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FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA

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J O N A T H A P E R E I R A B U G A R I M 
FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA 
HERMENEUTICA 
• TEORIA GERAL 
• NOBERTO BOBBIO 
• HANS KELSEN 
• CHAIM PERELMAN 
• RONALD DWORKIN 
ÉTICA 
• SÓCRATES 
• ARISTOTELES 
• TOMÁS DE AQUINO 
• AGOSTINHO 
• KANT 
• JOHN RAWLS 
• HABERMAS 
• TERCIO SAMPAIO FERRAZ JUNIOR 
PASSAGEM DA MITOLOGIA PARA FILOSOFIA 
 
HEGEL 
CORNFORD 
LOGOS – PHYSIS - ARKHÉ 
O NASCIMENTO DA FILOSOFIA 
Conforme Marilena Chaui a Filosofia é uma 
cosmologia, cosmo significa mundo ordenado e 
organizado, e logia vem da palavra logos, que 
significa, pensamento racional, conhecimento. 
INTRODUÇÃO A FILOSOFIA 
Negamos, afirmamos, desejamos, aceitamos ou 
recusamos coisas, pessoas e situações. 
Que horas são ? Que dia é hoje ? 
Uma simples 
pergunta 
contem, várias 
crenças não 
questionada 
por nós 
ATITUDE FILOSÓFICA: Significa você interrogar a se mesmo. 
 
 
• Ela joga muito, até parece homem ! 
 
• Ele é uma boa pessoa, mas mora na favela ! 
 
• Ela é periguete, olha a roupa que ela usa ! 
Se nos inspirarmos nas origens do pensamento ocidental verificaremos que a 
palavra Filosofia significa amizade ou amor pela sabedoria. O termo é deveras 
expressivo. Os primeiros filósofos gregos não concordaram em ser chamados 
sábios, por terem consciência do muito que ignoravam. Preferiram ser 
conhecidos como amigos da sabedoria, ou seja — filósofos. 
 
Miguel Reale 
 
A palavra filosofia é grega. È composta por duas outras. philo e sophia. Philo 
deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os 
iguais. Sophia quer sabedoria e dela vem a palavra sophos, sábio. 
 
Marilena Chaui 
• Filósofo autêntico, e não o mero expositor de sistemas, é, como o 
verdadeiro cientista, um pesquisador incansável, que procura sempre 
renovar as perguntas formuladas, no sentido de alcançar respostas que 
sejam "condições" das demais. A Filosofia começa com um estado de 
inquietação e de perplexidade, para culminar numa atitude crítica 
diante do real e da vida. 
 
O homem passou a filosofar no momento em 
que se viu cercado pelo problema e pelo 
mistério, adquirindo consciência de sua 
dignidade pensante. 
1 – PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICO OU 
COSMOLÓGICO 
Do final do século VII ao final do século V a.c, quando a filosofia se ocupa 
fundamentalmente com a origem do mundo e as causas da 
transformação da natureza 
 
Os principais filósofos pré-socráticos foram: 
• Filósofos da Escola Jônica: Tales Mileto, Anaximenes de Mileto, 
Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso; 
• Filósofos da Escola Itálica: Pitágora de Samos, Filolau de Crotona e 
Arquitas de Tarento 
• Filósofos da Escola Eleata: Paramênides de Eléia e Zenão de Eléia 
• Filósofos da escola de pluralidade: Empédocles de Agrigento, 
Anaxágoras de Clazomena 
• Quem são eles ? 
• Qual a razão deles serem agrupados ? 
 
FILOSOFOS PRÉ-SOCRATICOS 
A sabedoria era questionar a origem do universo; 
 Inicialmente o universo natural era pautado na 
divindade; 
Os filósofos passam a ser chamado de cosmológo, 
esses filósofos estudam PHISYS, para compreender o 
COSMO, através do desenvolvimento ARKHE 
 
 REGRA: 
 Ao criar um princípio, o elemento precisa permitir mudança 
perceptível sem alterar a essência. 
 
TALES DE MILETO 
• A água estar ligada ao nascimento; 
• A água estar ligada a vida, pois, a vida humana inicia no 
meio líquido; 
• Ao morrermos o corpo seca; 
• A região com a água em abundância é mais desenvolvida; 
 
• Ele previu o eclipse total (585 a.c) 
• Fez a observação que a colheita era abundante de acordo o 
período e fatos naturais; 
• Ele se aproximou do conceito pouco antropomórfico; 
• Para Tales de Mileto a origem de todas as coisas é a água 
 
ANAXIMANDRO DE MILETO (610-547 A.C) 
Nem água, nem alguns dos elementos, mas 
alguma substância diferente, ilimitada, e dela 
nascem os céus e os mundo neles contidos 
Anaximandro 
Ele acreditava não ser possível eleger uma única substancia 
material como princípio primordial de todos os seres, arché. 
 
Anaximandro acreditava, que esse princípio era algo que 
transcendia os limites do observável. Por isso ele denominou 
como ÁPEIRON, termo grego que se identifica 
indeterminado, o infinito. 
 
O intelectual afirma que a mudança é infinita. 
 
