Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Traumatismo dentoalveolar e de tecidos moles Ocorrem freqüentemente por quedas de própria altura, quedas de bicicleta, brigas, esportes, acidentes automobilísticos... O que fazer após um trauma dental: suporte básico de vida (ABCDE) Dinâmica do trauma: podem ser por força direta (soco) ou indireta (queda), com comum injurias do tecido adjacente, ou seja, alguma estrutura será abalada, sendo considerada uma situação de urgência História: é importante colher informações sobre onde ocorreu, como aconteceu, quanto tempo faz, o que foi feito após o trauma, quantos dentes ou partes deles foram trazidos, se o paciente sente algo ao fechar a boca... Exame clínico: examinar toda área traumatizada, não somente a área danificada visualmente verificar injurias ao tecido mole extra oral (lacerações, abrasões e contusões são mais comuns) verificar injúrias ao tecido mole intra-oral (se há fragmento transfixado nas estruturas adjacentes) Fratura dentoalveolar ou maxilofacial: facilmente identificado por palpação e visualização Fratura coronária: identificada visualmente ou com instrumentos Deslocamento dental: fratura radicular ou do processo alveolar Fratura na cervical: Tratamento: realizar endodontia, colocação de pino intracanal, confecção de coroa protética e acompanhamento radiográfico periódico Fratura coronária: não tem envolvimento de polpa Fratura corono-radicular: pode envolver crista óssea Tratamento: se for subgengival deve-se realizar endodontia, colocação de pino intracanal, confecção de coroa protética e acompanhamento radiográfico periódico Fratura radicular: o prognóstico vai depender da localização da fratura: fratura horizontal no terço cervical: bom prognóstico, realizar endodontia e confecção de coroa protética fratura horizontal no terço médio: prognóstico ruim se tiver deslocamento do fragmento e realização de exodontia; prognóstico duvidoso se não tiver deslocamento do fragmento e realização de endodontia, confecção de coroa protética e acompanhamento radiográfico periódico fratura apical: bom prognóstico, realizar cirurgia paraendodôntica e acompanhamento radiográfico periódico Concussão: trauma/contusão Tratamento: Realizar ajuste oclusal para deixar em infra-oclusão (sem contato) para se reorganizar e acompanhamento radiográfico periódico Mobilidade ou subluxação: ligeira mobilidade, realizar mesmo tratamento da concussão (ajuste oclusal para deixar em infra-oclusão e acompanhamento radiográfico periódico) Intrusão: pior prognóstico entre os deslocamentos dento alveolares, pois envolve fratura do alvéolo e provável envolvimento pulpar Tratamento: reposicionar o dente a sua posição original mecanicamente ou por ortodontia, colocar contenção por 2 a 3 meses e realizar acompanhamento radiográfico periódico Extrusão: ocorre comprometimento pulpar por rompimento das fibras, vasos e nervos Tratamento: reposicionar o dente em sua posição original mecanicamente, colocar contenção por 3 a 4 semanas e acompanhamento radiográfico periódico Luxação: realizar avaliação periodontal e pulpar Tratamento: reposicionar na posição original mecanicamente, colocar contenção por 3 a 4 semanas e acompanhamento e avaliação periodontal e pulpar Avulsão: a mais complexa dos traumas dento alveolares, pois há o completo deslocamento do dente do alvéolo. O prognóstico irá depender do tempo e meio, quanto mais rápido o tratamento de urgência melhor será o prognóstico Tratamento: limpar a cavidade apenas com soro, sem curetagem e reimplantar: o dente deve ser apreendido pela coroa, lavado com soro fisiológico (sem raspagem da raiz) e reposicionado na posição original com contenção por 10 dias; realizar ajuste oclusal e controle radiográfico periódico para avaliar periodonto e polpa, reforço da vacina anti-tetânica e terapia antibiótica Realizar tratamento endodôntico em um melhor momento. A contenção pode ser: rígida (fio de ortodontia e barra de Erich) semi-rígida (fio de nylon e resina) OBS: contenção rígida pode causar Anquilose (quando não há ligamento e o dente fica em contato direto com o alvéolo) TRAUMAS DURAÇÃO DA MOBILIZAÇÃO Mobilidade ou deslocamento 3 a 4 semanas Fratura radicular 2 a 3 meses Reimplante 7 a 10 dias Fratura do processo alveolar: pode ocorrer com freqüência, geralmente quando tem lesão dentária e de tecido mole e, freqüentemente os fragmentos envolvem diversos dentes, é raro o envolvimento de apenas um dente. Tratamento: redução da fratura, colocando em posição original e estabilizando. Geralmente utiliza-se barra de Erich e se o paciente usar prótese utiliza-se goteiras (furar a prótese) ambos por 3 a 4 meses Lesão de tecidos moles: Abrasão: “ralado” causado por fricção. É doloroso e com pouco sangramento Tratamento: colocar curativo Contusão: “pancada” freqüentemente associada a trauma, provoca equimose e hemorragia subcutânea ou submucosa. Tratamento: não é necessário intervir, apenas esperar curar sozinho Laceração: “corte” com solução da continuidade dos tecidos epiteliais ou mucosa Tratamento: limpeza, debridamento, hemostasia e síntese OBS: a sutura sempre será feita por planos (dos mais internos para superficiais): 1-epitélio da mucosa, 2-submucosa, 3-músculo, 4-derme e 5-epiderme
Compartilhar