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Odontologia – UFF/NF ANO 2015 Manual de PATOLOGIA ORAL - LÂMINAS Autor: Hebertt S. Chaves Discente do 3 período 1. Granuloma piogênico; 2. Lesão periférica de células gigantes 3. Fibroma ossificante periférico 4. Candidiase 5. Paracococidiomicose 6. Herpes 7. Papiloma 8. Actinomicose 9. Tuberculose 10. Sífilis 11. Nevo melanocitico adquirido 12. Nevo azul 13. Lipoma 14. Hemangioma 15. Linfagioma 16. Neurofibroma 17. Schanoma 18. Tumor de células granulares 19. Epúlide congênita 20. Líquen plano 21. Penfigoide 22. Pênfigo 23. Leucoplasia 24. Eritroplasia 25. Queilite actinica 26. Carcinoma de células escamosas 27. Carcinoma verrucoso 28. Sialodenite 29. Sialitiase 30. Síndrome de Sjogren 31. Fenômeno de extravasamento de muco 32. Cisto de retenção 33. Rânula 34. Adenoma pleomorfico 35. Carcinoma mucoepidermoide 36. Pulpite 37. Pulpite crônica hiperplásica 38. Granuloma periapical 39. Cisto radicular 40. Cisto palatino do recém-nascido 41. Cisto nasolabial 42. Cisto ducto nasopalatino 43. Cisto da papila incisiva 44. Cisto ducto tireoglosso 45. Cisto linfoepitelial cervical 46. Cisto linfoepitelial oral 47. Cisto dermoide 48. Cisto residual 49. Cisto dentígero 50. Cisto de erupção 51. Cisto gengival do recém- nascido 52. Cisto gengival do adulto 53. Cisto periodontal lateral 54. Ameloblastoma 55. Tumor odontogênico queratocistico 56. Odontoma 57. Mixoma odontogênico Hiperplasias reacionais do tecido conjuntivo Hiperplasia fibrosa; Granuloma piogênico; Lesão periférica de células gigantes; Fibroma ossificante periférico; 3 CHAVES, H. G. S. Hiperplasia fibrosa Características Produção excessiva de tecido conjuntivo – fibras colágenas; Epitélio estratificado pavimentoso podendo estar queratinizado ou não; Presença de lesão não encapsulada; Pode ou não existir a presença de infiltrado inflamatório crônico – presença de linfócitos; Localização Mucosa jugal Também encontrado na língua, gengiva e mucosa labial Etiologia: traumas 4 CHAVES, H. G. S. 5 CHAVES, H. G. S. Granuloma piogênico Características Pode existir ou não região ulcerada; Epitélio atrofiado; Alteração do tecido conjuntivo – presença de pequenos vasos sanguíneos; Fibras colágenas irregulares; Localização: gengiva Etiologia: irritação crônica física e/ou biofilme 6 CHAVES, H. G. S. 7 CHAVES, H. G. S. 8 CHAVES, H. G. S. 9 CHAVES, H. G. S. 10 CHAVES, H. G. S. 11 CHAVES, H. G. S. Lesão periférica de células gigantes Características Proliferação de células multinucleadas gigantes Epitélio normal; O tecido conjuntivo apresenta vasos sanguíneos e hemorragia; está causa uma coloração escura na lamina – liberação de hemosiderina; Localização: EXCLUSIVAMENTE na gengiva e rebordo alveolar – aonde tem ou já teve dente; Etiologia: irritação crônica – física e/ou biofilme 12 CHAVES, H. G. S. 13 CHAVES, H. G. S. Fibroma ossificante periférico Características Proliferação de fibras colágenas associadas à formação de material mineralizado; Localização: EXCLUSIVAMENTE na gengiva Etiologia: incerta 14 CHAVES, H. G. S. 15 CHAVES, H. G. S. 16 CHAVES, H. G. S. Infecções fúngicas Candidiase; Paracocodiomicose; 17 CHAVES, H. G. S. Candidiase Agente etiológico: Candida albicans Pode apresentar- se de seis formas clínicas : pseudomembranosa, eritematosa, queilite angular, estomatite protéica, crônica hiperplásica e mucocutânea; Localização: mucosa jugal, língua e palato; Características histopatológicas Presença de hifas; Hiperceratinização; Alongamento de projeções epiteliais; Pode observar um infiltrado inflamatório; 18 CHAVES, H. G. S. 19 CHAVES, H. G. S. 20 CHAVES, H. G. S. 21 CHAVES, H. G. S. Paracocodiomicose Agente etiológico: Paracocodioises brasilenses Características histopatológicas Presença de resposta inflamatória granulomatosa; Presença de leveduras; Epitélio apresenta hiperplasia pseudoepiteliomatosa; 22 CHAVES, H. G. S. 23 CHAVES, H. G. S. 24 CHAVES, H. G. S. Infecções virais Herpes; Papiloma; 25 CHAVES, H. G. S. Herpes Agente etiológico: HSV-1 e HSV-2 Características histopatológicas As células epiteliais apresentam acantólise e núcleo claro aumentado; Apresenta células de Tzank; Presença de vesícula intra epitelial 26 CHAVES, H. G. S. 27 CHAVES, H. G. S. 28 CHAVES, H. G. S. Papiloma Causado pelo HPV Características histopatológicas Presença de uma lesão branca – verrugas ( projeções digitiformes); 29 CHAVES, H. G. S. 30 CHAVES, H. G. S. 31 CHAVES, H. G. S. Infecções bacterianas Actinomicose; Tuberculose; Sífilis; 32 CHAVES, H. G. S. Actinomicose Agente etiológico: Actinomises israelli Características histopatológicas Apresenta tecido de granulação; Infiltrado inflamatório; Presença de células gigantes, pode haver presença de pus; 33 CHAVES, H. G. S. 34 CHAVES, H. G. S. Tuberculose Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis Características histopatológicas Formação de granuloma; Necrose caseosa; Se cora ao teste de Ziehl Nieels 35 CHAVES, H. G. S. Coloração Ziehl Nieels 36 CHAVES, H. G. S. 37 CHAVES, H. G. S. Sífilis Agente etiológico: Treponema pallidum Características clínicas 1ª fase: Presença de cancro duro; 2ª fase: erupções cutâneas; Características histopatológicas 1ª fase : epitélio ulcerado e infiltrado inflamatório crônico em volta do vaso; 2ª fase: epitélio ulcerado ou hiperplásico, presença de acantose , bem como placas brancas na boca; 3ª fase: inflamação crônica