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Direito Tributário: ISS e ICMS


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PROJETO UTI – 60 HORAS 
Direito Tributário 
Josiane Minardi 
1 
ISS - Imposto sobre serviço de qualquer natureza 
 
A LC 116/2003 contém uma relação de serviços passiveis de tributação por via do ISS. 
O STJ entende que a lei é taxativa e que este definido em LC significa que se o serviço não está descrito na 
lista não pode ser tributado. 
LC 116/03 - Conceito de prestação de serviço – prestação a terceiro de uma utilidade, com conteúdo 
econômico, sob regime de direito privado, desde que não trabalhista. 
 
Serviço gratuito não pode ser alvo de tributação só ISS porque não possui base de cálculo. 
O art. 7 diz que a base de cálculo é o preço do serviço. 
O imposto deve incidir sobre uma execução de prestação física ou intelectual remunerada. 
 
A LC inseriu uma série de atividades que não são serviços e que são hoje tributadas pelo município através 
de ISS. Assim é com a locação de bens móveis que é uma obrigação de dar, e não de fazer, por isso não é 
serviço. 
 
Súmula vinculante 31. 
Não incide ISS sobre a locação de bens móveis. O STF reconheceu como não sendo serviços. 
 
Quando o tomador for pagar para o prestador autônomo, deve ser pedida a inscrição municipal. Se ele não 
possui a inscrição municipal, o tomador deve reter o valor referende o ISS (5%) – ele passa a ser o sujeito 
passivo do tributo. 
 
Também haverá retenção do valor se não for apresentado o comprovante de inscrição do cadastro fiscal. 
 
Exclusiva de Município. Lei ordinária institui. Segue a anterioridade. Por regra seu lançamento é por 
homologação, salvo no caso de sociedade uniprofissional, pois neste caso o lançamento é de ofício. 
Incide sobre serviços que não estejam na incidência do ICMS. Têm como alíquota mínima 2% e máxima 
5%. 
 
Obrigação de dar, entregar algo pronto e acabado é ICMS. Ex: medicamento, transporte, filme. 
 
Impostos Estaduais 
 
ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de 
Trasnporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS: Art. 155, II da CF e LC 87/1996 
 
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir ICMS, nos termos do Art. 155, II e §2.º da CF. 
 
Esse Imposto deverá ser criado por lei ordinária. Isto não quer dizer que a Lei Complementar n.º 87/1996 
seja inconstitucional, visto que esse diploma legal apenas estruturou tal imposto. 
 
Em relação ao Princípio da Anterioridade, destaca-se que o ICMS o respeita, todavia, a alíquota do ICMS 
sobre combustíveis respeitará apenas a anterioridade nonagesimal, em caso de redução ou 
restabelecimento de alíquota, nos termos do art. 155, §4.º, IV, da CF. 
 
Sujeito Ativo: Estados e Distrito Federal. 
 
Fato Gerador: 
Operações de circulação de mercadoria; 
prestação de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal; 
serviço de comunicação; 
 energia elétrica; 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Tributário 
Josiane Minardi 
2 
 importação de mercadoria, ainda que o importador não seja contribuinte habitual do ICMS. 
 
 
Alíquotas: Há alíquotas distintas para cálculo do ICMS. As razões dessa distinção das alíquotas está no 
princípio da seletividade (Art. 155, §2.º, III da CF) e na existência de alíquotas internas (estipuladas pelos 
Estados) e as interestaduais. O Senado Federal, por meio de Resolução, estabelecerá as alíquotas mínimas 
ou máximas, nos termos do Art. 155, §2.º, IV e V da CF. 
 
Sobre o ICMS é importante destacar que existem dois princípios que devem ser observados: 
 
Princípio da Não Cumulatividade (Art. 155, §2.º da CF e Art. 19 da LC 87/1996): significa dizer que o ICMS 
será compensado em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de 
transporte interestadual ou intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas operações 
anteriores pelo mesmo ou por outro Estado. Vale destacar que esse princípio, em casos de isenções ou 
não-incidência, não implica em crédito para compensação com o montante devido nas operações seguintes 
e acarretará em anulação do crédito relativo às operações anteriores; 
 
Princípio da Seletividade (Art. 155, §2.º, da CF): tem como função orientar a estipulação das alíquotas 
diferenciadas de ICMS, utilizando por base a seletividade, em função da essencialidade do produto. Esse 
princípio é utilizado para justificar a redução da carga tributária dos produtos considerados essenciais. No 
ICMS PODE ser Seletivo!! 
 
