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Unidade IV - Planejamento e a Prática Docente I

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Prévia do material em texto

Responsável pelo Conteúdo: 
Profa. Ms. Júlia de Cássia Pereira Nascimento 
Profa. Ms. Adriana Xavier da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planejamento e a Prática Docente I 
Nesta primeira unidade vamos estudar a Didática e seu objeto 
de estudo. Iniciamos com alguns conceitos sobre a Didática e 
especialmente com uma reflexão sobre a trajetória histórica 
percorrida pela Didática, desde seu surgimento até os dias 
atuais. 
Vamos juntos refletir e analisar alguns conceitos importantes 
para o estudo da Didática: O que é ensinar; o que é educar; o 
que é aprender; o que é o ensino; o que é aprendizagem e as 
relações estabelecidas, a fim de que a Didática cumpra seu 
papel neste processo. 
 
Atenção 
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 
 
 
 
 
http://migre.me/cKk1X 
 
 
http://migre.me/cKjZK 
 
 
http://migre.me/cKk4G 
 
http://migre.me/cKk3l 
 
 
 
 
 
 
Sempre que pensamos em planejamento, devemos ter em mente o que vamos 
planejar, quais são nossos objetivos, onde queremos chegar. 
Ao pensar sobre Planejamento Educacional qual imagem vem à sua mente? 
 
 
Um ato isolado? 
Será conjunto? 
Participativo? 
 
 
 
 
 
 
 
Envolve dinheiro? 
Ou somente tempo? 
 
 
 
Após suas leituras e estudos, você poderá refletir um pouco mais sobre estas questões e 
certamente conseguirá encontrar respostas e soluções para muitos problemas de nossa 
educação. 
Então, mãos à massa. 
Contextualização 
 
 
 
Fonte: http://migre.me/cKk62 
 
 
Fonte: http://migre.me/cKjXC 
 
 
 
 
 
Planejamento e Prática Docente 
 
Em todos os setores é importante a utilização de um planejamento, do estabelecimento 
de metas e de um traçar caminhos para que se alcancem os objetivos desejados. Portanto, 
podemos planejar desde como será nosso dia, até como levaremos nossa vida nos próximos 
vinte anos. Podemos planejar nossa vida pessoal, afetiva e profissional. É muito interessante 
também avaliar o que já foi dito ou feito em relação ao que estamos planejando. 
O planejamento é, hoje, uma necessidade em todos os campos da atividade humana. 
Quanto mais complexos forem os problemas, maior é a necessidade de planejamento. È 
muito comum que as pessoas confundam Planejamento com Plano. 
Planejamento significa pesquisa e elaboração de metas para 
atingir determinados objetivos. É um processo que envolve a 
organização de ações que vão permitir alcançar os objetivos 
educacionais pré-determinados. É refletir, prever, criar, agir. 
Envolve operações mentais como analisar, prever, 
selecionar, definir, estruturar, organizar. 
Plano é o resultado obtido, é 
um documento escrito, onde está 
registrado determinado momento do 
planejamento. O plano é uma 
apresentação de forma ordenada e metódica do conjunto de decisões 
tomadas através do planejamento. 
Enquanto no planejamento estuda-se, discute-se, analisa-se 
determinada situação para chegar a um objetivo, o plano é a 
concretização formal, escrita deste planejamento. Podemos dizer que o 
plano é um esboço do planejamento, é o mesmo colocado no papel. 
No campo da educação e do ensino há vários tipos de planejamento, que variam de 
acordo com o seu grau de abrangência. 
 