granulomatosa – concêntrica 38 CHAVES, H. G. S. Sífilis primária 39 CHAVES, H. G. S. Sífilis secundária 40 CHAVES, H. G. S. Neoplasias benignas Epiteliais : Nevo melanocítico adquirido/ intradérmico Nevo azul Mesenquimais Lipoma Hemangioma Linfagioma Neurofibroma Schanoma / Neurilema Tumor de células granulares Epúlide congênita 41 CHAVES, H. G. S. Nevo melanocítico adquirido / intradérmico Características histopatológicas Presença de células névicas = formam as tecas névicas ; Proliferação benigna e não encapsuladas de algumas células; 42 CHAVES, H. G. S. 43 CHAVES, H. G. S. Nevo azul Características histopatológicas Proliferação excessiva de células produtoras de melanina; Células epiteliais em forma epitelioíde; 44 CHAVES, H. G. S. 45 CHAVES, H. G. S. 46 CHAVES, H. G. S. 47 CHAVES, H. G. S. Lipoma Características histopatológicas Proliferação excessiva de adipócitos maduros Núcleo fusiforme; Proliferação de tecido conjuntivo; Tumor bem circunscrito; 48 CHAVES, H. G. S. 49 CHAVES, H. G. S. 50 CHAVES, H. G. S. Hemangioma Características histopatológicas Numerosas células endoteliais; Lúmen vascular geralmenteindistintos; 51 CHAVES, H. G. S. 52 CHAVES, H. G. S. Linfagioma Características histopatológicas Endotélio fino e vasos linfáticos dilatados; Presença de fluído proteináceo no interior dos vasos; Pode ter ou não a presença de hemorragia; 53 CHAVES, H. G. S. 54 CHAVES, H. G. S. Neurofibroma Características histopatológicas Proliferação de um tecido difuso não encapsulado; As células apresentam –se no formato alongado/estrelado; Presença de mastócitos; As células tumorais se coram de marrom devido a presença da proteína S-100; 55 CHAVES, H. G. S. 56 CHAVES, H. G. S. 57 CHAVES, H. G. S. 58 CHAVES, H. G. S. Schanoma Características histopatológicas É um tumor encapsulado; Apresenta-se em dois padrões Antoni A – padrão celular organizado Antoni B – padrão celular desorganizado 59 CHAVES, H. G. S. 60 CHAVES, H. G. S. Tumor de células granulares Características histopatológicas Presença de células poligonais; Lesão não encapsulada; Capacidade infiltrativa entre conjuntivo adjacente; Presença de acantose ou de hiperplasia pseudoepiteliomatosa; 61 CHAVES, H. G. S. 62 CHAVES, H. G. S. Epúlide congênita Características histopatológicas Presença de células arrendondadas – citoplasma eosinófilo; Epitélio não expressa hiperplásia, mas, apresenta atrofia nas cristas epiteliais; As células tumorais não se coram para a proteína S-100; 63 CHAVES, H. G. S. 64 CHAVES, H. G. S. Doenças dermatomucosas Líquen plano; Penfigóide; Pênfigo; 65 CHAVES, H. G. S. Líquen plano Características histopatológicas Pequenas projeções saindo do epitélio e indo ao tecido conjuntivo – “dente de serra”; Presença de infiltrado inflamatório em borda; Degeneração da camada basal; 66 CHAVES, H. G. S. 67 CHAVES, H. G. S. 68 CHAVES, H. G. S. 69 CHAVES, H. G. S. 70 CHAVES, H. G. S. Penfigóide Características histopatológicas Presença de fenda subepitelial; Presença de infiltrado inflamatório; 71 CHAVES, H. G. S. 72 CHAVES, H. G. S. 73 CHAVES, H. G. S. Pênfigo Características histopatológicas Presença de fenda intra-epitelial; Presença de células acantóliticas Presença de células de Tzank; Presença de células tumulares; 74 CHAVES, H. G. S. 75 CHAVES, H. G. S. 76 CHAVES, H. G. S. Lesões precursoras epiteliais As lesões deste grupo podem apresentar algumas diferenças, estas pode ser arquiteturais e citológicas. Arquiteturais Apresenta hiperplasia basal, bem como projeções epiteliais em forma de “gotas”; Citológicas Observa-se presença de mitoses atípicas, perolas de queratina e certa disqueratose – epitélio com coloração bem clara. 77 CHAVES, H. G. S. Epitélio normal CHAVES, H. G. S. 78 Displasia leve CHAVES, H. G. S. 79 Displasia moderada CHAVES, H. G. S. 80 Displasia grave CHAVES, H. G. S. 81 Carcinoma in situ 82 CHAVES, H. G. S. Características histopatológicas CHAVES, H. G. S. 83 Leucoplasia: Histopatologicamente iremos observar uma hiperqueratose, bem como uma hiperplasia. Eritroplasia: Histopatologicamente apresenta um epitélio atrófico, geralmente não queratinizado, bem como uma displasia acentuada. Queilite Actínica: Histopatologicamente iremos observar que o tecido conjuntivo apresenta uma cor arroxeada, sendo denominada de Elastose Solar; está é formando por fibras colágenas e elásticas. Leucoplasia CHAVES, H. G. S. 84 Eritroplasia CHAVES, H. G. S. 85 Queilite Actínica CHAVES, H. G. S. 86 Neoplasias malignas epiteliais Carcinoma de célula escamosas (CCE) pode ter sua origem a partir de lesões precursoras epiteliais – Leucoplasia, Eritroplasia ou Queilite Actínia, bem como a partir de uma nova lesões escamosas. A etiologia desta patologia por ser multifatorial irá apresentar alguns fatores que podem ajudar no desenvolvimento desta lesão. Esses fatores são os extrínsecos e os intrínsecos. Aqueles são representados pelo tábaco, pelo etilismo e por doenças virais e/ou bacterianas; já o fator intrínseco é representado pela desnutrição, anemia e deficiência de vitaminas. 