Ainda em relação ao ICMS, a CF em seu art. 155, §2.º (alterado pela EC 42/2003) confere imunidade nos 
casos de (referente à alínea “b” - ver também Arts. 2.º e 3.º, III da LC 87/96): 
 
“a) sobre operações que destinem ao exterior produtos industrializados, excluídos os semi-elaborados 
definidos em lei complementar; 
sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários 
no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações 
e prestações anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e 
gasosos dele derivados, e energia elétrica; 
sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; 
nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens 
de recepção livre e gratuita; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)” 
 
O STF entende (RE 176.626-SP) que as operações de licenciamento ou cessão de direito de uso de 
software, não tendo como objeto a “mercadoria”, não haverá incidência de ICMS. No entanto, os casos de 
“software de prateleira” incide ICMS, por configurar o fato gerador do referido imposto. Interessante observar 
que o software por encomenda, não incide ICMS, mas sim ISS, conforme LC 116/2003. Ver Súmula 323 do 
STF. 
 
Lançamento por homologação. 
 
 
IPVA: Imposto sobre a propriedade de veículos automotores. 
 
Trata-se de Imposto de competência estadual e distrital, que poderá ser exigido em 1.º de janeiro de cada 
exercício, sendo devido no local do registro do veículo. Esse imposto pode ser criado por lei ordinária. 
 
Tem como característica respeitar o princípio da Anterioridade do exercício e a nonagesimal, todavia, em 
relação à base de cálculo, esta respeita apenas a anterioridade do exercício. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Tributário 
Josiane Minardi 
3 
Sujeito Ativo: Estados e Distrito Federal. 
Sujeito Passivo: Proprietário de veículo automotor de qualquer espécie, não se aplicando às aeronaves. 
 
Fato Gerador: A propriedade sobre veículos automotores. Ocorre, por ficção jurídica em 1.º de janeiro de 
cada ano. Todavia, na realidade ocorre no momento da aquisição ou da data do desembaraço aduaneiro. 
 
Base de Cálculo: Valor venal do veículo ou preço do mercado. 
 
Alíquotas: Será estabelecida em lei ordinária estadual. Não há limite máximo, no entanto, o Senado Federal, 
por meio de Resolução, estabelecerá as alíquotas mínimas, nos termos do Art. 155, §6.º, I da CF. Ademais, 
o IPVA poderá ter alíquotas diferenciadas em razão do tipo e da utilização do veículo, nos termos do Art. 
155, §6.º, I e II da CF. Lançamento de ofício. 
 
ITCMD: Imposto sobre transmissão causa mortis e doação 
 
Estados e DF, lei ordinária, segue anterioridade. 
Alíquota máxima fixada por resolução do Senado Federal. 
Lançamento por Declaração. 
As alíquotas máximas serão por meio de Resolução do Senado Federal. 
 
Impostos Federais 
 
Importação, Exportação, IOF 
 
Competência exclusiva da União, instituídos por lei ordinária, NÃO tem anterioridade – Cobrança Imediata. 
Alíquotas alteradas por decreto do poder executivo. Art.. 153, par. 1º. 
 
IPI- Imposto sobre produtosindustrializados 
IPI- alterar a natureza do bem. 
 
IPI não respeita a anterioridade do exercício, mas respeita 90 dias! 
As alíquotas podem ser alteradas por meio de ato do PE. 
A legislação do IPI estabelece que é possível ao presidente alterar as alíquotas para reduzir até zero ou 
aumentar dentro de certo limite, de 30 unidades percentuais, acima da alíquota originalmente estabelecida 
em lei. 
 
Não cumulatividade – art. 153, §1, II da CF. Em cada operação desconta-se o imposto incidente na 
operação anterior – utiliza-se como crédito o IPI pago na operação anterior. 
 
Seletividade – art. 153, §3, I da CF. Haverá uma seleção dos produtos pelo critério de sua essencialidade; 
quanto mais essencial para a vida do povo, menor será a tributação. O IPI DEVE ser Seletivo 
 
Exemplo: rum, vodka com alíquota elevada e roupas, calcados, medicamento com alíquota zero. 
 