Exemplo: Ciclo da água 
PITÁGORAS DE SAMOS: O CULTO A 
MATEMÁTICA 
• Pitágoras nasceu na ilha de Samos; 
• Sofre perseguição política em razão de suas ideias; 
• Instalou-se no sul da Itália; 
• Fundou uma poderosa sociedade de caráter filosófico e 
religioso com ligações fortes com a política; 
• Para Pitágoras a essência de todas as coisas eram os 
números; 
• Pitágoras dizia que o homem representou sim a 
matemática, mas os números sempre existiam; 
 
 
 
Todas as coisas são números 
Pitágoras 
ESCOLA ATOMISTA 
DEMÓCRITO DE ABDERA: O ÁTOMO COMO 
EXPLICAÇÃO DA DIVERSIDADE 
Demócrito afirmava que todas as coisas que formam a 
realidade são constituídas por partículas invisíveis e indivisíveis. 
Essas partículas foram chamadas de átomo, temo grego que 
se chamava não divisível. 
Para Demócrito, é o acaso ou a necessidade que 
promove a aglomeração de certos átomos e a expulsão de 
outros. 
Ele criou uma noção que vazio existe. E o vazio é o átomo. 
Exemplo: Grafite e Diamante. 
HERÁCLITO DE ÉFESO: O MOVIMENTO PERPÉTUO DO 
MUNDO. 
• Ele é considerado o mais importante filósofos pré-socráticos. 
• O universo é como a chama de uma vela, parece que é a 
mesma coisa mas não é. 
• O que gera a mudança é a atenção de movimentos opostos. 
• Quando opostos tencionam a mudança ocorre. 
• A luta dos contrários formava a realidade do mundo. 
• Exemplo: Quente - Frio 
 
Tudo flui, nada persiste, nem permanece o mesmo. 
O ser não é mais que o vir a ser. 
PARMÊNIDES DE ELÉIA 
• Defendia dois caminhos para compreensão da 
realidade; 
• 1- Caminho da filosofia, da razão, da essência; 
• 2- Caminho da crendice, da opinião pessoal, da 
aparência enganosa, que ele considera a via de 
Heráclito; 
• Na visão de Parmênides, Heráclito percorreu o caminho 
das aparências ilusórias. 
E isso deveria ser evitado para não chegarmos a 
conclusão que o ser e o não ser são e não são a mesma 
coisa‖ 
SÓCRATES DE ATENA 
• Nascido na cidade de Atenas; 
• Considerado o marco divisório da filosofia grega; 
• Desenvolvia o saber filosófico em praças públicas; 
• O autoconhecimento era um dos pontos fundamentais da filosofia 
socrática; 
 
 
 
Pré-socráticos Pós-socráticos 
Sócrates trabalha situações existenciais 
 
• De onde nós viemos ? 
• Quem somos nós? 
• O que é o conhecimento? 
 Sócrates viveu no auge da cidade de Atenas; 
 Atenas vivia em uma democracia; 
 Democracia é o governo dos cidadãos; 
• Cidadãos : participantes da democracia; 
• Metecos: estrangeiros habitantes de Atenas; 
• Escravos formavam a grande maioria da população ateniense. 
 
SABEDORIA DE SOCRATES 
 
“Só sei que nada sei” 
Humildade perante conhecimento. 
 
“Uma vida que não é refletida, não vale a pena ser vivida” 
Destaque para o senso crítico 
 
“É preciso amar buscar a verdade mas nunca defende-la” 
 
 
FONTES QUE CITAM SOCRATES 
 
XENOFONTES: (amigo de Sócrates) 
ARISTÓFONES: (escritor, que criou um personagem do Sócrates como sendo 
louco e cômico) 
ARISTOTELES: (afirmava que Sócrates era o pai da ciência) 
PLATÃO: (discípulo de Sócrates que escreveu sobre o método) 
 
 
MÉTODO DE SÓCRATES 
• EXORTAÇÃO: Momento que é realizadoo convite para debater; 
• INDAGAÇÃO: Busca opinião sobre o tema. Ocorre a troca de 
opinião. 
• IRONIA: Destrói as opiniões. 
• MAHEUTICA: Onde você dar a luz para uma nova ideia. 
IRONIA 
 
• Na linguagem cotidiana a Ironia tem um significado depreciativo. 
 
• No grego, a Ironia era a Interrogação. 
 
• Sócrates interrogava no diálogo; 
 
• Sócrates ajudava seus discípulos a conceberem suas próprias ideias, o que ele 
chamava de maiêutica, termo grego que ele chama a arte de trazer a luz. 
 
