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Endosulfan: um agrotóxico controverso

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Introdução
 O Endosulfan é um inseticida e acaricida. Este sólido incolor emergiu como um agrotóxico[1], altamente controverso, devido à sua grande toxicidade, ao seu potencial de biocumulação e também por interrupção endócrina. Banido em mais de 62 países, incluindo a União Europeia e várias nações ao Oeste da África e Ásia, continua sendo extensivamente usado na Índia e Austrália, por exemplo. É produzido pela Bayer CropScience, Makhteshim Agan, Nortox S.A. e pelo governo indiano - dono da Hindustan Insecticides Limited - entre outras. Devido ao seu risco ao meio ambiente, um banimento global do uso e produção do Endosulfan está sendo considerado pela convenção de Estocolmo.
 A substância foi proibida no Brasil em 16 de agosto de 2010, pela ANVISA. A agência publicou resolução que determina o banimento do ingrediente ativo Endossulfan do Brasil. A determinação foi fundamentada em estudos toxicológicos que associam o uso desse agrotóxico, considerado extremamente tóxicos, a problemas reprodutivos e endócrinos em trabalhadores rurais e na população.
 De acordo com cronograma estabelecido pela norma, o Endossulfan não poderá ser comercializado, no Brasil, a partir de 31 de julho de 2013. A partir de 2011, o produto não pode mais ser importado, e a fabricação em território nacional será proibida a partir de 31 de julho de 2012.
Controle
 O ENDOSULFAN é um inseticida e acaricida que age por contato e ingestão nos alvos biológicos abaixo indicados os quais causam consideráveis danos produção das culturas do algodão, do café, da cana-de-açúcar e da soja. 
CULTURAS, PRAGAS, DOSE, VOLUME E ÉPOCA DE APLICAÇÃO: 
Número máximo de aplicações: uma única aplicação. 
CULTURA PRAGA ENDOSULFAN DOSE i.a(g/ha) Litro/ha VOLUME E ÉPOCA DE APLICAÇÃO ALGODÃO :
Ácaro branco (Polyphagotarsonemus latus) 350 1,0.
 Aplicar quando o ataque atingir o nível de dano econômico de 10% de plantas com ácaros. A ocorrência desta praga se verifica entre 60 a 115 da emergência do algodão.
 As condições climáticas de umidade e temperatura elevadas e ainda tempo chuvosas favorecem o aparecimento da praga. Aplicar o volume de 180-400 L de calda/ha. 
Bicudo (Anthonomus grandis) 525 a 700 1,5 a 2,0.
 Aplicar quando se verificar o nível de controle de 15 de botões florais perfurados após o surgimento da primeira flor se estendendo até 110 dias após a emergência. 
As amostragens devem ser feitas semanalmente dentro do período dos 40 aos 110 dias da emergência da cultura, inspecionando 25 botões por hectares. No caso de áreas com histórico de incidência de bicudo o controle deve ser preventivo. Utilizar o volume de 150 – 300 litros de calda/ha. 
Curuquerê (Alabama argillacea) 350 a 525 1,0 a 1,5.
O levantamento da ocorrência desta praga se dá entre 80 e 120 dias após a germinação. Aplicar quando se verificar nas amostragens o nível de 3 lagartas por planta. Usar a dose maior quando a cultura atingir maior densidade foliar. Volume de calda utilzado é de 190 – 400 litros de calda/ha. 
CAFÉ 
Broca-do-café (Hipothenemus hampei) 525-700 1,5 a 2,0.
Iniciar a aplicação quando se verificar nos frutos da primeira florada, um nível de infestação de 5% dos frutos perfurados. Usar a maior dose no caso de cafeeiro com grande densidade vegetativa. Volume de calda utilizada é de 400 litros de calda/ha. 
CANA DE AÇÚCAR:
Cupim (Heterotermes tenuis) 2800 8,0.