Basicamente, na área da educação e ensino temos os seguintes tipos de planejamento: 
a) Planejamento do Sistema Educacional 
b) Planejamento escolar 
c) Planejamento didático ou de ensino: 
Material Teórico 
 
 
 
Fonte: http://migre.me/cKk9L 
 
Fonte: http://migre.me/cKkfO 
 
 
Fonte: 
http://migre.me/cKk8V 
 
 
 
a) Planejamento do Sistema Educacional 
O planejamento do Sistema de Educação é o de maior 
abrangência dentre todos os níveis do planejamento na educação 
escolar. É o planejamento elaborado nos níveis nacional, 
estadual e municipal, visando incorporar as políticas 
educacionais ao desenvolvimento geral do país. Deve também 
delimitar as dificuldades e prever soluções, definindo prioridades 
e metas, determinando formas de atuação, além dos custos de 
implantação. 
Assim sendo, deve levar em conta as necessidades 
econômicas e principalmente as aspirações da população escolar. 
Segundo Piletti (1985, p.62), “a elaboração desse tipo de planejamento requer a 
proposição de objetivos a longo prazo que definam uma política da educação”. 
 
b) Planejamento escolar 
Planejamento Escolar é o planejamento global da 
escola, envolvendo o processo de reflexão, de decisões sobre 
a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da 
instituição. "É um processo de racionalização, organização e 
coordenação da ação docente, articulando a atividade 
escolar e a problemática do contexto social" (LIBÂNEO, 
1992, p. 221). 
É um instrumento de ação educativa e eficiente, devendo contar com a participação da 
direção, dos professores, do conselho de pais e mestres, dos funcionários e dos alunos. A 
participação coletiva na elaboração do planejamento traz consigo maior realismo e 
objetividade na identificação dos problemas, nas propostas apresentadas e na luta pela 
consecução das mesmas. 
O planejamento realizado na escola, nos 
moldes acima, é o Projeto Político Pedagógico. 
 
c) Planejamento didático ou de ensino 
Fundamentando-se nas metas e linhas de ação 
da escola, assim como no planejamento curricular, 
 
 
num nível mais específico temos o planejamento de ensino. Este planejamento deve traduzir 
em termos mais próximos e concretos os objetivos da escola. Indica a atividade direcional, 
metódica e sistematizada que será empreendida pelo professor junto a seus alunos, em busca 
de propósitos definidos. 
Para que o professor possa realizar uma atuação docente de qualidade, o mesmo deve 
participar, elaborar e organizar planos em diferentes níveis de complexidade para que possa 
atender aos alunos em suas aulas. Deve estimular a participação dos alunos, promovendo o 
envolvimento de todos no processo ensino-aprendizagem, para que possam, realmente, 
efetuar uma aprendizagem tão significativa quanto o permitam suas possibilidades e 
necessidades. 
Neste caso, o plano de ensino elaborado pelo professor envolve a previsão de 
resultados desejáveis, assim como também os meios necessários para alcançá-los. A 
responsabilidade do professor é imensa, uma vez que grande parte da eficácia de seu ensino 
depende da organicidade, coerência e flexibilidade de seu planejamento. 
O plano de ensino é a especificação do planejamento de currículo. Devemos entender 
que currículo não é só conteúdo, mas tudo que for utilizado em aula para promover a 
aprendizagem dos alunos. Referem-se a conteúdo, atividades, filmes, passeios, etc. Traduz em 
termos mais concretos e operacionais o que o professor fará em sala de aula, para conduzir e 
alcançar os objetivos propostos. 
Os objetivos do planejamento de ensino são: racionalizar as atividades educativas; 
assegurar um ensino efetivo e econômico; conduzir os alunos ao alcance dos objetivos e 
verificar a marcha do processo educativo. 
A organização escolar é complexa, mas é preciso entender que o suporte estrutural do 
fenômeno educativo é a interação professor-aluno. Portanto, ao elaborar seu plano de ensino, 
o professor deve levar em conta este pressuposto básico.Ao planejar seu trabalho o professor deve estar familiarizado com o que pode pôr em 
prática, de maneira que possa selecionar o que é melhor, adaptando tudo isso às necessidades 
e interesses de seus alunos. Na maioria das situações, o professor dependerá de seus próprios 
recursos para elaborar seus planos de trabalho. Por isso, deverá estar bem informado dos 
requisitos técnicos para que possa planejar, independentemente, sem dificuldades. 
Ainda temos a considerar que as condições de trabalho diferem de escola para escola, 
tendo sempre que adaptar seus projetos às circunstâncias e exigências do meio. 
Considerando que o ensino é o guia das situações de aprendizagem e que ajuda os 
estudantes a alcançarem os resultados desejados, a ação de planejá-lo é predominantemente 
importante para incrementar a eficiência da ação a ser desencadeada no âmbito escolar. 
Segundo Haidt (2002), do ponto de vista didático, planejar é prever os conhecimentos 
a serem trabalhados e organizar as atividades e experiências de ensino-aprendizagem 
 
