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1
Novo CPC
2
Quem Somos
A EBRADI - Escola Brasileira de Direito nasceu do feliz encontro de vocações: por um lado, a Ânima 
Educação e seu projeto de transformar o país pela educação influenciando vidas e preparando-as 
de forma definitiva para um mundo novo; por outro, Fábio Vieira Figueiredo e Marcelo Tadeu 
Cometti, professores de direito com vasta experiência na gestão de cursos jurídicos preparatórios 
e de pós-graduação, transformando a vida de milhares de alunos.
Desse encontro, veio a ideia: a criação de uma nova escola, voltada exclusivamente para o ensino 
de direito à distância. Pensando nas possibilidades que as novas ferramentas de aprendizagem 
poderiam conferir às práticas educacionais, vislumbrando uma atuação contundente para disse-
minar ensino jurídico de qualidade, criou-se um projeto vertical, inovador, que soma contribui-
ções de todas as instituições do grupo Ânima.
Esse projeto materializou-se na EBRADI – Escola Brasileira de Direito: Escola, pelo seu caráter 
científico e pedagógico; Brasileira, por levar educação jurídica de qualidade, via internet, aos 
mais remotos recantos de nosso país; e, de Direito, por, sobretudo, preparar o bacharel para o 
mercado de trabalho.
O próximo passo consistiu em reunir os melhores professores de direito disponíveis no mercado, 
elaborando cursos pautados pelo ensino adaptativo e colaborativo, especialmente desenhados 
para elevar o padrão de empregabilidade dos alunos, transformando suas vidas.
Assim surgiu a EBRADI e sua missão: transformar a educação jurídica, colaborar para a humaniza-
ção do direito e alçar nosso aluno a um patamar de excelência no mercado de trabalho.
Venha participar também desta história.
3
SUMÁRIO
1. – Introdução....................................................................................................................................................04
 
2. – Exame de OAB..............................................................................................................................................10
 3. – LIVRO DA PARTE ESPECIAL............................................................................................................................13
1.1. – Recursos............................................................................................................................................... 05
1.2. – Demandas Repetitivas........................................................................................................................... 07
1.3. – Autotutela............................................................................................................................................. 08
1.4. – Processo Eletrônico............................................................................................................................... 09
2.1. - Disposições finais e transitórias do CPC/2015.........................................................................................10
2.2. - Conflito de leis no tempo........................................................................................................................10
2.3. - Aplicação do CPC/2015 aos processos iniciados antes de sua vigência ....................................................12
2.4. - Aplicação das normas do CPC/2015 aos procedimentos especiais previstos em leis extravagantes..........12
3.1. – LIVRO I DA PARTE ESPECIAL....................................................................................................................13
3.2. – LIVRO II DA PARTE ESPECIAL...................................................................................................................16
3.3. – LIVRO III DA PARTE ESPECIAL..................................................................................................................17
4
1.Introdução
Neste material, cordialmente cedido pela EBRADI – Escola Brasileira de Direito, abordaremos as 
principais alterações consagradas com o advento do Novo Código de Processo Civil e, posterior-
mente, o que, possivelmente, será exigido do candidato.
O Novo Código, sancionado no dia 16 de março de 2015, pela Presidente Dilma Rousseff, o qual 
fora aprovado no Congresso Nacional em 17 de dezembro de 2014, vigorando em 18/03/2016 
revoga o Código anterior, em vigor desde 1974, trazendo uma série de mudanças que buscam 
conferir uma nova dinâmica para Processo Civil no Brasil, adaptando-o à realidade atual. 
5
1.1.Recursos
Menos burocracia e mais simplicidade nos procedimentos processuais é um dos nortes do Novo 
Código. Com esse ideal foram extintos determinados Recursos previstos no Código anterior.
Recursos extintos: Agravo Retido e Embargos Infringentes. 
Em vez dos embargos infringentes, o CPC 2015 prevê uma nova técnica de julgamento. Com 
efeito, dispõe o art. 942 que quando o resultado da apelação não for unânime, o julgamento 
terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que se-
rão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente 
para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais 
terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.
Isso só é cabível nos acórdãos por maioria de votos, prolatados em apelações, em ações resci-
sórias julgadas procedentes e nos agravos de instrumento que reformam a decisão que julgou 
parcialmente o mérito. 
São 9 (nove) os recursos previstos no CPC 2015, sendo eles: Apelação, Agravo de Instrumento, 
Agravo Interno, Embargos de Declaração, Recurso Ordinário, Recurso Especial, Recurso Extra-
ordinário, Agravo em Recurso Especial ou Extraordinário e Embargos de Divergência (art. 994).
