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AV1 CASOS ADM II

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SEMANA 01:
Caso Concreto 
(OAB-FGV) José, enquanto caminhava pela rua, sofre graves sequelas físicas ao ser atingido por um choque elétrico oriundo de uma rede de transmissão de uma empresa privada que presta serviço de distribuição de energia elétrica. Na ação judicial movida por José, não ficou constatada nenhuma falha no sistema que teria causado o choque, tampouco se verificou a culpa por parte do funcionário responsável pela manutenção dessa rede elétrica local. No entanto, restou comprovado que o choque, realmente, foi produzido pela rede elétrica da empresa de distribuição de energia, conforme relatado no processo. 
Diante do caso em questão, discorra sobre a possível responsabilização da empresa privada que presta serviço de distribuição de energia elétrica, bem como um possível direito de regresso contra o funcionário responsável pela manutenção da rede elétrica. 
 
R: A empresa responderá de forma objetiva pelos danos causados a Jose na forma do art. 37, § 6º da CF, no que tange ao direito de regresso é extremamente necessário à comprovação do dolo ou culpa do funcionário, fato esse que não ocorreu no caso em tela.
 
Questão Objetiva
 
(OAB/Exame Unificado-2010.3) Um policial militar, de nome Norberto, no dia de folga, quando estava na frente da sua casa, de bermuda e sem camisa, discute com um transeunte e acaba desferindo tiros de uma arma antiga, que seu avô lhe dera. Com base no relatado acima, é correto afirmar que o Estado 
(C) não será responsabilizado, pois Norberto, apesar de ser agente público, não atuou nessa qualidade; sua conduta não pode, pois, ser imputada ao ente público.
SEMANA 02:
Caso Concreto 
 
            (OAB-FGV) No curso de uma inundação e do aumento elevado das águas dos rios em determinada cidade no interior do Brasil, em razão do expressivo aumento do índice pluviométrico em apenas dois dias de chuvas torrenciais, o Poder Público municipal ocupou durante o período de 10 (dez) dias a propriedade de uma fazenda particular com o objetivo de instalar, de forma provisória, a sede da Prefeitura, do Fórum e da Delegacia de Polícia, que foram completamente inundadas pelas chuvas. 
Diante da hipótese acima narrada, identifique e explicite o instituto de direito administrativo de que se utilizou o Poder Público municipal, indicando a respectiva base legal. 
R: O instituto utilizado pelo poder público foi a ocupação temporária na forma do art. 5º, XXV da CF, consistente no apossamento de bem privado para uso temporário com dever de restituição no mais breve espaço de tempo, e eventual pagamento de indenização pelos danos produzidos.
 
Questão Objetiva
 
(OAB/FGV ) Com relação à requisição administrativa, analise as afirmativas a seguir.
III.  Será a indenização sempre a posteriori, caso seja devida.
 (B) se somente a afirmativa III estiver correta.
SEMANA 03:
Caso Concreto 
 
            (OAB/FGV) O Município de Rio Fundo, informando de que o prédio em que se localizava a escola pública estadual local – prédio antigo, e de importante significado histórico para aquela comunidade – seria objeto de demolição para que ali se construísse um depósito de mercadorias do Estado, deflagra o procedimento destinado ao tombamento do bem. Concluídas as providências atinentes ao tombamento, o Governo do Estado ingressa com mandado de segurança objetivando a declaração da ilegalidade do tombamento, invocando em seu favor: 1º) ausência de competência legislativa do Município para dispor sobre a matéria de tombamento; e 2º) a impossibilidade jurídica de Município empreender a tombamento de bem estadual, por aplicação analógica do art. 2º, § 2º, do DL 3.365/1941. Analise os argumentos da impetração, manifestando-se pela concessão ou denegação da segurança.
 
R: não assiste razão ao governo estadual no que tange a competência para instituir tombamento, uma vez que o art. 30, IX da CF, consagra a competência local em favor dos municípios, sendo assim, deverá o judiciário denegar o MS ajuizado pelo governo do estado. No que tange a alegação do estado em relação a observância do principio da hierarquia, não deverá prosperar, isto porque tal principio não se aplica ao tombamento pois tal modalidade de intervenção do estado na propriedade privada não determina a perda dessa última, apenas restringe o uso.
 