 
 
Fonte: http://jfsr.blogs.sapo.pt/2587.html 
consideradas mais adequadas para a consecução dos objetivos estabelecidos, levando em 
conta a realidade dos alunos, suas necessidades e interesses. 
Elaborar o planejamento de ensino pede que o professor tenha conhecimento da 
realidade na qual atua. É preciso realizar uma sondagem e diagnóstico para buscar dados 
sobre o aluno e seu ambiente. Sem a sondagem e o diagnóstico corre-se o risco de propor o 
que é impossível alcançar ou o que não interessa, ou ainda, o que já foi alcançado. 
Um bom planejamento de ensino deve ser elaborado em função das necessidades dos 
alunos e das condições de local, tempo e recursos, assim como ter flexibilidade e clareza para 
sua execução. 
Cabe ao professor, durante o período letivo, seja anual ou semestral, organizar o 
ensino baseando-se nos planos por ele elaborados. 
 
 
Prática docente 
 
Para nortear sua prática docente, o professor deve 
ter levar em conta os seguintes pontos: 
 
1) Objetivos de Ensino 
 
É a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa atividade, 
direcionados para a realidade, ou seja, do aluno e para o aluno. 
A definição dos objetivos educacionais direciona as atividades do educador, 
auxiliando-o na escolha dos meios mais adequados para realizar o seu trabalho. 
Objetivos são metas estabelecidas ou resultados previamente determinados a serem 
alcançados. Indicam o que um aluno deverá ser capaz de fazer como consequência de seu 
desempenho em atividades de uma determinada escola, série, disciplina ou mesmo de uma 
aula. 
Estabelecer objetivos orienta o professor para selecionar o conteúdo, escolher 
estratégias de ensino e elaborar o processo de avaliação. Orienta também o aluno, pois saberá 
o que se espera dele nesse curso, disciplina ou aula. 
Os objetivos da educação resultam da filosofia que orienta a vida dentro de uma 
cultura. Marcam o perfil de ser humano que a sociedade espera formar. 
Os objetivos educacionais podem ser expressos em dois níveis: 
 
1. Objetivos gerais - São aqueles mais amplos e mais complexos, que poderão ser 
alcançados, por exemplo, ao final do Ensino Fundamental. Por exemplo; “Desenvolver 
a atitude científica, compreendendo o método científico, como uma forma de solução 
de problema”. 
Os objetivos gerais traduzem, normalmente a filosofia da escola. 
 
 
 
 
Fonte: http://migre.me/cKkoT 
 
 
 
Fonte: 
http://migre.me/cKkkn 
 
2. Objetivos específicos - Referem-se a aspectos m ais simples, mais concretos, 
alcançáveis em menor tempo. Consistem n operacionalização dos objetivos gerais. 
Fornecem uma orientação concreta para o ensino-aprendizagem e para a avaliação. 
Por exemplo: “Identificar os elementos da natureza”. 
 
