QUESTIONÁRIO COMPLETO TSP2

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Sobre a pré-história da psicanálise, qual é o ponto mais significativo a ser destacado na visão cartesiana da loucura?
A visão a ser destacada é que segundo ela, como já vimos à loucura não atingia o pensamento, mais apenas o homem. Não havia, segundo Descartes, um pensamento louco. Loucura e pensamento nessa época eram dois termos distintos, definidos por exclusão, pois o pensamento era aquilo que por ser regulado pela razão, opunha-se à loucura. ‘’ O homem pode ficar louco, o pensamento não’’.
Fale sobre o saber psiquiátrico:
A produção da loucura implica tanto um conjunto de práticas de dominação e controle, como a elaboração de um saber. Segundo Foucault, a característica fundamental da relação entre o saber e o poder psiquiátricos, nessa época, é que nela a verdade do saber psiquiátrico nunca é colocada em questão. Seu objetivo exclusivo é justificar o conjunto de práticas que se articulam no interior do espaço asilar.
Explique sobre o interrogatório e a confissão:
O interrogatório é uma das formas privilegiadas da articulação entre o poder e o saber psiquiátricos. Seu objetivo é a busca de antecedentes e a obtenção de uma confissão por meio do paciente, e de sua própria loucura. Porém o saber obtido pelo interrogatório não era suficiente, ele não tinha nenhum valor terapêutico. Funcionava apenas como prova da verdade. Uma vez obtida a confissão ela tinha um duplo valor: era indicativa da submissão do paciente à vontade do médico e, além disso, possuía uma função catártica.
Fale sobre a hipnose:
A hipnose foi precedida (antes do) historicamente pelo mesmerismo. O pressuposto do mesmerismo era o de que os seres animados estavam sujeitos as influências magnéticas, pois os corpos dos animais e do homem são dotados das propriedades dos imãs. O mesmerismo é abandonado a partir da metade do séc. XIX, impondo-se assim a nova técnica inventada por James Braid: a hipnose, conhecida por muito tempo por braidismo. O importante da técnica hipnótica é que ela não faz apelo a nenhum fluido magnético nem a nenhum poder especial do hipnotizador; o efeito obtido depende apenas do estado físico e psíquico do paciente. Uma vez obtido o efeito hipnótico, o poder é todo ele depositado no médico, que passa a dispor inteiramente do corpo do paciente. Esse domínio sobre o corpo permite tanto a eliminação de sintomas como a domesticação do comportamento. Assim fazendo com que o psiquiatra disponha de um controle de mente e corpo do doente.
Sobre Charcot e a histeria.
A abordagem inicial de Charcot ao problema da histeria foi feita de acordo com o ponto de vista de que há um correlato orgânico das manifestações histéricas. Posteriormente, ele modifica seu ponto de vista ao afirmar que a histeria é, ‘’ como tantas outras esfinges’’, uma doença que escapa às mais penetrantes investigações anatômicas. No entanto apesar da ausência de um referencial anatômico, a histeria apresentava aos seus olhos uma sintomatologia bem definida, obedecendo as regras precisas. Isso é importante, porque lhe permite afastar a hipótese de simulação que era o grande fantasma da psiquiatria do séc. XIX. Ao produzir a separação da histeria com respeito à anatomia patológica, Charcot a introduz no campo das perturbações fisiológicas do sistema nervoso, e em função disso procurava novas formas de intervenção clínica, dentre as quais a hipnose vai se constituir na mais importante. Charcot realizou estudos para mostrar que a hipnose envolvia mudanças fisiológicas no sistema nervoso, o que a aproximava da histeria. Os aspectos mais salientados em 1885 por Freud e Charcot, era ao fato de que a histeria não era uma simulação, que ela era uma doença funcional com um conjunto de sintomas bem definido e na qual a simulação desempenhava um papel desprezível. E o outro ponto enfatizado por ambos foi que a histeria era tanto uma doença feminina como masculina, desfazendo dessa forma a ideia de que apenas as mulheres padeciam de manifestações histéricas. O emprego da hipnose tinha por objetivo o controle da situação da histeria. 
 Histeria – deriva da palavra grega hystéra, que significa ‘’ útero’’.
O trauma e a AB-REAÇÃO.
