Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LESÃO POR PRESSÃO Procedimentos de Enfermagem Profª Mariana P. da Silva Araújo 4ª PERÍODO – MAT. Faculdades Integradas espírito-santenses – FAESA Vitória 2016 ELABORADOR(a): Fabiana Antunes Santana No dia 13 de abril de 2016, o NPUAP anunciou a mudança na terminologia Úlcera por Pressão para Lesão por Pressão e a atualização da nomenclatura dos estágios do sistema de classificação. AGORA, O TERMO “LESÃO POR PRESSÃO” DEVE SER UTILIZADO POR TODOS OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE, POIS DESCREVE COM MAIS PRECISÃO AS LESÕES EM PELES INTACTAS E ULCERADAS. ESCARA = INADEQUADO CONCEITO:LESÃO POR PRESSÃO (LPP) Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou artefato. Pode se presentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa. A lesão ocorre como resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o cisalhamento A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento podem ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição PRESSÃO EXERCIDA NOS CAPILARES PRESSÃO É o principal fator que predispõe a uma lesão por pressão; resulta em oclusão do capilares sanguíneos e circulação insatisfatória dos tecidos. A formação de uma lesão por pressão é mais afetada pela duração da pressão, do que pela quantidade da mesma. FORÇAS DE FRICÇÃO E CISALHAMENTO As forças de cisalhamento se caracterizam como forças mecânicas e são criadas pela inter-relação das forças da gravidade e da fricção. Quando um paciente escorrega para baixo no leito, as forças de cisalhamento são criadas. A fricção ocorre quando duas superfícies são mutuamente esfregadas. A lesão é semelhante a uma raspagem, podendo danificar vasos sanguíneos superficiais (arrastar o paciente ao invés de levantá-lo). UMIDADE E MACERAÇÃO O contato prolongado com a umidade devido à transpiração, drenagens, urina ou fezes leva a maceração da pele. A pele úmida e irritada é mais vulnerável a ruptura por pressão. A umidade prolongada reduz a resistência ao trauma. CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES Lesão Por Pressão Estágio 1 Lesão Por Pressão Estágio 2 Lesão Por Pressão Estágio 3 Lesão Por Pressão Estágio 4 Lesão Por Pressão Estágio 1 Lesão Por Pressão Estágio 2 Pele íntegra com eritema que não embranquece Pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece e que pode parecer diferente em pele de cor escura. Presença de eritema que embranquece ou mudanças na sensibilidade, temperatura ou consistência (endurecimento) podem preceder as mudanças visuais. Mudanças na cor não incluem descoloração púrpura ou castanha; essas podem indicar dano tissular profundo. Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme. O leito da ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também apresentar-se como uma bolha intacta (preenchida com exsudato seroso) ou rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis. Lesão Por Pressão Estágio 3 Lesão Por Pressão Estágio 4 Perda da pele em sua espessura total Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é visível e, frequentemente, tecido de granulação e epíbole (lesão com bordas enroladas) estão presentes. Esfacelo e /ou escara pode estar visível. A profundidade do dano tissular varia conforme a localização anatômica. Perda da pele em sua espessura total e perda tissular Perda da pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. Esfacelo e /ou escara pode estar visível. Epíbole (lesão com bordas enroladas), descolamento e/ou túneis ocorrem frequentemente. A profundidade varia conforme a localização anatômica. Lesão Por Pressão Não Classificável Quando o esfacelo ou escara prejudica a identificação da extensão da perda tissular, deve-se classificá-la como Lesão por Pressão Não Classificável. FATORES DE RISCO PARA LPP Fatores Extrínsecos: Tempo de internação Pressão Fricção Umidade Deficiência na mudança de decúbito Fatores Intrínsecos: Estado nutricional Idade Tipo de pele Patologias Crônicas Uso de medicamentos PRINCIPAIS LOCAIS PARA LPP POR QUE PREVENIR? Um estudo realizado em um hospital geral universitário evidenciou uma incidência de 39,81%. (Brasil). MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013 INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DE LPP As taxas de incidência e prevalência na literatura apresentam variações que se devem às características dos pacientes e ao nível de cuidado, diferenciando-se em cuidados de longa permanência, cuidados agudos e atenção domiciliar: Cuidados de longa permanência: as taxas de prevalência variam entre 2,3% a 28% e as taxas de incidência entre 2,2 % a 23,9%. Cuidados agudos: as taxas de a prevalência estão em torno de 10 a 18% e de incidência variam entre 0,4% a 38% Atenção Domiciliar: as taxas de prevalência variam entre 0% e 29% e as de incidência variam entre 0% e 17%. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013 SEIS ETAPAS ESSENCIAIS NA PREVENÇÃO DE LPP ETAPA 1 • Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos os pacientes ETAPA 2 • Reavaliação diária de risco de desenvolvimento de UPP de todos os pacientes internados ETAPA 3 • Inspeção diária da pele ETAPA 4 • Manejo da Umidade: manutenção do paciente seco e com a pele hidratada ETAPA 5 • Otimização da nutrição e da hidratação ETAPA 6 • Minimizar a pressão COMO PREVENIR A LPP IDENTIFICAR PACIENTES EM RISCO IDENTIFICAR FATORES ESPECÍFICOS QUE EXPÕEM O PACIENTE PROMOVER A PREVENÇÃO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO PARA PREVENÇÃO DE LPP Escala De Braden ESCALA DE BRADEN Escore do Braden < ou = 9 - Risco Muito Alto 10 a 12- Risco Alto 13 a 14- Risco Moderado 15 a 18 - Risco Baixo AÇÕES DE PREVENÇÃO: MUDANÇA DE DECÚBITO Mudança de decúbito • Espontaneamente ou a cada 2 horas na ausência de contra-indicações relacionadas à condição geral do paciente. Alívio de Pressão • Caso o paciente não tolere a mudança de decúbito, executar a técnica de alívio de pressão a cada 2 horas ( região sacral) •Reposicionar o indivíduo de tal forma que a pressão seja aliviada ou redistribuída. AÇÕES DE PREVENÇÃO Usar lençol para mover o paciente ao invés de arrastá-lo Usar ajudas de transferência para evitar a fricção e torção. Levante! Não arraste o paciente enquanto o reposiciona. ROUPAS DE CAMA Manter lençóis sempre limpos, secos e bem esticados. Atentar para lençóis com dobras e com corpos estranhos, tais como restos alimentares, drenos, podem irritar a pele do paciente, favorecendo a formação das lesões por pressão. POSICIONAMENTO ADEQUADO Uso de dispositivos que favoreçam o posicionamento adequado e confortável no leito. CUIDADOS COM A PELE Limpar a pele sempre que estiver suja ou sempre que necessário. Recomenda-se a utilização de água morna e sabão neutro para reduzir a irritação e o ressecamento da pele. Usar emolientes para hidratar a pele seca, para reduzir o risco de dano da pele. Proteger a pele da exposição à umidade excessiva através do uso de produtos barreira de forma a reduzir o risco de lesão por pressão. Não posicionar o indivíduo numa superfície corporal que ainda se encontre ruborizada devido a um episódio anterior de pressão no local. PARA REFLETIR...
Compartilhar