 
2. Conteúdos de Ensino 
 
Refere-se à organização do conhecimento em si, com base 
nas suas próprias regras. Abrange também as experiências 
educativas no campo do conhecimento, devidamente 
selecionadas e organizadas pela escola. 
Os conteúdos podem ser selecionados com base nos guias 
curriculares, sem esquecer a realidade da classe e de sua relação 
com os objetivos já definidos. 
Um bom critério de seleção é a escolha feita em torno dos conteúdos mais importantes, 
mais centrais e mais atuais. O conteúdo deve ir do mais simples para o mais complexo, do 
mais concreto para o mais abstrato. É importante que o professor esteja apto a levantar a ideia 
central do conhecimento que deseja trabalhar. 
De acordo com Haidt (2002), o conteúdo serve de base para a aquisição de 
informações, conceitos, princípios e para o desenvolvimento de hábitos, habilidades e 
atitudes. É através dos conteúdos curriculares que alcançamos os objetivos estabelecidos para 
o processo educacional. 
Por este motivo, ao selecionar os conteúdos programáticos a ser trabalhados, o 
professor deve levar em conta alguns critérios como validade, utilidade, significação, 
adequação ao nível de desenvolvimento do aluno, flexibilidade e adequação ao temo 
disponível. Além disso, não se pode apresentar um conteúdo fechado e pronto ao aluno, mas 
sim dar-lhe a chance de elaboração pessoal do conteúdo transmitido, a fim de comparar, 
organizar, aplicar e avaliar informações, conceitos e princípios, num processo constante de 
reconstrução do conhecimento. 
A organização dos conteúdos deve orientar-se por três critérios: continuidade, 
sequência e integração. Deve, também, pautar-se em dois princípios básicos: o lógico e o 
psicológico. 
 
 
3. Procedimentos e Estratégias de Ensino 
 
Procedimentos de ensino são ações, processos ou 
comportamentos planejados pelo professor para colocar o aluno em 
contato direto com coisas, fatos ou fenômenos que lhes possibilitem 
modificar sua conduta, em função dos objetivos propostos. A função dos 
procedimentos de ensino-aprendizagem usados pelo professor é facilitar 
o processo de reconstrução do conhecimento por parte do aluno. 
 
 
Segundo Masetto (1997), os meios utilizados pelo professor para facilitar a 
aprendizagem dos alunos são chamados de estratégias. Estas são utilizadas para que os 
objetivos da aula possam ser alcançados por todos. 
Os meios de ação utilizados pelo professor incluem técnicas de ensino, dinâmicas de 
grupo, recursos audiovisuais, de informática e humanos. Alguns autores chamam tais recursos 
de métodos didáticos, técnicas pedagógicas ou metodologias. 
Os procedimentos não são, pois, uma coletânea de técnicas isoladas: são mais amplos, 
pois envolvem todos os passos do desenvolvimento da atividade de ensino propriamente dita. 
Para nós, as estratégias incluem toda a organização de sala de aula que facilite a 
aprendizagem do aluno: disposição dos móveis e carteiras, organização e exploração do 
espaço da sala, exploração do deslocamento físico de professores e alunos, material a ser 
utilizado desde um simples giz ou lousa até os multimeios mais complexos e avançados 
(visuais, auditivos, sonoros, etc.), excursões a locais fora da escola, e assim por diante. 
(MASETTO, 1997, p.95) 
Analisando as opiniões deste autor, podemos perceber que os procedimentos de ensino 
selecionados pelo professor devem ser diversificados; estar coerentes com os objetivos 
propostos; adequar-se às necessidades dos alunos; servir de estímulo à participação do aluno 
e apresentar desafios que levem os alunos a tornarem-se sujeitos de sua aprendizagem. 
Para Haidt (2002) os procedimentos de ensino estão apoiados em métodos utilizados 
pelos professores. Entende por Método de ensino o conjunto organizado de procedimentos 
didáticos para conduzir na aprendizagem do aluno, visandoa consecução dos objetivos 
propostos para o processo educacional. O método não é neutro e nem poderia ser de outra 
forma, uma vez que sua base é um modelo conceitual, que se fundamenta numa concepção, 
de homem e de educação assumido pelo professor e que se revela no seu trabalho e nas 
relações interpessoais verificadas em sala de aula. 
Os critérios básicos para a seleção de um método ou técnica de ensino devem ser a 
adequação aos objetivos propostos para o processo educacional; a natureza do conhecimento 
a ser reconstruído pelo aluno e o tipo de aprendizagem a se realizar; as características dos 
alunos (faixa etária, nível de maturidade e desenvolvimento mental, grau de interesse e suas 
expectativas de aprendizagem); as condições físicas existentes e o tempo disponível. 
O professor pode utilizar métodos que peçam um trabalho individualizado por parte do 
aluno, métodos que favoreçam trabalhos socializados e métodos que se fundem, numa 
participação sócio-individual. 
Devemos refletir que, ao elaborar seu plano de ensino 
[...] o professor deve variar os procedimentos didáticos, usando os mais adequados aos 
objetivos propostos e à natureza do conteúdo estudado. Eles devem favorecer a compreensão, 
a assimilação e a construção do conhecimento por parte do aluno. A compreensão é um 
elemento indispensável à aprendizagem, pois para assimilar um conhecimento é preciso 
compreendê-lo, isto é, incorporar o objeto de estudo ao seu universo mental. Por isso, 
independentemente das técnicas que usar, o professor deve estar atento para oferecer aos 
alunos situações que lhes permitam comparar, estabelecer relações, classificar, ordenar, situar 
no tempo e no espaço, analisar, induzir, deduzir, sintetizar, conceituar, provar e justificar. 
 