A teoria do trauma vai ter profunda repercussão sobre os escritos iniciais de Freud e, paradoxalmente vai se constituir na elaboração da teoria psicanalítica. A concepção de Charcot sobre a histeria está totalmente ligada ao artigo que Freud escreveu em 1888. Nesse artigo, Freud recomenta dois tipos de tratamentos para a neurose histérica, sendo elas: a primeira consiste no afastamento do paciente de seu ambiente familiar, considerado por Freud gerador de crises, e sua internação num hospital, tendo assim a internação como um objetivo de uma mudança de ambiente para afastar o doente da expectativa ansiosa dos familiares. E o segundo tipo de tratamento consiste na remoção das causas psíquicas dos sintomas histéricos. Como as causas são inconscientes para o paciente, o método para eliminar os sintomas consiste em dar ao paciente, sob hipnose uma sugestão que remova o distúrbio. Esse procedimento, porém, apenas elimina o sintoma, mais não remove a causa. A função da hipnose era a de remeter o paciente ao seu passado, de modo que ele próprio encontrasse o fato traumático, produzindo-se, em consequência a AB-REAÇÃO, que significa a liberação da carga de afeto.
Fale sobre a teoria do Recalque.
A teoria do recalque é a pedra angular sobre a qual repousa toda a estrutura da psicanálise. São coisas que nós queremos fazer, porém nossos valores, princípios e a sociedade não nos permitem, fazendo com que essas coisas sejam levadas para o nosso inconsciente, tornando-as recalcadas. Nós vamos recalcando tudo o que não podemos fazer, voltando à tona através dos seus sonhos, que segundo Freud, todos os nossos sonhos são coisas recalcadas. 
Fale sobre defesa, resistência, conversão e recalcamento.
Defesa – é um termo mais amplo que designa em sua primeira compreensão o mecanismo pelo qual o ego se protege de uma representação desagradável e ameaçadora. 
Resistência – era o sinal externo dessa defesa
Conversão – é o modo de defesa especifico da histeria. O mecanismo pelo qual a carga de afeto (AB-REAÇÃO) ligada a essa ideia é transformada em sintomas somáticos, é chamado por Freud de conversão.
Recalcamento – está ligada a conceituação mais precisa, podendo ser tomado como sinônimo de defesa.
Sobre Sexualidade.
Transferência – são as projeções relacionadas a reações emocionais do paciente, dirigidas ao seu analista. Podendo sentir ódio, amor, paixão, raiva, é uma transferência do sentimento que o paciente tenha.
Contratransferência – é quando o psicólogo impõe a sua opinião, de acordo com seus métodos, valores e interpretação da vida, estabelecendo e impondo isso ao paciente. É quando o analista passa para o cliente sua maneira de ver o mundo.
Sexualidade para Freud.
Freud levantava a hipótese de que não era qualquer espécie de excitação emocional que se encontrava por trás dos sintomas neuróticos, mas sobre tudo uma excitação natural sexual e conflitiva. A importância concedida à sexualidade, tanto para a compreensão da neurose como para a compreensão do indivíduo normal, torna-se cada vez mais central em Freud, tendo sido este um dos motivos de seu rompimento com Breuer. Freud, o sexólogo. Assim ele foi visto pelos seus contemporâneos e assim ele ainda é visto mesmo por aqueles para quem a psicanalise é algo mais do que informação erudita. Para muitos, Freud foi aquele que descobriu a sexualidade, sobretudo aquele que descobriu a sexualidade infantil. E não há nada mais fácil que isso. Na verdade a sexualidade já era bastante tematizada pela medicina, psiquiatria, pedagogia e por vários campos de discurso no séc. XIX. A colocação do sexo em discurso não é uma prerrogativa de Freud, mas aquilo que se transformou na grande injunção dos últimos dois séculos. A grande originalidade de Freud não foi descobrir a sexualidade sob a neurose. A sexualidade já estava lá, Charcot jáfalará dela. Sua originalidade foi tomar isto a pé da letra e edificar a partir daí a TRAUMDEUTUNG, que é algo diferente da etiologia sexual das neuroses. O forte da psicanálise é a lógica do inconsciente.
11) O que é um sonho, segundo Freud? 
Sonho é uma tentativa de realização de desejo de forma alucinatória. Segundo Freud, o sonho é a via régia para o inconsciente, a melhor via para se entender o funcionamento do inconsciente. 
12) Quais os mecanismos de elaboração onírica ou formação dos sonhos? 
Os mecanismos de elaboração onírica ou de formação dos sonhos são: a condensação, o deslocamento, a figurabilidade e a elaboração secundaria. Todos esses mecanismos constroem os sonhos. Os mecanismos de condensação e deslocamento são também formas de funcionamento do inconsciente. 
13) Qual a função de censura? 
A censura divide o conteúdo inconsciente do conteúdo consciente. O conteúdo inconsciente se chama também conteúdo latente dos sonhos. O conteúdo consciente se chama também conteúdo manifesto dos sonhos. 
14) O que o processo primário? 
O processo primário é a forma de funcionamento do inconsciente. O inconsciente quer ou visa encontrar a satisfação para o desejo de forma imediata (mais rápido possível). O processo primário ou o inconsciente é guiado ou regido pelo princípio do prazer que quer o prazer imediatamente. Ex: Estou com fome e sonho que estou comendo um bife com fritas, acordo e continuo com fome. 
15) O que é o processo secundário? 
O processo secundário é a forma de funcionamento do consciente. O consciente visa ou quer encontrar a satisfação para o desejo de forma a mais duradoura possível. O processo secundário é guiado pelo princípio de realidade que é capaz de adiar o prazer até encontrar um objeto adequado no mundo externo para obter a satisfação. Ex: Estou com fome, saio para comprar carne e batatas, volto para casa, cozinho e daí como meu file com fritas. Encontro uma satisfação mais duradoura para satisfazer o desejo. 
16) O que os mecanismos de elaboração onírica visam? 
Esses mecanismos visam disfarçar o desejo inconsciente para ele passar pela censura. A censura fica mais fraca enquanto eu durmo e assim o desejo tenta entrar na consciência como sonho. 
17) Como os mecanismos de elaboração onírica funcionam? 
Condensação encolhe o conteúdo latente (inconsciente) dos sonhos para torná-los menores no conteúdo manifesto (consciente). Assim o conteúdo manifesto de um sonho é sempre menor que o conteúdo latente. Ex: uma pessoa no conteúdo manifesto (consciente) pode representar três ou mais pessoas no conteúdo latente (inconsciente). 
Deslocamento substitui uma pessoa ou situação importante no inconsciente ou de alto valor para o desejo, por uma pessoa ou situação de menor valor para o desejo. Ex: estou com raiva de minha irmã que implicante e substituo minha irmã por uma vizinha (ambas me contrariam com frequência) então no sonho brigo com a vizinha e fico menos culpada do que se brigasse com minha irmã. 
Figurabilidade transforma a história do sonho em imagens e figuras. 
Elaboração secundaria empresta uma coerência ao sonho. Como tudo ficou muito distorcido depois de passar pelos mecanismos de elaboração onírica e o sonho fica completamente sem sentido, a elaboração secundaria dá uma coerência ao conteúdo manifesto do sonho. É como uma argamassa que une as partes do sonho. É a primeira coisa que desaparece quando acordo, por isso é comum ao acordar acharmos o sonho sem sentido antes de esquecê-lo.
18) Por que esqueço os sonhos quando acordo? 
Por que quando acordo a censura fica mais ativa e me faz esquecer o sonho mandando de volta o desejo para o inconsciente. 
19) Qual a tese de Freud sobre a sexualidade humana? 
Que a sexualidade humana não visa a reprodução em primeiro lugar, mas visa em primeiro lugar o prazer. Que a sexualidade humana não é determinada pela maturação biológica e inicia na adolescência ou vida adulta, mas ela é um desvio da necessidade biológica e inicia desde a infância buscando o prazer. Que a sexualidade humana não tem um roteiro fixo como o instinto sexual animal, mas ela pode ter vários caminhos e objetos. Freud a denomina essa variedade de formas de obter prazer da sexualidade humana de perversa polimorfa. A primeira forma de satisfação da sexualidade humana é o autoerotismo. 
20) O que é autoerotismo? 
Primeira forma de satisfação da pulsão sexual é obtida no próprio corpo. Através da boca e da função de chuchar o peito ou a chupeta. O objeto do autoerotismo é uma zona erógena (a boca, por exemplo) e porque fica numa parte do corpo e é um objeto parcial. 
21) Quais as formas de autoerotismo? 
Oral, anal, fálico. 
22) Qual a zona erógena da fase oral? 
A boca. A fase oral inicia com o prazer de chuchar mas se desdobra para várias formas de prazer. O beijar, o prazer comer, degustar alimentos, o prazer de fumar, roer unhas etc. 
23) Quais os objetos da fase anal e fálica? Cite uma forma de satisfação anal e fálica. 
Fase Anal (zona erógena o ânus) forma de satisfação defecar ou reter as fezes. Fase Fálica (zona erógena os órgãos genitais) forma de satisfação se masturbar. 
24) Autoerotismo é superado durante o desenvolvimento? 
Autoerotismo não é superado, permanece durante toda a vida em todas as pessoas, mas deve ser colocado em segundo plano porque novas formas de usar a sexualidade surgem e são mais ricas: por exemplo, o ato sexual com o outro. Porém, todas as pessoas mantêm o autoerotismo. O autoerotismo não deve ser a única forma de obtenção de satisfação, pois é um desperdício, não cria vínculos com objetos fora do corpo da própria pessoa e não cria uma história. Ela pode ser um tempero, mas não o prato principal da sexualidade adulta, pois seria uma forma de sexualidade muito pobre e sem emoção.
