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Você tem cultura? MATTA, Roberto da, artigo publicado no Jornal da Embratel, Rio de Janeiro, 1981. Ao refletir sobre os dois usos da palavra cultura, o autor decide discutir a idéia como nós a recebemos, mas em uma área que pode também nos ajudar a compreender até os grupos sociais e o que acontece a nossa volta. Cultura, no senso comum, está ligada a inteligência e civilização: pessoas são chamadas de cultas pelos gostos (musicais e literários, por exemplo) e pelo seu estado educacional (diplomas e até acúmulo de informações). A mesma palavra também pode ser usada para ações discriminatórias ou históricas quando é referida a etnia, costumes e tradições. Acontece o mesmo com a palavra personalidade: o significado na área psicológica se resume em característica que todo ser humano possui, mas no senso comum, “ter personalidade” é ser elogiado e diferente dos demais. Mesmo assim, o uso comum não tira o conceito exato da palavra, tanto no caso de personalidade, como em cultura. Para os antropólogos, cultura não é só referência a civilização e hierarquização: é também o modo de viver e ver os grupos sociais de determinados lugares. Em outras palavras, em Antropologia Social e Sociologia, cultura é um código compartilhado e seguido que formam os pensamentos de um determinado grupo sobre o mundo e até sobre si mesmo. O compartilhamento desse código torna possível o desenvolvimento de relações e a convivência entre pessoas diferentes num mesmo lugar, pois são baseados em regras de como se deve agir. Os códigos culturais não se escolhem do dia pra noite, então o autor exemplifica como um jogo de futebol; cultura sendo as regras, mas que não priva o jogador/pessoas de interagir independente delas. A cultura abre espaço para a criação de relações, seja consigo mesmo ou com a sociedade. Por outro lado, de modo geral, a palavra cultura é usada no dia a dia como algo em que as pessoas inventam e podem modificar. Também é dividida e classificada em, por exemplo, culturas mais ricas ou mais pobres, cultura alta ou cultura baixa, cultura primitiva ou cultura desenvolvida, criando a cultura e a “sub-cultura”. Automaticamente, se é excluído e inferiorizado alguns tipos de cultura. Porém, todas as culturas são importantes, com seus valores próprios e crenças e deve ser considerada a lógica e motivo de cada uma, mesmo que sejam opostos. Matta também chama a atenção para o povo brasileiro e diz que pode entender cada pedaço do povo aceitando e discutindo o seu conteúdo e parte na sociedade com todos os tipos de cultura. Portanto, cultura em antropologia é um conjunto de regras que nos orienta como agir, mas sendo infinitas as formas de como a emoção pode reagir. Ela pode ajudar a compreender a sociedade, os homens e seus atos, pois traz também um acumulo de história. Não há homens sem cultura; a cultura basicamente fez o homem se tornar humano e marcou a sua condição em seus meios sociais. Cultura traz uma humanização que permite entender e pensar no próximo, quebrar paradigmas de inferiores e superiores e atribuir às diferenças, como no Brasil. E isso é um passo imenso para o país, pois por ser diversificado, sempre foi dito que não contém cultura, porém, o texto nos mostra que até esse modo de pensar negativo é uma forma cultural da nossa sociedade brasileira. Em 15 de setembro de 2016 22:33, Sabrina Oliveira <sabrina.poliveira18@gmail.com> escreveu: Faculdade São Salvador Curso: Serviço Social Disciplina: Introdução a Antropologia Professora: Rafaela Magalhães Aluna: Sabrina Pereira Oliveira SESAM01 15/09/2016 Você tem cultura? MATTA, Roberto da, artigo publicado no Jornal da Embratel, Rio de Janeiro, 1981. Ao refletir sobre os dois usos da palavra cultura, o autor decide discutir a idéia como nós a recebemos, mas em uma área que pode também nos ajudar a compreender até os grupos sociais e o que acontece a nossa volta. Cultura, no senso comum, está ligada a inteligência e civilização: pessoas são chamadas de cultas pelos gostos (musicais e literários, por exemplo) e pelo seu estado educacional (diplomas e até acúmulo de informações). A mesma palavra também pode ser usada para ações discriminatórias ou históricas quando é referida a etnia, costumes e tradições. Acontece o mesmo com a palavra personalidade: o significado na área psicológica se resume em característica que todo ser humano possui, mas no senso comum, “ter personalidade” é ser elogiado e diferente dos demais. Mesmo assim, o uso comum não tira o conceito exato da palavra, tanto no caso de personalidade, como em cultura. Para os antropólogos, cultura não é só referência a civilização e hierarquização: é também o modo de viver e ver os grupos sociais de determinados lugares. Em outras palavras, em Antropologia Social e Sociologia, cultura é um código compartilhado e seguido que formam os pensamentos de um determinado grupo sobre o mundo e até sobre si mesmo. O compartilhamento desse código torna possível a convivência entre pessoas diferentes num mesmo lugar e também o desenvolvimento de relações, pois são baseados em regras de como se deve agir. Os códigos culturais não se escolhem do dia pra noite, então o autor exemplifica como um jogo de futebol, suas regras e a ação do jogador, sendo cultura, as regras e que também explora o ato de cada um, como no jogo. A cultura abre espaço para a criação de relações, seja consigo mesmo ou com a sociedade. Por outro lado, de modo geral, a palavra cultura é usada no dia a dia como algo em que as pessoas inventam e podem modificar. Também é dividida e classificada em, por exemplo, culturas mais ricas ou mais pobres, cultura alta ou cultura baixa, cultura primitiva ou cultura desenvolvida, criando a cultura e as “sub-culturas”. Automaticamente, se é excluído e inferiorizado alguns tipos diferentes de cultura. Porém, todas as culturas são importantes, cada uma tem seus valores e crenças e deve levar em consideração as causas e motivos de cada, mesmo que sejam opostos. Matta também chama a atenção para o povo brasileiro e diz que pode entender cada pedaço do povo aceitando e discutindo o seu conteúdo e parte na sociedade com todos os tipos de cultura. Portanto, cultura em antropologia é um conjunto de regras que nos ajudam como agir, sendo infinitas as formas de como a emoção pode reagir. Ela pode ajudar a compreender a sociedade, os homens e seus atos, pois traz também um acumulo de história. Não há homens sem cultura; a cultura basicamente fez o homem se tornar humano e marcou a sua condição em seus meios sociais. Cultura traz uma humanização que permite entender e pensar no próximo, quebrar paradigmas de inferiores e superiores e atribuir às diferenças, como no Brasil. E isso é um passo imenso para o país, pois por ser diversificado, sempre foi dito que não contém cultura, porém, o texto nos mostra que até esse modo de pensar negativo é uma forma cultural da nossa sociedade brasileira.
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