6
Outro ponto relevante é relacionado com os prazos processuais. O Novo CPC aboliu a contagem 
de prazos em dias corridos e instituiu uma contagem em dias úteis apenas, ampliando-os e con-
sagrando o direito dos advogados ao descanso nos finais de semana. 
Assim, para interpor recursos e respondê-los, o período foi unificado para 15 dias; a única exce-
ção são os embargos de declaração, que têm prazo de cinco dias. No que concerne a defesa pro-
cessual executado pelo Réu, o legislador concentrou todas as matérias na própria contestação.
Os entendimentos, relacionados com os prazos, foram consagrados por determinados Enuncia-
dos do Fórum Permanente de Processualistas Civis, abaixo citados:
- Enunciado n.º 267 do FPPC: Os prazos processuais iniciados antes da vigência do CPC serão 
integralmente regulados pelo regime revogado.
- Enunciado n.º 268 do FPPC: A regra de contagem de prazos em dias úteis só se aplica aos pra-
zos iniciados após a vigência do Novo Código.
- Enunciado n.º 275 do FPPC: Nos processos que tramitam eletronicamente, a regra do art. 229, 
§ 1º, não se aplica aos prazos já iniciados no regime anterior.
7
1.2. Demandas Repetitivas
As demandas repetitivas, apresentadas individualmente, poderão ser reunidas para que se de-
cida em uma única tese, o que poderá ser feito já na primeira instância, contribuindo para se 
desafogar um pouco o Judiciário, por evitar uma sobrecarga de trabalho desnecessário. 
Para buscar essa uniformização de jurisprudência, o CPC de 2015 criou o chamado incidente de 
resolução de demandas repetitivas quando houver simultaneamente efetiva repetição de pro-
cessos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito e risco de 
ofensa à isonomia e à segurança jurídica. 
O julgamento do incidente caberá ao órgão indicado pelo regimento interno dentre aqueles 
responsáveis pela uniformização de jurisprudência do tribunal. O órgão colegiado incumbido de 
julgar o incidente e de fixar a tese jurídica julgará igualmente o recurso, a remessa necessária 
ou o processo de competência originária de onde se originou o incidente (arts.976,I e II e 978).
Através desse incidente de resolução de demandas repetitivas que pode versar tanto sobre ques-
tão de direito material quando processual, os Tribunais de Justiça (TJ) e os Tribunais Regionais 
Federais (TRF) podem avocar o processo para fixar a tese jurídica com caráter vinculante a todos 
os órgãos jurisdicionais sujeitos à sua competência territorial. É também possível o julgamento 
de casos repetitivos quando houver recursos extraordinários ou especiais repetitivos (art. 928, 
II), mas isso já era previsto no CPC anterior.
8
1.3. Autotutela
A autotutela, muito pontuada no Novo Código, proporciona uma rápida solução do litígio, propi-
ciando que as partes tenham uma maior proximidade, de modo a contribuir, sem sombra de dú-
vida, ao processo conciliatório, independentemente da complexidade das demandas envolvidas. 
Nesse sentido, o acordo deve ser visto como um passo para a pacificação célere da sociedade, 
onde as partes possam resolver suas desavenças de maneira simples e rápida, trazendo à tona o 
verdadeiro espírito de boa-fé e justiça. 
O CPC 2015 procura estimular esse método com a criação de uma audiência de conciliação an-
tes da contestação em todas as ações que tratem de direitos dos quais as Partes podem dispor, 
lembrando que o Juiz deverá realizar essa audiência antes da apresentação de defesa pelo Réu.
No procedimento comum, o réu será citado para a audiência de conciliação ou de mediação (art. 
334). Não havendo acordo, começará a fluir o prazo para a contestação. 
Vale frisar que a petição inicial deve conter a opção do autor pela realização ou não da audiência 
de conciliação ou de mediação (art. 319, II). Caso opte pela não realização, o prazo para contes-
tação começa a correr da juntada, aos autos, do mandado de citação cumprido (art. 335, III). 
A incompetência relativa, sob pena de preclusão, pode ser alegada em preliminar de contes-
tação, igualmente, a impugnação ao valor da causa e a impugnação da concessão da justiça 
gratuita (art. 337, III e XIII). No CPC anterior, essas defesas só poderiam ser arguidas em petição 
separada da contestação. 