IPI possui Lançamento por homologação. 
 
Imposto de renda – Auferir Renda 
 
Quanto aos princípios especiais – art.. 153 §2, I CF.O princípio da universalidade se aplica às rendas – 
todas as rendas devem ser alcançadas pelo IR. Isso acontece hoje embora haja o fato do IR não tributar 
todas as rendas com a mesma proporcionalidade. Há algumas distinções dependendo do tipo de 
rendimento. Os países menos desenvolvidos tendem a tributar mais o trabalho do que o capital porque é 
mais fácil controlar este. 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
 
Outro princípio é o da generalidade, que diz respeito aos contribuintes. Todos os contribuintes devem ser 
alcançados na medida de sua capacidade contributiva. Aqueles que não possuem capacidade alguma não 
devem ser alcançados. 
 
O princípio da progressividade. O IR sempre foi progressivo; Hoje possuímos 4 alíquotas, porém, continua 
existindo a alíquota máxima de 27%. 
 
O critério adotado pelo legislador constitucional para estabelecer os tributos, seria o critério do patrimônio. A 
idéia geral da tributação é passar patrimônio para o estado para que ele possa exercer as suas funções. 
 
O IR tem como fato gerador (hipótese de incidência) a aquisição da renda ou de proventos de qualquer 
natureza, entendidos como acréscimos patrimoniais não incluídos no primeiro. O legislador encara tanto 
renda como proventos como acréscimo patrimonial. 
 
O CTN traz que renda é aquilo que resulta do capital, do trabalho ou da combinação dos 2. Se recebo um 
veiculo de presente; é algo que aumenta o capital mas não é renda – da mesma forma quando se recebe 
uma herança. 
 
O CTN diz que a aquisição da renda ou provento pode ocorrer por uma disponibilidade econômica (algo 
material) ou disponibilidade jurídica (algo imaterial – quando exercemos direitos). O cheque seria uma 
disponibilidade jurídica, pois, ao adquirir o titulo, se adquire um direito e, somente depois de descontado o 
cheque é que se transformara em alo material (disponibilidade econômica) 
 
Critério espacial Há 2 adotados: territorial e renda universal. Fala-se em tributação da renda na fonte 
quando se considera apenas a renda obtida de fontes. A tributação na renda mundial considera na renda 
adquirida de qualquer lugar do país. Hoje, adota-se o critério da universalidade. Isso faz com que se torne 
importante os acordos nacionais de bitributação; se não há tal acordo, será tributado no país de onde 
provem e no país a qual se destina. 
 
A progressividade estabelecida é genérica, não distingue entre pessoas físicas e jurídicas, porém, para as 
jurídicas somente há uma alíquota. 
 
Art.. 44 do CTN diz que a base de cálculo pode ser o montante real da renda ou o montante presumido ou o 
arbitrado. Renda real é aquela realmente auferida. Renda presumida é a que a legislação presume que se 
de em tais percentuais, por exemplo, sobre a receita das empresas (o resultado final frequentemente é 
menor que o lucro real). A renda arbitrada é uma hipótese extrema na qual a empresa que não optou por 
lucro presumido e não matem contabilidade – um percentual da receita ou do capital bruto. 
 
Possui lançamento por homologação. 
O IR respeita a anterioridade do exercício e não respeita 90 dias!! 
 
ITR: Imposto territorial rural 
 
Competência da União. Deverá ser instituído por lei ordinária. Segue o princípio da anterioridade. 
 
Não incide sobre pequenas glebas rurais. 
 
Lançamento por homologação e pode ser fiscalizado e arrecadado pelos Municípios, desde que haja 
convênio com a União, sendo que neste caso 100% da arrecadação ficará com o Município. Se não houver 
convênio 50% da arrecadação é destinada para o Município e os outros 50% para a União. Alíquotas 
variando conforme a função social da terra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
 
Imposto sobre Grandes Fortunas 
 
Competência da União podendo ser criado somente por lei Complementar. 
 
Imposto Extraordinário (Guerra) Art. 154, II 
 
Competência da União podendo ser criado por lei ordinária, não segue o princípio da anterioridade. 
 
