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Petição Relaxamento da prisão em flagrante, José Alves prova penal OAB

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ALUNO: CAIO CÉSAR CÂMARA, DIREITO, 8º SEMESTRE.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA **** VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ****
JOSÉ ALVES, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua ****, com Documento de Registro Geral sob o numero **** e Cadastro De Pessoa Física de número ****, com endereço de E-mail ****, representado pelo membro da Defensoria Pública do Estado de ****, com OAB de numero **** registrada no estado de (do) **** e escritório no endereço ****, vem a esta subscrever, dispensando o mandato na forma do artigo 16, parágrafo único, da Lei n. 1.060/50 combinado com o artigo 128 e paragrafo XI da Lei Complementar n. 80/94 e o artigo 134 da Constituição Federal, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, requerer o
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE,
 com fulcro no art. 5º, LXVI, da Constituição Federal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
No dia 10 de março de 2011, o Requerente foi preso em flagrante pela suposta prática do delito do artigo 306 da Lei 9.503/97 combinado com o art. 2º, II, do Decreto 6.488/08. A medida coercitiva foi fundada em prova produzida contra a pretensão do requerente. 
No Auto de Prisão em Flagrante consta negativa do direito subjetivo de entrevistar-se com seus advogados e familiares, e o delegado de polícia deixou de comunicar o fato ao juízo competente, tampouco à Defensoria Pública, desrespeitando o Art. 5º parágrafo LXII da Constituição Federal.
II – DO DIREITO
Trata-se de flagrante ilegal, devendo ser imediatamente relaxado.
A violação à do fato ao tipo penal do art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro é indispensável a realização de exame, no caso teste de alcoolemia em aparelho de ar alveolar, para se aferir se a concentração de álcool descrita no tipo penal fora ou não alcançada, sendo uma prova que depende da vontade do agente para sua criação. Como, no caso presente, o requerente foi compelido a produzir prova contra sua vontade, à prisão em flagrante é inquestionavelmente nula, por derivar de prova ilícita, contrariando o principio de não produzir provas contra si mesmo, resguardado em nossa Constituição no artigo 5º, incisos LXIII e LVI, da CF, conforme transcrição abaixo:
“LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;”
“LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;” 
Ressalta-se também, a prisão é igualmente ilegal em razão de negativa do direito do preso de entrevistar-se com seu advogado e familiares, direito subjetivo seu, importando em incomunicabilidade. Nosso Código de Processo Penal prevê o tema da incomunicabilidade do preso no artigo 21, todavia, o entendimento majoritário da doutrina e jurisprudência dispensa essa regra legal mencionada, pois a Constituição Federal veda expressamente a incomunicabilidade do preso em casos de Estado de Sítio e de Defesa, conforme seu artigo 136, parágrafo 3º, inciso IV, sendo desarrazoado qualquer razão propensa a permitir em situações de normalidade.
A ilegalidade também é evidente em outro aspecto. No caso, a autoridade coatora deixou de comunicar acerca da prisão ao juiz e à Defensoria Pública, em desacerto com o arigo. 5º, LXII, da Constituição Federal e artigo 306 do Código de Processo Penal, a seguir transcritos:
“Art. 5º, LXII, CF: “a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados, imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.”
“Art. 306.  A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.”
Desse modo, por não ter a prisão em flagrante se estribado nos termos da Constituição Federal e do Código de Processo Penal, a prisão deve ser imediatamente relaxada por implicar a medida coercitiva de vício de ilegalidade.
III – DO PEDIDO
Perante o exposto, requer que seja deferido o presente pedido de relaxamento da prisão em flagrante imposta ao Requerente, expedindo-se o competente alvará de soltura em seu favor.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data
__________
Defensor Público

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