9
O Novo Código de Processo Civil retira a faculdade do julgador definir um cronograma para 
decisão das causas de acordo com a sua melhor conveniência. Agora, o juiz deve estabelecer 
a sequência de julgamento de acordo com a ordem de antiguidade, independentemente da 
complexidade da causa. Embora crie maior igualdade para os cidadãos, esta regra encontra re-
sistência de parte dos magistrados, que entendem pode resultar no afogamento do Judiciário. 
Essa obrigação consta no artigo 1046, §5º do Novo Código:
1.046, § 5º: para a primeira lista de prioridade cronológica de julgamento (art. 12, CPC-2015), 
relativa aos processos já conclusos na data de entrada em vigor do novo CPC, será observada a 
ordem de antiguidade na distribuição. Critério subsidiário, que logo desaparecerá, na medida 
em que esses processos conclusos forem julgados.
1.4. Processo Eletrônico
O Novo CPC tenta se ajustar ao processo eletrônico. Contudo, isso aplicar-se-á gradativamente, 
pois apenas em dezembro de 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que todos 
os tribunais do país utilizem o Processo Judicial Eletrônico (PJe), necessitando de um período 
relativamente extenso até a instalação do processo eletrônico ainda estar ocorrendo no Brasil.
10
2. OAB
O Edital do Exame Unificado de Ordem, como de praxe, nos traz informações a respeito das 
matérias que cobrarão o conhecimento do candidato.
A seguir, especificamos em tópicos os pontos levantados que deverão ter um foco maior de 
estudo pelo candidato, facilitando e economizando tempo tão precioso do candidato. Contudo, 
é de suma importância que o candidato tenha uma noção básica dos pontos que foram drasti-
camente alterados.
Os temas foram extraídos diretamente do Edital do Exame Unificado de Ordem.
2.1. – (59.) - Disposições finais e transitórias do CPC/2015.
- Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pen-
dentes, ficando revogada a Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973.
- As disposições do CPC atual, relativas ao procedimento sumário e aos procedimentos espe-
ciais, que forem revogadas, aplicar-se-ão às ações propostas até o início da vigência deste Códi-
go (Novo CPC), desde que ainda não tenham sido sentenciadas.
- Permanecem em vigor as disposições especiais dos procedimentos regulados em outras leis, 
aos quais se aplicará supletivamente este Código.
Os procedimentos mencionados no art. 1216 do CPC vigente (Lei 5.869/1973) e ainda não in-
corporados por lei submetem-se ao procedimento comum previsto neste Código (Novo CPC).
2.2. – (59.1) - Conflito de leis no tempo.
O CPC 2015, prevendo que determinadas questões envolvendo direito intertemporal enseja-
riam maiores dificuldades, cuidou de estabelecer algumas regras objetivas para solucionar es-
pecíficos conflitos de leis processuais no tempo. Infelizmente, tais regras não são nem de longe 
suficientes para resolver todos os problemas.
11
Vamos a elas:
a) 1.046, § 1º: as disposições do CPC-1973 relativas ao procedimento sumário e aos procedi-
mentos especiais suprimidos do CPC-2015 continuarão a ser aplicadas às ações propostas e não 
sentenciadas até o início da vigência do novo CPC. Hipótese evidente de ultra-atividade da lei 
revogada.
b) 1.046, § 5º: para a primeira lista de prioridade cronológica de julgamento (art. 12, CPC-2015), 
relativa aos processos já conclusos na data de entrada em vigor do novo CPC, será observada a 
ordem de antiguidade na distribuição. Critério subsidiário, que logo desaparecerá, na medida 
em que esses processos conclusos forem julgados.
c) 1.047: segundo este dispositivo, as regras de direito probatório do CPC-2015 somente se apli-
cam às provas requeridas ou determinadas de ofício na sua vigência.
d) 1.054: a formação de coisa julgada sobre as questões prejudiciais (art. 503, § 1º) somente 
ocorrerá para os processos iniciados sob a vigência do CPC-2015. Solução digna de elogios, na 
medida em que a coisa julgada sobre prejudiciais (chamada por alguns de “coisa julgada excep-
cional”) exige, entre outros requisitos, que tenha havido contraditório prévio e efetivo, não po-
dendo as partes serem surpreendidas com um novo regime para a coisa julgada que sobrevenha 
para as causas pendentes.
e) 1.056: segundo esta regra, será considerada como termo inicial do prazo da prescrição inter-
corrente (art. 924, V), inclusive para as execuções em curso, a data de vigência do CPC-2015. Sob 
o aspecto estritamente do direito intertemporal, nenhuma crítica. Causa estranheza, contudo, 
a impressão de que, para o legislador, não existiria prescrição intercorrente na execução (fora 
do âmbito das execuções fiscais) ao tempo do CPC-1973, o que contraria diversos precedentes 
sobre a matéria, que já reconhecem a figura da prescrição intercorrente, mesmo não estando 
tal figura expressamente prevista no código processual civil de 1973.
f) 1.057: no CPC-2015, nem todo título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo consi-
derado inconstitucional pelo STF poderá ser considerado inexigível por simples impugnação ao 
cumprimento de sentença. Tal regime apenas se mantém caso a decisão do STF seja anterior ao 
trânsito em julgado da decisão exequenda (arts. 525, § 14 e 535, § 7º). Caso esta seja posterior, 
deverá a parte interessada lançar mão da ação rescisória (arts. 525, § 15 e 535, § 8º), cujo prazo, 
de forma bastante criticável, se inicia apenas com o trânsito em julgado da decisão do STF – que 
pode se dar muitos anos após a decisão exequenda, traduzindo intolerável insegurança jurídica.
12
2.3. – (59.2) - Aplicação do CPC/2015 aos processos iniciados antes de sua 
vigência. 
A primeira questão a ser resolvida diz respeito aos prazos iniciados antes da vigência(18/3) 
do novo CPC. Segundo entendimento firmado nas referidas discussões tais prazos deverão ser 
regulados pelo regime revogado, de modo que seu quantum e a contagem em dias úteis só se 
aplicarão aos prazos iniciados após a vigência do novo código (artigo 219, CPC-2015).
Para exemplificar, imaginemos que o juiz indefira um pedido de tutela provisória cautelar e o 
prazo para interposição do agravo se inicie em 16 de março. Em conformidade com o artigo 
1.003, §5º do CPC-2015, o prazo para todos os recursos (com exceção dos embargos de decla-
ração) será de 15 dias, contados em dias úteis. Isto poderia induzir o recorrente, na hipótese, a 
crer que poderia contar dois dias sob a vigência do sistema do CPC-1973 e os demais no siste-
ma do CPC-2015 culminando o final do prazo no dia 5 de abril. Porém, como o prazo se iniciou 
sob a vigência do Código em revogação, deve ser contado de modo linear, seguindo o disposto 
no artigo 522, do CPC-1973, que o fixa em 10 dias, findando o prazo no dia 25 de março.
A questão coloca-se, então, no tocante aos processos ainda em trâmite, ou seja, naqueles não 
acobertados pela coisa julgada. O mesmo art. 14, após declarar a irretroatividade da lei pro-
cessual, estabelece que ela será aplicável imediatamente aos processos em curso, “respeitados 
os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma 
revogada”. Aqui vigora o princípio do tempus regit actum, não tendo a lei nova aptidão para 
atingir os atos processuais já praticados.
2.4. – (60.) - Aplicação das normas do CPC/2015 aos procedimentos especiais 
previstos em leis extravagantes.
Neste tópico, identificamos os assuntos mais importantes dos livros existentes dentro do Novo 
Código. 
A Parte Especial do CPC 2015 é dividida em três livros: 
• Livro I: abrange o Processo de Conhecimento, tanto o procedimento comum quanto os pro-
cedimentos especiais, bem como o cumprimento da sentença; 
• Livro II: compreende o Processo de Execução; 
• Livro III: Processos nos Tribunais e os Meios de Impugnação das Decisões Judiciais. 
13
3. LIVRO DA PARTE ESPECIAL
3.1 LIVRO I DA PARTE ESPECIAL
As principais novidades introduzidas pelo Livro I da Parte Especial do CPC 2015: 
a) Abolição do procedimento sumário. 
b) O procedimento comum, que agora é um só, aplica-se subsidiariamente aos demais proce-
dimentos especiais e ao processo de execução (art. 318, parágrafo único). 
c) A petição inicial deve conter, além do CPF ou CNPJ, o endereço eletrônico (art. 319, II). 
d) Ampliam-se as hipóteses de improcedência liminar do pedido, que ensejam julgamento de 
mérito “prima facie”, independentemente da citação do réu (art. 332). Tal ocorre, por exem-
plo, nas causas que contrariam súmulas do STF ou STJ ou, em se tratando de direito local (esta-
dual ou municipal), súmulas do Tribunal de Justiça. 
e) Foram vetados os dispositivos que permitiam a conversão da ação individual em ação cole-
tiva. 
