇAO, ocorre 
crescimento de células e tecidos para 
substituir estruturas perdidas. EX: membro 
amputado de anfubio 
 Nos mamíferos raramente 
acontece, o mais comum seria a 
cicatrização. No casa de órgãos como; 
Figado e Rins, ocorre em verdade um 
crescimento compensatório ao invés de 
regeneração verdadeira. 
 Podemos citar também, tecidosde 
alta capacidade proliferativa (Sist. 
Hematopoietico, epitélio cutâneo e epitélio 
do TGI) que renovam-se constantemente 
desde suas células tronco. 
 CICATRIZAÇÃO; é a resposta 
tecidual a um ferimento ou processo 
inflamatório. Apartir dai, pode-se ocorrer 2 
processos distintos: 
 REGENERAÇAO; onde os 
ferimentos superficiais 
somente danificam o 
epitélio, havendo 
regeneração epitelial. 
 DEPOSIÇÃO DE TECIDO 
FIBROSO Os ferimento que 
danificam a hipoderme 
cicatrizam por deposição 
de colágeno e formação de 
matriz fibrosa. 
ATIVIDADE PROLIFERATIVA 
 Encontramos basicamente, 3 
grupos de tecidos no corpo, classificados 
quanto a sua atividade proliferativa. 
 1-LABEIS, tecidos de divisão 
continua, proliferando por toda vida 
substituindo as células que são destruídas. 
Ex: epitélio escamoso, dutos de glândulas, 
mucosas, medula óssea... 
 2- ESTAVEIS, tecidos quiescentes, 
tem baixo nível de replicação, no entanto 
as células podem ser submetidas a divisões 
rápidas. Ex; fibroblastos, células 
musculares lisa, células parenquimatosas, 
linfócitos, endotélio vascular, fígado... 
 3- PERMANENTE, tecidos não 
divisores, contem células quedeixaram o 
ciclo celular e não podem sofrer mitose. Ex: 
neurônio e miocitos. 
CELULAS TRONCO, atuam na homeostasia 
dos tecidos, ex: células da medula óssea. 
Podem migrar para os tecidos durante a 
vida embrionária tornando-se células 
tronco adultas permanentes dos tecidos, 
assim, sendo ativadas conforme sua 
 
 
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demanda. Assim o controle da proliferação 
fica mantido sob liberação dos fatores de 
crescimento 
INICIALMENTE; 
 EGF-(fator crescimento 
epidérmico) 
 TGF_a-(fat. transformador de 
crescimento) 
O EGF é altamente mitogenico, sendo 
amplamente distribuído nas secreções 
e líquidos teciduais. Na cicatrização da 
ferida, o EGF é produzidos por 
queratinocitos, Macrofagos e outras 
células inflamatórias, ligando-se ao 
EGFR de atividade tirosinacinase 
fosforilando proteínas e emitindo 
transdução de sinais intra celulares. 
O TGF_a relaciona-se com crescimento 
epidermal 
HGF- Fat. Cresc. Do Hepatocito; 
promove migração e diferenciação 
celular, principalmentena vida 
embrionária. 
VEGF- Fat. Cres. Endotélio vascular, 
induz formação de vasos snguineos e 
angiogenese 
PDGF- fat. Cresc. Derivado das 
plaquetas liberado na própria ativação 
plaquetaria, ativação de macrófagos e 
células musculares, causando migração 
e proliferação de fibroblastos 
FGF- fat. Cresc. Dos fibroblastos, 
promove quimiotaxia, reparo, 
hematopoiese e angiogenese 
TGF-b – fat. Transf. Cresc. Beta; 
penetra o nucleo cellular e ligam-se a 
outras proteinas ativando ou inibindo a 
transcrição genica. 
A MATRIZ EXTRA-CELULAR 
COLAGENO; forma o preenchimento do 
organismo, onde sem colágeno todas as 
célula seriam aglomerados amorfos 
conectados por neurônios. São conhecidos 
cerca de 27 tipos de colágeno, porem os 
mais importantes são: 
Colageno I- de tecidos moles e duros, 
sendo seu déficit: osteogênese imperfeita 
Colageno II- de cartilagens, sendo seu 
déficit; acondrogenese 
Colageno III- mais comumde órgãos ocos e 
tecidos moles 
Colageno IV- compõem a lamina basal de 
todos os epitélios 
Colageno V- compõem tecidos moles e 
vasos sanguíneos 
 Dentro desse contexto temos: 
 Colageno fibrilar (I, II, III, V) + 
abundantes 
 Colageno Não-fibrilar, tipo IV 
O colágeno fibrilar forma uma tripla hélice 
apartir da hidroxilaçao da lisina e prolina, 
os resíduos da lisina podem se oxidar pela 
LISILOXIDASE resultando em ligações 
cruzadas, estáveis e arranjadas, conferindo 
resistência. Sendo a vit C importante p/ a 
reação. 
 PROTEINAS DE ADESAO CELULAR; 
também chamadas de CAM’s (molécula de 
adesão celular), as principais são: 
 CADERINAS- interação homotípica 
 INTEGRINAS- adesividade entra 
matriz e lamina basal 
 LAMININA- união da lamina basal 
ao epitélio. 
 
