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IDENTIFICAÇÃO E TRATAMENTO DE PCRs Prof. Matheus Mendonça FTC - 2016 OBJETIVOS DA AULA Identificar as duas vias clínicas que levam a PCR: hipóxia/asfixia vs PCR súbita Identificar as duas vias clínicas que levam a insuficiência cardiopulmonar em crianças: IRA vs choque Enumerar as possíveis causas reversíveis de PCR (Hs e Ts) Tratar uma criança conforme descrito no Algoritmo de PCR em Pediatria VISÃO GERAL PCR em crianças vs PCR em adultos PCR hipóxica vs PCR súbita Taxas de sobrevida à PCR Intra-hospitalar (33%) vs Extra-hospitalar (6-8%) Chocável (25-34%) vs Não-chocável (7-24%) PCR HIPÓXICA - RESULTADO FINAL DE INSUF RESPIRATÓRIA PROGRESSIVA OU CHOQUE, QUE PODEM SER REVERTIDOS QUANDO IDENTIFICADOS LOGO. SE EVOLUEM PARA PCR, → PROGNÓSTICO RUIM PCR SÚBITA → DECORRENTE DE ARRITMIA VENTRICULAR. 5-15% DOS CASOS. RITMO CHOCÁVEL EM 14% DAS PCRS PEDIATRICAS SE A FV/TV SE DESENVOLVE COMO RITMO SECUNDÁRIO A UMA RESSUSCITAÇÃO → SOBREVIDA MENOR (11%) DEFINIÇÃO Cessação da circulação sanguínea em consequência da ausência ou ineficácia da atividade mecânica cardíaca. Não responde, não respira ou apresenta gasping, não há pulso detectável VIAS PARA A PCR PCR hipóxica ou por asfixia Insuficiência respiratória progressiva ou choque → hipóxia tecidual e acidose PCR súbita Cardiomiopatia hipertrófica Coronária anômala QT longo/outras canalopatias Miocardite Intoxicação farmacológica Commotio cordis VIAS PARA PCR Insuficiência Respiratória Choque Hipotensivo Insuficiência Cardiopulmonar Arritmia Ventricular Súbita Parada Hipóxica PCR Súbita IDENTIFICAR E INTERVIR Parar a progressão para PCR CAUSAS DA PCR Idade, saúde prévia, local do evento SMSL Trauma CAUSAS DA PCR Insuficiência Respiratória inclusive Obstrução de VAS Obstrução de VAI Distúrbios de controle respiratório Doença do tecido pulmonar Hipotensão inclusive Choque hipovolêmico Choque cardiogênico Choque distributivo Hipotensão inclusive Choque hipovolêmico Choque cardiogênico Choque distributivo Metabólica/eletrólitos Toxicológico Insuficiência Respiratória inclusive Obstrução de VAS Obstrução de VAI Distúrbios de controle respiratório Doença do tecido pulmonar SMSL Arritmia Trauma, afogamento Arritmia PARADA CARDÍACA RESPIRATÓRIO CHOQUE SÚBITO RESPIRATÓRIO CHOQUE SÚBITO IDENTIFICAR E INTERVIR Hs e Ts CAUSAS DA PCR Hs Ts Hipovolemia Tensão do tórax (pneumotórax) Hipóxia Tamponamento (cardíaco) Hidrogênio, Íon (acidose) Toxinas Hipoglicemia Trombose pulmonar Hipo-/Hipercalemia Trombose coronariana Hiportermia INSUFICIÊNCIA CARDIOPULMONAR Combinação de insuficiência respiratória e choque (normalmente hipotensivo) Oxigenação, ventilação e perfusão tecidual inadequadas Apresentação clínica: cianose, gasping (ou respiração irregular), bradicardia AVALIAÇÃO DA INSUFIC. CARDIOPULMONAR A - Vias