Imposto Residual Art. 154, I 
Competência da União somente criado por lei Complementar. Não pode ter base de cálculo ou fato gerador 
de impostos já existentes. 
 
 
PRINCÍPIOS DE DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
Princípio da Legalidade 
 
No Brasil ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa a não ser em decorrência de 
lei. 
Nos termos do art. 150, I da CF nenhum tributo será instituído ou aumentado, a não ser por intermédio de 
LEI! 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
 
De acordo com o art. 97, § 1º do CTN considera-se majoração de tributo a modificação da base de cálculo 
de forma a torná-lo mais oneroso. 
A mera atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo NÃO constitui majoração de tributo, 
nos termos do art. 97, § 2º do CTN, podendo ser realizada por meio de simples Decreto. 
No entanto, se “atualização monetária” ocorrer com índices superiores ao oficial, não teremos uma mera 
atualização de valores, e sim, uma majoração de base de cálculo disfarçada, e por isso, nesse caso o 
instrumento normativo necessário será a Lei. 
 
Nesse sentido, temos a Súmula 160 do STJ: 
 
É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante, Decreto, em percentual superior ao índice oficial de 
correção monetária. 
 
 
a Constituição Federal, em seu artigo 153, § 1º prevê alguns impostos que podem ter as alíquotas 
alteradas, desde que observados os limites e condições estabelecidos em lei, por meio de ato do Poder 
Executivo, o que se dá comumente por decreto presidencial ou por portaria do Ministro da Fazenda. São 
eles: 
 
Imposto sobre a Importação (II) 
Imposto sobre a Exportação (IE) 
Imposto sobre produtos Industrializados (IPI) 
Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF) 
 
O art. 153, § 1º da CF ao estabelecer que o Poder Executivo poderá alterar as alíquotas do II, IE, IPI e IOF, 
possibilitou, inclusive, que esses tributos tenham suas alíquotas majoradas, por decreto, por exemplo, desde 
que observados os limites e condições estabelecidos em lei, é claro. 
 
 
 
 
 
 
 
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O art. 177, § 4º, I, “b” da CF também possibilita ao Poder Executivo reduzir e restabelecer as alíquotas 
da Contribuição de intervenção no domínio econômico Combustível – CIDE COMBUSTÍVEL, por meio de 
ato próprio, no caso, o decreto presidencial. 
O art. 155, § 4º, IV, “c” da CF possibilita ao Poder Executivo reduzir e restabelecer as alíquotas do ICMS 
incidência monofásica, nas operações com combustíveis e lubrificantes previstos em lei complementar 
federal.Para visualizar: 
 
 
 
ALÍQUOTAS POR MEIO DE 
ATOS PODER EXECUTIVO 
DECRETO CONVÊNIO (CONFAZ) 
ALTERAR (MAJORAR, 
REDUZIR E RESTABELECER) 
II, IE, IPI e IOF 
APENAS REDUZIR E 
RESTABELECER 
CIDE COMBUSTÍVEL ICMS COMBUSTÍVEL 
 
Princípio da Isonomia 
 
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tratamento desigual entre 
contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação 
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, 
títulos ou direitos (art. 150, II da CF). 
 
Princípio da Irretroatividade 
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos em relação a fatos 
geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. (art. 150, III, 
“a” da CF). 
A lei tributária NÃO pode retroagir, salvo em três situações: 
 
Em se tratando de lei expressamente interpretativa, desde que não comine penalidade (art. 
106, I do CTN) 
Em se tratando de ato NÃO definitivamente julgado, vier uma lei que excluir infrações ou reduzir 
penalidades (art. 106, II do CTN) (Lembrar que em direito tributário penalidade é multa!) 
Em se tratando de lançamento, vier uma lei que crie novos critérios de fiscalização ou 
apuração (art. 144, § 1º do CTN). 
 
 
 
Princípio da Anterioridade 
O tributo que for instituído ou majorado nesse exercício financeiro, (coincide com o ano civil, inicia no dia 1º 
de janeiro e se encerra no dia 31 de dezembro), somente poderá ser exigido no próximo exercício e desde 
que tenham transcorridos 90 dias da data da publicação da lei que houver instituído ou majorado o tributo. 
(art. 150, III, “b” e “c” da CF). 
Nem todos os tributos precisam respeitar o princípio da anterioridade, temos várias exceções a esse 
princípio. As exceções encontram-se nos arts. 150, § 1º, 155, § 4º, IV, “c” e 177, § 4º, I, “b” e 195,§ 6º da 
CF. 
 