f) No procedimento comum, o réu é citado para a audiência de conciliação ou de mediação 
(art. 334). Se não houver acordo, começa a fluir o prazo para a contestação 
g) A petição inicial deve conter a opção do autor pela realização ou não da audiência de con-
ciliação ou de mediação (art. 319, II). Se optar pela não realização, o prazo para contestação 
começa a correr da juntada, aos autos, do mandado de citação cumprido (art. 335, III). 
h) A incompetência relativa, sob pena de preclusão, pode ser alegada em preliminar de con-
testação, igualmente, a impugnação ao valor da causa e a impugnação da concessão da justiça 
gratuita (art. 337, III e XIII). No CPC anterior, essas defesas só poderiam ser arguidas em peti-
ção separada da contestação. 
i) Sobre o saneamento, se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direi-
to, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as 
partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer 
suas alegações (art.337, §3º). 
14
j) Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo comum 
não superior a 15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas. 
k) O art. 356 admite o julgamento parcial do mérito quando um dos pedidos cumulados ou uma 
parcela deles mostrar-se incontroverso ou estiver em condições de imediato julgamento. 
l) A audiência poderá ser gravada ou filmada pelas partes, independentemente de autorização 
judicial (art. 367, §6º). 
m) A ata notarial é admitida expressamente como meio de prova (art. 384). 
n) Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da 
hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo (art.455). 
o) As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha. O juiz poderá inquirir 
a testemunha tanto antes quanto depois da inquirição feita pelas partes (art. 459, §1º). 
p) Dentre procedimentos especiais de jurisdição contenciosa, destacam-se as ações de família 
(divórcio, separação, reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação). 
q) Dentre os procedimentos especiais de jurisdição voluntária, constam os de Divórcio, Sepa-
rações Consensuais, Extinção Consensual de União Estável e Alteração de Regime de Bens do 
Matrimônio. 
r) O CPC 2015 não prevê procedimento especial para as ações de nunciação de obra nova, venda 
com reserva de domínio, usucapião, depósito e anulação ou substituição de título ao portador. 
Também não prevê procedimento especial para a especialização de hipoteca legal. 
15
s) Em relação às sentenças ilíquidas, a liquidação por arbitramento foi mantida (art. 509, I) e 
a liquidação por artigos também, mas alterou-se o nome para liquidação “pelo procedimento 
comum” (art. 509, II). 
t) A fase executiva dos títulos judiciais conservou o nome de “cumprimento de sentença”. Há 
vários títulos executivos judiciais, o principal deles é a decisão judicial proferida em processo 
civil que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de 
entregar coisa (art.515, I). Note-se que não se usa mais a expressão “sentença condenatória”, 
que era muito criticada pela doutrina. Portanto, não resta mais dúvida que as sentenças mera-
mente declaratórias também podem figurar como título executivo judicial. 
u) A coisa julgada pode beneficiar terceiros, mas nunca prejudicá-los (art. 506 do CPC). No CPC 
anterior a coisa julgada não poderia beneficiar nem prejudicar terceiros. Acrescente-se ainda 
que a coisa julgada também se estende às questões prejudicais ao mérito, decididas expressa-
mente no processo, conforme §1º do art. 503. E, sendo assim, em regra, não há mais necessi-
dade de ajuizamento da ação declaratória incidental, que sequer é disciplinada no CPC 2015. 
v) A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, de-
pois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523. 
16
3.2 LIVRO II DA PARTE ESPECIAL
Quanto ao Livro II da Parte Especial, que cuida do Processo de Execução, vale a pena tecer as 
seguintes considerações: 
a) O processo autônomo de execução é restrito aos títulos executivos extrajudiciais (arts. 771 a 
925). 
b) A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do executado em cadas-
tros de inadimplentes. Isso também é possível na execução definitiva de títulos judiciais, isto é, 
no cumprimento de sentença transitada em julgado (art. 782, §5º). 
c) Na execução por quantia certa, o prazo para pagamento passa a ser de três dias contados da 
citação (art. 829). 
d) Não se usa mais o termo “praça”, mas apenas “leilão”, seja o bem móvel ou imóvel (art. 881). 
e) O leilão só será presencial quando não for possível a sua realização por meio eletrônico (art. 
882).f) Admite-se expressamente a execução contra a Fazenda Pública de com base em título execu-
tivo extrajudicial (art. 910). O CPC anterior só previa a execução contra a Fazenda Pública com 
fundamento em sentença judicial. 
g) A execução de alimentos, ainda que baseada em título executivo extrajudicial, pode gerar a 
prisão civil (art. 911). No CPC anterior a prisão era restrita à execução de alimentos baseada em 
sentença. 