87 CHAVES, H. G. S. Carcinoma de células escamosas CHAVES, H. G. S. 88 Acomete principalmente a Borda Lateral da Língua, assoalho de boca, lábio inferior (principal causa – radiação ultravioleta), palato mole, mucosa jugal, gengiva e palato duro; Clinicamente essa lesão pode ser classificada em exofítica – aumento de volume, verruciforme e endofítica; está é uma lesão destrutiva, invasiva e ulcerada. Carcinoma de células escamosas CHAVES, H. G. S. 89 Características histopatológicas Epitélio estratificado pavimento displásico; Presença de ilhas ou cordões invadindo o tecido conjuntivo. As células apresentam certo grau de pleomorfismo; Presença de pérolas de queratina no tecido conjuntivo; Em uma lâmina de carcinoma de células escamosas, pode-se observar ainda uma gradação ou diferenciação do epitélio, indo do bem diferenciado ao pouco diferenciado. CHAVES, H. G. S. 90 CHAVES, H. G. S. 91 CHAVES, H. G. S. 92 CHAVES, H. G. S. 93 CHAVES, H. G. S. 94 CHAVES, H. G. S. 95 Carcinoma verrucoso CHAVES, H. G. S. 96 É uma variante de baixo grau do CCE apresentam em sua superfície inúmeras verrugas, com intensa presença de queratina. Esse tumor tem uma característica exofítica, não tem tendência em sofrer metástases; Acomete principalmente Fundo de vestíbulo, gengiva, língua, palato e mucosa jugal. Características histopatológicas Epitélio estratificado pavimentoso hiperqueratizado com projeções papilares na superfície, cristas epiteliais que empurram o tecido conjuntivo, bem como células pleomorficas e acantolíticas, presença de pouca atípia celular. CHAVES, H. G. S. 97 CHAVES, H. G. S. 98 CHAVES, H. G. S. 99 CHAVES, H. G. S. 100 Sialonodenopatias As Sialodenopatias se caracterizam pelas doenças que afetam todo o conjunto de glândulas salivares. O funcionamento normal dessas glândulas pode ser afetado por processos infecciosos, inflamatórios, obstrutivos, alterações funcionais e tumorais. Os processos inflamatórios e ou infecciosos provocam o surgimento de lesões do tipo Sialodenite e Sialitiase. Doenças autoimunes provocam o surgimento de lesões como a Síndrome de Sjogren. As lesões reacionárias que acometem as glândulas salivares são: Fenômeno de extravasamento de muco e cisto de retenção, podendo observar-se clinicamente a Rânula. Os tumores que acometem as glândulas salivares são dois, o Adenoma pleomórfico e o carcinoma mucoepidermoide, respectivamente tumor benigno e tumor maligno que mais acometem a cavidade bucal. 101 CHAVES, H. G. S. Sialodenite CHAVES, H. G. S. 102 A inflamação que causa essa patologia pode ser tanto aguda quanto crônica. Clinicamente iremos observar a diminuição do fluxo salivar, região edemaciada (quando a inflamação for aguda) com dor. Acometem principalmente as glândulas parótidas, provocando um levantamento do lóbulo da orelha, apresenta sintomas inespecíficos. A sialografia exibe sialectasia (dilatação ductal) próxima à área de obstrução – observa-se uma região em formade “lingüiça”. Sialodenite CHAVES, H. G. S. 103 Características histopatológicas Presença de infiltrado inflamatório agudo (presença de neutrófilos) e crônico (linfoplasmocitário) focal ou difuso; nota-se ainda a atrofia dos ductos acinosos, podendo observar ainda uma dilatação dos ductos, caracterizando, assim, um quadro de sialectasia; Nota-se ainda a presença de fibrose intersticial – área eosinofilica. Sialitose/Sialitiase CHAVES, H. G. S. 104 É uma patologia causada por uma obstrução dos ductos, formando calcificações dentro do sistema ductal. Essas calcificações ocorrem devido a deposição de cálcio e de fosfato nos ductos Dedris; Acomete principalmente as glândulas submandibulares; Características histopatológicas Histopatologicamente iremos observar fragmentos calcificados (macroscopicamente apresenta coloração amarelada, aspecto duro, semelhante ao osso) em formado concêntrico envolvidos ou não pelo ducto glandular ectásico, nota-se ainda a presença de inflamação periductal, essa pode ajudar no aparecimento de uma metaplasia escamosa – as células mudam a forma. CHAVES, H. G. S. 105 CHAVES, H. G. S. 106 Síndrome de Sjogren CHAVES, H. G. S. 107 É uma doença autoimune que leva a inflamação das glândulas salivares e lacrimares; A síndrome de Sjogren pode ser classificada de duas formas, a forma primaria e a forma secundária. A primária também é conhecida como síndrome seca, que é uma doença que envolve apenas a destruição destas glândulas salivares e lacrimais, normalmente a destruição globular é bem maior na primária que na secundária. Já o padrão secundário é quando observa-se uma alteração nas glândulas associados com outras doenças sistêmicas do tecido conjuntivo, como exemplo, temos o Lupus eritematoso. Síndrome de Sjogren CHAVES, H. G. S. 108 Características clínicas os pacientes apresentam um quadro de xerostomia e xeroftalmia, diminuição do fluxo salivar, mucosa descamativa e halitose; tem uma predileção pelo sexo feminino acima de 40 anos. Características histopatológicas Histopatologicamente iremos observar um infiltrado inflamatório linfocitário focal, presença de sialectasia, bem como um infiltrado inflamatório gorduroso presente no parênquima glandular, Substituição dos acinos pelo infiltrado mononuclear fibroso. CHAVES, H. G. S. 109 CHAVES, H. G. S. 110 CHAVES, H. G. S. 111 A Mucocele é uma patologia que acomete as glândulas salivares, entretanto, está apresenta um subtipo, mais conhecido como Rânula. Histopatologicamente a Mucocele pode ser observada na forma de cisto de retenção de muco ou na forma de fenômeno de extravasamento de muco; neste observamos um movimento dos ductos salivares seja ela maior ou menor, já no cisto de retenção temos a obliteração dos ductos o que provoca uma dilatação dos mesmos, originando, assim, um processo