PLATÃO 
PLATÃO 
• Seu nome verdadeiro é Arístocles. Seu apelido de Platão é devido 
à sua constituição física e significa ―ombros largos‖. Ele foi discípulo 
de Sócrates e após a sua morte, fez muitas viagens, ampliando sua 
cultura e suas reflexões. 
• Por volta de 387 a.C., Platão fundou sua própria escola de filosofia, 
nos jardins construídos pelo seu amigo Academus, o que deu à 
escola o nome de Academia. É uma das primeiras instituições de 
ensino superior do mundo ocidental. 
• Platão, diferentemente de Sócrates, tinha o hábito de escrever 
sobre suas ideias. Foi ele quem resgatou boa parte do 
pensamento de seu mestre Sócrates. 
PLATÃ
O 
• Platão não andava promovendo debates pelos locais públicos 
como seu mestre, mas ao contrário, fundou uma academia de 
filosofia. 
• Devido a isso, Platão era mais restrito, pois para chegar a ele 
somente quem pudesse entrar na academia, ou seja, os filhos dos 
aristocratas da época. 
Do mundo sensível das opiniões ao mundo inteligível das ideias. 
• Segundo Platão, os sentidos só podem nos fornecer o 
conhecimento das sombras da verdadeira realidade, e através 
deles só conseguimos ter opiniões. 
• O conhecimento verdadeiro se consegue através da dialética, que 
é a arte de colocar à prova todo conhecimento adquirido, 
purificando-o de toda imperfeição para atingir a verdade. 
• Cada opinião emitida é questionada até que se chegue à 
verdade. 
• Platão, assim como seu mestre Sócrates, acreditava que o 
conhecimento era inato ao ser humano, ou seja, todo o 
conhecimento estava na pessoa, bastava exercitar ou refletir para 
―relembrar‖ as respostas dos questionamentos. 
Platão 
ALEGORIA DA CAVERNA 
• Aprisionado no seu corpo, o homem só consegue enxergar as 
sombras e não a realidade em si. Para explicar isso, Platão cria a 
ALEGORIA DA CAVERNA. 
• Há homens presos, desde meninos, por correntes nos pés e no 
pescoço, com o rosto voltado para o fundo da Caverna. Próximo à 
entrada da caverna desfila-se com muitos objetos diferentes, cujas 
sombras são projetadas pela luz do Sol na parede do fundo. Os 
prisioneiros contemplam as sombras, pensando tratar-se da realidade, 
pois é a única que conhecem. 
• Um dos prisioneiros consegue escapar, e, voltando-se para a entrada 
da caverna, num primeiro momento tem sua vista ofuscada pela luz 
intensa, mas aos poucos ele se acostuma e começa a descobrir que 
a realidade é bem diferente daquela que ele conheceu a vida toda, 
por meio das sombras. Esse homem se compadece dos companheiros 
da prisão e volta para lhes anunciar aquilo que contemplara. Ele é 
chamado de louco e é morto pelos companheiros. 
Platão 
EXPLICAÇÃO: 
• As sombras que os homens enxergam no fundo da caverna representam as 
aparências da realidade e não a realidade em si. Mas aqueles homens que foram, 
desde a infância, acostumados a crer que as sombras eram a realidade, não 
podiam imaginar que a realidade verdadeira estava lá fora. 
• Quando um desses homens consegue escapar da caverna e tem contato com o 
mundo verdadeiro, ele percebe que as projeções na parede nada mais são do que 
uma ilusão, pois a realidade das coisas era outra. O homem cai em si e entende 
que sempre foi enganado pelas sombras. 
• Quando volta para caverna e tenta convencer os outros de que aquelas sombras 
não representam a realidade dos fatos, ninguém acredita e o chamam de louco. 
• Esse mito se refere a Sócrates que tentava demonstrar a realidade ou a verdade de 
vários fatos de Atenas, como a política, por exemplo, uma vez que as pessoas 
acreditavam em discursos que não condiziam com a realidade, mas eram só uma 
forma de enganar. Contudo, como vimos, Sócrates desagradou muita gente ao 
tentar esclarecer as pessoas sobre a verdade e, por isso, foi condenado a morte. 
Alegoria da Caverna 
ARISTÓTELES 
• Nascimento: 384 a.C. – Estagira (Macedônia) 
• Morte: 322 a.C. – Cálcis (Eubéia). 
ARISTÓTELES 
Sua vida: Aristóteles foi preceptor de Alexandre Magno, na corte de Pela, 
e isso facilitou suas pesquisas pois, quando Alexandre expandiu o império 
Macedônico, o filósofo que teve mais acesso às informações sobre formas 
de governo e sobre o mundo natural (do qual Aristóteles fez uma das 
primeiras classificações conhecidas). 
 
O Liceu: Quando Alexandre sobe ao trono na Macedônia, Aristóteles 
deixa a corte de Pela e volta para Atenas, onde funda sua própria escola 
de filosofia, próxima ao templo de Apolo Liceano (por isso passa a se 
chamar LICEU), seguindo orientação que rivaliza com a Academia de 
Platão que, nesse tempo, é dirigida por Xenócrates. A Academia era mais 
voltada para as Matemáticas, enquanto o Liceu se dedicava 
principalmente às ciências naturais. 
ARISTÓTELES 
Aristóteles foi discípulo de Platão, mas seguiu o próprio 
caminho, com uma filosofia bem diferente do mestre. 
Quanto ao método de exposição da filosofia, enquanto Platão 
utilizara os diálogos, Aristóteles foi um sistematizador. Embora 
ele também tenha escrito diálogos, o que chegou até nós foi 
apenas uma parte das suas obras produzidas em forma 
descritiva e ordenada. 
ARISTÓTELES 
Aristóteles organizou o conhecimento de até então. Criou sistemas classificatórios 
para a natureza, sobre o céu, sobre os fenômenos atmosféricos; exame da física 
como movimento, infinito, vazio, lugar, tempo, etc. 
 
Também estudou sobre sensação, memória, respiração, história dos animais; 
classificou as espécies vivas, etc. 
 
Formas de governo, retórica (argumentação), etc. 
 
E ainda muitos outros estudos. 
 
Em suma, ele organizou ou sistematizou praticamente todo conhecimento 
acumulado até então. 
ARISTÓTELES 
Aristóteles acreditava que a alma já existia antes do nascimento da 
pessoa. (esse dualismo era explicado como o vir a ser e o que realmente 
existe) 
 
O filosofo acreditava que existia algo que movia todas as coisas, e que 
por sua vez não é movido por nada. E o que seria ? 
 
 
 
ARISTÓTELES 
Aristóteles acreditava que a alma já existia antes do nascimento da 
pessoa. (esse dualismo era explicado como o vir a ser e o que realmente 
existe) 
 
O filosofo acreditava que existia algo que movia todas as coisas, e que 
por sua vez não é movido por nada. E o que seria ? 
 
 
 
Aristóteles desenvolve a temática Justiça, que é debatida no campo da ética, ou seja em 
um campo de saber que vem definido em sua teoria como um saber prático. 
 