 
 
Fonte: http://migre.me/cKkxg 
 
 
 
Fonte: 
http://migre.me/cKkvq 
 
Enfim, cabe ao professor cuidar para que o aluno vivencie situações nas quais possa operar 
mentalmente, construindo o conhecimento. (HAIDT, 2002, p.150) 
Alguns exemplos de métodos ou estratégias utilizadas em sala de aula: Aulas 
expositivas, aula dialogada, perguntas e respostas, seminários, estudo de casos, discussões, 
filmes, oficinas, etc. 
 
 
4. Recursos de Ensino 
 
No método escolhido o professor fará uso também de 
diferentes recursos de ensino, como componentes do ambiente da 
aprendizagem que servirão de estímulo ao aluno. 
Os recursos podem ser classificados em: 
 Humanos: professor, aluno, pessoal escolar e comunidade. 
 Materiais: Do ambiente natural; escolar e da comunidade. 
 
 
5. Avaliação 
 
É o processo pelo qual se determinam o grau e a 
quantidade de resultados alcançados em relação aos objetivos, 
considerando o contexto das condições em que o trabalho foi 
desenvolvido. 
No planejamento da avaliação é importante considerar a 
necessidade de: 
 Avaliar continuamente o desenvolvimento do aluno; 
 Selecionar situações de avaliação diversificadas; 
 Selecionar e/ou montar instrumentos de avaliação; 
 Registrar os dados da avaliação; 
 Aplicar critérios aos dados de avaliação; 
 Interpretar resultados da avaliação; 
 Comparar os resultados com os critérios estabelecidos (feedback); 
 Utilizar dados da avaliação no planejamento. 
 
A forma como o professor concebe a avaliação reflete sua postura filosófica em face da 
educação. Alguns professores, preocupados com a quantidade resultante da avaliação, 
realizam o que chamamos de medir ou testar, pois traduz em números, num processo 
descritivo aquilo que se supõe tenha sido o grau de aprendizagem dos alunos, realizando um 
julgamento a partir de uma escala de valores pré-estabelecida. 
A avaliação não é um fim, mas um meio. Para o aluno, é um meio de superar as 
dificuldades e continuar progredindo na aprendizagem; para o professor, é um meio de 
aperfeiçoar seus procedimentos de ensino. É desse modo que a avaliação assume um sentido 
orientador. 
 
 
Hoje muitos professores já se preocupam com a aprendizagem do aluno e não somente 
com a nota alcançada, sendo que a avaliação passa a assumir uma função diagnostica e 
formativa, realizada em função dos objetivos previstos. 
Ao avaliar o aproveitamento escolar do aluno, o professor deve utilizar técnicas 
diversas e instrumentos variados, pois, quanto maior for a amostragem, mais perfeita será a 
avaliação. 
Não se deve apresentar aos alunos apenas uma nota fria, sem maior significado. O 
resultado das provas e dos trabalhos deve ser comentado com eles, indicando-lhes os 
progressos e necessidades a fim de que a avaliação contribua para o aperfeiçoamento da 
aprendizagem. 
 
