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Página | 1 Aula 2: Plantas Cardiotóxicas Plantas que afetam o funcionamento do coração Plantas Tóxicas – IZ111 Medicina Veterinária Julie Rhanna Tavares Ferreira Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Seropédica, de julho de 2016 Professor: P V Peixoto e T N França Causadoras de morte súbita: ● Plantas cardiotóxicas: a. Aguda b. Crônica c. Glicocardiotóxicas Sintomatologia: Insuficiência cardíaca aguda Insuficiência cardíaca crônica - demora mais tempo, decorrente de um problema inicial que impediu o funcionamento eficiente do coração. Avaliação: Histórico Inspeção Exames clínicos nos animais Exames complementares, no caso das plantas tóxicas só temos como complementares a necropsia e a histopatologia. São os mais baratos e mais eficientes naquele dado momento. Podemos avaliar a função cardíaca e hepática de alguns componentes do rebanho, mas esses exames são um pouco caros e pouco práticos em grandes animais. Eliminar as possíveis causas: Doenças infecciosas: doenças como a reticulo pericardite traumática. Doenças Tóxicas: antibióticos podem gerar necrose muscular cardíaca, por exemplo. Doenças nutricionais: deficiências de alguns nutrientes podem levar a necrose muscular cardíaca Outras Página | 2 A estase sanguínea gera inicialmente uma congestão. Insuficiencia cardíaca aguda: ● Ausência de alterações adaptativas ● Pulso venoso presente (a jugular fica pulsante) ● Edema pulmonar ● Congestão de vasos da face ● Mucosas cianóticas Insuficiencia cardíaca crônica: ● Alterações adaptativas ● Retenção de líquidos o Hidrotórax o Ascite o Edema de peito o Edema de membros Baço e fígado se tornam necrosados devido as condições de extrema hipóxima, assim a necrose se dá de forma próxima a veia centro lobular, porque nessa área tem menos oxigênio disponível. Morte de hepatócitos devido a baixo oxigenação. Necrose centrolobular associada a cardiopatia crônica. O fígado pode se tornar fibrótico. Plantas Brasileiras Causadoras de Morte Súbita (PBCMS) Importância do estudo: Quantidade de espécies tóxicas (ao todo 12 plantas) Número de mortes Distribuição Princípio tóxico ácido monofluoracético Monofluoracetato de sódio (MF) É uma das substancias mais tóxicas já descobertas, chamada também de “veneno de Gifblaar”. É o princípio tóxico das PCMS, tem um efeito acumulativo muito potente! A velocidade de eliminação desse compostos é muito baixo. ➢ Mecanismo de ação Ele se tranforma em fluorocitrato e faz o bloqueio competitivo da enzima aconitase no ciclo de Krebs. Se liga com a coenzima A, e se torna Fluoracetil CoA, entrando no lugar do Acetil CoA. Compete com o citrato, impedindo que A aconitase é quem tranforma o citrato em isocitrato, quando o fluorocitrato é formado ele compete com o citrato e impede a formação do isocitrato. Isso impede a continuação do ciclo, impedindo a formação de ATP, e gerando acúmulo de NAD e FAD. Bloqueia o ciclo de Krebs, impedindo a formação de ATP em quantidade suficiente para nutrir os órgãos, principalmente sangue, coração e cérebro. Quadro clínico patológico: Evolução superaguda ou aguda Página | 3 Classificação em 4 categorias: 1. Doença predominantemente cardiovascular (Ovinos, bovinos, caprinos e coelhos) 2. Doença cardiovascular e nervosa (equinos, suínos e felinos) 3. Doença predominantemente nervosa (cães, cobaios, ratos, hamsters e camundongos) 4. Atípica Evolução aguda do quadro, associada a apatia fraqueza, relutância a se alimentar, e ao colocarmos o animal para caminhar, o animal acaba morrendo devido a necessidade de ATP e circulação cardíaca eficiente. Ingurgitamento dos vasos da face e da jugular. Diagnóstico ● Histórico: Ocorrência de morte súbita, e ingestão da planta Degeneração hidrópico vacuolar das células epiteliais dos túbulos uriníferos contorcidos distais associada a cariopicnose. Em cerca de 1/3 do animal essa degeneração pode vir a estar ausente. Dosagem de citrato, cálcio, glicose e glicogênio. Isolamento de MF > CG, CLAE ➢ Diagnóstico diferencial da doença ♣ Acidente ofídico ♣ Carbúnculo hemático - causada pelo bacillus antracis, mas não acontece com muita frequência. ♣ “Falling diseases” - causada por uma deficiência severa de cobre. ♣ Plantas cianogênicas - princípio tóxico é o ácido cianídrico que leva a morte em poucos minutos. DIVISÃO DAS PBCMAS Plantas que causam “morte súbita” (intoxicação superaguda sem alterações morfológicas significativas no coração). Palicourea marcgravii Rubiaceae P. aeneofusca P. juruana, P. grandiflora Arrabidaea bilabiata Bignoniaceae A. japurensis Pseudocalymma elegans Mascagnia rigida, M. elegans Malpighiaceae Mascagnia publifora Mascagnia. aff. rígida Mascagnia exotropica Página | 4 Palicourea marcgravii (PROVA) Nomes populares: “cafezinho”, “erva-de-rato”, “café-bravo”, “erva-café”, “vick”, “roxa”, “roxinha”, “roxona”. Odor característico do salicilato de metila ( Gelol ou Vick) Cuidado: nomes dados a outras rubiáceas, maioria não-tóxica; “erva-de-rato” (“Asclepias curassavica”) Adjetivos: “cafezinho branco”, “cafezinho verdadeiro”, “cafezinho-canela-de-veado”. Distribuição e habitat: Beira da matas (1/2 sombra), capoeiras, pastos recém-formados (até 2 – 3 anos). Solos de boa pluviosidade mas não alagados, locais de meia sombra em solos firmes. Não cresce em solos áridos nem no frio. Se distribui em quase todo o território nacional, exceto sul e nordeste. História: 1ª planta estudada no Brasil – (Hoehne 1932, Pacheco & Carneiro 1932, Döbereiner & Tokania 1959); Saint-Hilaire 1824! Importância: A número 1 do Brasil ▫ Acentuada toxidez ▫ Ampla distribuição ▫ Efeito acumulativo ▫ Boa palatabilidade 50% das mortes causadas por planta no Brasil 80% das mortes causadas por planta na Amazônia Espécies sensíveis: Natural : bovinos, bubalinos e caprinos Experimental : bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, coelhos, cavalos, ratos, cobaios Condições em que ocorre a intoxicação: • Boa palatabilidade! O animal GOSTA de comer essas plantas • Quando ocorre? Acesso à orla desmatada, invasão de pastos recém-formados pelos bovinos. • Falta de cercas na propriedade. • E o instinto? *Onde há a planta, há mortalidade de bovinos! Partes e quantidades: Folhas – 0,6g/kg, folhas (1g) Essa quantidade é capaz de matar um bovino adulto Outros animais: dose semelhante Coelhos – a partir de 0,125g/kg Efeito acumulativo – 1/5 e 1/10 dose letal Frutos – (0,05g/kg) tóxicos Página | 5 Folhas são mais tóxicas que os frutos, um bovino requer 180g da planta para se intoxicar. * armazenamento - o princípio tóxico tem efeito acumulativo. Início dos sintomas: depende da dose Evolução: “morte-súbita” (minutos) Sintomatologia: subitamente, tremores musculares e queda ao solo, movimentos de pedalagem e morte entre 1 e 10 minutos; por vezes, antes desta “fase dramática”: pulso venoso (+), relutância em caminhar e micções freqüentes. Necropsia: sem alterações significativas. Histopatologia: degeneração hidrópico-vacuolar* das células epiteliais dos túbulos contornados distais. Diagnóstico: Histórico de morte súbita, sobretudo à movimentação; lesão do rim em 2/3 dos casos Diagnóstico diferencial: Carbúnculo hemático, picada de cobra, * na verdade só pela evolução, outras plantas que causam morte súbita, plantas cianogênicas e Falling disease. Princípio tóxico: ácido monofluoracético Tratamento: monoacetato de glicerol (intramuscular) e acetamida - 2,5-5g/kg – antes ou logo após a administração de D. cymosum (via oral): fornecem acetato. Profilaxia: Evitar a entrada dos animais nas matas cercando-as, cuidar da movimentação, erradicação (inspeção, enxada, herbicida granulado), cercar as áreas invadidas pela planta, e evitar a movimentação do animal porque ele precisa do sistema cardiovascular, e a baixa de ATP vai gerar a morte. PROVA Quais as alterações macroscópicas encontradas na intoxicação aguda pela pP. Marcgravii? R.: Não dá tempo suficiente de gerar alterações macroscópicas devido ao tempo de intoxicação. Porque é a planta tóxica mais importante do Brasil. Cite os 4 fatores que tornam a P. marcgravii a planta tóxica mais importante do Brasil? 1. Acentuada toxidez 2. Efeito acumulativo 3. Ampla distribuição 4. Boa palatabilidade Palicourea juruana Nomes populares: “roxa”, “roxinha” Importância: relativa às áreas de sua ocorrência. Distribuição e habitat: idem a Palicourea marcgravii, Ocorre na região norte do Brasil (Pará, Amazônia e Rondônia) Espécies sensíveis Natural – bovinos Experimental – bovinos, búfalos (+resistentes) e coelhos. Página | 6 Partes e quantidades tóxicas: Folhas – 0,25 a 2g/kg Outros aspectos relevantes Caso único com 72h, necrose cardíaca e hepática. Palicourea aeneofusca Nome popular: “erva-de-rato” Importância: relativa à sua distribuição Distribuição e habitat: orla de matas úmidas e capoeiras. A distribuição é quem diferencia ela da P. marcgravii! Fazer um mapa, cai na prova a diferença de localização. Espécies sensíveis Natural – bovinos Experimental – bovinos, caprinos e coelhos Condições de intoxicação: Boa palatabilidade, e que os animais comem com avidez. Partes e quantidades: Folhas – 0,75g/kg Outros aspectos relevantes: Diagnóstico diferencial: Mascagnia rigida: (PE) agreste e sertão Mascagnia elegans: sertão agreste – verificar! Palicourea grandiflora Sem nome popular Importância: menor Distribuição e habitat: cresce dentro das matas, requer mais sombra. Ocorre em Rondônia. Partes e quantidades tóxicas: Folhas – 1 a 2g/kg Condições de intoxicação: os bovinos entram nas matas, geralmente para fugir das moscas que acontecem em campo aberto, e aí encontram a planta e se intoxicam. Outros aspectos relevantes: ● Condições: moscas tabanídeas ● Profilaxia (cercar para não entrar) Arrabidaea bilabiata Página | 7 Nomes populares: “gibata”, “chibata” É a planta que mais mata na Amazônia, em solos alagadiços. Importância: significativa Distribuição e habitat: Abundante na Região Amazônia; partes baixas (várzeas, abas-de-teso, restingas) beira de lagos, beira de rios. Ocorrem em várzeas da Amazônia, grande importância na região Norte. Crescem mais rápido que as outras plantas e a brotação é extremamente tóxica. Espécies Sensíveis Natural – bovinos Experimental – bovinos, búfalos e coelhos - búfalos são criados em regiões alagadiças, prestar atenção a isso, apesar de que os búfalos são 2X mais resistentes a planta Condições de intoxicação: A planta tem boa palatabilidade, os animais tem fome, ela é a que brota mais rapidamente do que as outras e a brotação é a parte mais tóxica. Outros aspectos relevantes Intoxicação mais na mudança de gado - Julho/agosto o gado é levado para várzea - Janeiro/fevereiro para terra firme ● Movimentação ● Fome Dose lateral – 2,5 a 15g/kg Cuidados na mudança: pastos indentes. Tratamento e profilaxia: Evitar condições de fome, evitar a movimentação do animal, herbicidas e remoção mecânica são pouco efetivas. Arrabidaea japurensis Sem nome popular Importância: significativa na região dos “lavrados” Distribuição e habitat: várzeas (“lavrados”) Ocorrem em Roraima Espécies sensíveis: Natural – bovinos Experimental – bovinos e coelhos Condições em que ocorre: Època de seca onde os animais sentem fome, e tem acesso às várzeas A brotação é mais tóxica do que as folhas adultas Profilaxia: Herbicidas? Deixar o animal em repouso mediante ao aparecimento dos sintomas Página | 8 Pseudocalymma elegans Nome popular: “a erva” Distribuição e habitat: só no Estado do Rio de Janeiro ; ocorre nas encostas de morros na baixada fluminense! Espécies sensíveis Natural – bovinos e equinos (porém raro de ocorrem em equinos) Experimental – bovinos, ovinos, caprinos, eqüinos, coelhos, cobaios. Condições em que ocorre a intoxicação: Maioria dos casos na escassez de pastos e queimadas. Após as queimadas elas crescem primeiro que as demais, assim o animal com fome come ela e se intoxica, e a brotação é mais tóxica do que a planta adulta. Outros dados relevantes Dose tóxica – 0,8g/kg, decrescendo com o Amadurecimento até 10g/kg ou mais. Caso excepcional de 44 h * ruídos podem precipitar a “morte-súbita”, assim como Acacia georginae na Australia. Profilaxia: cercar encostas Família Malpiguiaceae Mascagnia rigida Nomes populares: “tingui”, “timbó”, “quebra-bucho” e “pela-bucho” (BA), “salsa-rosa” e “roma-amarela” (MG), “suma-branca” e “suma-roxa” (MG e ES). Distribuição e habitat: mapa, agreste e sertão. Ocorre no nordeste e norte de MG Espécies sensíveis Natural – bovinos e caprinos Experimental – bovinos, caprinos e coelhos Condições em que ocorre a intoxicação Ingestão indiscriminada, o animal come ela em qualquer época do ano, ela tem boa palatabilidade. A planta tem seu pico de crescimento JUSTAMENTE na época das secas. Mortes, quase só quando movimentados. Tratamento e profilaxia: “Desintingüijar” - desintoxicar o animal que estava intoxicado por tingui Aversão ao cloreto de sódio. Outros aspectos relevantes Dose letal indeterminada - *misteriosa Tordon 101 a 4% (foice, tocos) Mascagnia pubiflora Página | 9 Nomes populares: “corona” e “cipó-prata”; formas glabra e pilosa (cai na prova) Importância: bastante significativa; fazendas muito desvalorizadas. Distribuição e habitat: mapa; sempre nos melhores solos, do centro oeste, Matro grosso do Sul, Goias, São Paulo e Minas Gerais Condições em que ocorre a intoxicação: Sem condições especiais; no período de seca há brotação que é mais tóxica. Partes e quantidades: Seca (agosto/set) - 5g / kg Chuvas (abril/maio – 20g / kg (maduros) Outros aspectos relevantes: Diagnóstico diferencial Triângulo Mineiro: tem Palicourea marcgravii Tratamento e Profilaxia: herbicidas? Espécies sensíveis: bovinos e coelhos Mascagnia aff rigida Importância: limitada pela distribuição Distribuição e habitat: partes baixas dos pastos, no norte do Espírito Santo Espécies sensíveis: Natural : bovino Experimental : bovino e coelho Condições em que ocorre a intoxicação: Boa palatabilidade, brotamentos são mais tóxicos. Partes e quantidades: folhas 0,625g / kg a 2,5 g / kg Outros aspectos relevantes: Lesões no músculo papilar. Os animais só vão morrer se forem efetivamente exercitados, caso contrário mesmo em doses altas não há morte. Profilaxia: erradicar? Página | 10 Tratamento e profilaxia: Evitar a movimentação e herbicida. Mascagnia elegans Nome popular: “ rabo-de-tatu” Importância: menor Distribuição e habitat: Sertão (interior) de Pernambuco Espécies Sensíveis: Bovinos Outros aspectos relevantes: Condições em que ocorre a intoxicação: movimentação dos animais, e acesso dos animais aos locais da planta. Diagnóstico diferencial: P. marcgravii e M. rigida. Dose tóxica – 20g / kg x 6 Mascagnia exotropica Sem nome popular Importância: relativa Distribuição e habitat: capoeira e orla de matas, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Pode se apresentar como arbusto ou cipó. Importância no Sul do país Espécies sensíveis: Bovinos, ovinos, caprinos e bubalinos. Outros aspectos relevantes: Sem condições especiais para ingestão; ocorre + no inverno. Folhas frescas são as principais causadoras da intoxicação. Dose letal: 10g / kg Plantas Cardiotóxicas ● Plantas que causam intoxicação subaguda a crônica Página | 11 Tetrapterys spp (Malpighiaceae) Nomes populares: Tetrapterys acutifolia (MG) – “ cipó-ruão e “cipó-preto” Tetrapterys multiglandulosa (SP) – “cipó-vermelho e “cipó-ferro” Importância: significativa na região Sudeste Distribuição e Habitat: MG, ES, RJ, SP Nas encostas (“1/2 morro p/ cima”) Espécies sensíveis Naturais : bovinos; Experimentais : bovinos, ovinos e coelhos. Condições em que ocorre a intoxicação: Intoxicação mais na época de seca, agosto a outubro; brotação. Partes e quantidades tóxicas: Reprodução da doença 5g/kg – 60 dias, 10g/kg -13 a 41 dias 20g/kg – 10 dias, 2,5g/kg – 130 dias (sintomas leves) 100g/kg – sintomas leves Folhas maduras bem menos tóxicas: 20g/kg - 64 dias – (sintomas leves). Dessecação mantém toxidez. Início dos sintomas: 6 a 28 dias (proporcional às doses) Morte raramente precipitada por exercício. Sintomatologia: edema das regiões esternal e inferior da barbela *, veia jugular ingurgitada e pulsando, arritmia cardíaca, lerdeza dificuldade de locomoção, anorexia, tremores musculares e leve dispnéia. Doença a partir de 1 ano de idade, abortos, natimortos e bezerros fracos. Necropsia: áreas esbranquiçadas, nítidas no miocárdio, às vezes mais firmes, hipertrofia concêntrica, edema e derrames cavitários, fígado com lobulação nítida até noz-moscada; carcaça “pingando”. Histopatologia: - Fibrose intersticial ou localmente extensiva. - Alterações regressivas e (necrose e degeneração) status sponjosus na substância branca (às vezes). - Tentativa de regeneração do miocárdio. Diagnóstico: Características são as alterações macro e microscópicas do coração associados à epidemiologia. Diagnóstico diferencial: Ateleia glazioviana Plantas que causam “morte-súbita” (rara) Leucose, endocardite valvular, Cássia sp, pericardite traumática, deficiência de selênio e ATB ionóforos. Página | 12 Princípio tóxico: desconhecido Tratamento: desconhecido Profilaxia: Retirada, após primeiros casos (em fase adiantada, morte certa) Erradicação com enxada. Ateleia glazioviana (Leg. Papilioinodeae) Nomes populares: “timbó”, “cinamomo-bravo” e “maria-preta” Importância: significativa Distribuição e Habitat: campos, beira de matas, em locais não muito úmidos. Espécies sensíveis: Natural : bovinos Experimentais : bovinos e ovinos Condições em que ocorre a intoxicação: Boa palatabilidade; mortes entre maio e agosto; depende das condições que regulam sua proliferação. Partes e quantidades tóxicas Folhas – ingeridas nas árvores jovens e brotação. 2,5g/kg/ dia x 16 dias 40g/ kg x 1 Início dos sintomas 12 a 24 horas – grandes quantidades; variável de acordo com a dose Sintomatologia: Como na Tetrapterys, letargia Casos de morte súbita, animais se cansam facilmente, pode ter diarréia. Necropsia: Semelhante às lesões de Tetrapterys (no coração não tão evidentes). Derrames cavitários etc. Histopatologia: Semelhante às lesões de Tetrapterys; status sponjosus. Diagnóstico Lesões macro e microscópicas associadas à epidemiologia Diagnóstico diferencial “Doença do peito inchado” Tetrapterys sp Senecio brasiliensis Mascagnia sp “Falling disease” Página | 13 Princípio tóxico e tratamento: desconhecidos. Profilaxia: Evitar introduzir animais com fome em pastos invadidos. Evitar superlotação. Cercar as áreas muito invadidas. PROVA: Palicourea marcgravii Mascagnia rígida Diferenciação das plantas por região, quais são as plantas mais prováveis daquela dada região Correlacionar a região da planta com a região do surto Porque a P. marcgravii é a mais importante do Brasil Degeneração Hidrópica Vacuolar – porque e como é causada? Como é o diagnóstico de plantas causadoras de morte súbita Achados macroscópicos são pouco relevantes na intoxicação aguda (não ocorrem) Quadro clínico patológico e diferenciar das outras plantas: animal fraco após a ingestão da planta, ingurgitamento dos vasos da face, resistência ao exercício, animal cai ao chão e executa movimentos de pedalagem, até que morra. Diagnóstico diferencia: reticulo pericardite traumática e carbúnculo.
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