 
 
Castilho (2016) afirma que para Aristóteles a virtude é um hábito racional, adquirido com 
exercício e com ação. 
 
 
 
ARISTÓTELES 
 
Teoria sobre a Moral 
 
Ele considerava que todo ser deve realizar sua natureza de maneira 
plena, e assim alcançara a felicidade; 
 
As virtudes devem ser adquiridas pela educação e pela vontade. 
(racionalismo aristotélico) 
 
Começa a falar sobre Justiça 
JUSTIÇA 
SOCIAL 
POLÍTICA 
RETÓRICA 
ÉTICA 
A justiça assim definida 
como virtude, torna-se o 
foco das atenções de um 
ramo do conhecimento 
humano que se dedica ao 
estudo do próprio 
comportamento humano. 
INFLUÊNCIA NO DIREITO 
O pensamento de Aristóteles teve grande influência no direito em várias 
dimensões. 
Justiçaele considerava uma virtude como verdade e temperança 
 
 
 
Bittar e Almeida ( 2001) afirmam que a ética não se destina a especulação, ou a produção 
mas a prática. 
O autor relata que o conhecimento ético, é uma primeira premissa para que a ação 
converta-se em uma ação justa ou conforme a justiça, ou em uma ação boa. 
 
 
 
Não é apenas conhecer o que 
é Justo ou Injusto, que faz uma 
pessoa mais ou menos virtuoso. 
A EDUCAÇÃO ÉTICA, OU SEJA, A CRIAÇÃO DO HÁBITO 
DO COMPORTAMENTO ÉTICO, O QUE SE FAZ COM A 
PRÁTICA À CONDUTA DITUTURNA PODE CONSTRUIR O 
COMPORTAMENTO VIRTUOSO. 
INFLUÊNCIA NO DIREITO 
A excelência 
do estudo ético 
é a perquirição 
em torno do fim 
da ação 
humana. 
Tem a tarefa de 
traçar normas 
suficiente e 
adequadas para 
orientar as 
atividades, para 
a existência de 
um Bem Comum. 
Bem que 
afeta o 
indivíduo 
Bem que 
afeta o 
coletivo 
A justiça. Compreendida em sua categorização genérica, é uma virtude, 
e como toda virtude, qual a coragem, a temperança...é um justo meio. 
Excesso Defeito 
JUSTIÇA 
Se a lei é uma prescrição de caráter genérico e que a todos vincula, então 
seu fim é a realização do bem a comunidade, e, como tal do bem comum. 
O JUSTO TOTAL 
Aristóteles compreende que justiça se concebe de várias maneiras; 
Utiliza o termo Justiça Total: consiste na virtude da observância da lei, no respeito aquilo 
que é legítimo e que vigem para o bem da comunidade. 
O legislador, ao operar no sentindo da construção do espaço normativo da pólis, nada 
mais está a fazer senão exercendo a prudência legislativa. 
Violação de domicílio 
Art. 150 – Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a 
vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas 
dependências: 
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa. 
§ 1º – Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o 
emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas: 
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à 
violência. 
Homicídio 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos 
OS FILÓSOFOS DO CRISTIANISMO 
Algumas características: 
 
• Deus como centro de tudo; 
• A preocupação dos filósofos era a religião e a moral; 
• A fé era colocada acima da razão; 
• Diferente noção de divindade; 
• Uma nova corrente filosófica consolidada depois de cristo, por São Paulo; 
• Principal contribuição de São Paulo, foi uma nova visão no campo da justiça. 
O homem justo é aquele que vivia pela fé; 
• Toda autoridade provinha de Deus. 
“O MAIS SÁBIO DOS SANTOS... 
E O MAIS SANTO DOS SÁBIOS” 
 
SÃO TOMAS DE AQUINO 
SÃO TOMAS DE AQUINO 
• Produziu vários livros, tratados teológicos, obras de filosofia; 
• Buscava incansavelmente a verdade, que acreditava estar no interior das 
pessoas; 
• Seguiu Platão , ao afirmar que para conhecer verdadeiramente, é preciso estar 
em contato com o mundo inteligível; 
 
» Estima-se que seu nascimento tenha ocorrido em 1225, no Castelo de 
Rossasecca, no Reino de Nápoles, na Itália. 
» Tinha laços de sangue com a Família Imperial e as Famílias Reais da França, 
Sicília e Aragão. 
 » Aos 19 anos fugiu de casa para se juntar à “Ordem Dominicana“. 
Também chamada “Ordem dos Pregadores”, era uma ordem religiosa 
católica com o objetivo de pregar a mensagem de Jesus Cristo e 
promover a conversão das pessoas ao Cristianismo. Foi fundada na 
França, em 1216, por São Domingos de Gusmão. Os adeptos realizavam 
voto de castidade, de pobreza e obediência; viviam em comunidades que 
designavam conventos. 
 