 
Aprendizagem por meio de Projetos Temáticos 
 
A aprendizagem por projetos tem com objetivo que o sujeito/aluno construa seu 
conhecimento. Pois, não podemos, em pleno século XXI, supor que nossos alunos são uma 
tabula rasa. Devemos partir do pressuposto que nosso alunado aluno já pensava antes mesmo 
de ocupar os bancos escolares. 
Educadores como John Dewey e Célestin Freinet sempre reforçaram os benefícios da 
aprendizagem por meio de desenvolvimento de projetos. É só observamos a técnica da Aula 
Passeio de proposta por Freinet, onde os alunos todos juntos, passando pelas ruas estreitas da 
vila, parando um pouco para admirar o trabalho do marceneiro ou para ver e ouvir as 
marteladas fortes e firmes do ferreiro. Na volta cada um queria contar o que vira, contavam 
tudo entre eles e para o professor. E, também a Imprensa Escolar, onde as crianças criavam 
textos que escreviam em seus cadernos depois dos passeios, em seguida surge a idéia de 
imprimir aqueles textos para que pudessem ser passados de mão em mão, lidos e relidos por 
outras pessoas. Desta forma surge então o Livro da vida (caderno no qual os alunos 
registram suas impressões, sentimentos, pensamentos em formas variadas, o qual fica como 
um registro de todo o ano escolar de cada classe). 
 
Segundo Sampaio (2002, p.69), o centro de toda realização deveria ser 
sempre o interesse pelo trabalho, visando um produto concreto, pois tanto a 
criança como o adulto nunca se entregam completamente a uma atividade se 
não tiverem suficientemente motivado. 
 
 
 
 
Na atualidade é possível verificar o interesse por este tipo de aprendizagem. Segundo 
uma pesquisa realizada por uma importante Fundação dos Estados Unidos, na qual se 
pergunta aos participantes sobre as habilidades e conhecimentos que os estudantes precisam 
ter para que consigam ser bem sucedidos no século XXI, a resposta foi que não basta apenas 
o estudante ter conhecimento, mas é preciso aplicar este conhecimento, resolver problemas, 
planejar, monitorar, avaliar seu desempenho e comunicar suas ideias a públicos variados. 
 
 A aprendizagem baseada em projetos fornece um treinamento para 
sobrevivência no século XXI. Ela oferece aos alunos a oportunidade de 
aprender a trabalhar em grupo e realizar tarefas comuns. Exige que os alunos 
monitorem seu próprio desempenho e suas contribuições ao grupo. Ela força 
os alunos a confrontar problemas inesperados e descobrir como resolvê-los, 
além de oferecer aos alunos tempo para se aprofundar em um assunto e 
ensinar aos outros o que aprenderam. (MARKHAM In: APRENDIZAGEM 
BASEADA EM PROJETOS; 2008, p.07) 
 
Para que o professor consiga desenvolver com seus alunos Projetos sólidos e 
consistentes é importante seguir os passos descritos abaixo: 
a. desenvolvimento de uma ideia – neste ponto a postura do professor é fundamental, 
pois para que os alunos consigam desenvolver o projeto, o professor, 
primeiramente deverá estar embasada por meio de pesquisas a importância e 
relevância do “tema” para o segmentoe série. 
b. escopo do projeto – os trabalhos podem ser mais extensos ou mais curtos, podem 
demorar uma semana ou 2 semana para sua conclusão, o importante é que o 
professor respeite a prontidão dos alunos. 
c. padrões – o sucesso na aprendizagem exige padrões, portanto, é importante que o 
professor faça a seguinte indagação: - O que eu quero que os alunos saibam e 
sejam capazes de fazer. 
d. resultados – neste é fundamental que o professor antes de iniciar o projeto 
identifique uma ou mais habilidades que os alunos deverão utilizar, e 
consequentemente se estas habilidades são passíveis de avaliação. 
e. critérios de formulação de projeto – para que se obtenha êxito é importante que o 
professor formule as seguintes questões: 
‒ o projeto satisfaz os padrões apontados antes do início do projeto? 
‒ o tema do projeto envolve os alunos? 
‒ incentiva pensamentos de nível superior? 
‒ ensina a ler, escrever e reforça habilidades básicas? 
‒ permite que os alunos sejam bem sucedidos? 
‒ as avaliações são claras e precisas? 
‒ a tecnologia será uma ferramenta utilizada? 
‒ aborda questões pertinentes daquela sociedade? 
 