inflamatório; O nome Rânula é um termo clínico aplicado para a Mucocele, mas que são específicos para o assoalho de boca, normalmente é lateral a linha média devido à presença da glândula sublingual nesta região. Fenômeno extravasamento de muco CHAVES, H. G. S. 112 É originado através de trauma local; é uma lesão que tem predileção por crianças e jovens adultos; Características histopatológicas Presença de extravasamento de mucina (amorfo e basofílico) circundada por tecido de granulação; Nota-se ainda a presença de macrófagos espumosos (tentam fazer a fagocitose, por isso, ficam desse tamanho) – histiócitos,; Presença de uma Sialodenite crônica que obstrui as glândulas salivares adjacentes CHAVES, H. G. S. 113 CHAVES, H. G. S. 114 Cisto de retenção de muco CHAVES, H. G. S. 115 Características histopatológicas Mucina extravasada circundada por epitélio ductal; esse epitélio pode ser semelhante ao ducto – cuboidal ou colunar achatado ou pode sofrer um processo de metaplasia, causado por uma inflamação; Devido à ausência de tecido de granulação pode-se perceber menor quantidade de macrófagos espumosos; essa menor quantidade pode ser associada também à presença do epitélio em volta do ducto. Adenoma pleomórfico CHAVES, H. G. S. 116 Recebe esse nome por que apresenta várias características para um mesmo tumor, podendo apresentar alterações em células dos ductos, em células mioepiteliais – células que envolvem os acinos responsáveis pela contração e ajudam na expulsão da saliva produzida; Tem maior predileção pelas glândulas parótidas e submandibulares, bem como pelas glândulas salivares menores. Clinicamente é observado como um nódulo firme, indolor, de crescimento lento e de aspecto liso. Acomete principalmente palato, lábio superior e mucosa jugal. Adenoma pleomórfico CHAVES, H. G. S. 117 Características histopatológicas Histopatologicamente iremos observar um tumor heterogêneo – em menor aumento podemos observar áreas com diversos espectros, áreas com coloração clara, regiões basofílicas e eosinofilicas; essas características são formadas pelas células ductais (estruturas císticas) e mioepiteliais (proliferam no tumor). Essas apresentam algumas formas, podendo ser fusiformes, epitelioides (lembram os ceratinócitos) ou plasmocitóides (lembram os plasmócitos, tem núcleo deslocado para a periferia - formato de “carroça”). Carcinoma mucoepidermoide CHAVES, H. G. S. 118 Características histopatológicas Histopatologicamente iremos observar células produtoras de muco, bem como a presença de células escamosas – células do ducto que sofrem uma diferenciação escamosa (semelhante às células mucosas). Nota-se ainda a presença de células intermediarias que podem ser basalóides (achatadas) ou ovóides com citoplasma escasso, encontramos ainda estruturas ductais – envolvidas por células produtoras de muco. CHAVES, H. G. S. 119 CHAVES, H. G. S. 120 Patologia da cárie, da polpa e do periapice Dentro da dentina podemos encontrar uma área calcificada (material orgânico basofílico) que é denominada de cálculo pulpar, estes podem ser formados em resposta a algum estimulo microbiano, como também a doenças sistêmicas. Esse calculo pulpar pode ser único ou pode ser múltiplos. Em determinado momento a polpa já começou a responder que a cárie vai chegar à polpa; o estimulo microbiano leva a uma inflamação da polpa, quando está inflamada iremos observar o surgimento de uma Pulpite. 121 CHAVES, H. G. S. CHAVES, H. G. S. 122 Clinicamente a Pulpite pode ser dividida em Pulpite reversível (dor rápida e de curta duração) e Pulpite irreversível (Dor aguda e muitas vezes pulsátil); aquela denota um grau de inflamação pulpar no qual o tecido é capaz de retornar a um estado normal de saúde, caso os estímulos nocivos sejam retirados, enquanto, este apresenta uma inflamação mais crônica no qual a polpa dentária sofreu um dano além das possibilidades de recuperação. Caso especial CHAVES, H. G. S. 123 Pulpite Crônica Hiperplásica acomete principalmente molares decíduos de crianças e os molares permanentes dos adultos, isso ocorre devido ao amplo tamanho das câmaras pulpares; Histopatologicamente iremos observar um epitélio queratinizado ou não (este se forma devido à descamação de outra região da cavidade oral), bem como a presença de tecido de granulação (assemelha-se ao granuloma piogênico). CHAVES, H. G. S. 124 As lesões periapicais são basicamente duaso Granuloma periapical e o cisto radicular. O Granuloma Periapical (resposta do periapice) acontece em resposta ao estimulo microbiano, e nada mais é que uma proliferação de tecido de granulação. Histopatologicamente além da observação da intensa proliferação do tecido de granulação podemos observar ainda a presença de cristais de colesterol . CHAVES, H. G. S. 125 Cisto radicular CHAVES, H. G. S. 126 O Cisto Radicular é uma lesão formada pelo acúmulo de restos epiteliais de Malassez no osso alveolar, estes restos epiteliais começam a se proliferar; à medida que ocorre essa proliferação, nota –se o surgimento de um nódulo. Os cistos periapicais são caracterizados por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso que é revestida por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado ou não com lúmen contendo líquido ou restos celulares. Cistos não odontogênicos Cisto nada mais que uma cavidade revestida por epitélio, preenchido por um liquido ou semi-sólido (queratina), aquela é envolta por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso, está pode apresentar células sanguíneas, bem como células inflamatórias. Os cistos não odontogênicos são cistos de desenvolvido e por que não são odontogênicos? Por que não derivam do epitélio odontogênico.. os cistos não odontogênicos mais importantes são os cistos palatino do recém nascido, cisto nasolabial, cisto ducto nasopalatino (é o mais comum dos cistos), cisto da papila incisiva (é uma derivação do cisto ducto nasopalatino), cisto ducto tireoglosso ou branquial, cisto linfoepitelial cervical e oral e cisto dermoide. 