25) Qual a montagem da pulsão? 
A fonte (organismo), a meta (satisfação), a pressão (constante) e o objeto (variável).
26) Qual a definição da pulsão? 
Conceito limite entre o somático e o psíquico, é o representante psíquico que nasce no interior do organismo e chega ao psiquismo. 
27) Quais os destinos da pulsão? 
1º - Recalque (funda o psiquismo dividido entre consciente e inconsciente). 
2º - Sublimação (transforma a meta e o objeto da pulsão dando um novo destino mais nobre à pulsão). 
3º - Transformação no contrário;
4º - Retorno para a própria pessoa (transforma alvo ativo em alvo passivo - sadismo em masoquismo). 
28) Diferencie sexualidade perversa polimorfa de perversão. 
Sexualidade perversa polimorfa é a sexualidade humana normal. Perversa polimorfa é a capacidade que a sexualidade humana possui de obter satisfação de várias formas. Dizer que a sexualidade tem várias formas de obter satisfação inclui desde as formas autoeróticas: oral, anal, fálica até a forma mais reconhecida que é o ato sexual com o outro que vai além do autoerotismo, pois inclui uma outra pessoa. A primeira forma de obter satisfação da sexualidade humana é autoerotismo que inicia na infância com a fase oral, depois anal e depois fálica e o autoerotismo permanece durante toda a vida. O prazer de tomar um cafezinho, por exemplo, é um prazer autoerótico oral. O prazer de guardar dinheiro (dinheiro = fezes no inconsciente) é um prazer auto erótico da fase anal. A masturbação é um prazer autoerótico fálico. A perversão não é autoerótica, pois é uma forma danosa e abusiva de se obter satisfação com o outro, pois é uma satisfação sem o consentimento do outro. A perversão trata o outro como uma coisa ou instrumento sem levar em consideração o desejo do outro. Por exemplo, sadismo, pedofilia, voyerismo etc. Em todas as culturas a perversão é considerada uma prática proibida e até criminosa.
29) O que é neurose?
São doenças mentais que não possui febre especifica, mas tem muita angustia e sistemas físicos inexplicáveis.
30) Como era utilizado a hipnose na investigação das doenças mentais (Charcot)?
O emprego da hipnose, tinhapor objetivo o controle das situações. Através da sugestão hipnótica, o médico podia obter um conjunto de sintomas histéricos bem definidos e regular; mas isso evidencia, ao mesmo tempo, que a histeria nada tinha a ver com o corpo neurológico, mas com o desejo do médico.
31) Explique o método catártico utilizado por Breuer.
O tratamento consistia em uma “purgação” ou uma descarga do afeto que originalmente estava ligado à experiência traumática. A função da hipnose era a de, por sugestão, remeter o paciente ao seu passado, de modo que ele próprio encontrasse o fato traumático, produzindo-se, em decorrência disso, a “ab-reação”, isto é, a liberação da carga de afeto.
32) Como Freud usou o método catártico de Breuer
Freud passou a empregar a sugestão diretamente como meio terapêutico. Assim, a hipnose era empregada para se chegar aos fatos traumáticos – tal como o fazia Breuer – mas uma vez esses fatos tendo sido identificados, Freud fazia uso da sugestão para elimina-los ou pelo menos para debita-los em sua força patogênica.
33) Três motivos que Freud abandonou a hipno-cartase:
Valorizar as resistências e memorização
Procurar as transferências
Valorizar a sexualidade como sendo a base formadora de toda a nossa mente.
34) Prazer – É descarga de libido.
Desprazer – É o acumulo de libido
Charcot dizia que a histeria advém de um trauma psíquico.
35) Diferença de Conteúdo Manifesto para Conteúdo Latente:
CM corresponde ao sonho contado pela pessoa, e o CL é um oculto inconsciente, que pretendemos atingir pela interpretação.
36) A primeira tópica é dividida em:
É um aparelho psíquico e é dividido em: inconsciente/ pré consciente/ consciente
No inconsciente tudo é possível, porque ele é regido pelo princípio do prazer.
37) Marque as opções verdadeiras:
Os sonhos traumáticos rompem o filtro que o recalque faz às representações inconscientes e deixam o sonhador exposto à angustia
O conceito freudiano de sexualidade infantil diferencia a sexualidade humana da sexualidade animal.
38) O que se refere ao método da livre associação desenvolvida por Freud?