 
 
 
a. ambiente ideal de aprendizagem – é neste momento que o professor que pode 
influenciar o bom andamento do projeto, criando estratégias de aprendizagem que irão 
despertar o interesse do aluno na execução do projeto. 
 
 
Por que trabalhar com projetos? 
 
Para que possamos entender a importância da aprendizagem por projetos 
primeiramente temos que compreender que aprender não se resume, somente, em o 
individuo assimilar matéria/conteúdo, mas sim em o individuo tornar-se capaz de executar 
coisas que antes não conseguia executar. Dentro desta premissa verificamos que aprender é a 
expansão de nossas capacidades e a construção de competências a serem desenvolvidas. Em 
pleno século XXI não é possível esperar que os alunos só aprendam ouvindo e prestando 
atenção em discursos feitos pelo professor. Discursos estes que, muitas vezes, não refletem a 
realidade do aluno. 
Trabalhar com projetos não é somente ter uma sala dinâmica e ativa, pois várias 
atividades propostas são apenas formas de super estimular o individuo. 
Em verdade quando falamos em aprendizagem por Projetos devemos ter em mente o 
processo que envolve a(s) atividades(s) e não somente o resultado das atividades. Pois se 
considerarmos o processo de aprendizagem como algo processo coeso, sólido, bem elaborado 
e levando em conta os 6 pontos descritos no item anterior, a aprendizagem eficaz e 
significativa será consequência do trabalho a longo prazo professor e aluno. 
Antes mencionar a aprendizagem significativa é importante organizar um currículo que 
seja significativo para os alunos e professores. Se tivermos como conceito de aprendizagem a 
construção de competências, neste caso torna-se imprescindível que a construção da matriz 
curricular seja baseada em Competências e habilidades básica, para que o indivíduo possa 
viver a vida como pessoa, profissional e cidadão crítico e consciente de seu contexto social, ou 
seja, é necessária a organização de uma Matriz de Competências. 
A elaboração da Matriz de Competências deve estar baseada segundo os Quatro 
Pilares da Educação propostos por Jacques Delors, autor e organizador do relatório para a 
UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, intitulado: Educação, 
um Tesouro a descobir (1996), em que se exploram os Quatro Pilares da Educação: 
 
 
 Aprender a conhecer – É necessário tornar prazeroso o ato de compreender, descobrir, 
construir e reconstruir o conhecimento para que não seja efêmero, para que se 
mantenha ao longo do tempo e para que valorize a curiosidade, a autonomia e a 
atenção permanentemente. É preciso também pensar o novo, reconstruir o velho e 
reinventar o pensar. 
 Aprender a fazer – Não basta preparar-se com cuidados para inserir-se no setor do 
trabalho. A rápida evolução por que passam as profissões pede que o indivíduo esteja 
apto a enfrentar novas situações de emprego e a trabalhar em equipe, desenvolvendo 
espírito cooperativo e de humildade na reelaboração conceitual e nas trocas, valores 
necessários ao trabalho coletivo. Ter iniciativa e intuição, gostar de uma certa dose de 
risco, saber comunicar-se e resolver conflitos e ser flexível. Aprender a fazer envolve 
uma série de técnicas a serem trabalhadas. 
 Aprender a conviver – No mundo atual, este é um importantíssimo aprendizado por ser 
valorizado quem aprende a viver com os outros, a compreendê-los, a desenvolver a 
percepção de interdependência, a administrar conflitos, a participar de projetos 
comuns, a ter prazer no esforço comum. 
 Aprender a ser – É importante desenvolver sensibilidade, sentido ético e estético, 
responsabilidade pessoal, pensamento autônomo e crítico, imaginação, criatividade, 
iniciativa e crescimento integral da pessoa em relação à inteligência. A aprendizagem 
precisa ser integral, não negligenciando nenhuma das potencialidades de cada 
indivíduo. 
 