 
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RESPOSTA FIBRO-PROLIFERATIVA; inicia-se 
por: 
1-INDUÇAO de processo inflamatório com 
remoção do tecido danificado ou morto 
2-Proliferaçao e migração de células 
3-Formaçao de novos vasos e tecido de 
granulomaçao 
4-Sintese de MEC e deposição de colágeno 
5-Remodelaçao tecidual 
6-Contração da ferida 
7-Aquisiçao de resistência da ferida 
Basicamente, ocorre: inflamação 
(precoce ou tardia), formação de tecido 
granulomatoso e reepitelizaçao, contração 
da ferida e deposição de MEC. 
Em reações inflamatórias crônicas, 
os macrófagos liberam grande quantidade 
de mediadores inflamatórios que 
intensificam a liberação de fatores de 
crescimento e citocinas fibrogenicas 
levando a FIBROSE. 
ASSITENCIA ONCOLOGICA NO 
RASTREAMENTO DE CANCER DE COLO DE 
UTERO 
Na unidade básica: 
 exame clínico-ginecológico 
 teste de Schiller 
 coleta de material para citologia 
oncótica (se normal, repetir de 3 
em 3 anos) 
Critérios de Encaminhamento: citologia 
alterada. Presença de HPV. Schiller positivo 
e grandes ectopias. Pólipos 
 As pacientes deverão ser 
encaminhadas ao nível secundário com o 
formulário de Referência e Contra-
referência, explicitando o motivo e 
contendo história, exame clínico e 
resultado da citologia, além de exames 
prévios realizados. 
Condutas baseadas no resultado da 
citologia oncótica: 
 Amostra insatisfatória: repetir 
coleta o mais breve possível. 
 Amostra satisfatória, mas limitada 
por ausência de células 
endocervicais: orientar para 
repetição do exame em um ano. 
 Processo infeccioso: avaliação 
médica (DST: tratar; Candida ou 
Gardnerella: associar a dados 
clínicos para indicação 
 ou não de tratamento). 
 