17
3.3 LIVRO III DA PARTE ESPECIAL
No concernente ao Livro IV da Parte Especial, que trata dos Processos nos Tribunais e dos meios 
de impugnação das decisões judiciais, vale a pena mencionar: 
a) Impõem-se a todos os Tribunais o dever de uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, 
incentivando-os a editarem súmulas (art. 926 e §1º). Visa-se criar a chamada cultura aos prece-
dentes judiciais. 
b) Para buscar essa uniformização de jurisprudência, o CPC de 2015 criou o chamado incidente 
de resolução de demandas repetitivas quando houver simultaneamente “efetiva repetição de 
processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito e risco 
de ofensa à isonomia e à segurança jurídica”. O julgamento do incidente caberá ao órgão indi-
cado pelo regimento interno dentre aqueles responsáveis pela uniformização de jurisprudência 
do tribunal. O órgão colegiado incumbido de julgar o incidente e de fixar a tese jurídica julgará 
igualmente o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária de onde 
se originou o incidente (arts.976, I e II e 978). 
c) Eliminou-se o Revisor. Com efeito, dispõe o art. 937 que: “Na sessão de julgamento, depois da 
exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao 
recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo impror-
rogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes 
hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021”. 
d) A sustentação oral, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada parte, é ca-
bível nas seguintes hipóteses: apelação, recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordi-
nário, embargos de divergência, ação rescisória, mandado de segurança e reclamação. Foram 
assim ampliadas as situações de sustentação oral. 
e) Através desse incidente de resolução de demandas repetitivas que pode versar tanto sobre 
questão de direito material quando processual, os Tribunais de Justiça e os Tribunais Regionais 
Federais podem avocar o processo para fixar a tese jurídica com caráter vinculante a todos os 
órgãos jurisdicionais sujeitos à sua competência territorial. É também possível o julgamento de 
casos repetitivos quando houver recursos extraordinários ou especiais repetitivos (art. 928, II), 
mas isso já era previsto no CPC anterior. 
f) Quanto à reclamação, torna-se admissível perante qualquer Tribunal, e não apenas ao STF e 
Tribunais Superiores. A reclamação é cabível para preservar a competência do tribunal ou para 
garantir a autoridade das decisões do tribunal (art. 988). 
18
g) Adotou-se, como regra, o princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias de pri-
meiro grau, pois o agravo de instrumento só é cabível nos casos expressos em lei (art.1015 e 
parágrafo único). Quanto às decisões interlocutórias não agraváveis, diante da inexistência do 
agravo retido, deverão ser arguidas, sob pena de preclusão, em preliminar de apelação, por-
tanto somente após a sentença. Esta sistemática já era a adotada no processo do trabalho e no 
processo penal. 
h) Quanto às decisões monocráticas do tribunal, prolatas pelo relator, sempre são recorríveis 
através do agravo interno para o respectivo órgão colegiado (art. 1021). o) O contraditório é 
assegurado expressamente nos embargos de declaração (§2º do art. 1023). É o único recurso 
com prazo diferenciado, ou seja, cinco dias úteis. 
i) Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão 
unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocra-
ticamente (§2º do art.1024). 
j) Nos tribunais o órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se 
entender ser este o recurso cabível (§3º do art. 1024). É uma espécie de fungibilidade recursal. 
k) Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a 
interposição de recurso. É, contudo, possível a concessão judicial de efeito suspensivo.
l) A simples interposição dos embargos de declaração gera o pré-questionamento ficto ainda 
que seja negado provimento ao recurso (art. 1025). 
m) Diante da eliminação do juízo de admissibilidade do recurso pelo órgão “a quo”, o agravo 
em recurso especial e em recurso extraordinário, que era cabível naquelas hipóteses em que 
se negava seguimento a esses recursos, teve o seu campo de incidência reduzido e, de acor-
do com o art. 1042, só é cabível contra decisão do presidente ou vice-presidente do tribunal 
que indeferir o pedido de inadmissão de recurso especial ou extraordinário intempestivo ou 
que inadmitir recurso especial ou extraordinário sob o fundamento de que o acórdão recorrido 
coincide com orientação do tribunal superior e, por fim, que inadmitir recurso extraordinário 
sob o fundamento que o Supremo Tribunal Federal reconheceu erroneamente a inexistência da 
repercussão geral da questão constitucional discutida (art. 1042).
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