» Com 5 anos de idade seu pai, Conde de Landulfo d’Aquino, o internou no 
grande mosteiro de Monte Cassino onde recebeu a educação. 
» Estudou filosofia em Nápoles e depois em Paris, onde se dedicou ao ensino e 
ao estudo de questões filosóficas e teológicas. Estudou teologia em Colônia e em 
Paris se tornou discípulo de Santo Alberto Magno. 
Alberto Magno era filho da nobre família 
de Duques de Bollstädt. Assim como 
Tomás abandonou a família e entrou para 
a Ordem Dominicana. Lecionava teologia 
na Universidade de Paris quando 
conheceu Aquino. 
Com ele Tomás aprendeu que a 
verdadeira vida de um ser racional é 
fazer de sua inteligência uma ascensão 
contínua até chegar aos mais altos 
conhecimentos inteligíveis, atingindo a 
ciência da alma e a ciência de Deus. 
» Leão XIII, o papa dos operários, retrata em sua encíclica em 1879 quem foi 
Tomás de Aquino: 
“De espírito dócil e penetrante, de fácil e segura memória, de 
perfeita pureza de costumes, levado unicamente pelo amor da 
verdade, cheio de ciência divina e humana, justamente comparado 
com o sol, aqueceu a terra com a irradiação de suas virtudes e 
encheu-a com o resplendor de sua doutrina”. 
Teologia : ciência de 
Deus à luz da 
revelação. 
Filosofia : ciência que estuda todas 
as coisas através da luz da razão 
humana. 
Fundem-se numa síntese definitiva: fé e razão, 
unidas em sua orientação comum rumo a Deus. 
» Prestes a morrer pronunciou estas palavras, após receber a Eucaristia: 
“De ti, Senhor, me veio o preço da redenção da minha alma! Todos os 
meus estudos, vigílias e trabalhos foram por teu amor”. 
 
 
» O filósofo escreveu intensamente, e dois de seus mais conhecidos trabalhos, a 
Suma Contra os Gentios e a Suma Teológica, são de proporções enciclopédicas. 
» Também escreveu sobre lógica, metafísica, física, ética, moral. Questionou 
assuntos como a verdade, a alma, o mal, as virtudes. 
Suma Contra os Gentios voltava-se para os não-cristãos, discute-se a respeito da 
natureza e dos trabalhos de Deus, da sabedoria humana e felicidade, e ainda 
sobre a compatibilidade da fé com a razão. Já a Suma Teológica lida com a 
questão da razão e da revelação vistos como caminhos para o conhecimento de 
Deus, oferecendo cinco provas da existência d'Ele; esta obra fica inacabada 
devida a morte do autor. 
HOMEM: um ser social e precisa de orientações para viver em sociedade. 
DIREITO POSITIVO: as normas existem para que os que são propensos aos vícios sejam persuadidos, a bem 
da ordem pública, a evitar desvios. 
CONVIVÊNCIA PACÍFICA: as leis humanas não podem contradizer a lei natural. 
» Para Tomás de Aquino: 
GOVERNO: a bondade de um governo, sua eficiência, não dependem de sua 
forma, mas da honestidade, da competência com que se dedica ao bem 
comum, ao bem estar dos cidadãos. 
ESTADO: uma necessidade natural. 
Seja monarquia, república ou outra forma qualquer, melhor 
será, concretamente, a que mais se ajustar às necessidades 
do povo. 
 
 ALMA e CORPO: há uma união substancial que é o fundamento maior da dignidade da pessoa 
humana. 
BEM e MAL: Defendeu o livre arbítrio, ou seja, a liberdade da vontade humana. Assim, dar-se-ia prêmio 
para as boas ações e punição para os atos maus. 
MORTE: determina para sempre a alma humana quer na desordem e na infelicidade, quer na ordem e 
na felicidade, como está na Bíblia. 
DEUS: o Criador de tudo. 
 
JUSTIÇA: consiste na disposição constante da vontade em dar a cada um o que é seu - suum cuique 
tribuere . 
Comutativa (entre iguais), 
Distributiva (do soberano para os súditos) 
Legal (dos súbitos para com o soberano). 
 
 
ÉTICA: consiste em agir de acordo com a natureza racional. Todo o homem é dotado de livre-arbítrio, 
orientado pela consciência e tem uma capacidade inata de captar, intuitivamente, os ditames da ordem 
moral. O primeiro postulado da ordem moral é: faz o bem e evita o mal. 
LEI DIVINA: revelada por Deus aos homens - Dez Mandamentos. 
LEI ETERNA: é o planoracional de Deus que ordena todo o universo. 
LEI NATURAL: é a participação da Lei Eterna na criatura racional, ou seja, aquilo que o homem é levado 
a fazer pela sua natureza racional. 
LEI POSITIVA: é a lei feita pelo homem, de modo a possibilitar uma vida em sociedade. Esta subordina-
se à Lei Natural, não podendo contrariá-la sob pena de se tornar-se uma lei injusta. 
» Tomás de Aquino repensou Aristóteles, o grande filósofo grego do século V 
antes de Cristo. 
» Deu diretrizes novas ao pensamento de Platão, outro grande filósofo daquele 
século. 
» Foi o pioneiro que investigou cientificamente as leis do pensamento e as 
formulou com exatidão. 
» Kant, filósofo alemão, afirmou que os filósofos posteriores a Aquino nada 
acrescentaram no aspecto da filosofia. Chegou a dizer que a teodicéia de 
Aristóteles, ou seja, a parte que trata de Deus, é incomparavelmente inferior à de 
Tomás de Aquino. 
» João Paulo II, o ex-papa cristão, em 1990 no 9° Congresso Tomista Internacional 
chegou a denominar Tomás de Aquino de “DOUTOR DA HUMANIDADE”. 
» A doutrina de Tomás de Aquino é apta para a aproximação dos cristãos entre si e 
para o entendimento das culturas passadas e recentes. 
» O Tomismo conduz à sociabilidade, à solidariedade, à liberdade e à verdade. 
» Aos aproximados cinqüenta e três anos, na manhã do dia 7 de março de 1274, 
Tomás de Aquino foi surpreendido pela morte no mosteiro cisterciense de 
Fossanova. Estava a caminho de Lião onde, por ordem do Papa Gregório X, iria 
participar do Concílio de Lião. 
» Após seu falecimento ele entrou para a História com o título de Doutor 
Angélico, dada a culminância espiritual que atingiu e a perfeição de sua 
existência. 
» Tomismo na atualidade: 
» Neste momento atual, tão pouco esperançoso, não há homens tão 
esperançosos como aqueles que consideram agora Santo Tomás como guia em 
uma centena de perguntas angustiosas. Há inegavelmente um Tomismo 
esperançoso e criador em nossa época.” 
Chesterton, pensador inglês 
» Tomás de Aquino é um convite ao afastamento de tudo que 
degrada o ser humano. Ele inspira segurança para que se ande nos 
caminhos do bem e dos verdadeiros valores. Ele permanece sempre 
atual e contemporâneo. 
“ Aos males da inteligência ele propõe o remédio do 
exercício da razão, capaz de desmascarar as insídias das 
manipulações dos donos do poder. 
 
Aos desastres éticos e morais ele 
aponta a retidão da vontade 
firmada na proteção de Deus a 
levar para longe das servidões 
dos falsos prazeres. 
 
Ao desânimo que, por 
vezes, se instaura em 
tantos corações ele propõe 
a experiência de Deus, 
fonte de toda paz e energia 
interior. 
 
 
A uma ciência e a uma 
tecnologia 
materialistas ele 
contrapõe o retorno 
incondicional a Deus, 
cuja existência ele 
soube tão bem provar. 
“ 
 
 
“ É VÃO FAZER com mais quando se pode fazer com menos” 
(Guilherme de Ockham)” 
PENSADORES DA IDADE MÉDIA. 
Guilherme de Ockham (ou Occam), frade franciscano e filósofo 
escolástico inglês, nasceu em 1280 (ou 1288), em Ockham, um 
pequeno povoado de Surrey, perto de East Horsley, na Grã-
Bretanha, e faleceu em 9 de abril de 1347 (ou 1349), em 
Munique, na Alemanha, atacado pela peste negra. 
Guilherme de Ockham (ou Occam), frade franciscano e filósofo 
escolástico inglês, nasceu em 1280 (ou 1288), em Ockham, 
pregava e vivia a pobreza como meio de aproximação com a 
doutrina de São Francisco, fundador da ordem. 
A doutrina de Guilherme de Ockham (ou Occam), opunha-se ao 
pensamento de Aristóteles e, consequentemente de São Tomas 
de Aquino, para quem a natureza de um ser forçosamente 
exibia, relações com outros elementos do universo. 
GUILHERME DE OCKHAM 
GUILHERME DE OCKHAM E SUA INFLUÊNCIA 
NO DIREITO. 
Era adepto a doutrina nominalista, segundo a qual o indivíduo 
não ligado por natureza ao caráter universal do mundo. O 
indivíduo para os nominalistas, é apenas ele próprio, 
representado pelo seu nome. 
Frequentemente conhecido como a Lei da Parcimônia, pregava 
que a natureza era em si mesmo econômica. O homem deveria 
sempre imitar a natureza, buscando, em suas teorias, eliminar 
todos os conceitos supérfluos e adotar o caminho mais simples. 
NAVALHA DE OCKHAM 
No âmbito jurídico, o nominalismo orientaria a ciência do 
direito para o chamado positivismo 
Outro ponto positivo é a separação entre fé e religião. 
Corta as relações do 
indivíduos com o meio 
onde vive ! 
“ O CONHECIMENTO científico deve captar o que há de 
necessário nas coisas finitas” (Duns Scotus)” 
DUNS SCOTUS E SUAS CIRCUNSTÂNCIAS. 
Filósofo e teólogo escolástico inglês, Johannes Duns 
Scotus nasceu em 1266, em Maxion, condado de 
Rosburgh, na Escócia, e morreu em Colônia, na 
Alemanha, em 1308. Aos 15 anos ingressou na Ordem 
dos Franciscanos. Primeiro, estudou na Escócia, 
passando depois à Universidade de Oxford, na Inglaterra, 
e, posteriormente, a Paris, na França. 
Conhecido como "O Doutor Sutil", Duns Scotus acentua 
a separação entre fé e razão, sustentando que o objeto da 
teologia é Deus enquanto tal, e o da metafísica, o ser 
enquanto ser. A metafísica não pode conhecer Deus 
como Deus, mas apenas como ser, o qual não é uma 
forma vazia, mas realidade que inclui certas 
propriedades, como os modos, que são determinações 
intrínsecas possíveis, cujos primeiros tipos são "finito" e 
"infinito".. 
As intenções de Deus, está acima da inteligência do 
homem e não podem ser percebidas pela filosofia mais 
apenas pela fé. 
DUNS SCOTUS E SUA INFLUÊNCIA NO 
DIREITO 
Deus é a verdade absoluta, e aos homens cabe 
seguir a lei dos homens. 
As verdades da fé não poderiam ser compreendidas 
pela razão. 
A filosofia deveria começar a deixar de seguir a 
religião e ter autonomia.. 
ROGER BACON 
Educado nas universidades de Oxford 
e Paris, o franciscano Roger Bacon - 
que passou à história como Doctor 
Mirabilis (Doutor Admirável) - 
tornou-se mestre de Artes por volta 
de 1273, ensinando em Paris durante 
cerca de dez anos. 
Influenciado por Robert Grosseteste, 
Bacon acreditava e defendia que o 
estudo do grego e do hebraico são 
indispensáveis para se entender a 
Bíblia; que o estudo da matemática 
(incluindo a geometria, a astronomia 
e a astrologia) é, juntamente, com a 
experimentação, a chave de todas as 
ciências e útil na teologia; e que a 
filosofia pode servir à teologia, 
ajudando na conversão dos não-
crentes. 
Roger Bacon acreditava que, embora 
a Bíblia seja a base de todo o 
conhecimento humano, podemos pôr 
a razão a serviço do conhecimento. 
Ele não acreditava que um argumento 
racional pudesse fornecer qualquer 
prova convincente de algo, mas, sim, 
que, com a ajuda da razão, uma 
pessoa pode formular a respeito da 
natureza hipóteses que possam vir a 
ser confirmadas pela experiência.. 
Segundo Roger Bacon, um 
conhecimento que chega até nós por 
meio da razão poderá levar ao 
conhecimento do criador da natureza. 
Assim, todas as tentativas de 
conhecimento filosófico, científico e 
linguístico são válidas, em última 
análise, pelo serviço que podem 
prestar à teologia. 
TRANSIÇÃO DA 
IDADE MÉDIA PARA A 
MODERNIDADE 
O pensamento de São Tomás de Aquino permite uma revalorização 
máxima, dentro dos limites da perspectiva cristã, da capacidade racional 
humana. O ser humano é visto como capaz de decidir e realizar coisas 
boas, desde que agindo sob inspiração de sua razão. Seus atos racionais 
confirmam a fé, levando a Deus. 
O movimento filosófico cristão do século XIII 
pode ser visto como outro Renascimento,propiciando o ressurgimento de Aristóteles e 
sua filosofia, especialmente graças a São 
Tomás; 
Uma valorização ainda maior do ser humano, todavia, estava por 
se iniciar com a inauguração do pensamento moderno. Se podemos 
representar o pensamento antigo sob o prisma de três esferas 
(universo, natureza e cidade – cosmologia) e o pensamento cristão 
acrescentando uma quarta esfera (Deus – teologia), a filosofia 
moderna subverterá essa perspectiva, colocando o ser humano 
individual em seu ponto de partida. A esse fenômeno chamamos 
“antropologização” da filosofia. 
Filosofia no Cristianismo 
 
- os cristãos partem, por seu 
lado, de Deus; 
 
- o direito natural cristão 
derivará do direito divino; 
 
- para os cristão, o homem é 
uma criatura de Deus, devendo 
descobrir suas leis e viver 
conforme as mesmas; 
 
 
 
Filosofia Moderna 
 
- os pensadores modernos 
adotarão o indivíduo como 
cerne de suas reflexões; 
 
- o direito natural moderno 
derivará de outra natureza, a 
individual; 
 
- para os modernos, porém, o 
homem é um ser dotado de 
vontade, que deve construir 
sua sociedade para sair da 
natureza, respeitando os 
direitos dos demais, que 
derivam da mera essência 
humana de cada um. 
Filosofia Antiga 
 
- partem das leis universais para 
explicar a natureza e, então, 
delimitar o espaço do ser 
humano em suas cidades; 
 
- o direito natural antigo 
derivará da natureza (física); 
 
- o homem é um ser natural, 
dotado de um espaço próprio 
na natureza; 
 
 
Três movimentos somam-se na transformação do pensamento, permitindo 
um rompimento com a teologia cristã e a instauração de uma filosofia 
antropológica: Renascimento, Absolutismo e Iluminismo. 
A palavra renascimento indica o 
ressurgimento de algo que já 
existira. No caso dos movimentos 
que recebem esse nome, renasce a 
cultura clássica (grega e romana), 
por algumas razões considerada 
superior à cultura medieval, 
associada às trevas. 
Michelangelo: A criação de Adão. Capela Sistina 
Alguns movimentos no 
século XII recebem o nome 
de Renascimento: 
ressurgimento das cidades, 
do comércio e da cultura 
clássica. Relativamente a 
este último aspecto, 
destacamos as 
universidades, formadas no 
período, que retomam 
estudos científicos da 
antiguidade, entre os quais 
o estudo do direito romano; 
No século VIII, Carlos 
Magno busca restaurar o 
Império Romano, 
retomando valores da 
cultura clássica, 
implementando uma 
reforma educacional que 
leva à proliferação das 
escolas dos mosteiros e ao 
ressurgimento da arte 
romana; 
O Pré-Renascimento do século XIV, marcado pelas obras de Dante 
Alighieri e Boccaccio, retomando modelos artísticos latinos e 
concebendo a Antiguidade como uma civilização autônoma. 
Nos séculos XV e XVI o resgate da cultura antiga atinge seu ápice, 
considerando-se seus agentes não apenas seus reprodutores, mas 
verdadeiros continuadores de seus ideais. Esse é o último grande 
Renascimento e talvez aquele mais destacado pela história. É o 
momento de consagração de três ícones da arte mundial, Leonardo da 
Vinci, Rafael e Michelângelo e de expansão do movimento, inicialmente 
restrito à Itália, pela Europa. 
Michelangelo: visão parcial do teto da Capela Sistina 
Esse movimento leva a e reforça outro, chamado humanismo. Consiste na 
exaltação do ser humano enquanto indivíduo, desconectado de laços naturais ou 
transcendentais. O indivíduo não é visto como apenas mais um ser da natureza ou 
como mais uma das criaturas de Deus; agora, torna-se o único ser natural livre, 
capaz de alterar os condicionamentos da natureza, ou a mais perfeita criação 
divina, feita a sua imagem e semelhança. 
. 
. 
Há uma alteração fundamental na postura do ser humano em 
relação ao mundo e à natureza. 
- o indivíduo moderno, 
livre, espera construir esse 
espaço, modificando e 
aperfeiçoando a natureza. A 
grande ambição humana da 
modernidade é libertar-se 
dos determinismos naturais 
e não simplesmente 
construir um espaço que 
prolongue a natureza. 
 