127 CHAVES, H. G. S. Cisto palatino do recém nascido CHAVES, H. G. S. 128 É um cisto de tecido mole e pode ser dividido em Pérolas de Epstein e Nódulo de Bohn. Acredita-se que as pérolas de Epstein sejam formadas pelo encontro dos processos palatinos, com posterior fusão da linha média, formando, assim, o palato secundário, contudo durante esse processo pequenas ilhas epiteliais podem ficar aprisionadas em baixo da superfície tecidual, localizadas principalmente na rafe palatina mediana. Já os nódulos de Bohn podem ser originados a partir dos remanescentes epiteliais das glândulas salivares menores do palato. Estes nódulos estão localizados entre o limite do palato duro e palato mole Histopatologicamente iremos observar um cisto revestido de epitélio estratificado pavimentoso com descamação de queratina no lúmen. CHAVES, H. G. S. 129 Cisto nasolabial CHAVES, H. G. S. 130 É um cisto de tecido mole e sua etiologia pode se dar através de duas teorias, a primeira é de que remanescentes epiteliais (é a teoria mais aceita) fiquem presos ao longo da linha de fusão dos processos nasais laterais e medianos; esses cistos se localizam bem próximo da “asa do nariz” causando uma elevação do lábio do lábio superior, já a outra teoria diz que esses cistos são formados pela deposição ectópica (o epitélio é de outra região) do epitélio do ducto nasolacrimal – estrutura embrionária. Clinicamente tem uma predileção por adultos entre a 4 e 5 década de vida, nota-se um aumento do lábio superior lateral a linha média; é uma lesão de fundo de vestíbulo, por isso, o aumento do lábio, podendo causar ainda uma elevação da “asa do nariz”. CHAVES, H. G. S. 131 Histopatologicamente iremos observar um epitélio colunar pseudoestratificado – podendo exibir células caliciformes e ciliadas, isso se deve devido à localização do cisto, dependendo do corte histológico pode-se observar áreas epiteliais cúbicas com metaplasia escamosa; percebe-se ainda a presença de um cisto com tecido muscular adjacente. Cisto ducto nasopalatino CHAVES, H. G. S. 132 É um cisto intra-ósseo e pode originar-se dos remanescentes epiteliais do ducto nasopalatino – estrutura embrionária que comunica a cavidade nasal e oral na região de canal incisivo. Radiograficamente iremos notar regiões radiolucidas podendo em alguns casos observar cistos arredondados ou ovóides (formato de pêra invertida ou coração) entre as raízes dos incisivos centrais superiores – localiza-se na papila incisiva. Histopatologicamente iremos observar um revestimento epitelial diversificado, como, por exemplo, epitélio estratificado pavimentoso, epitélio colunar pseudoestratificado, epitélio colunar simples e epitélio cúbico simples. CHAVES, H. G. S. 133 CHAVES, H. G. S. 134 Caso especial CHAVES, H. G. S. 135 Cisto da papila incisiva é uma variação do cisto ducto nasopalatino que acomete principalmente os tecidos moles, tem a mesma localização do Cisto ducto nasopalatino – papila incisiva. A histopatologia é a mesma do cisto ducto nasopalatino, apresentando uma coloração azulada, isso se deve à presença de liquido na luz do cisto. Cisto ducto tireoglosso CHAVES, H. G. S. 136 Esse cisto localize-se na linha media do pescoço, ou aonde existir o ducto. Clinicamente aparece entre as 2 primeiras décadas de vida, é uma tumefação mole e indolor, localizando-se na linha media do pescoço abaixo ou acima do osso híode. CHAVES, H. G. S. 137 Histopatologicamente nota-se um epitélio estratificado pavimentoso colunar ciliado ou não, na cápsula fibrosa iremos observar a presença do tecido tireoidiano – folículo tireoidiano (característico dessa lesão) NÃO CONFUDIR COM LIPOMA, glândulas seromucosas – localizadas no mento e tecido linfóide. Cisto linfoepitelial cervical CHAVES, H. G. S. 138 É um cisto que se desenvolve na região lateral do pescoço. Apresenta uma etiologia incerta, contudo, há duas teorias que tentam explicar a sua origem, a primeira é conhecida como clássica e é a mais aceita, está diz que o cisto desenvolve-se a partir de remanescentes das fendas branquiais, pelo fato de nessa região ocorrer à fusão dos arcos faríngeos. A segunda teoria diz que o cisto desenvolve-se a partir de degeneração cística do epitélio da glândula parótida que se aprisionou nos linfonodos epiteliais superiores. Clinicamente acomete adultos entre a 2 e 4 década de vida, apresenta-se como uma massa mole, flutuante,os principais fatores predisponentes são traumas e infecções. CHAVES, H. G. S. 139 Histopatologicamente iremos observar um epitélio estratificado queratinizado ou não, a cápsula apresenta-se com presença de tecido linfóide, podendo apresentar ou não agregado linfóide (característica exclusiva dessa lesão). Cisto linfoepitelial oral CHAVES, H. G. S. 140 É um cisto que se desenvolve dentro do tecido