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Relatório 1- Carboidratos

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REAÇÕES EM CARBOIDRATOS
Eduardo Santos
Matheus Spagiari
Ricardo Cavalheiro
Departamento de Ciências dos Alimentos, Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av Bento Gonçalves nº 9500, CEP 91540-000,
Porto Alegre-RS, Brasil.
Porto Alegre, 16 de Agosto de 2013.
________________________________________________________________________________________________
Objetivo
Este trabalho tem por objetivo verificar a hidrólise ácida de um polissacarídeo e quantificar açúcares redutores utilizando uma reação de coloração.
________________________________________________________________________________________________
 Introdução
�
O amido é um polissacarídeo com cerca de 1.400 resíduos de glicose. Funciona como substância de reserva para muitas plantas, entre as quais a mais conhecida é a batata. O amido é produzido em grande quantidade nas folhas dos vegetais como forma de armazenar temporariamente os produtos da fotossíntese. Como reserva permanente de alimento para a planta, o amido ocorre nas sementes, bem como na medula, nos raios medulares e no córtex de caules e raizes de plantas perenes e outras. O amido constitui de 50% a 65% do peso das sementes de cereais secos, e até 80% da substância seca dos tubérculos. 
O amido ocorre em grânulos (ou grãos) que têm estrias típicas. Estas, aliadas ao tamanho e à forma dos grânulos, são mais ou menos específicas de cada espécie de planta, e podem servir de meio de identificação microscópica da origem botânica do amido. 
 O amido é um homopolisacarídeo não-redutor formado basicamente por moléculas de glicose unidas por ligações α-1,4 (amilose e amilopectina) e α-1,6 (amilopectina). Entre as peculiaridades deste polissacarídeo, está à diferença entre as estruturas que o formam, a amilose além de possuir estrutura linear, é mais hidrossolúvel que a amilopectina, a qual apresenta estrutura altamente ramificada, tornando-se capaz a separação destes componentes após aquecimento.
O amido é altamente empregado no ramo industrial para o tratamento de varicela, fonte de glicose, preparação de colas, preparação de gomas utilizadas em lavanderia e fabricação de papel e tecidos, xaropes e adoçantes, fabricação de heptamido, álcool etílico e para a liberação de fármacos.
Desta forma, quando uma solução de amido é tratada com ácido à quente, ocorrem sucessivas hidrólises até que suas moléculas sejam transformadas totalmente em glicose. Durante esse processo, são encontrados como produtos intermediários dextrinas e oligossacarídeos.
Para comprovação da hidrólise ácida do amido, utiliza-se como teste a mudança de coloração da solução durante o processo. Sendo utilizado como reagente a solução de Ácido 3,5-Dinitrosalicílico, conhecido como método DNS para determinação de açucares redutores (glicose). 
Procedimento Experimental
Materiais e Reagentes
Solução Padrão de Amido 1% (1g/100 mL)
Solução Padrão de Glicose 0,2% (2mg/mL)
Solução de DNS (3,5-dinitrosalicilato)
Ácido clorídrico concentrado (capela)
Tubos de ensaio
Pipetas graduada
Banho-maria
Espectrofotômetro UV-Vis
Hidrólise do Amido
Colocou-se 10 mL de solução padrão de amido em um tubo de ensaio e levou-se ao banho-maria fervente, deixando por 5 minutos; após adicionou-se ao tubo, 0,4 mL de ácido clorídrico concentrado (na capela) e misturou-se rapidamente. Retira-se uma alíquota de 0,2 mL para um tubo de ensaio para o teste de açúcares redutores. Este é o tempo zero da reação. O tubo voltou ao banho fervente. O procedimento de retirada de alíquotas do tubo de ensaio deve ser feito nos tempos 5, 10, 20 e 40 minutos. Sempre que os tempos forem completados, deve ser retirada uma alíquota de 0,2 mL e recolocar no banho-maria o tubo de ensaio. 
Realizar o teste de açúcares redutores em cada uma das alíquotas coletadas, conforme o teste de açúcares redutores.
Teste de Açúcares Redutores
Em cada tubo com 0,2 mL da amostra (5 tubos) adicionou-se 1,3 mL de água destilada e 1,0 mL de reativo DNS. Aqueceu-se em banho-maria fervente por 5 minutos, após resfriado, adicionou-se 7,5 mL de água destilada. Ler em espectrofotômetro a 540 nm.
Calculou-se a concentração de açúcar em cada caso utilizando a equação da curva padrão, conforme a curva padrão de glicose.
Curva Padrão de Glicose
Organizaram-se cinco tubos de ensaio e identificou-se; e consequentemente adicionou-se os reagentes conforme a tabela 1.
Tabela 1: Curva padrão de glicose
	TUBO
	SOLUÇÃO PADRÃO
	ÁGUA DESTILADA
	Branco
	-
	1,5 mL
	1
	0,2 mL
	1,3 mL
	2
	0,5 mL
	1,0 mL
	3
	0,8 mL
	0,7mL
	4
	1,0 mL
	0,5 mL
Adicionou-se 1,0 mL do reativo DNS em cada tubo sob aquecimento em banho-maria fervente por 5 minutos. Resfriaram-se os tubos e adicionou-se 7,5 mL de água destilada em cada tubo.
Ler a 540 nm e anotar os resultados dos valores das absorbâncias e posteriormente construir graficamente a curva padrão e determinar a equação da reta.
Resultados
Os resultados obtidos da curva padrão de glicose estão descritos a seguir na tabela 2.
Tabela 2: Absorbâncias da curva padrão
	TUBO
	Abs (540 nm)
	Branco
	-
	1
	0,254
	2
	0,465
	3
	0,731
	4
	0,965
 