aéreas (Airway) B - Respiração (Breath) C - Circulação (Circulation) D - Disfunção (Disfunction) E - Exposição (Exposure) IDENTIFICAR E INTERVIR Insuficiência Respiratória e Choque IDENTIFICAÇÃO DE PCR Sinais de PCR Incapacidade de responder Sem respiração ou apenas com gasping Sem pulso (avaliar por 10s) Sem pulso ou dúvida? INICIAR RCP RITMOS DE PARADA Chocáveis FV TV sem pulso Torsades de pointes Não Chocáveis Assistolia Atividade elétrica sem pulso (AESP) NÃO CHOCÁVEIS - ASSISTOLIA NÃO CHOCÁVEIS - AESP CHOCÁVEIS - FV CHOCÁVEIS - TV SEM PULSO TRATAMENTO DA PCR ALGORITMO DE PCR EM PEDIATRIA SBV - RCP DE ALTA QUALIDADE Comprimir com força: ⅓ diâmetro AP do tórax (4cm bebês, 5cm crianças) Comprimir com rapidez: mínimo de 100 compressões/min (30:2 com um socorrista, 15:2 com dois socorristas) Permitir o retorno total do tórax após cada compressão Minimizar interrupções nas compressões Evitar ventilação excessiva A-B-C vs C-A-B ABC VS CAB 30% DAS VÍTIMAS RECEBEM RCP ADMINISTRADA POR PESSOA PRESENTE NO LOCAL. PRINCIPAL OBSTÁCULO É ABERTURA DE VIA AÉREA E ADMINISTRAÇÃO DE VENTILAÇÃO. ENSINAR COMPRESSÕES É MAIS FÁCIL QUE ENSINAR VENTILAÇÃO COMPRESSÕES NÃO EXIGEM EQUIPAMENTO MAIORIA DAS VÍTIMAS DE PCR-S SÃO ADULTOS, QUE SE BENEFICIAM DAS COMPRESSÕES ATRASA APENAS 18S OU MENOS C-A-B UNIFORME É MAIS FÁCIL DE APRENDER, LEMBRAR E EXECUTAR DESFIBRILAÇÃO Reorganização do ritmo cardíaco Ritmos chocáveis: FV e TV sem pulso Administrar compressões até o desfibrilador estar carregado. Retomar compressões imediatamente após o choque. COMPRESSÕES APÓS O CHOQUE SÃO NECESSÁRIAS PARA MANTER O FLUXO SANGUÍNEO PARA O CORAÇÃO E O CÉREBRO ATÉ QUE A CONTRATILIDADE CARDÍACA RETORNE. NÃO HÁ EVIDÊNCIAS DE QUE A EXECUÇÃO DE COMPRESSÕES TORÁCICAS EM CRIANÇA COM ATIVIDADE CARDÍACA ESPONTÂNEA SEJA NOCIVA. SAVP EM PCRs Meta imediata: RCE (ritmo cardíaco espontâneo) → ritmo cardíaco organizado no monitor + pulsos centrais palpáveis. SAVP compreende: SBV Avaliação do ritmo Acesso vascular Desfibrilação Tratamento medicamentoso Manejo de via aérea avançada Ritmo chocável? DESFIBRILAÇÃO Peso/Idade Carga de energia do DEA >25 kg (>8 anos) DEA adulto convencional, com sistemas pás-cabos adulto < 25 kg (>1 ano e < 8 anos) DEA com carga atenuada, se disponível DEA com sistema adulto, se não houver atenuador de carga pediátrico disponível < 1 ano Desfibrilador manual, se disponível DEA com atenuador de carga pediátrico, se não houver desfibrilador manual disponível DEA com sistema adulto, se nenhum dos dois acima estiver disponível DESFIBRILADOR MANUAL Carga inicial: 2J/kg Segunda carga: 4J/kg Cargas subsequentes: mínimo 4J/kg - máximo 10J/kg (ou carga adulta máxima) RCP CONTINUA! ACESSO VASCULAR Intravenoso Intraósseo Endotraqueal RCP CONTINUA! IV → PREFERENCIAL, SE CONSEGUIDO RAPIDAMENTE IO → MAIS RÁPIDO DE SE CONSEGUIR SE NÃO