- o cristão espera encontrá-
lo a partir da vontade divina 
- o homem antigo busca 
compreender as leis naturais 
para encontrar seu espaço, 
entrando em profunda 
harmonia com elas. 
Essa busca de controle pode ser detectada 
na disseminação do relógio, que modifica 
a visão das pessoas a respeito do tempo. 
O tempo da modernidade deixa de 
relacionar-se a divindades e a fenômenos 
naturais, como a alternância dia-noite, 
estações do ano, fases da lua. O tempo 
moderno esvazia-se, transformando-se na 
mera sucessão abstrata dos segundos, 
materializada nos ponteiros do relógio. 
Em si, deixa de ter qualquer significado. 
Porém, por outro lado, esse tempo 
desconectado pode ser controlado e 
manipulado pelos seres humanos, 
conforme sua vontade. 
Nicolau Maquiavel (1469-1527) costuma ser apontado como o responsável por trazer, 
pela primeira vez, essa fundamentação. Ao escrever seu célebre livro O Príncipe (ou 
“O Governante”), registra logo no início que toda sociedade possui homens que 
querem mandar e homens que não querem obedecer. Ora, se compararmos com 
Aristóteles, por exemplo, o fundamento do poder modificou-se completamente: para o 
filósofo grego, os homens nascem para mandar ou para obedecer. Note-se: o 
fundamento do poder está num fato natural, o mero nascimento; portanto, o poder 
deriva de uma causa natural. São Tomás escreve que Deus criou o ser humano para 
viver em sociedade e respeitar as autoridades. Aqui, o fundamento da política deriva de 
Deus. 
Ao afirmar que os homens querem mandar e não querem obedecer, 
Maquiavel funda o poder em atos voluntários humanos. A política 
passa a ser apenas a aquisição do poder e sua manutenção. O bom 
político não é aquele que realiza valores superiores como a Justiça ou 
o Bem Comum, mas aquele que mantém o poder em suas mãos por 
longo tempo. Para conquistar o poder e mantê-lo, todos os meios 
podem ser úteis e são justificáveis (os fins justificam os meios). 
Maquiavel desmascara a política e deixa claro seu objeto 
exclusivo: o poder. Um bom governante deve ter em mente que se 
deparará com homens que não querem obedecer. Conforme seus 
méritos, deverá convencê-los a obedecer. Esse convencimento 
pode dar-se pela prática de atos bons ou maus, conforme as 
circunstâncias. Se for necessário realizar obras públicas para 
convencer as pessoas à obediência, que sejam realizadas; se for 
necessário praticar atos de violência, que sejam praticados. 
Num sentido quase oposto, podemos citar Thomas Morus (1478-
1535), que escreve seu famoso livro Utopia, descrevendo uma ilha 
imaginária na qual predomina a igualdade entre os homens, a política 
é racional e não existe a propriedade privada. Note-se queu-topia, do 
grego, significa “sem-lugar”, ou seja, a ilha não possui um lugar no 
mundo real, apenas no imaginário. A obra de Morus transforma-se 
numa crítica ao contexto político da Inglaterra e do restante da Europa 
e a palavra dissemina-se como sinônimo de um novo mundo e de 
novas esperanças de construção de uma sociedade melhor. O ser 
humano, individual, pode aperfeiçoar sua sociedade, desde que assim 
o deseje e dê um lugar concreto para a ilha imaginária. 
Outro aspecto importante na transição para a modernidade é o 
rompimento da unidade cristã. Durante séculos a igreja católica 
monopolizou o imaginário cristão, determinando sua leitura da bíblia e 
seus dogmas a respeito de Deus. No contexto dos séculosXV e XVI 
surgem algumas contestações que abalam esse monopólio e culminam 
no surgimento de seitas cristãs não católicas. 
Copérnico (1473-1543), Johannes Kepler (1571-1630) e Galileu 
Galilei (1564-1642) desenvolvem teorias que fundamentam uma nova 
visão da disposição do sol e dos planetas, defendendo que a estrela solar 
está no centro do sistema, e os planetas orbitam em torno dela. Essa 
visão deslegitima a tese de que a Terra é a criação mais importante de 
Deus, pois trata-se apenas do terceiro planeta do sistema solar, de 
tamanho médio a pequeno. 
As repercussões dessas teses foram as mais diversas. O grande 
fundamento para as desigualdades sociais era religioso: Deus criara 
ordens na sociedade para serem ocupadas por diferentes tipos de 
homens: trabalhadores (servos), guerreiros (nobres) e religiosos 
(clérigos). O nascimento de uma pessoa em uma dessas ordens era 
escolha do Criador, determinando todos os aspectos da vida do 
indivíduo. Assim, as desigualdades e as injustiças terrenas derivam da 
vontade divina, não podendo ser questionadas pelos homens. Depois 
da vida terrena, Deus, que observava atentamente sua grande criação, 
recompensaria aqueles que aceitaram e cumpriram seus papéis. 
Por outro lado, a partir do momento em que a Terra é deslocada para uma zona 
periférica e insignificante do universo, não é possível defender a tese de que 
tenha sido uma criação especial de Deus. Trata-se apenas de mais um 
planeta, em nada diferente dos demais. Talvez as injustiças que ocorram em 
seu interior não derivem da vontade divina, que sequer prestaria sua atenção a 
planeta tão reles. Eclodem revoltas sociais. A Igreja passa a perseguir os 
adeptos do heliocentrismo.

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