 
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 Presença de ASCUS (Atipias de 
Significado Indeterminado em 
Células Escamosas) e AGUS (Atipias 
de Significado Indeterminado em 
Células Glandulares): devem ser 
submetidas ao tratamento de 
infecções associadas (se houver) e 
à nova coleta citológica após 04 
meses. 
 Na persistência deste diagnóstico, as 
pacientes devem ser encaminhadas a 
serviço de colposcopia. 
No nível secundário: 
 colposcopia 
 biópsia dirigida 
 cirurgia de alta frequência- CAF- ( 
em algumas unidades secundárias) 
Quando as pacientes forem 
reencaminhadas à unidade de origem, 
deverá ser preenchido o formulário de 
Referência e Contra-referência explicitando 
exames e tratamentos que tenham sido 
realizados e orientações cabíveis ao 
acompanhamento do caso. 
No nível terciário: 
 amputação cirúrgica de colo 
 cirurgias maiores 
As mulheres com diagnóstico de 
malignidade que necessitarem tratamentos 
na oncologia (cirugia, quimioterapia ou 
radioterapia) deverão ser encaminhadas à 
Comissão de Oncologia 
A periodicidade do exame preventivo deve 
ser realizado prioritariamente entre 
mulheres de 25 a 59 anos uma vez por ano 
e após dois exames anuais negativos 
consecutivos, a cada três anos. Toda 
mulher submetida a relações sexuais deve 
fazer o preventivo até os 69 anos. 
 Em mulheres com algum fator de 
risco o exame deve ser anual. 
Situações especiais: 
 Mulher grávida: Pode ser feito em 
qualquer período da gestação ate o sétimo 
mês, sendo a espátula de Ayre utilizada na 
coleta endocervical. 
 Mulher virgem: Não deve ser 
realizada em rotina, a presença de 
condilomatose em região anal e vulvar 
exige a realização de exame. 
 Mulheres submetidas a 
histerectomia: Recomenda-se coleta de 
esfregaço da cúpula vaginal. 
 Mulheres com DST: Devem ser 
submetidas ao exame mais 
frequentemente, por maior risco de serem 
portadoras de CA colo de útero. 
 No HPV, o DNA viral produz 
proteínas responsáveis por seu mecanismo 
oncogenitco. As principais seriam as 
proteínas E6 e E7 do HPV de alto risco 
(16,18 e 45). 
 Quando sofrem transcrição no 
núcleo, estas proteínas interagem com a 
proteína do gene RB, fosforilando-o e 
inativando-o e assim conferindo 
imortalidade celular e instabilidade 
genômica. 
 E6- causa proteólise da p53 do RB 
 E7- Forma através dos fosfatos, a 
forma ativa da proteína RB 
(hipofosforilada) 
Assim, a RB libera a proteína E2F 
promovendo a replicação celular. 
 
 
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Certas pré-disposiçoes cromossômicas, 
como lesões das frações 3P e 
amplificações da 3Q, foram associadas 
aos canceres de HPV. As formas de 
baixo risco podem involuir 
espontaneamente. 
 
Iniciação; transformação celular; 
induzidas por carcinógenos químicos ou 
biológicos, causando modificações 
genéticas, tornando-as capazes de se 
multiplicarem de forma autônoma e menos 
responsiva aos fatores de inibição dessa 
proliferação exarcebada. 
Esses agentes desencadeadores são 
substancias ontogênicos atuando 
diretamente no DNA, causando mutações. 
Os agentes oncogênicos ativam proto-
oncongenes ou inativam genes supressores 
de tumor. Também pode ocorrer mutações 
espontâneas. 
 Promoção:é a proliferação ou 
expansão das células mutadas iniciais. É 
um processo demorado. Os agentes 
promotores atuam pelo tempo de 
exposição e pela intensidade das reações 
teciduais. A hiperplasia pode atuar como 
um agente promotor. O mais conhecido é o 
TPA, o qual prossui a propriedade de 
modular a expressão gênica, o crescimento 
e a diferenciação ativando a proteína 
cinase C (PKC), uma enzima de distribuição 
universal que catalisa a fosforalizaçao de 
varias proteínas. Um importante alvo da 
PKC é os receptores de fatores de 
crescimento ( EGF, IL-2..), que são 
proteínas da membrana que regulam os 
canais de íons e proteínas citoplasmáticas. 
A PKC é o principal receptor do TPA 
presente na membrana celular. 
O promotor não se liga com o DNA e nem 
provoca mutações. 
Progressão são modificações biológicas 
que tornam cada vez mais agressivo e mais 
maligno o tumor. 
Os fatores dependem do hospedeiro; como 
por exemplo a resposta imunitária. Com o 
passar do tempo, o tumor fica mais 
agressivo, mas há casos raros que eles 
forem involução de forma espontânea. 
Disseminação: metástase. 
Imortalização: Consequencia da mutação 
genica, tornam-se: 
 Auto-suficiêntes nos sinais 
necessários para o ciclo celular 
 Sintetiza e libera fatores de 
crescimento de efeito autócrino 
 Produção de receptores para 
fatores de crescimento 
 Sintetizar outros fatores de 
crescimento 
 Ativação da transmissão de sinais 
de receptores de fatores de 
crescimentoR O D R I G O S . A U G U S T O – M Ó D . : P R O L I F E R A Ç Ã O 2 0 1 3 
 