linfóide oral – este é encontrado na faringe e na cavidade oral; nesta iremos observar duas coisas, o anel de Waldeyer e o agregado linfóide. Histopatologicamente iremos observar um epitélio estratificado pavimentoso paraqueratinizado revestindo a cavidade cística, bem como a presença de queratina na lúmen do cisto. A parece cística apresenta tecido linfóide, podendo apresentar ou não centros germinativos. Cisto dermoide CHAVES, H. G. S. 141 É uma lesão incomum de desenvolvimento, pode-se dizer que é uma forma frustrada de teratoma (apresenta apenas dois folhetos embrionários), pois, apresenta revestimento de epitélio semelhante à epiderme – apresenta os três folhetos embrionários, sendo que na parede observa-se anexos cutâneos. O cisto dermoide faz diagnostico diferencial com a Rânula, contudo está localiza-se no assoalho bucal lateral a linha média, enquanto o cisto localiza-se exatamente na linha média do assoalhobucal. CHAVES, H. G. S. 142 Histopatologicamente iremos observar a presença de um epitélio estratificado pavimentoso ortoqueratinizado, com uma pequena camada granulosa, pode-se observar ainda queratina no interior da cavidade cística, essa contem glândulas sebáceas e folículos pilosos. Cisto odontogênicos Qual a diferença entre cistos odontogênicos e cistos não odontogênicos com relação à origem? O tipo de célula. Nos cistos odontogênicos as células serão de origem do epitélio odontogênico. Como um cisto é formado? É necessário ter um aprisionamento de células epiteliais em determinado momento. O cisto inflamatório ocorre quando há um estímulo para as células epiteliais serem aprisionadas até formar o cisto; já o cisto de desenvolvimento ocorre quando não há origem inflamatória e é ocasionado por algum escape de células epiteliais na hora da odontogênese até formar o cisto. Os cistos odontogênicos terão origem dos restos epiteliais de Malassez e principalmente com o epitélio relacionado à odontogênese. O que pode gerar a formação de cistos? Algo que seja capaz de estimular a proliferação do epitélio que ficou aprisionado ou em função de um trauma. 143 CHAVES, H. G. S. CHAVES, H. G. S. 144 Os cistos odontogênicos de origem inflamatória são: Cisto periapical ou radicular, cisto residual e cisto paradentário. Os cistos odontogênicos de desenvolvimento são: cisto dentígero, cisto de erupção, cisto gengival do recém nascido, cisto gengival do adulto e cisto periodontal lateral. Cisto radicular ou periapical CHAVES, H. G. S. 145 Causa – Inflamação na polpa causada por cárie, Há dente, imagem radiolúcida envolvendo periápice do dente não vital, Histologicamente – Luz do cisto revestida por epitelial e cápsula de tecido conjuntivo com fibrina e cristais de colesterol (indica que é um cisto de origem inflamatória), macrófagos espumosos (assim como na Mucocele), inflamação na cápsula. Obs.: Cisto residual: Não há dente, pouca inflamação, sem dor, epitélio fino. Cisto paradentário: Quando há metade do dente erupcionado e metade dentro do osso, isso faz com que seja uma porta de entrada para várias bactérias devido parte de a gengiva encobrir o dente. Devido à presença de área infecciona a higienização se torna difícil, acumula bactéria e causa a pericoronarite. O cisto paradentário (lesão óssea) é originário da pericoronarite (inflamação ao redor da coroa). CHAVES, H. G. S. 146 CHAVES, H. G. S. 147 Cisto dentígero CHAVES, H. G. S. 148 Origem: Acúmulo de líquido entre epitélio reduzido do órgão do esmalte e a coroa do dente (em determinado momento na formação do dente); Características clínicas: Vai aparecer basicamente em dente incluso (3º molar inferior, canino superior, pré molar inferior, 3º molar superior); Encontra-se exatamente na junção amelo-cementária; Área radiolúcida envolvendo coroa do dente Características histológicas: Cápsula fibrosa revestida por epitélio de 2 a 3 camadas celulares, Epitélio estratificado escamoso não queratinizado – que envolve o cisto, interface entre epitélio e conjuntivo é plana (sem projeções), epitélio com poucas camadas, tecido conjuntivo sem inflamação (pode haver inflamação, quando isso ocorre, para dar o diagnóstico deverá juntar sempre característica clínica radiográfica e histológica). CHAVES, H. G. S. 149 CHAVES, H. G. S. 150 CHAVES, H. G. S. 151 Cisto de erupção CHAVES, H. G. S. 152 Lesão extraóssea; Envolve a coroa do dente; Origem: epitélio reduzido do órgão do esmalte; Também chamado de Hematoma de erupção, quando este associado a trauma – apresenta coloração arroxeada; Acometem os primeiros molares permanentes e dentes decíduos superiores e inferiores; Impede a erupção do dente; Características histológicas: Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, lâmina própria (células inflamatórias) e epitélio de superfície; Epitélio com projeções Remanescentes do epitélio odontogênico CHAVES, H. G. S. 153 CHAVES, H. G. S. 154 Cisto gengival do recém nascido CHAVES, H. G. S. 155 Origem: Lâmina dentária que quando se fragmenta da origem a restos de Serres; Acomete 50% dos recém nascidos; Corresponde a múltiplas pápulas brancas no rebordo alveolar principalmente da maxila; Características histopatológicas: Formas redondas ou ovais, delgado epitélio pavimentoso estratificado paraqueratinizado, epitélio de revestimento fino e cavidade cística com queratina descamada; Diagnóstico diferencial: Cistos palatinos de desenvolvimento (Nódulos de