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Aluno: Afonso José Silva de Oliveira RA:B6074C-1 Estágio Supervisionado em Neurologia Doença de Parkinson Doença de Parkinson Estágio Supervisionado em Fisioterapia neurológica Aspectos Históricos Em 1817, o Médico Inglês James Parkinson descreveu uma doença neurológica à qual deu o nome de “paralisia agitante”, publicando nesse mesmo ano o estudo “Um ensaio sobre a paralisia agitante”, na qual caracterizou os sintomas dessa patologia. 40 anos mais tarde, Jean Martin Charcot denominou-a doença de Parkinson, onde discordou de James Parkinson quanto à existência de paralisia. Foi também o responsável pela introdução dos primeiros fármacos com eficácia terapêutica, destacando-se os anticolinérgicos derivadas da beladona. Aspectos Históricos No início da década de 1960, Ehringer e Hornykiewicz afirmaram que o parkinsonismo se devia ao deficit de produção de dopamina pela degeneração dos neurônios dopaminérgicos (Corpúsculos de Lewis) na substância negra mesencefálica. Sistema de controle motor dos Núcleos da Base Córtex Cerebral-Motor Corpo Estriado GPE GPI Núcleo Sub-talâmico Substância Negra p. compacta Tálamo GABA Glutamato GABA Glutamato GABA GABA Glutamato D1 D2 Glutamato Via Direta Via Indireta Características Clínicas Bradicinesia ; Tremor de repouso; Hipertonia muscular rígida; Comprometimento do equilíbrio postural; Idiopática; Perda dos neurônios dopaminérgicos pigmentados da Substância Negra mesencefálica parte compacta (Corpúsculos de Lewis); Sintomas geralmente aparecem com perda de 80-90% dos neurônios; Progressão: estado rígido e acinético/complicações da hipomobilidade (pneumonia respiratória-embolia pulmonar). Mais evidente em extremidades distais de MMSS em um dos lados!!! Diminuição na velocidade e amplitude dos movimentos!!! Sinal em “Roda Denteada”(Lesão em Sistema Extra-piramidal)!!! Postura flexora, Marcha bradicinésica e arrastada, defcit de equilíbrio e propriocepção!!! Tratamento Farmacológico Drogas que substituem a Dopamina: Levodopa; Drogas que imitam a ação da Dopamina (agonistas dopaminérgicos): Bromocriptina, Pergolina; Inibidores da MAO(Monoaminoxidase): Selegilina; Drogas que liberam e inibem a receptação da Dopamina: Amantadina; Antagonistas da Acetilcolina: Benztropina. Precursora da Dopamina; Atravessa a barreira hemato-encefálica por transporte ativo; Após o processo de descarboxilação, se tranforma em Dopamina; Cerca de 75% dos pacientes respondem ao uso da Levodopa; De 90 a 95% é degradada ainda no intestino; Sua associação a inibidores da Dopadescarboxilase como a Benserazida; Levodopa Características Fisioterapia no Parkinson Apresentação de caso clínico Paciente CSV, 73 anos, Advogado e dono de escritório onde exerce função readaptado, casado; Foi diagnosticado com a doença de Parkinson a 12 anos, e vem fazendo acompanhamento médico e fisioterapêutico desde então; (SIC) Descobriu que era portador de Diabetes Melitus tipo II logo quando foi diagnosticada a doença de Parkinson; (SIC) Apresenta histórico familiar pregresso da doença de Parkinson; (SIC) Paciente em BEG, com sinais vitais estáveis e sempre bem humorado, demonstrando interesse pelo tratamento e contribuindo de forma ativa aos exercícios propostos. Diagnóstico Fisioterapêutico Bradicinesia evidenciada em todos os movimentos; Hipertonia rígida mais acentuada em MS Esquerdo; Tremor de repouso mais acentuado em MS Esquerdo; Instabilidade Postural evidenciada por postura cifótica e membros SS e II em flexão; Marcha bradicinésica com base alargada e presença de “Freezing”; Fraqueza em MMSS e II mais acentuada a Esquerda; Encurtamento muscular em cadeia anterior de tronco e músculos flexores de MMSS e II; Déficit de Equilíbrio estático e dinâmico (Romberg positivo); Déficit de Coordenação motora e propriocepção; Déficit em dissociação nos movimentos em MMSS e II; Face inexpressiva (em máscara). Objetivos de tratamento Ganho de força e flexibilidade em músculos dos MMSS e II com ênfase em extensores; Ganho de força e flexibilidade em músculos extensores de tronco; Melhora do Equilíbrio estático e dinâmico; Melhora da estabilidade postural; Melhora da coordenação motora; Melhora da propriocepção; Melhora da dissociação nos movimentos em MMSS e II; Melhora da Marcha; Melhora da expressão facial; Conduta Fisioterapêutica Exercícios de alongamento em MMSS, II e tronco com ênfase em músculos flexores; Exercícios de fortalecimento com ênfase em músculos extensores de MMSS, II e tronco; Exercícios de Equilíbrio, coordenação e propriocepção com movimentos em diagonal (conceito Kabat); Treino de Marcha em circuito com dissociação; Estimulação da mímica facial; Obs: todos os exercícios visam o ganho de funcionalidade, inibindo os padrões posturais anormais e facilitando os movimentos normais (conceito Bobath). Referências Bibliográficas Marie Stokes, Neurologia para Fisioterapeutas, Premier, 2000. HÉLIO A.G. TEIVE, “O Papel de Charcot na Doença de Parkinson”, Arquivo Neuropsiquiatria, 1998. www.vivabemcomparkinson.com http://www.cienciasmedicas.com.br/artigos/2008/10/22/doenca-de-parkinson
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