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Patologia do Aparelho Digestório 01 cavidade oral

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1
A mucosa oral é revestida por um epitélio estratificado pavimento que forma uma
barreira espessa contra agressões. A saliva, além de lubrificar as superfícies e iniciar o 
processo de digestão, também possui IgA e agentes antimicrobianos que ajudam no 
controle e equilíbrio da microbiota oral. A cavidade oral possui uma rica microbiota 
constituída por bactérias aeróbias e anaeróbias, espiroquetas e fungos, que varia de 
acordo com a dieta, pH e anticorpos. Soluções de continuidade da mucosa , 
imunossupressão e desequilíbrio da microbiota são as principais condições para o 
início de processos patológicos na cavidade oral.
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Algumas alterações congênitas envolvendo cavidade oral tem grande importância.
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São alterações comuns ao trato respiratório e digestório e observados com 
frequência em leitões e bezerros. Podem estar associados a fatores genéticos 
(endogamia) ou a ingestão de plantas tóxicas. A Crotalaria retusa é um arbusto 
comum no Nordeste do Brasil, conhecido popularmente como Xique-xique, e pode 
causar intoxicação crônica com encefalopatia hepática. Conium maculatum é um 
herbácea de onde se extrai um potente veneno; conhecida como Cicuta, é nativa do 
Mediterrâneo, mas já naturalizada nas Américas. Veratrum californicum é uma planta 
tóxica com efeitos teratogênicos nativa da América do Norte.
Em gatas gestantes tratadas com griseofulvina, um medicamento antifúngico, os 
filhotes podem desenvolver a lesão.
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A queilosquise ou lábio leporino afeta o lábio superior e deve-se a falha na fusão do 
processo maxilar e do processo nasal medial. Pode se uni ou bilateral e ocorre isolada 
ou associada à fenda palatina (palatosquise). 
Foto capturada em: 
http://colunas.revistaepocasp.globo.com/farejadorbichos/category/sem-categoria/
5
A palatosquise afeta o osso e a mucosa da linha média do palato duro. É um defeito 
da fusão longitudinal das prateleiras palatinas laterais, formando uma comunicação 
entre as cavidades oral e nasal. As consequências vão de dificuldade de apreensão e 
sucção até aspiração de leite, infecções secundárias e pneumonia.
Dificuldade de preensão e sucção
Aspiração de leite
Pneumonia por aspiração
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A má oclusão é um desvio da oclusão normal e pode ser devido a posição anormal 
dos dentes (má oclusão dentária) ou assimetria ou desvio dos ossos que suportam a 
dentição (má oclusão esquelética). É uma falha dos incisivos superiores e inferiores 
se interdigitarem corretamente. Causam dificuldade de preensão e mastigação dos 
alimentos. São denominadas de acordo com a posição da mandíbula.
Quando o arco mandibular oclui caudal a sua posição normal em relação ao arco 
maxilar, é classificada como Distoclusão mandibular (classe 2). Quando o arco 
mandibular oclui rostral a sua posição em relação ao arco maxilar é chamada 
mesioclusão mandibular. (http://www.avdc.org/nomenclature.html#occlusion) 
(American Veterinary Dental College)
As má-formações de maxila e mandíbula são de origem hereditária e podem causar 
caquexia devido a dificuldade de preensão, mastigação e deglutição. O bragnatismo é 
o subdesenvolvimento ou hipoplasia da maxila (Bragnatismo Superior) ou da 
mandíbula (Bragnatismo Inferior). O primeiro é mais comum em cães e suínos e o 
inferior é mais relatado em bovinos e equinos.
O prognatismo é o crescimento maior que o normal da mandíbula, e deve ser 
diferenciado de bragnatismo superior. É mais comum em ovinos.
A má oclusão dental inclui distoversão, mesioversão, linguoversão, labioversão, 
crossbite (mordida cruzada) rostral e caudal.
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As má-formações de maxila e mandíbula são de origem hereditária e podem causar 
caquexia devido a dificuldade de preensão, mastigação e deglutição. O bragnatismo
(braquignatismo) é o subdesenvolvimento ou hipoplasia da maxila (Bragnatismo
Superior) ou da mandíbula (Bragnatismo Inferior). O primeiro é mais comum em cães 
e suínos e o inferior é mais relatado em bovinos e equinos.
O prognatismo (do grego pro, "movimento para a frente", + gnathós"mandíbula“) é o 
crescimento maior que o normal da mandíbula, e deve ser diferenciado de 
bragnatismo superior. É mais comum em ovinos.
A má oclusão dental inclui distoversão, mesioversão, linguoversão, labioversão, 
crossbite (mordida cruzada) rostral e caudal.
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Dr. Jan Bellows, Oral Assessment, Treatment and Prevention
(http://www.oralatp.com/?p=37)
Mesioclusão mandibular é uma anormalidade do esqueleto em que a mandíbula está 
anormalmente em frente da maxila superior. Esta condição é comum em raças com 
crânios braquicéfalos como Pugs, Bulldogs Inglês e gatos persas. Às vezes, os incisivos 
superiores anormalmente penetram nos tecidos da gengiva inferior. O tratamento 
envolve deixar o cão ou gato confortável tanto por remoção dos dentes penetrar no 
maxilar inferior ou reduzindo a altura da coroa e restaurar as coroas de modo a não 
penetrar na mandíbula inferior.
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A presença de alimentos na boca do cadáver pode sugerir doenças que resultam em 
paralisia da deglutição ou estado de semi-inconsciência (Encefalite, 
leucoencefalomalácia, encefalopatia hepática). O alimento está mal mastigado, 
diferente daquele que foi regurgitado após a morte.
Ossos e outros em faringe de bovinos sugerem alotriofagia por deficiência de fósforo.
Fonte das figuras: Antoniassi et al. Alterações clínicas e patológicas em ovinos 
infectados naturalmente pelo vírus da língua azul no Rio Grande do Sul. Pesq. Vet. 
Bras. vol.30 no.12 Rio de Janeiro Dec. 2010.
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Objetos pontiagudos (agulhas, farpas ou fibras vegetais) podem causar trauma da 
mucosa e predispor a processos inflamatórios necróticos profundos ou 
granulomatosos.
Corpos lineares (fios e linhas de costura) podem se fixar na parte caudal da língua, 
comprimindo o freio e dando uma laçada ao redor da base da língua. Se muito 
longos, podem provocar obstrução intestinal e necrose linear nas porções 
mesentéricas da mucosa intestinal.
Fonte das figuras:
http://www.tudogato.com/2012/09/gatos-brincando-com-linhas-dia-de.html
http://www.redevet.com.br/artigos/cestranho.htm
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http://www.rockymountainrider.com/articles/2012/0412_Danger_of_Awn_Grasses.h
tm
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estomatite felina é um problema comum, doloroso e que ameaça a vida em muitos 
gatos. Ela ocorre em gatos de todas as raças e de todas as idades. Algumas raças, 
como Himalaia, persas e Somalis mais comumente desenvolvem estomatite embora 
também seja possível ver esta condição em muitos gatos de pelo curto e longo 
domesticados, bem como nas raças orientais.
Gatos com estomatite muitas vezes tem mau hálito (halitose). Eles também têm 
gengivas vermelhas e inflamadas (gengiva). No momento em que a inflamação se 
espalha a partir de áreas adjacentes aos dentes para as áreas mais distantes (parte 
posterior da garganta ou da orofaringe). Em algumas áreas, as gengivas (gengiva) 
aumentam de volume e obstruem áreas da orofaringe. Comer e engolir torna-se 
difícil e doloroso para muitos destes gatos.
Quando as biópsias são retiradas desses tecidos orais inflamadas, o patologista, 
muitas vezes descrevem a condição como gengivoestomatite linfocítica-plasmocítica. 
Os linfócitos e plasmócitos são leucócitos comumente observados em inflamação 
grave. A condição é muitas vezes abreviado como LPGS.
Fonte: http://www.mypetsdentist.com/feline-stomatitis.pml
19
Acredita-se que as lesões inflamatórias associadas com gengivoestomatites felina são 
o resultado de um sistema imune altamente reactivo. O antígeno específico que o 
sistema imunitário está a reagir não é facilmente identificado e é muitas vezes 
desconhecido. O fato de a maior parte destas lesões se resolverem quando os dentes 
são removidos sugere o envolvimento de um antígeno que está intimamente 
relacionado com os dentes (isto é, bactérias). No entanto, comonem toda inflamação 
se resolve quando os dentes são removidos, deve admitir-se que múltiplos antígenos 
podem estar envolvidos. Outros antígenos que podem ter um papel no 
desencadeamento da inflamação oral associada com gengivoestomatites felina 
incluem vírus, alimentos ou antígenos ambientais. A auto-imunidade pode também 
ser um componente da doença
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Nas estomatites superficiais, as lesões se limitam ao epitélio de revestimento da 
mucosa, enquanto as profundas envolvem o tecido conjuntivo e podem ser sequela 
das anteriores.
Irritantes químicos, tóxicos, queimaduras e traumas podem causar lesão na mucosa e 
predispor a infecção bacteriana secundária. Lesões vesiculares virais que se rompem 
também expõem a mucosas a essas infecções. As estomatites são, em geral, 
consequência de desequilíbrio na flora bacteriana da cavidade oral, ocasionado por 
doenças sistêmicas, doenças autoimunes, imunossupressão, desequilíbrios 
nutricionais e hormonais, alteração na quantidade, composição e pH da saliva e 
antibioticoterapia prolongada.
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Doenças debilitantes
Aspectos anatomopatológicos: Hiperemia e edema; Hiperplasia de tecido linfoide; 
Descamação epitelial; Células inflamatórias; Bactérias; Placa cinza-esbranquiçada
É uma estomatite superficial inespecífica, caracterizada por hiperemia da mucosa e 
edema das fauces posteriores e gengivite. A hiperplasia do tecido linfoide atinge 
palato, tonsilas e mucosa faringiana. Ocorre irritação intensa e descamação epitelial, 
que associado ao excesso de muco, células inflamatórias e bactérias da cavidade oral, 
formam placas irregulares brancacentas e pseudomembranosas. O principal exemplo 
é a candidíase em potros, leitões e cães jovens.
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Vesículas – camadas superficiais do epitélio ou entre o epitélio e a lâmina própria. 
Vírus epiteliotrópicos.
Infecções virais: Febre Aftosa (Picornavírus); BVD e FCM; Estomatite Vesicular 
(Rabdovírus - bovinos, suínos, equinos); Doença Vesicular dos suínos (Enterovírus); 
Exantema Vesicular (Calicivírus); Calicivírus felino; Doenças autoimunes
Lesões orais, cutâneas e podais  invasão bacteriana e endotoxemia
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Vesículas – camadas superficiais do epitélio ou entre o epitélio e a lâmina própria. 
Vírus epiteliotrópicos, citolíticos.
Infecções virais: Febre Aftosa (Picornavírus); BVD e FCM; Estomatite Vesicular 
(Rabdovírus - bovinos, suínos, equinos); Doença Vesicular dos suínos (Enterovírus); 
Exantema Vesicular (Calicivírus); Calicivírus felino; Doenças autoimunes
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Nas estomatites vesiculares, há acúmulo de líquido seroso dentro do epitélio e entre 
este e a lâmina própria, iniciado com degeneração hidrópica da células epitelial, 
seguido de ruptura celular e edema intercelular. Vesículas adjacentes se fundem para 
formar bolhas, que, pelo atrito, se rompem e originam erosões.
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Vesículas se rompem por manipulação, úlceras hiperêmicas.
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São caracterizadas por perda local de epitélio, sendo superficial na erosiva e profunda 
na ulcerativa. Na maioria dos casos, as úlceras são consequência das erosões. 
Geralmente, são inespecíficas.
Erosiva  superficial
Ulcerativa  profunda
Doenças e Síndromes: Febre Aftosa e outras doenças vesiculares; BVD e FCM; Ectima
Contagioso; Calicivirose e RV felina ; Complexo Granuloma eosinofílico felino
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As erosões reparam-se completamente, mas as ulcerações, por serem profundas e 
atingirem a camada proliferativa do epitélio, não se regeneram, apenas cicatrizam.