Questão Objetiva
 
(OAB/FGV) No que concerne à intervenção do Estado sobre a propriedade privada, é correto afirmar que
 (B) as limitações administrativas constituem medidas previstas em lei com fundamento no poder de polícia do Estado, gerando para os proprietários obrigações positivas ou negativas, com o fim de condicionar o exercício do direito de propriedade ao bem-estar social.
SEMANA 04:
Caso Concreto 
 
      
    (OAB-CESPE) O Poder Público municipal, por meio de decreto, desapropriou imóvel de Paulo e Maria, para implantar, no local, um posto de assistência médica. A expropriação foi amigável, tendo sido o bem devidamente integrado ao patrimônio público municipal. Não obstante a motivação prevista no ato expropriatório, que era a de utilidade pública, o município alterou a destinação atribuída ao bem para edificar, no local, uma escola pública.
Nessa situação hipotética, ocorreu tredestinação ilícita? Paulo e Maria têm direito à retrocessão? Fundamente suas respostas, mencionando a definição do instituto da retrocessão e sua(s) hipótese(s) de cabimento.
No caso em tela não ocorreu a predestinação ilícita, pois o poder público apesar de ter dado destinação diversa ao bem desapropriado, manteve o interesse público. A retrocessão, instituto previsto no art. 519 do CC, prevê o direito de preferência do antigo proprietário em reaver o bem quando o poder público der destinação ao bem que não atenda o interessa público. No caso em questão não cabe a retrocessão, uma vez que a destinação dada ao imóvel atendeu ao interesse público.
 
 
Questão Objetiva
 
(OAB-FGV-) Assinale a alternativa correta.
(A) Segundo jurisprudência dos Tribunais Superiores, a imissão provisória do Poder Público no bem, em procedimento expropriatório, na desapropriação por utilidade pública, é inconstitucional à luz da Constituição Federal de 1988.
(B) As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização. No entanto, caso o imóvel não esteja cumprindo sua função social, poderá o Poder Público Municipal, após a aplicação de outras medidas previstas na Constituição Federal, desapropriar o imóvel com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão prévia, aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até 10 anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
(C) O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para os fins de reforma agrária, autoriza desde já ao Município propor a ação de desapropriação.
(D) Segundo comando constitucional, nos casos de "desapropriação confisco", as terras desapropriadas devem integrar, de forma permanente, o patrimônio do ente federativo expropriante, que deverá utilizá-las para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos.
(E) A declaração expropriatória, nas desapropriações por utilidade pública, é o marco para a indenização das benfeitorias necessárias. Essas serão indenizadas se realizadas até a data da publicação da declaração.
SEMANA 05:
Caso Concreto 
 
(OAB-FGV) Para viabilizar a pesquisa botânica de alunos da rede pública, o Prefeito municipal iniciou a desapropriação de certa área florestal em perímetro urbano, alegando urgência. Baseando-se no contido no § 1o, do art. 15 do Decreto-Lei 3.365/41, requereu à Administração a imissão provisória na posse do bem, oferecendo como depósito valor encontrado em avaliação prévia administrativa muito inferior ao valor venal do imóvel, uma vez que este, por ter sido tombado pelo Poder Público Federal, sofrera significativa desvalorização. Sabendo-se que atualmente é notória a indisponibilidade de recursos para satisfaçãode dívidas pelos entes públicos, os quais protraem no tempo a quitação de suas obrigações, como você opinaria o pedido de imissão provisória na posse do bem? 
R: para que o magistrado garanta o pagamento prévio, justo e em dinheiro na desapropriação, é necessário que observe os requisitos previstos no art. 15 do decreto lei 3365/41, desta forma, o magistrado deverá determinar a citação do proprietário e ainda determinar o valor venal do imóvel, sem que seja necessária uma avaliação previa. Art. 15, § 1º, alínea “c” e “d”, decreto 3365/41.
 