HOUVER IV. 30-60S. PREFERÍVEL SOBRE ET. QUALQUER MEDICAÇÃO QUE PODE SER ADMINISTRADA VIA IV, PODE SER VIA IO. ET → ABSORÇÃO ERRÁTICA, DOSES ELEVADAS, SEM GARANTIAS. ADMINISTRAR MEDICAÇÕES EM BOLUS, SEM INTERROMPER COMPRESSÕES. LAVAGEM DE 5ML DE SF PARA TRANSFERIR PARA CIRCULAÇÃO. MEDICAMENTOS Vasopressores Epinefrina Vasopressina Antiarrítmicos Amiodarona Lidocaína MgSO4 Outros Atropina Cálcio Bicarbonato de sódio EPINEFRINA (VASOPRESSOR) Via IV/IO: Bolus de 0,01 mg/kg (0,1 ml/kg de solução 1:10000) Via ET: Bolus de 0,1 mg/kg (0,1 ml/kg de solução 1:1000) Repetir a cada 3-5 minutos (a cada dois ciclos de RCP) RCP CONTINUA! RCP CONTINUA! VIA AÉREA AVANÇADA Benefício? Uma vez inserida, compressões contínuas: 100 compressões/minuto + 6-8 ventilações/minuto MEDICAÇÕES ANTIARRÍTMICAS Medicamento Dose Amiodarona Bolus IV/IO de 5 mg/kg (dose única máxima de 300 mg); pode ser repetido o bolus IV/IO de 5 mg/kg até a dose total de 15 mg/kg (2,2 g em adolescentes) IV por 24 horas Lidocaína 1 mg/kg IV/IO Magnésio 25-50 mg/kg IV/IO, dose máxima de 2 g RESUMO Ritmo não chocável? RESUMO CIRCUNSTÂNCIAS ESPECIAIS PCR DEVIDA A TRAUMA Principal causa de mortalidade mortalidade Sobrevida muito baixa C-A-B Hipóxia por obstrução de VA ou lesão traqueobrônquica Lesão das estruturas vitais Lesão cerebral grave com colapso cardiovascular Lesão cervical superior em medula espinhal Redução do débito ou AESP por pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco ou hemorragia maciça PCR DEVIDA A AFOGAMENTO Restringir movimento da coluna se suspeita de lesãopor mergulho Reaquecer se hipotermia (RCP prolongada) Aspiração de VA C-A-B PCR DEVIDA A ANAFILAXIA RCP → Fluidos → Epinefrina Coração saudável → boas chances de recuperação C-A-B PCR ASSOCIADA A ENVENENAMENTO Cardiotoxicidade direta Depressão respiratória Coração saudável → boas chances de recuperação Considerar SVEC (se disponível) C-A-B PCR POR HIPERTENSÃO PULMONAR SAVP Corrigir hipercarbia Manter pré-carga Manter medicações em uso (óxido nítrico ou prostaciclina) Considerar óxido nítrico inalatório ou prostaciclina, caso não estejam em uso SVEC pode ser útil, se instituido cedo. QUESTÕES ÉTICAS E SOCIAIS Presença da família Encerramento dos esforços Ordens de”Não ressucitação” ou “Permitir morte natural” PRESENÇA DA FAMÍLIA: LUTO MENOS ANSIEDADE MENOS DEPRESSÃO ESFORÇO DA EQUIPE eNCERRAMENTO: NÃO HÁ FATORES DE PREVISÃO INFLUENCIADO PELA CAUSA DA PCR. RECURSOS DISPONIVEIS, LOCAL DA TENTATIVA PROLOGAR EM CASOS DE FV/TV RECORRENTE OU REFRATÁRIA, TOXICIDADE FARMACOLÓGICA, HIPOTERMIA PRIMÁRIA (AFOGAMENTO EM ÁGUA GELADA) NÃO RESSUSCITAR PERMITIR FLUIDOS, MEDICAÇÕES E O2 → CONFORTO DO PACIENTE REFERÊNCIA American Heart Association. Suporte Avançado de Vida em Pediatria Manual do Profissional. 2012 OBRIGADO
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