 O paciente deve falar o que vier à cabeça, sem se preocupar com uma organização prévia do discurso.
39) Sobre a sobredeterminação das formações do inconsciente é CORRETO afirmar que:
Diz respeito à relação do conteúdo manifesto com o conteúdo latente.
Implica que um mesmo sonho possa fornecer novas associações além das já fornecidas anteriormente.
É o que explica que um elemento do sonho possa ter mais de uma interpretação.
40) O PRIMEIRO aparelho psíquico elaborado por Freud em A interpretação dos sonhos era composto por três sistemas:
1° Inconsciente; 2° Pré-consciente; 3° Consciente.
41) Sobre a originalidade da descoberta freudiana do inconsciente é CORRETO afirmar que:
Para Freud, os sonhos têm realmente um sentindo inconsciente e se pode interpretá-los utilizando um método cientifico.
Freud utilizava a hipnose para chegar aos fatos traumáticos e a sugestão para elimina-los ou, pelo menos, para tornar mais fraca a sua força patogênica.
Ao analisar um sonho, Freud parte do pressuposto que sujeito o seu significado, embora desconheça esse saber.
42) Sobre a investigação freudiana do sentido dos sonhos, é FALSO afirmar que:
Os estudos freudianos sobre os sonhos mostram que não há nenhuma articulação entre inconsciente e linguagem.
43) Sobre os primórdios do surgimentos da psicanalise, é CORRETO afirmar que:
No campo da psiquiatria, os experimentos com o haxixe e o ópio visavam produzir no indivíduo normal, em laboratório, os mesmos sintomas da loucura e, além disso, pode fazer este indivíduo retornar ao estado normal com o objetivo de possibilitar a aquisição de um saber direto sobre a loucura.
A pesquisa da loucura pela anatomia patológica não obteve sucesso em encontrar um correlato corporal, ou seja, não conseguiu demonstrar a causalidade orgânica da loucura
No século XIX, o do sonho era reconhecido como “a loucura do indivíduo adormecido”. Isto quer dizer que ele era visto como um fenômeno que reproduz em um indivíduo normal as mesmas características produzidas pela loucura.
É possível apresentar a psicanalise como uma teoria e uma pratica que rompe com a psiquiatria e a psicologia do século XIX.
A grande contribuição da psicanalise para a pesquisa psicopatológica foi ter desvendado a lógica dos processos inconscientes a partir do estudo dos sonhos.
44) Correlacione as colunas abaixo:
a. Condensação
b. Figurabilidade
c. Deslocamento
d. Elaboração Secundaria
 (A) Explica a razão pela qual o conteúdo latente do sonho é sempre maior que o conteúdo e compreensível.
 (B) Refere-se à seleção e à transformação dos pensamentos
 (C) Opera pela substituição de um elemento latente por outro mais remoto que faça alusão ao primeiro e também pelo descentramento da importância do elemento latente. 
 (D) É o que permite que o sonho adquira a forma de uma história coerente e compreensível.
45) Marque V ou F
 (V) O século XVII realizou a partilha entre a razão e a desrazão; foi o momento de emergência da loucura, o momento em que a razão produziu a loucura.
 (V) O século XVI caracterizou-se por incertezas e confusão resultantes da derruba das grandes verdades que haviam sido acumuladas por mais de dois milênios.
 (F) Ao investigar a histeria, Freud também partiu da teoria do trauma como um evento real que dava origem ao distúrbio histérico e conseguiu comprovar essa hipótese.
 (F) Freud interpreta os sonhos a partir do fenômeno onírico em si, ou seja, ele despreza o relato do sonho
 (F) No século XIX, a psiquiatria já sabia responder à questão “o que é loucura?”.
 (V) O interrogatório foi um das formas inicialmente utilizadas para pesquisar a loucura.
 (V) As noções de resistência, defesa e conversão fizeram Freud modificar sua concepção de terapia: não bastava ab-reagir os afetos. A possibilidade de elaboração das ideias patogênicas dependia de que elas se tornassem conscientes.
 (F) O aparelho psíquico não é um aparelho simbólico.
 (V) No século XIX, as doenças eram dividias em dois grandes grupos: 1) as que possuíam sintomatologia regular e remetiam a doenças orgânicas identificáveis pela anatomia patológica e 2) as que compareciam com sintomatologia irregular e como perturbações sem lesão. 
 (V) Pesquisando a histeria, Freud descobriu que tanto a sua própria insistência, como médico, para que os pacientes lembrassem o fato traumático quanto os esforços que eles dispendiam para alcançar esse objetivo esbarravam com uma resistência a que as ideias patogênicas se tornassem conscientes.