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ASSÉDIO MORAL E O DIREITO DO TRABALHO

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ASSÉDIO MORAL E O DIREITO DO TRABALHO
RESUMO
O presente resumo analisa o assédio moral, e suas modalidades: assédio vertical e horizontal. Analisando essa prática no âmbito trabalhista, e verificando os direitos individuais, assegurados na Constituição Federal Brasileira, que são afetados com essa prática. Ressaltando a forma indenização e a falha na legislação trabalhista para assegurar o trabalhador deste assédio moral, que afeta não somente seu local de trabalho, mas também sua vida privada.
PALAVRAS-CHAVE: Assédio Moral; Dano Moral; Dignidade.
INTRODUÇÃO
No Brasil, o assédio moral encontra-se desde a época da escravidão, até os dias atuais, prática está, cometida não somente do empregador para o empregado, mas também, do empregado para outro empregado. Não é uma prática que possa afetar uma única pessoa, mas também o coletivo.
Onde afeta os direitos individuais que cada cidadão possui, afeta sua dignidade e personalidade, direitos estes, assegurados pela Constituição Federal Brasileira.
OBEJIVO
Analisar as legislações perante o assédio moral e diferenciá-lo do dano moral, e trazer requisitos para identificá-lo no âmbito trabalhista. 
METODOLOGIA
Pesquisa bibliográfica realizada em livros.
DESENVOLVIMENTO
O assédio moral surgiu, no Brasil desde o período da escravidão, e vem crescendo com o passar dos dias. Não se mostrando muitas vezes como na antiguidade, com violência e repreensão, mas se dando em forma de humilhação, discriminação, acusações injustas, entre outras formas.
Atingindo assim os direitos de personalidade adquiridos por cada cidadão/trabalhador, e afetando o princípio da dignidade humana, princípio este protegido pelo direito positivo, encontrada na própria Constituição Federal (1988) “Art. 1º, III - a dignidade da pessoa humana;”, vedando assim atos de violações causados a ele. 
E como expresso na Constituição Federal, todos são iguais perante a lei, sendo assegurado o direito de indenização ao dano material e moral:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; (BRASIL. Constituição, 1988).
Citado também por Amauri Mascaro Nascimento:
O dano moral e patrimonial ou a prática de qualquer ato discriminatório lesivo de um trabalhador ou candidato a emprego gera ao ofendido o direito de receber do ofensor uma indenização proporcional à dimensão da ofensa e à capacidade de pagamento do agressor. (NASCIMENTO, 2011, p.464).
Vale ressaltar que, assédio moral e dano moral, são ações distintas, a primeira leva à consequência do acontecimento da segunda. Dá-se na humilhação, no sentimento negativo que o trabalhador sente ao ir trabalhar ou ao sair do trabalho, virando algumas vezes motivo de chacota para os demais trabalhadores, estes que contribuem direta ou indiretamente com este assédio, dando mais ênfase ao invés de contribuir com o fim deste.
Martins explica:
[...] pelo fato de o empregado ter de pagar “micos” ou “prendas” não significa que houve assédio moral, pois isso pode não ocorrer sempre com o mesmo empregado, mas caracteriza o dano moral. Para haver o dano moral no caso é preciso que haja humilhação na conduta do empregador. (MARTINS, 2013. p. 67)
Sendo assim, o assédio não é cometido somente pelo o empregador ao trabalhador, como cita Prata:
O assédio moral no trabalho propriamente dito, como o nome mesmo já indica, é aquele que surge, especificamente no ambiente de trabalho. Geralmente parte do superior hierárquico imediato (assédio vertical), mas também pode provir dos colegas de mesmo nível (assédio horizontal) ou até dos subordinados em relação ao chefe (assédio ascendente). (PRATA, 2008. p. 33).
Assim, tanto o empregado como o empregador é sujeito à sofrer assédio e assediar, patrões e chefes, que são o superior hierárquico, que se sentem no direito de regredir os demais trabalhadores, os excluindo do grupo de trabalhadores principais, tendo atitudes discriminativas, cometem assédio, como o trabalhador de uma certa classe, que faz o mesmo com seu colega de setor. Exemplo este, que acontece muitas vezes quando se tem trabalhador principiante, o famoso novato, onde os trabalhadores mais experientes se sentem no direito de abusar destes novatos, onde acaba cometendo o chamado, assédio horizontal.