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Capacidade de se evadir da apoptose: 
Hiperexpressão de genes antiapoptóticos 
Síntese continua da telomerase, 
enzimas responsáveis pelo alongamento 
dos telômeros, mantendo a capacidade de 
replicação das células 
As células imortalizadas adquirem algumas 
propriedades: 
Angiogênese - sustentada pela produção 
de fatores angiogênicos e da inibição de 
fatores antiangiogênicos. 
crescimento tumoral: nutrição e 
crescimento das células tumorais 
adjacentes por meio da secreção de fatores 
de crescimento polipeptídios (insulina-like 
e PDGF). 
 A angiogênese da origem a vasos 
tortuosos, de forma irregular, por 
serem mais permeáveis (aumento 
da produção de VEGF). 
 As próprias células tumorais 
podem realizar o mimetismo 
vasculogênico, formado pelo 
alinhamento das suas estruturas. 
 Também pode ser influenciado por 
células inflamatórias (macrófagos, 
mastócitos e neutrófilos), que 
infiltram os tumores; VEGF e o 
fator de crescimento de 
fibroblastos (bFGF), produzidos 
pelas próprias células tumorais 
e/ou estroma tumoral – podem ser 
detectados na urina e soro. 
 Fator inibido da hipóxia (HIF-1) 
estimula a VEGF 
Mas o organismo possui mecanismos para 
inibir a angiogênese: 
 inativação da mutação dos alelos 
da p 53, resultando na diminuição 
da trombospondina-1. 
 Angiostatina, endostatina e 
tumstatina são produzidos em 
resposta ao tumor; todos são 
potentes inibidores da 
angiogênese e são derivados da 
clivagem proteolítica 
Capacidade de invadir tecidos e 
Metastatizar: Possibilitado pelo 
rompimento da adesão com as células 
vizinhas: 
 Produção de metaloproteases que 
destroem a matriz celular 
 Expressão de receptores para 
fatores quimiotáticos gerados pela 
matriz celular 
 Síntese de fatores quimiotáticos 
de efeito autócrino – 
deslocamento das células tumorais 
O destacamento, deslocamento e invasão 
são realizados por alterações nos genes 
que codificam as moléculas de adesão. 
 
Etapas da metástase: 
Cada etapa está sujeita a diversas 
influências, portanto, em qualquer ponto a 
célula pode ser parada e não sobreviver; 
com isso milhares de células são liberadas 
a partir do tumor primário, mas poucas 
metástases são produzidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A cascata metastática é dividida em duas 
fases: 
Invasão da matriz extracelular (ECM) 
formada por colágeno, glicoproteínas e 
proteoglicanos. Por um descolamento 
(afrouxamento) das células tumorais umas 
das outras pela diminuição da expressão de 
glicoproteínas transmembranicas (e-
caderina, nas células epiteliais); facilitando 
o desligamento do tumor primário e sua 
migração para tecidos adjacentes. 
 