Broca-da-cana (Migdolus fryanus) 4200 12,0.
 Aplicar o produto no sulco se plantio sobre os toletes, observando no entanto a dose para cada alvo biológico aqui indicado. Utilizar o volume de cada de 200 litros por hectare. 
SOJA :
Lagarta-falsa-medideira (Pseudoplusia includens) 350 a 437,5 1,0-1,25.
Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) 175 0,5.
 Aplicar quando o nível de dano econômico atingir antes da florada o desfolhamento de aproximadamente 30% ou o número de lagartas com 1,5 cm ou mais de comprimento for de 40 exemplares por amostragem; pós florada, quando o desfolhamento for aproximadamente de 1,5 cm ou mais de comprimento for 40 por amostragem. Utilizar o volume de 150 – 350 litros de calda por hectare. 
Percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildini) 437,5-525 1,25-1,5.
Percevejo-verde (Nezara viridula) 437,5-525 1,25-1,5.
Percevejo-marrom (Euschistus heros) 437,5 1,25.
 Aplicar quando se verificar 4 exemplares com 0,5cm ou mais de comprimento por amostragem, para o caso de lavoura de produção de grãos. No caso de produção de semente aplicar quando constar 2 percevejos maiores que 0,5 cm por amostragem. A ocorrência destes insetos se verifica desde a formação das vagens até a maturação fisiológica (estagio R4, R6). Utilizar o volume de 200 litros de calda por hectare. Nota: 1 litro do produto contem 350 gramas de ingrediente ativo
Ingredientes Ativos
COMPOSIÇÃO:....................................................................................................................................................... (1,4,5,6,7,7-hexachloro-8,9,10-trinorborn-5-em-2,3-ylenebismethylene) sulfite) 
ENDOSULFAN .................................................................................(350,0 g/L ou (35,0 % m/v) INGREDIENTES INERTES.............................................................(715,0 g/L ou (71,5 % m/v)
Modo de ação
 É um inseticida e acaricida que age por contato e ingestão nos alvos biológicos abaixo indicados os quais causam consideráveis danos produção das culturas do algodão, do café, da cana-de-açúcar e da soja.
Dl 50
 O Endossulfan é, extremamente, neurotóxico, tanto para insetos, como para mamíferos, incluindo humanos. A Agência de Proteção Ambiental dos U.S.A. classifica este pesticida como Categoria I: "Altamente tóxico", com base num valor de DL50 de 30 mg/kg para ratos fêmeas, enquanto a Organização Mundial de Saúde classifica como Classe II "moderadamente perigoso", baseado num DL50 em ratazanas de 80 mg/kg. É um antagonista dos canais de cloreto GABA-Gate, assim como, inibidor das Ca2+, Mg2+ ATPase. Ambas as enzimas estão envolvidas na transmissão dos impulsos nervosos. Os sintomas da intoxicação aguda incluem a hiperatividade, tremores, convulsões, falta de coordenação, desorientação, dificuldade em respirar, náuseas e vómitos, diarreia e, em casos graves, perda de consciência. Há ainda registo de um LOEC em humanos de 35mg/kg, tendo ainda havido muitos casos de intoxicação sub-letal, resultando em lesões cerebrais permanentes. Os agricultores, com exposição crónica ao Endossulfan, correm o risco de ocorrência de irritações e erupções na pele. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos U.S.A., a dose de referência na ingestão diária de Endossulfan é de 0,015 mg/kg para adultos e 0,0015 mg/kg para crianças. No que diz respeito à exposição crónica, a dose de referência na ingestão diária de Endossulfan é de 0,006 mg/kg e de 0,0006 mg/kg, para adultos e crianças, respectivamente.
Bibliografia
http://www.adapar.pr.gov.br/arquivos/File/defis/DFI/Bulas/Inseticidas/ENDOSULFAN_NORTOX_350_EC.pdf em 23/08/2016 ás 21;30 hs

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