Como dito, há o assédio vertical praticado pelo superior, o horizontal pelos demais trabalhadores e até mesmo o assédio ascendente. 
Contudo, o assédio não é praticado somente de forma individual, para uma pessoa específica, pode ser coletivo, para um grupo de pessoas. Com dito por Martins:
O assédio moral individual é o feito contra uma pessoa específica. Assédio moral coletivo é o realizado por um grupo contra uma pessoa. Assédio moral coletivo ativo: em que um grupo assedia uma pessoa. Assédio moral coletivo passivo: em que uma pessoa assedia várias pessoas, com nos casos de atingimento de metas de vendas, em que o empregado tem de pagar “prendas”. (MARTINS, 2013, p.29)
Porém, como saber quando as ações se tornam assédio, se tornam ofensas humilhantes, a ponto de afetar o direito adquirido pelo trabalhador, e ainda caracterizar dano a vida psíquica deste.
Martins traz requisitos para saber como se inicia o assédio moral:
a) conduta abusiva; b) ação repetida. Um único ato isolado não implica o assédio moral. Há necessidade de repetição do ato do empregador, ou de seus prepostos para a caracterização do assédio; c) postura ofensiva á pessoa; d) agressão psicológica: fere a intimidade, a dignidade do trabalhador. Essa agressão é caracterizada, por exemplo, por olhar e não ver a outra pessoa, que é ignorada; desprezar a pessoa; não complementá-la etc.; e) que haja finalidade de exclusão do indivíduo. A vítima sente-se excluída. Na maioria dos casos o objetivo é excluir a vítima, mas pode não ser; f) dano psíquico emocional: é uma conseqüência do assédio. (MARTINS, 2013. p. 34).
Também dito por Prata:
Isso se dá das mais variadas maneiras – por meio de críticas, ironia, isolamento, desqualificação, aumento ou redução excessiva da carga de trabalho, exigência de cumprimento de prazos impraticáveis, etc. (PRATA, 2008. p. 33).
Assim o assédio se dá no cotidiano, nos momentos rotineiros, onde a vítima acaba se isolando muitas vezes, sem dar motivo, se sentido ridicularizada, inferior aos demais, deixando ser atingido sua integridade física e psicológica ou de saúde no trabalho, assim entende-se Karim Khoury, 2010 p.43 “quando falamos em assédio moral, em geral nos referimos ás consequências diretas para a saúde do trabalhador. O clima de medo e de humilhação tem efeito direto sobre a produtividade e motivação das pessoas”, o assédio não afeta assim só o local de trabalho.
A legislação trabalhista, não se atentou de forma específica sobre o assédio moral, sendo assim, se apóia em demais legislações para julgar de forma conducente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O assédio moral é um ato que sempre existiu no local trabalhista, e no nosso Estado, desde a escravidão até os dias atuais, e mesmo depois de tantos anos, ainda se encontram falhas para proteger as vítimas de seus assediadores.
Assim, o respeito, a ética e a moral, devem ser cada dia mais cobrados e visto como exemplo, para que todos, trabalhadores ou não, possam se respeitar, respeitar seus limites no local de trabalho, e não cometer assédio, afetando assim a dignidade daquele trabalhador, a sua vida psíquica, que és um bem individual. 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. 
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho : história e teoria geral do direito do trabalho: relações individuais e coletivas do trabalho. – 26. ed. – São Paulo : Saraiva, 2011.
MARTINS, Sergio Pinto. Assédio Moral no emprego. 2ª ed. São Paulo. Atlas, 2013.
PRATA, Marcelo Rodrigues. Anatomia do assédio moral no trabalho: uma abordagem transdisciplinar. São Paulo: LTr, 2008. 
KHOURY Karim, Liderança, é uma questão de atitude: 2ª ed. São Paulo: Senac, 2010.

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