2. Deve ocorrer a ligação/adesão das 
células com o componente da matriz. As 
células tumorais são separadas do estroma 
por uma membrana basal, com isso a 
membrana deve ser degradada e 
remodelada. À medida que a membrana é 
degradada e remodelada, os seus 
componentes enviam sinais de 
crescimento, os quais são + e – para as 
células tumorais e possuem um papel 
importante na angiogênese. 
As células tumorais expressam mais 
receptores de alta afinidade (integrina e 
imunoglobulina) com a lâmina das 
membranas; existe uma correlação entre a 
expressão das lâminas e sua capacidade de 
metastatizar. 
3. A invasão da ECM não depende 
somente do aumento crescente da 
pressão, mas sim da degradação da ECM, 
por ação enzimática ativa dos seus 
componentes; para que isso ocorra, as 
células tumorais secretam enzimas 
proteolíticas ou induzem as células 
hospedeiras (fibroblastos e macrófagos 
infiltrantes) a elaborar as proteases, sendo 
que sua atividade é regulada pelas 
antiproteases. 
Tipos de proteases: serina, cisteína e 
metaloproteinase da matriz (MMPs). MMP 
são colagenases e destroem colágenos do 
tipo IV (das membranas basais epiteliais e 
vasculares), mobilizando a VEGF; além de 
produzirem VEGF (fator angiogênico), A 
expressão de MMP aumenta à medida que 
o tumor aumenta. Esses MMPs são 
produzidos principalmente pelas células do 
estroma tumoral. 
4. Atravessar o tecido conjuntivo 
intersticial. Os produtos finais da 
degradação dos componentes da matriz 
(derivados de colágenos e proteoglicanos) 
 
 
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induzem o crescimento, angiogênese e 
quimiotáticas (promovem a migração das 
células tumorais para a ECM afrouxada). 
5. Acesso a circulação pela penetração da 
vascularização da membrana basal 
(diapedese). Dentro dos vasos sanguíneos, 
as células tumorais, são vulneráveis à 
destruição por defesas imunes inatas e 
adaptativas. Assim se agregam em grupos 
(adesões homotípicas), e também se 
agregam as células sanguíneas- plaquetas 
(adesões heterotípicas), mecanismo que 
reforça a sobrevida celular e sua 
capacidade de implantação (êmbolos 
tumorais). Também há alterações 
genéticas para a síntese de moléculas de 
adesão ao endotélio; após essa 
modificação, as células tumorais induzem a 
produção de fibrina, que forma um 
revestimento protetor contra anticorpos e 
células citotóxicas. 
6. Migração das células tumorais, adesão 
ao endotélio, seguido pela saída pela 
membrana basal. O processo de adesão se 
dá por moléculas de adesão (integrinas, 
receptores de laminina) e as enzimas 
proteolíticas. No novo local, as células 
tumorais precisam proliferar, e para isso 
deve desenvolver um aporte vascular e 
escapar das defesas do hospedeiro. 
O tropismo para o órgão (órgão-alvo): As 
quimiocinas determinam os tecidos-alvo 
para metástase, como por exemplo, as 
células tumorais da mama expressam 
receptores CSCR4 e CCR7, os quais 
possuem preferência para metastatizar 
para os linfonodos e pulmões, devido à 
quimioatraentes que alguns órgãos (tende 
a recrutar as células tumorais para o local), 
como por exemplo, os fatores de 
crescimento insulina-like I e II. 
 
Vias da Metástase 
Disseminação Linfática : É a via mais 
comum para disseminação inicial dos 
carcinomas, e os sarcomas. O padrão de 
comprometimento dos linfonodos segue as 
vias de drenagem linfática; servindo como 
uma barreira para disseminação. 
Disseminação Hematogênica: É típica dos 
sarcomas, mas também é utilizada pelos 
carcinomas. As artérias, com suas paredes 
mais espessas, são mais difíceis de 
penetrar. Com a invasão venosa, as células 
seguem o fluxo do sangue; é comum que o 
fígado e os pulmões estejam envolvidos 
secundariamente a disseminação, pois 
toda drenagem porta flui para o fígado e 
toda drenagem da cava flui para o pulmão. 
Já os tumores próximos a coluna vertebral, 
frequentemente disseminam para a 
tireóide e próstata, devido o caminho 
realizado pela via do plexo paravertebral. 
IMUNIDADE TUMORAL 
O câncer pode ser evitado pela vigilância 
imunológica, antes que se transformem em 
tumores. Em sequencia à: 
 IMUNIDADE INATA: 
NKs: destroem vários tipos de células 
tumorais, mas em especial aquelas que 
têm expressão de moléculas do MCH I 
reduzida, mas expressões ligantes para 
receptores das NKs; também possuem a 
capacidade de responder na ausência de 
MHC I, pois não ocorre a inibição da NK 
sobre essa célula. As NK também podem 
ser induzidas pelos anticorposIgG pelos 
receptores Fc, e sua capacidade é 
aumentada pela presença de IL-2,12. 
Macrófagos: possuem uma maior 
eficiência em destruir células tumorais do 
 