 
 
 
 
 
 
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a) Temos tributos que não precisam aguardar o próximo exercício (NÃO RESPEITA o Princípio da 
Anterioridade) e nem 90 dias (NÃO RESPEITA o Princípio Nonagesimal), ou seja, o tributo pode ser 
cobrado: IMEDIATAMENTE!!!! São eles: 
 
- Imposto extraordinário guerra (IEG) 
- empréstimo Compulsório Guerra ou Calamidade Pública, 
- Imposto sobre importação (II), 
- Imposto sobre exportação (IE) 
- Imposto sobre operações financeiras (IOF) 
b) Existem tributos, no entanto, que não precisam aguardar o próximo exercício (NÃO RESPEITAM o 
Princípio da Anterioridade) MAS precisam aguardar 90 dias, para poder ser exigido, (RESPEITAM o 
Princípio Nonagesimal), são: 
 
- IPI 
- casos de redução e restabelecimento das Alíquotas da CIDE Combustível e do ICMS Combustível (155, 
§ 4º, IV, “c” e 177, § 4º, I, “b” da CF. 
Contribuição Social (195,§ 6º da CF) 
Existem tributos que devem respeitar o Princípio da Anterioridade (RESPEITAM o Princípio da 
Anterioridade do Exercício), mas não precisam respeitar 90 dias (NÃO RESPEITAM o Princípio 
Nonagesimal), são: 
 
-IR 
- alteração de Base de cálculo do IPTU e do IPVA 
 
 
NRAE e NR90 
dias 
cobrança 
IMEDIATA! 
GUERRA, 
(IEG e 
Empréstimo 
Compulsório 
guerra ou 
calamidade 
pública. 
II IE IOF 
NRAE 
R90 dias 
IPI Reduzir e 
Restabelecer 
CIDE COMBUSTÍVEL 
Reduzir e 
Restabelecer 
ICMS 
COMBUSTÍVEL 
Contribuição 
Social 
RAE NR90 
dias 
IR Alteração Base de 
cálculo IPTU 
Alteração Base de 
cálculo IPVA 
 
 
 
Princípio do não-confisco 
O princípio da vedação ao confisco, disposto no art. 150, IV da CF, decorre do direito de propriedade, que 
coíbe o confisco ao estabelecer prévia e justa indenização na desapropriação. O tributo não pode inviabilizar 
o direito de propriedade. 
Verifica-se, ainda, que a Constituição Federal ao tratar sobre o princípio do não-confisco em seu artigo 150, 
IV, refere-se aos tributos, ou seja, de acordo com a literalidade desse dispositivo constitucional, apenas os 
tributos devem respeitar o não-confisco. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: 
(...) 
 
 
 
 
 
 
 
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8 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
Nesse sentido, muitos indagam se as multas estariam sujeitas ao princípio do não-confisco, pois ainda que 
nos referimos à multa tributária, sabemos que multa não é tributo, mas sanção exigível pelo 
descumprimento de obrigação tributária. 
O STF tem frequentemente demonstrado avesso às multas com caráter confiscatório 
Princípio da Liberdade de Tráfego 
O princípio da liberdade de tráfego está previsto no art. 150, V da CF e veda os Entes Federativos 
instituírem tributos interestaduais ou intermunicipais que visam estabelecer limitações ao tráfego de pessoas 
ou bens, ressalvadas, contudo, a exigência do pagamento de pedágio pela utilização das vias conservadas 
pelo Poder Público. 
 
Princípio da uniformidade Geográfica 
O princípio da uniformidade geográfica veda a União “instituir tributo que não seja uniforme em todo o 
território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a 
Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o 
equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País”. (art. 151, I da CF). 
 
 
Princípio da Capacidade Contributiva 
 
 
O princípio da capacidade contributiva é princípio basilar do Direito Tributário e está preceituado no art. 145, 
§1º da Constituição Federal: 
 
Art. 145 - (...) 
 
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para 
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da 
lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte