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FICHAMENTO DOS 3 CAPÍTULOS DO LIVRO DO LUCIANO AMARO CONCEITO DE TRIBUTO Tributo é a pecúnia arrecadada pelo Estado, de caráter obrigatório sempre caracterizado pela lei, para custear gastos públicos. Quem paga o tributo é o povo, seja cidadão ou súdito; e quem recebe a pecúnia é o Estado, seja o Estado democrático de direito ou a figura do rei. Esse ato de pagar o imposto, ou contribui, resulta de um consentimento coletivo. Tributo não se confunde com taxa ou imposto, embora sejam palavras sinônimas a tributo, no Estado democrático de direito se tornaram subtipos de tributo. O tributo tem um caráter não sancionatório, ou seja, não se paga tributo porque praticou ilicitude, tributo não se confunde com multa ou outra sanção pecuniária. O tributo será sempre instituído em lei, que definirá o fato gerador, que deve pagar e os elementos que definem a prestação, obedecendo o princípio da legalidade do tributo. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS Existe a classificação pluripartida e a bipartida, sendo a última a mais aceita. A teoria de classificação bipartida consiste em tributos vinculados a determinada atuação do Estado e não vinculados a determinada atuação do Estado. A Constituição Federal determinou que as espécies de tributo serão conceituadas por lei complementar em seu artigo 146, III, “a”, sendo que a doutrina muito questiona sobre a definição dessas espécies, em especial empréstimo compulsório e taxa. Taxas União, Estados, Distrito Federal e Municípios arrecadam as taxas. São necessárias para manutenção do poder de polícia, que significa fiscalização, e utilização efetiva ou em potencial de serviço oferecido pelo ente federado que a arrecada, neste caso o fato gerador está relacionado ao Estado. A taxa de serviço consiste na arrecadação por serviço público específico e divisível quando pode ser efetivamente prestado ou posto a serviço do contribuinte. Não se confunde com preço público que se trata de um preço pago em função de um contrato, como a passagem de ônibus, por exemplo. Impostos União, Estados, Distrito Federal e Municípios tem podem recolher. Está no artigo 16 da clt, que define como obrigação para ato gerado de uma situação independente de qualquer atividade estatal do contribuinte [52]. Ou seja, imposto tributa o contribuinte devido uma certa característica sua, sem que aja uma atividade do Estado necessariamente. Contribuição de Melhoria Decorrente de obra pública que valorizará a região em que o imóvel está situado. Espécies tributarias Pedágio: A princípio a constituição federal veda tributação sobre tráfego de pessoas ou bens interestadual ou intermunicipal, porém sua fundamentação está na equivalência das taxas, por ser um serviço prestado pelo Estado e posto à disposição das pessoas que transitam entre estados e municípios. Empréstimo compulsório: Tributo arrecadado apenas pela União nas hipóteses do artigo 148 da Constituição Federal. As hipóteses destacadas são: gasto extraordinário por calamidade pública ou guerra externa, e investimento público urgente e de interesse nacional. Contribuições sociais, econômicas e corporativas: Tributo destinado para cobrir os gastos dos serviços sociais dados pelo estado: educação, lazer, esporte e cultura; e de seguridade social: assistência social, saúde e previdência social. Contribuição para iluminação pública: Iluminação pública, apesar de ser um serviço prestado pelos municípios e distrito federal, não são configurados como taxas, pois não se tratam de atividade divisível. Por esse motivo foi criada uma tributação própria. PRINCÍPIOS Princípio da legalidade tributária e tipicidade O princípio da legalidade consiste que não só na mera autorização do poder executivo, mas na definição em lei. Na lei deve conter o fato gerador, determinar quem vai pagar, em qual circunstância, a sua destinação, qual ente federado irá recolher e todos os outros aspectos do tributo. Sendo que este princípio parte do fundamento que a lei é indispensável para limitar o tributo e o poder-dever do Estado de tributar. Princípio da irretroatividade da lei tributária A lei que determina não pode afetar direito adquirido ou coisa julgada. No caso de lei referente a tributo só pode criar ou aumentar tributo que alcance fato passado se descrito em lei e que tenha uma lei anterior vigente na época do fato. Princípio da anterioridade da lei tributária O princípio da anterioridade tem maior alcance que o princípio da irretroatividade, pois define que a lei que cria o tributo ou o aumenta deve partir de um fato gerador anterior a lei. A lei deve ser autorizada no orçamento do no anterior. Existem exceções ao princípio da anterioridade, como o IPI por exemplo que tem outros intuitos além do econômico. Princípio da isonomia ou igualdade tributária A lei deve ser igual para todas as pessoas que se enquadre na hipótese prevista na lei. A lei não enquadra pessoas em situações equivalentes, apenas as que estão em situação exatamente descrita em lei. Essas pessoas serão tratadas de forma igual tendo que pagar o tributo apenas na forma que é prevista em lei. Princípio da capacidade contributiva As pessoas pagaram tributos de acordo com sua capacidade financeira, pois não teria de onde conseguir dinheiro para pagar o imposto. A constituição federal diz que sempre que possível deve ser levada em consideração a capacidade econômica do contribuinte, como é o caso do Imposto de Renda. Princípio da vedação de tributo confiscatório É vedado ao fisco confiscar ou desapropriar bens dos contribuintes com o fim de pagar tributos. Princípio da liberdade de tráfico Com a exceção do pedágio, não deve haver imposto interestadual ou intermunicipal sobre a circulação de pessoas ou bens entre municípios e estados. Princípio da transparência dos impostos O contribuinte deve ter acesso a informações sobre a finalidade dos tributos que pagam, como prevê o artigo 150, §5º da Constituição Federal. BIBLIOGRAFIA Amaro, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
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