 
Questão Objetiva
 
No que se refere ao instituto da desapropriação, assinale a opção incorreta.
(A) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios possuem competência concorrente para legislar sobre desapropriação.
(B) Ao Poder Judiciário é vedado, no processo da desapropriação, discutir sobre eventual desvio de finalidade do administrador ou sobre a existência dos motivos que o administrador tenha considerado como de utilidade pública.
(C) A União pode desapropriar bens dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mas os bens da União não são expropriáveis.
(D) O Estado-membro tem competência para desapropriar bens de uma autarquia ou de uma empresa pública municipal.
 
SEMANA 06:
Caso Concreto
 
(OAB-FGV) Um latifundiário teve parte de sua propriedade rural, por ele não utilizada, declarada de utilidade pública, com o propósito de desapropriação. Publicado o decreto expropriatório, a União depositou o valor cadastral do imóvel para fins de lançamento de imposto territorial rural, cujo valor fora atualizado no ano anterior, e pediu, independentemente da citação do réu, imissão provisória na posse. Deferida a imissão, pretendeu a União registro da terra em seu nome.
Em face dessa situação hipotética, responda as seguintes indagações:
a) São devidos, ao expropriado, juros compensatórios?
R: SIM, é cabível a incidência dos juros compensatórios para compensar a perda antecipada do imóvel que deverá ser computados a partir da emissão. Súmula 69 do STJ e 164 do STF.
b) O poder público deve intentar a ação expropriatória no prazo de até dois anos, contados da expedição do decreto expropriatório?
R: sim, na forma do art. 3º da lei 4133/62 da lei complementar.
c) O depósito do valor cadastral do imóvel, para fins de lançamento de imposto territorial rural, é insuficiente para permitir a imissão provisória na posse?
R: o deposito realizado com base no valor cadastral do imóvel, desde que atualizado no ano anterior é suficiente para permitir a emissão na posse, conforme permissão no art. 15, § 1º, alínea “c” do decreto 3365/41. 
d) Uma vez que, incorporados à fazenda pública, os bens expropriados não podem ser objeto de reivindicação?
 R: segundo o art. 35 do decreto 3365/41, uma vez incorporado o bem a fazenda pública, não é possível ao antigo proprietário revindicar a propriedade. Qualquer prejuízo será resolvido em perdas e danos.
 
Questão Objetiva
(OAB/Exame Unificado) Acerca da desapropriação e dos juros moratórios e compensatórios incidentes sobre ela, assinale a opção correta.
(A) É irrelevante o fato de o imóvel ser ou não produtivo para a fixação dos juros com pensatórios na desapropriação, pois estes são devidos em razão da perda antecipada da posse, que implica a diminuição da garantia da prévia indenização estipulada na Constituição Federal.
(B) Em ação expropriatória. os juros compensatórios devem ser fixados à luz do principio da retroatividade. ou seja, deve ser aplicado o índice vigente ao tempo da sentença que julga a desapropriação.
(C) Os juros moratórios. seja na desapropriação direta, seja na indireta, contam-se desde a imissão na posse.
(D) Na atualidade, a taxa de juros compensatórios aplicável às desapropriações é de 6% ao ano.
SEMANA 07:
Caso Concreto
(OAB-CESPE) O imóvel de Maria foi desapropriado para nele se construir uma escola. Passados 5 anos da efetiva transferência da propriedade, o referido imóvel foi cedido a uma borracharia. Diante disso, Maria pretende reaver o imóvel.
Considerando-se esse caso hipotético, qual o instituto que autoriza o retorno do imóvel à Maria, o prazo de sua utilização e a natureza jurídica e qual o termo inicial do prazo prescricional?
 
R: o instituto que autoriza o retorno do imóvel a Maria é a retrocessão prevista no art. 519 do CC. O STF atualmente entende que a natureza jurídica de retrocessão é direito pessoal, e o prazo para reivindicação do bem é de 5 anos na forma do dec. 20.910/32. Porém o STF não vem permitindo tal instituto em virtude da previsão contida no art. 35 do dec. Lei 3365/41, que dispõe que uma vez incorporado o bem a fazenda pública, este não poderá ser objeto de revindicação. 
 
Questão Objetiva
 
(OAB/FGV) Acerca da desapropriação, assinale a opção correta:
 
A) Desapropriação indireta é o fato administrativo por meio do qual o estado se apropria de bem particular, sem a observância dos requisitos da declaração e da indenização prévia.

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