 
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que células normais; pode ser induzido por 
MHC, IFN-y (produzido pelos LT). 
 IMUNIDADE ADAPTATIVA As APC’s 
exercem o reconhecimento celular 
anormal e então executam 
apresentação de ags via MHC1 aos 
linfócitos TH0 que se diferenciam 
em LT CD4 (produtores de citocinas 
e ativadoras de macrofagos) e LT 
CD8 citotoxicos. Na infecção e 
então ativação de receptores 
TLR_9 por ativação do TGF_b no 
núcleo e então ativação de 
transcrição de receptores IFN_1 
para resposta TH1 e lise celular. 
 Tambem há reconhecimento pelos 
LB, promovido pela liberaçao das 
citocinas liberadas pelos LT CD4. 
Então formando anticorpos 
específicos para tumores que 
podem neutralizar a célula, ativar 
fagocitose e citotoxicidade ou 
ativar o complemento levando 
como finalidade a lise celular. 
Os tumores expressam antígenos que 
são reconhecidos como “estranhos” pelo 
sistema imunológico. Segundo estudos, 
muitos tumores são circundados por LT, NK 
e Macrófagos, sendo que LT e macrófagos 
ativados estão presentes nos linfonodos, 
drenando os locais de crescimento 
tumoral, o que indica um bom prognóstico. 
As células tumorais derivam de células 
normais próprias, portanto são muito 
parecidas, a maioria dos tumores expressa 
apenas alguns antígenos que podem ser 
reconhecidos como não-próprios, sendo 
assim caracterizados como fracamente 
imunogênicos. Há células tumorais que 
mudam completamente, onde as proteínas 
virais são antígenos não-próprios, ou por 
ação de carcinógenos, desencadeando uma 
resposta imune forte. 
No descontrole e malignidades, o rápido 
crescimento e disseminação do tumor 
superam a capacidade do sistema imune 
de erradicar com as células tumorais. Há 
também mecanismos especializados para 
burlar as respostas imunes 
Os antígenos tumorais são produzidas por 
mutantes oncogênicos de genes celulares 
normais, devido a anomalias não corrigidas 
ou inserções de genes virais envolvendo 
protoncogenes ou genes supressores de 
tumor. Ocorre mutação nas proteínas, 
principalmente nos genes supressores de 
tumor, p53 e Rb. 
Evasão das respostas imunológicas 
 Falta de produção de antígeno 
tumoral, onde a célula tumoral 
perde antígenos 
 Mutações nos genes do MHC ou 
genes necessários para o 
processamento de antígenos 
 Produção de proteínas 
imunossupressoras (FATOR DE 
CRESCIMENTO DE FIBROBLASTO 
_b, inibe a proliferação e as 
funções efetoras dos linfócitos e 
macrófagos), inibindo a ação do LT 
Os tumores podem não induzir os LT 
pela ausência da expressão co-
estimuladora/MHC II, pois são necessárias 
para ativação de CD4. 
Sistema imune e promoção do 
crescimento tumoral 
Inflamação crônica, principalmente pela 
ação dos macrófagos, angiogênese e 
remodelação tecidual, e também pela 
participação dos mastócitos, neutrófilos e 
macrófagos, pela secreção de fatores que 
promovem a progressão do ciclo celular e a 
sobrevivência de células tumorais. 
 