Bohn – Lateralmente em palato duro e mole; e Pérolas de Epstein – Rafe palatina) Sem características radiográficas CHAVES, H. G. S. 156 Cisto gengival do adulto e Cisto periodontal lateral CHAVES, H. G. S. 157 Origem: Restos da lâmina dental (Restos de Serres); Características histopatológicas: Espessamento epitelial para o lúmen (placas), Células claras (com glicogênio dentro) e Epitélio escamoso estratificado podendo ter ou não células cúbicas; Cisto gengival do adulto CHAVES, H. G. S. 158 Extraósseo; Tecido mole; Prevalência: Pré molar e canino inferior; Indivíduos acima de 50 anos; Normalmente é assintomático; Lesões pequenas de até 1 cm; Atinge mucosa alveolar ou gengiva vestibular; Pode ter uma leve radiolucidez, mas normalmente é sem alteração radiográfica por ser de tecido mole; Características histopatológicas: epitélio estratificado escamoso fino ou cuboide, espessamento epitelial para o lúmen, células claras de glicogênio no epitélio de revestimento. CHAVES, H. G. S. 159 CHAVES, H. G. S. 160 Cisto periodontal lateral CHAVES, H. G. S. 161 Intraósseo; Tecido duro; Prevalência: Incisivo lateral, canino e pré molar inferior; Indivíduos acima de 50 anos; Lateralmente a raiz dos dentes; Imagem radiolúcida entre a raiz dos dentes de prevalência; Cisto odontogênico botrióide (variante multilocular – cisto um pouco mais agressivo com lesões um pouco maiores - do cisto periodontal lateral); Características histopatológicas: epitélio estratificado escamoso fino ou cuboide, espessamento epitelial para o lúmen, células claras de glicogênio no epitélio de revestimento. CHAVES, H. G. S. 162 Tumores odontogênicos Os tumores odontogênicos seguem a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) proposta em 2005. Os tumores podem ser classificados em dois tipos, sendo eles: tumores odontogênicos malignos de origem epitelial, sendo chamados de carcinomas e os tumores odontogênicos malignos de origem mesenquimal que são chamados de sarcomas. Os tumores benignos podem ser classificados quanto a três tipos, sendo eles: tumores odontogênicos benignos de origem epitelial sem presença de ectomesênquima, tumores odontogênicos benignos de origem epitelial com a presença de ectomesênquima e tumores odontogênicos benignos de origem mesenquimal. 163 CHAVES, H. G. S. CHAVES, H. G. S. 164 Os tumores benignos derivados do epitélio odontogênico podem ser de 2 tipos, sendo eles o ameloblastoma e o tumor odontogênico queratocistico. Ameloblastoma CHAVES, H. G. S. 165 Atinge adultos jovens, entre a 3ª e a 7ª década de vida, não apresenta predileção por sexo, acomete principalmente a mandíbula, algo em torno de 85%, é assintomático, apresentando apenas um aumentode volume, contudo, este é aumento é de crescimento lento. Radiograficamente pode-se observar uma lesão radiolúcida multilocular, com aspecto radiográfico semelhante a “bolhas de sabão” ou “favos de mel”. Nota-se também uma expansão da cortical, podendo se observar reabsorção de raízes ou dente incluso associado. Se a reabsorção, pode - se afirmar que está lesão apresenta um grande potencial de agressão. O ameloblastoma pode ser subdividido em 5 prognósticos, sendo eles: folicular, plexiforme, acantomatoso, de células granulares e de células basais ou basaloídes, entretanto os dois primeiros são mais “importantes” didaticamente para a avaliação. CHAVES, H. G. S. 166 O prognostico folicular apresenta ninhos de epitélio que lembram o epitélio reduzido do órgão do esmalte, mergulhados em um tecido conjuntivo fibroso maduro. Células da periferia cilíndricas com polarização invertida (uma célula do lado da outra sendo que os núcleos dessas células estão perto do retículo estrelado) que lembram ameloblastos e dentro do ninho iremos observar uma formação semelhante ao retículo estrelado do órgão do esmalte. O prognostico plexiforme apresenta cordões ou placas de células epiteliais anastomosados, distribuídos em um estroma frouxo. O prognostico acantomatoso apresenta ilhas epiteliais exibindo metaplasia escamosa (as células do centro do ninho que era semelhante ao retículo estrelado do órgão do esmalte sofrem uma metaplasia (transformação) e ficarão parecidas com o epitélio escamoso de revestimento) em seu interior, por vezes com formação de queratina. O prognostico de células granulares forma por vezes também ninhos, mas, as células epiteliais exibem citoplasma amplo com granulações de revestimento. Já o prognostico de células basais iremos observar a formação de ninhos ou cordões de células basaloídes sem a presença de organização semelhante ao retículo estrelado. CHAVES, H. G. S. 167 O ameloblastoma intra ósseo unicístico apresenta um prognostico “menos” pior se comparado ao ameloblastoma multicístico. É observado entre a 2ª e a 3ª década de vida, acomete principalmente a mandíbula, algo em torno de 90%, é assintomático, unilocular, podendo ou não estar associado ao terceiro molar incluso. Histopatologicamente o ameloblastoma apresenta uma semelhança com um cisto, por isso, o diagnóstico serve como parâmetro diferencial paras os cistos odontogênicos. O ameloblastoma de uma forma geral ira apresentar uma cápsula revestida por um epitélio com a luz da cavidade; o epitélio varia entre o intraluminal e o mural, o epitélio daquele invade o lúmen, enquanto, o epitélio desse invade a cápsula. CHAVES, H. G. S. 168 CHAVES, H. G. S. 169 Tumor odontogênico queratocistíco