Com esses respectivos valores o gráfico de absorbância x massa de glicose pode ser feito.
Gráfico 1: curva padrão de glicose
Com a criação da curva padrão podemos calcular o valor de massa obtido na etapa 2.2.1, para o amido, visto que a reação de quebra do amido é a conversão em unidades de glicose, com isso, a obtenção da massa de glicose pode ser via equação da reta, construída na etapa 2.2.3.
A tabela 3 demonstra os valores de absorbância e massa para a hidrólise do amido em decorrência do tempo de aquecimento.
Tabela 3: Hidrólise do amido em função do 
tempo
	Tempo (min)
	0
	5
	10
	20
	40
	Abs (540 nm)
	0,011
	0,140
	0,267
	0,313
	0,617
	mg de açúcar redutor
	0,027
	0,254
	0,530
	0,630
	1,291
Consequentemente podemos construir o gráfico de mg de glicose x tempo de hidrólise.
Gráfico 2: mg de glicose x tempo de hidrólise
O amido é decomposto por reações de hidrólise em carboidratos menores, nesse caso a glicose, entretanto um fator interferente nessa reação é a energia de ativação necessária para que ocorra a hidrólise. Essa energia pode ser ultrapassada por duas vias, uma das quais é a utilização de enzimas como as do grupo amilase, ou por via de ingestão de energia, por aquecimento. 
No caso do experimento utilizamos o fornecimento de calor, para que essas ligações pudessem ser quebradas e consequentemente ocorresse a formação de moléculas de glicose, entretanto um fator observado e importante para o acompanhamento da reação e o tempo e o quanto de calor fornecido ao meio, onde no experimento foi utilizada somente uma temperatura para todo o tempo de reação, e quatro tempos de aquecimento para averiguar a taxa de formação de glicose.
Foi comprovado que com o aumento do tempo de reação, a massa de glicose aumenta no meio, pois a maior quebra das ligações α dos compostos e formação de glicose, entretanto essa taxa só poderá ser adquirida, com um tempo de processo alto, para que todo o calor fornecido possa ser utilizado para que consiga obter a energia necessária.
Conclusões
	
	Com a utilização da técnica da hidrólise do amido foi possível demonstrar que o amido pode ser hidrolisado e obtido como produto final da hidrólise, obtendo-se a glicose. Sendo a glicose um açúcar redutor, que ao passo em que a hidrólise acontece ocorre a diminuição da quantidade de amido ao mesmo tempo (proporcional) que a glicose é formada. Outro fator comprovado pelo experimento é que com o aumento da temperatura e com um intervalo de tempo maior, a hidrólise possui uma eficácia melhor em relação a tempos menores.
Referências
REMIÃO, J. O. R. et al. Bioquímica: guia de aulas práticas. Versão online, Porto Alegre, EDI-PUCRS,2003.

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