 
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Página 28 
ONCOGENES 
Temos basicamente 2 tipos 
de genes que regulam a 
expresssao tumoral. 
PROTO-ONCOGENES: 
codificam proteínas que 
quando ativas levam ao 
câncer.Ex: BCR_ABL 
GENES SUPRESSORES DE 
TUMOR; causam câncer 
quando há bloqueio em suas 
atividades.EX: Rb, p53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAMINHOS DO CANCER 
 Os oncogenes virais promovem 
transdução dos Proto-oncogenes normais 
(sinalizando para o núcleo). 
Transformando-se em TGF-a, interagindo 
com o RAS (proto-oncogene), aumentando 
a expressão de proteínas nucleares 
ocorrendo uma transmissão exacerbada: 
 Entao, os PROTO-ONCOGENES 
levam a uma redução da martalidade 
celular e acumulo de células neoplásicas, 
por maior expressão de BCL-2 e bloqueio 
da apoptose pela diminuição da sinalização 
de morte TNF_a 
 Caso sejam afetados os genes 
supressores do tumor. Que normalmente 
regulam de forma negativa, inibindo, a 
proteína E2F do ciclo. Então não há 
supressão celular, aumentando a 
sensibilidade ao tumor. 
 
O oncogene RAS 
As proteínas RAS foram 
descobertas como produtos os oncogenes 
virais. O ponto de mutação dos genes RAS 
é a anormalidade isolada mais comum dos 
oncogenes dominantes nos tumores 
humanos. 15 a 20% dos tumores humanos 
estão relacionados com versões 
modificadas das proteínas RAS todas 
reduzindo drasticamente a atividade 
GTPase das proteínas RAS, essas mutações 
geralmente envolvem códons 12, 59 ou 
61do HRAS, KRAS E NRAS. Muitos estudos 
trazem que o RAS desempenha importante 
função na mitogenese induzida pelos 
fatores de crescimento. Por exemplo: O 
bloqueio da função RAS pela microinjeção 
de anticorpos faz parar a resposta 
proliferativa ao EGF, PDGF e CSF-1. 
As proteínas RAS normais estão ao lado 
interno da membrana com transmissão de 
sinal inativo e quiescente, são encontradas 
também no RER e CG, podendo também 
serem ativadas por fator de crescimento 
celular que se liga na membrana 
plasmática por mecanismo incerto. 
Quando a célula normal é estimulada o RAS 
liga-se com GTP, GDP transforma-se em 
GTP e o RAS é ativo por via da MAP 
quinase, trazendo para si a proteína 
citosólica RAF-1. A MAP ativa promove 
mitogenese, em células normais h;a 
enzima GTPase que transforma novamente 
GTP em GDP, ficando em forma 
quiescente. Nas proteínas mutantes de RAS 
não ocorre esta ligação de proteínas 
ativadoras de GTPase no RAS para 
aumentar a ação da GTPase fazendo o 
crescimento controlado, então ocorre a 
ativação aptologica de via de sinalização 
mitogenica. 
Essa mesma cascata é sugestiva para 
mutações em RAS/RAF/MAP quinase. Além 
 
 
R O D R I G O S . A U G U S T O – M Ó D . : P R O L I F E R A Ç Ã O 2 0 1 3 
 
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do RAS atuar na transdução, atua também 
regulando a passagem de G1 para S pela 
ativação da via MAP quinase e fator de 
transcrição AP-1. 
Alterações nas Tirosinas quinases 
não receptoras. também funcionam na via 
de transdução do sinal que regula o 
crescimento celular. O produto do 
protooncogene ABL apresenta atividade 
tirosina quinase, que é reduzida pelos 
domínios reguladores negativos. Ela ocorre 
por mutação genética onde o gene c-ABL é 
translocado de lócus gerando uma fusão 
com o gene BCR, assim ocorre uma 
atividade potente e constitutiva da tirosina 
quinase. 
O oncogene MYC 
É expresso praticamente em todas as 
células eucarioticas e pertence aos genes 
de resposta imediata precoce, que são 
rapidamente induzidos quando as células 
quiescentes recebem um sinal para divisão. 
Depois de um aumento transitório do 
RNAm MYC, a expressão cai para limites 
basais. A base molecular para a função do 
MYC não esta completamente esclarecida, 
mas surgiram alguns princípios gerais. A 
proteína MYC é rapidamente translocada 
para o núcleo se liga as sequencias de DNA 
dos genes-alvo, que são conhecidos por 
sua associação com proliferação celular, 
aumento na síntese de proteínas e 
diminuição da atividade da proteinase. 
Essa proliferação exagerada,

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