CHAVES, H. G. S. 170 O tumor odontogênico queratocístico até o ano de 2005 era caracterizado como sendo um cisto, entretanto, a partir da nova classificação da OMS, aquele passou a ser enquadrado como sendo um tumor, essa nova classificação levou em conta a sua capacidade de agressão, tendo em visto que este é localmente invasivo e infiltrativo podendo causar pequenas mutilações quando diagnosticado tardiamente, além dessas características em pesquisa recentes foi descoberto que pacientes que apresentam essas lesões possuem uma mutação em um gene, motivo pelo qual ajudou na alocação desse no setor de tumor. Clinicamente podemos observar que o tumor odontogênico queratocisto tem predileção por mandíbula, principalmente a região de 3 molar, bem como pelo ramo da mandíbula, quando em maxila acomete principalmente os dentes 3 molar e canino. Pode – se observar um aumento na região, bem como uma expansão do osso, pode estar associado a dentes inclusos. No dia a dia da clinica, pode – se fazer a punção desse cisto, observando após a “extração” um liquido de cor meio amarelada, semelhante a uma margarina, este liquido representa a queratina. Tumor odontogênico queratocistíco CHAVES, H. G. S. 171 É importante ficar atento a analises radiográficas para não confundir o tumor odontogênico queratocisto como cisto dentigero, por que este envolve a junção amelocementária. E nos cistos periapicais não é observada vitalidade pulpar no dente afetado. Histopatologicamente iremos observar uma cápsula cística revestida por epitélio pavimentoso estratificado paraqueratinizado de aspecto corrugado e interface plana com o tecido conjuntivo; nota-se ainda uma espessura uniforme, bem como a presença de células da camada basal em forma paliçada. Em alguns locais pode – se notar que o epitélio se separa do conjuntivo ( para ficar mais fácil lembrar de pênfigo e penfigoide), podemos notar a presença de cistos satélites ( a presença desses dificulta o diagnostico), em alguns casos (raros) pode – se observar certa reabsorção óssea. CHAVES, H. G. S. 172 CHAVES, H. G. S. 173 CHAVES, H. G. S. 174 Para efeito de estudo didático os tumores benignos derivados do epitélio odontogênico com a presença de ectomesênquima que serão estudados será apenas o Odontoma. Odontoma CHAVES, H. G. S. 175 É o tumor odontogênico mais observado na vivencia clinica. Este tumor é subdivido em dois tipos, sendo eles, o composto e o complexo. Aquele aparece principalmente em região anterior em maxila; nota – se a presença de estruturas semelhantes ao dente (dentículos), já este aparece principalmente em região posterior em mandíbula e maxila; pode – se observar a presença de uma massa calcificada. Em relação ao prognostico, não observa – se diferenças. Clinicamente observa – se que atinge principalmente jovens entre a 1ª e 2ª década de vida, acomete principalmente a maxila, quando se trata do subtipo composto, observa – se predileção pela região anterior, enquanto, que quando se tratar do subtipo complexo, nota – se uma predileção pela região posterior, principalmente a de molares. Histopatologicamente iremos perceber a presença de matriz de esmalte, dentina e polpa em quantidades e distribuições anormais. (raramente se vê esmalte, pois este geralmente é perdido durante o processamento), bem com a presença de algumas formações que podem lembrar germes dentários em formação. CHAVES, H. G. S. 176 CHAVES, H. G. S. 177 CHAVES, H. G. S. 178 Para efeito de estudo didático os tumores benignos do ectomesênquima com ou sem presença de epitélio odontogênico que serão estudados será apenas o Mixoma odontogênico. Mixoma odontogênico CHAVES, H. G. S. 179 Mixoma odontogênico é uma lesão que não apresenta epitélio odontogênico. É mais frequente em adultos jovens, é uma lesão radiolucida uni ou multilocular (apresenta aspectos em forma de degraus de escada). Acomete principalmente a mandíbula, pode apresentar ou não crescimento rápido. Apresenta uma grande possibilidade de ocorrer recidivas, quando o crescimento é lento e continuo, iremos observar expansões corticais. Histopatologicamente iremos observar células fusiformes, arrendondadas ou estreladas, bem como um estroma mixoide frouxo. Em alguns casos pode – se observar grande quantidade de fibras colágenas, sendo a lesão denominada de fibromixona. O diagnostico é feito através de exames histológicos. Macroscopicamente podemos observar a presença de um tecido mole, gelatinoso, que se assemelha à carne de peixe. A lesão deve ser retirada cirurgicamente. CHAVES, H. G. S. 180 CHAVES, H. G. S. 181 CHAVES, H. G. S. 182 Referências bibliográficas CHAVES, H. G. S. 183 NEVILLE, B.W.;ALLEN,C.M.; DAMM,D.D.;et al.Patologia: Oral & Maxilofacial. 2ª Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004; PATRONIERI,A. T. Tendências de incidência do câncer das vias aéreas e digestivas superiores segundo 18 registros de câncer de base populacional com destaque ao município de São Paulo: 1969 – 1999. São Paulo, s.n., 62 + anexos p. mapas, tab, graf., 2006. http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com.br; Imagens de sala – aula de patologia oral – 2015; http://estomatologia1.rssing.com/chan-34018909/latest.php; Manual de patologia bucal – UERJ,;Fábio Ramôa Pires eTeresa Cristina Ribeiro Bartholomeu dos Santos; http://anatpat.unicamp.br/neupimportal.html
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