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QUESTÕES DE DIREITO CIVIL IV

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1. A empresa Rubish Ltda. exerce a atividade de comprar dejetos de outras empresas. Como necessita de local para despejá-los, celebra contrato com João dos Santos, dono de vasta área rural, para depositar resíduos tóxicos em seu terreno em troca de pagamento de vultosa quantia. Assim, estavam as partes satisfeitas, sendo cumpridos regularmente os objetos contratuais conforme avençados. Cientes do fato, os moradores da região revoltaram-se diante dos efeitos e exigiram a desconstituição do contrato. João e a empresa resistiram a pressão sob a alegação de que o contrato nasce para ser cumprido, faz lei entre as partes e está harmonizando interesses convergentes. Diante do quadro, solucione o conflito segundo a vigente estrutura das normas que regem as relações contratuais. Têm razão os moradores da região porque o contrato não pode ser nocivo a uma das partes, tampouco à sociedade. Pelo contrário, deve ser instrumento de enriquecimento e desenvolvimento econômico sustentável. Eis a conclusão registrada em Jornada de Direito Civil: “A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, não elimina o princípio da autônima contratual, mas atenua ou reduz o alcance desse princípio, quando presentes interesses meta individuais ou interesse individual relativo à dignidade da pessoa humana” .
2. Manoel resolveu viajar para o exterior por poucas semanas. Preocupado com a hipótese de sofrer algum acidente ou causar danos a alguém, seleciona uma empresa para celebrar contrato de seguro. Assim, pagaria um certo prêmio e, em contrapartida, teria cobertura caso sofresse algum sinistro.Considerando a modalidade do contrato relatada, responda:É oneroso ou gratuito ?É bilateral ou unilateral ?É de natureza aleatória ? Justifique.É solene ? Justifique.
É oneroso porque gera vantagem para ambas as partes.
É bilateral, pois tem reciprocidade de prestação e contraprestação. 
Embora o segurado assuma obrigação certa, que é a de pagar o prêmio estipulado, a avença é sempre aleatória para o segurador, porque a sua prestação depende de fato eventual. 
Afirmam alguns que ele só se aperfeiçoa depois de emitida a apólice, sendo assim um contrato solene. Tem-se entendido, no entanto, que a forma escrita é exigida apenas ad probationem, não sendo, porém, essencial, visto que a parte final do art. 758 também considera perfeito o contrato, desde que o segurado tenha efetuado o pagamento do prêmio.
3. O princípio da autonomia da vontade é absoluto, cabendo às partes contratantes o direito de estipular livremente o acordo de vontades, disciplinando os seus interesses, tutelados pela ordem jurídica. Errado, De acordo com esse princípio, as partes são livres pra estipular as cláusulas contratuais e o tipo de contrato.[...] O princípio da autonomia da vontade, porém, não é absoluto, pois a liberdade dos contratantes encontra-se limitada pelo princípio da supremacia da ordem pública e pelos dois princípios do contrato que traçam as diretrizes da noção de socialidade
4. Art. 421 : A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil , elimina o príncipio da autonomia contratual.Não elimina o princípio da autonomia contratual, mas atenua ou reduz o alcance desse princípio quando presentes interesses metaindividuais ou interesse individual relativo à dignidade da pessoa humana ."
5. Art. 422: Em virtude do princípio da boa-fé, positivado no art. 422 do novo Código Civil, a violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento, independentemente de culpa. O princípio PACTA Sunt Servanda refere-se aos contratos privados enfatizando que as cláusulas e pactos e ali contidas são direitos entre as partes, e o não cumprimento das respectivas obrigações implica a quebra do que do que foi pactuada. Art.389, 390 e 391 CC.
Pacta sunt servanda significa que o pacto deve ser respeitado; o contrato faz lei entre as partes.
O pacta sunt servanda não é absoluto, pois o contrato que não cumpre sua função social não precisa ser respeitado, uma vez que não tem força obrigatória. Assim, a obrigatoriedade é regra no contrato paritário, enquanto a função social do contrato é regra no contrato de adesão. 
Segundo o Enunciado 23 do CJF, a função social do contrato não elimina o princípio da autonomia contratual apenas reduzindo ou atenuando o alcance de tal princípio. Assim, o pacta sunt servanda ainda existe, mas foi relativizado pelos princípios contratuais sociais.
6. Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas no novo código civil.
Os contratos atípicos decorrem da necessidade das partes na atividade negocial, já que impossível seria a regulamentação de todas as formas de relações intersubjetivas. Em decorrência disso, é certa a assertiva dantes formulada de que os contratos atípicos decorrem da autonomia da vontade privada.
7.Verônica e Fabíola se reuniram por três dias para tratarem sobre uma provável venda da loja em Icaraí, portanto comercial, de propriedade da primeira. Fabíola demonstrou sincero interesse na aquisição do bem, tendo levado ao local, de um dos encontros, seu advogado, Rolando, chegando a tratar sobre os termos de uma minuta de compra e venda, levando à outra parte a expectativa de fechar o negócio, inclusive tendo retirado a placa e os anúncios das imobiliárias.Nesse ínterim, um terceiro de nome CARLOS, colocou OUTRA LOJA SIMILAR aquela, à venda e a um preço mais acessível.
Fabíola desistiu da compra da loja de Verônica e simplesmente comprou a loja de Carlos, sem nenhuma notificação.
a) Pode-se afirmar que já existia algum contrato entre FABÍOLA E VERONICA?Justifique. Sim, Porque houve um acordo entre as partes e que produz efeitos obrigacionais art. 113 CC. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa–fé e o uso do lugar de sua celebração. Ainda que não estiver escrito o contrato deve ser respeitado.
b) Verônica pretende propor uma ação contra Fabíola, a fim de ser indenizada por perdas e danos, procede? Justifique.
Sim, Conforme o “Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.”
a) O que é o princípio da autonomia da vontade e no que se funda? O principio da autonomia da vontade se funda na liberdade contratual dos contratantes, consistindo no poder de estipular livremente, como melhor convier, mediante acordo de vontades, a disciplina de seus interesses, suscitando efeitos tutelados pela ordem jurídica.
b) O que significa o princípio da relatividade dos contratos?Funda-se tal princípio na idéia de que os efeitos do contrato só se produzem em relação às partes, àqueles que manifestaram a sua vontade, vinculando-os ao seu conteúdo, não afetando terceiros nem seu patrimônio. Em outras palavras, o contrato vincula apenas as partes contratantes, só as partes ficam obrigadas a cumprir o objeto do contrato. Por exemplo, eu fiz um contrato com você, então somente eu posso cumprir a obrigação que me cabe e você também, como também, só posso exigir a prestação de você.

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