Tendo como base os Quatro Pilares da Educação a proposta é que a aprendizagem 
escolar seja feita por meio de projetos, onde os temas devem ser indicados pelos alunos, e os 
mesmos serão capazes de solucionar problemas e resolver questões reais. 
A aprendizagem por projetos vê a aprendizagem como algo natural, em que o ser 
humano irá construir sua própria vida, incentiva o aluno a explorar e investigar seus 
interesses, não permite que o ato de conhecer se torne uma ação passiva, estabelece uma 
relação construtiva entre escola e experiência de vida. Permite que o aluno descubra que o 
ato de aprender é algo ativo e que os próprios alunos podem descobrir o quanto é prazeroso 
fazer suas próprias descobertas. 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação da aprendizagem de projetos 
 
A partir do momento que declaramos que a aprendizagem se dá por meio de um 
processo torna-se impraticável que adotemos uma avaliação dentro dos moldes da pedagogia 
tradicional. 
Para este tipo de pedagogia a avaliação deve ser feita pelo professor por meio das 
seguintes formas: 
a) Observação contínua, envolvendo todos os participantes do processo; 
b) Interativa, envolvendo todos os participantes do processo; 
c) Registro diário das observações; 
d) Diversos instrumentos de avaliação; 
e) Estabelecer desde o princípio os critérios de avaliação e os indicadores de 
desenvolvimento; 
f) Sistema de gestão da aprendizagem. 
 
 
 
 
 
A fim de proporcionar um melhor entendimento a respeito da elaboração de um 
projeto temático, sugiro os seguintes links: 
http://www.youtube.com/watch?v=PSdX5PhmTPw acesso em 13 de março de 2012 – língua 
portuguesa 
http://www.youtube.com/watch?v=j0ckyPANJFU acesso em 13 de março de 2012 – química 
http://www.youtube.com/watch?v=8g9owQCBt24 acesso em 13 de março de 12 – 
matemática. 
http://www.youtube.com/watch?v=IojZbkQn0co acesso em 14 de março de 2012 – 
pedagogia. 
http://www.youtube.com/watch?v=ibFmE_mZoGI acesso em 14 de março de 2012 – história. 
http://www.youtube.com/watch?v=jtbTRDMTuJs acesso em 14 de março de 2012 – 
geografia. 
http://www.youtube.com/watch?v=jkToULz5ESo acesso em 14 de março de 2012 – ciências 
http://www.youtube.com/watch?v=bKmqZ_z6mzI acesso em 14 de março de 2012 – artes 
visuais. 
http://www.youtube.com/watch?v=jujx8WclvqU acesso em 14 de março de 2012 – educação 
física 
Ao final da visualização de cada link você poderá refletir sobre a importância do 
projeto temático no processo de aprendizagem significativa. 
Boa reflexão. 
 
 
Material Complementar 
 
 
 
 
 
 
 
 
BARBOSA, MariaCarmem Silveira; HORN, Maria da Graça Souza. Projetos Pedagógicos 
na Educação Infantil. São Paulo: Artmed, 2008. 
HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. 7. ed. São Paulo, Editora Ática. 
2002. Série Educação. 
MARKHAM, Thom; LARMER, John; RAVITZ, Jason. Aprendizagem Baseada em 
Projetos: Guia para professores de ensino fundamental e médio. 2.ed. Porto Alegre: 
Artemed, 2008. 
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1993. Coleção magistério – 2º grau. 
Série formação do professor. 
PILETTI, Claudino. Didática Geral. São Paulo: Ática, 1985. 
SAMPAIO, Rosa. Whitaker Freinet: evolução histórica e atualidades. 2.ed. São Paulo: 
Scipione, 2002. 
VEIGA, Ilma Passos A. Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção coletiva. in 
Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 
1995. 
 
 
 
Referências 
 
 
 
 
 
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Anotações

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