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TÓPICOS EM NUTRIÇÃO Profa. Raíssa Antunes Pereira Década de 1970: currículo mínimo da nutrição revisto Detectou-se que o currículo não acompanhava o desenvolvimento técnico e científico e não atendia as necessidades da realidade brasileira Outros cursos com fortes críticas: medicina e enfermagem Histórico Principais críticas aos currículos na área da saúde na época: “formação fortemente biológica, hospitalocêntrica, focada no indivíduo, baseada em aulas predominantemente teóricas e no acúmulo de conhecimentos "especializados", ou seja, fragmentados, sustentados pela organização disciplinar dos currículos e pela separação entre ciclo básico e profissional” 1997: Ministério da Educação (MEC) estabeleceu regras para que todas as Instituições de Ensino Superior (IES) do país enviassem propostas para a elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação. Currículo de Nutrição: -Participação do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) -Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) -Universidades -Comissão de especialistas de ensino da nutrição Principais mudanças: Conteúdo principal não está mais centrado em matérias, duração e carga horária O conteúdo traz o delineamento do perfil profissional, dos princípios que devem reger a prática do nutricionista, bem como na discriminação das competências e habilidades requeridas Inclui elementos que direcionam uma estruturação mais qualitativa do curso aluno mais apto para compreender e atuar diante das necessidades de saúde da população RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 5, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2001 Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Nutrição. 2 importantes premissas: RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 5, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2001 I- Nutricionista, com formação generalista, humanista e crítica, capacitado a atuar, visando à segurança alimentar e à atenção dietética, em todas as áreas do conhecimento em que alimentação e nutrição se apresentem fundamentais para a promoção, manutenção e recuperação da saúde e para a prevenção de doenças de indivíduos ou grupos populacionais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, pautado em princípios éticos, com reflexão sobre a realidade econômica, política, social e cultural; II- Nutricionista com Licenciatura em Nutrição capacitado para atuar na Educação Básica e na Educação Profissional em Nutrição. Baseia-se em ações de promoção, prevenção de agravos e recuperação da saúde. A integralidade permite a percepção holística do sujeito, considerando o contexto histórico, social, político, familiar e ambiental em que se insere. A atenção integral é, ao mesmo tempo, individual e coletiva, inviabilizando, portanto, ações dissociadas, evidenciando, assim, a necessidade de articulação entre a equipe multiprofissional. a Saúde é entendida numa concepção sócio-histórico- cultural, enfatizando a integralidade do cuidado, com a equipe de saúde atuando em uma perspectiva interdisciplinar Quais as competências e habilidades gerais necessárias para a formação na área da saúde? Atenção à saúde ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde- de forma integrada Tomada de decisões avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas Comunicação ser acessível/manter confidencialidade das informações a ele confiada, habilidades de escrita, domínio 1 língua estrangeira e de tecnologias de informação e comunicação Liderança Administração e gerenciamento da força de trabalho, dos recursos físicos e materiais e de informação/ empreendedorismo Educação permanente aprendizado contínuo – compromisso com a educação de futuras gerações e profissionais Competências e habilidades específicas para o nutricionista I. Aplicar conhecimentos sobre a composição, propriedades e transformações dos alimentos e seu aproveitamento pelo organismo humano, na atenção dietética; II.Contribuir para promover, manter e ou recuperar o estado nutricional de indivíduos e grupos populacionais; III.Desenvolver e aplicar métodos e técnicas de ensino em sua área de atuação; IV.Atuar em políticas e programas de educação, segurança e vigilância nutricional, alimentar e sanitária, visando a promoção da saúde em âmbito local, regional e nacional; V.Atuar na formulação e execução de programas de educação nutricional; de vigilância nutricional, alimentar e sanitária; VI.Atuar em equipes multiprofissionais de saúde e de terapia nutricional; VII.Avaliar, diagnosticar e acompanhar o estado nutricional; planejar, prescrever, analisar, supervisionar e avaliar dietas e suplementos dietéticos para indivíduos sadios e enfermos; VIII.Planejar, gerenciar e avaliar unidades de alimentação e nutrição, visando a manutenção e/ou melhoria das condições de saúde de coletividades sadias e enfermas; IX.Realizar diagnósticos e intervenções na área de alimentação e nutrição, considerando a influência sócio-cultural e econômica que determina a disponibilidade, consumo e utilização biológica dos alimentos pelo indivíduo e pela população; X.Atuar em equipes multiprofissionais destinadas a planejar, coordenar, supervisionar, XI.Implementar, executar e avaliar atividades na área de alimentação e nutrição e de saúde; XII.Reconhecer a saúde como direito e atuar de forma a garantir a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; XIII.Desenvolver atividades de auditoria, assessoria, consultoria na área de alimentação e nutrição; VIII.Atuar em marketing de alimentação e nutrição; IX.Exercer controle de qualidade dos alimentos em sua área de competência; X.Desenvolver e avaliar novas fórmulas ou produtos alimentares, visando sua utilização na alimentação humana; XI.Integrar grupos de pesquisa na área de alimentação e nutrição; e XII.Investigar e aplicar conhecimentos com visão holística do ser humano, integrando equipes multiprofissionais. Conteúdo dos cursos de graduação em Nutrição Ciências da Alimentação e Nutrição Ciências Biológicas e da Saúde Ciências Sociais, Humanas e Econômicas Ciências dos Alimentos “Uma das competências seria a reflexão. O aluno precisa refletir sobre a realidade, tem de ser capaz de identificar seu papel no contexto em que está inserido e refletir sobre como a nutrição se aplica nesse contexto. Outra habilidade é a de ser proativo, de propor intervenções, identificar em uma determinada situação o problema, e propor uma solução... o aluno tem de pensar nos diagnósticos mais amplamente, não bastando fazer só o diagnóstico clínico. Tem de fazer o diagnóstico cultural, social e econômico. Ele tem que conhecer a dinâmica social do local, a capacidade de organização dessa sociedade para planejar sua ação..., pensando de forma multidisciplinar. Ele tem que fazer o diagnóstico, planejar, executar e avaliar a ação” ❶A formação do nutricionista deve contemplar as necessidades sociais da saúde, com ênfase no Sistema Único de Saúde (SUS). Pinheiro, 2012 Revista de Nutrição Cenário atual: pouca atuação/valorização na área de nutrição social/ nutrição em saúde pública ❷A carga horária do estágio curricular deverá ser distribuída equitativamente em pelo menos 3 áreas de atuação: nutrição clínica, nutrição social e nutrição em unidades de alimentação e nutrição. Estas atividades devem ser eminentemente práticas e sua carga horária teórica não poderá ser superior a 20% (vinte por cento) do total por estágio. ”A formação em nutrição deve primar e exprimir um processo de ensino-aprendizagem capaz de colocar no mercado de trabalho profissionais preparados para compreender, analisar e intervir na busca da justiça social, que implica saúde e SAN como direito de cidadania.” Soares e Aguiar, 2010 *SAN- Segurança Alimentar e Nutricional
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