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São observadas três formas distintas dessa síndrome: granuloma linear eosinofílico 
(granuloma colagenolítico), placa eosinofílica e úlcera indolente ou eosinofílica.
A placa eosinofílica é uma reação de hipersensibilidade mais frequentemente a 
insetos, com menor freqüência a alimentos e alérgenos ambientais. O granuloma 
eosinofílino possui múltiplas causas, incluindo hipersensibilidade e predisposição 
genética. A úlcera indolente pode ter ambas as causas, genética e hipersensibilidade.
Relata-se que a placa eosinofílica ocorre em felinos de 2 a 6 anos de idade e que para 
úlcera indolente a predisposição por idade não foi reportada. A predisposição por 
fêmeas tem sido relatada somente para a úlcera indolente. Lesões de mais de uma 
síndrome podem ocorrer simultaneamente e podem desenvolver-se espontânea e 
agudamente. Além disso, relata-se que a incidência sazonal é comum.
As características clínicas das placas eosinofílicas são placas e manchas alopécicas, 
eritematosas e erosivas que, em geral, ocorrem nas regiões inguinal, perineal, lateral 
da coxa e axilar, sendo frequentemente úmidas ou cintilantes; pode ocorrer 
eosinofilia circulante. Nos granulomas eosinofílicos, ocorre uma orientação 
distintamente linear na região caudal da coxa, medial dos membros anteriores ou 
como placas individuais ou coalescentes em qualquer região do corpo. Apresentam-
se ulcerados, com um padrão ulcerado ou “de paralelepípedo”, brancos ou 
amarelados; pode ocorrer tumefação do mento e da borda do lábio, do coxim plantar, 
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dor e claudicação, ulcerações na cavidade oral (língua, palato, arcos palatinos) e 
também associa-se a eosinofilia circulante. As úlceras indolentes classicamente são 
ulcerações elevadas e endurecidas restritas ao lábio superior e adjacentes ao 
philtrum ou adjacente aos dentes caninos superiores. A periferia fica saliente e 
circunda uma superfície ulcerada amarelo-rosada. As lesões geralmente são 
dolorosas ou pruriginosas.
Os diagnósticos diferenciais para lesões não responsivas incluem pênfigo foliáceo, 
dermatofitose, infecção fúngica profunda, demodicose, piodermatite, 
adenocarcinoma metastático, linfoma cutâneo e outras neoplasias. O diagnóstico é 
feito baseando-se no exame clínico, citologia e histopatologia. São recomendados 
ainda hemograma, bioquímica, urinálise e sorologia para FIV e FeLV.
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As estomatites profundas são consequências da invasão do tecido conjuntivo por
microorganismos da flora oral, em consequência de lesão do epitélio de 
revestimento. Dependendo do microorganismo, pode ser purulenta, necrótica, 
gangrenosa ou granulomatosa.
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A estomatite purulenta é também chamada celulite e ocorre quando microrganismos 
piogênicos invadem a submucosa e os músculos. A frouxidão do tecido conjuntivo e 
muscular favorece a difusão do exsudato e do fleimão. As estruturas da cavidade oral 
ficam muito aumentadas de volume e podem dificultar a passagem do ar para as vias 
aéreas. Com a evolução, podem se formar abscessos que deixam um trajeto fistuloso 
de difícil recuperação. (Abscessos e fistulação)
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Fusobacterium necrophorum (Necrobacilose oral) e outros anaeróbios
Bezerros, leitões e cordeiros
Lesões por alimento grosseiro, guia de sonda ruminal, corte de dentes em leitões
Localização: bordas laterais da língua, bochechas e gengivas
Ulceração e fibrina
Bactérias anaeróbias produtoras de toxinas causam lesão tecidual em áreas 
lesionadas da mucosa oral.
O exsudato fibrinoso recobre a úlcera na forma de uma membrana acinzentada, 
irregular e friável, de aspecto sujo e odor fétido (placa diftérica ou fibrinonecrótica). 
Pode ocorrer extensão para a laringe e pneumonia por aspiração.
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Inflamação pseudomembranosa ou gangrenosa
Espiroquetas e fusiformes
Área necrótica = massa cinza-esverdeada; Maior destruição; Bolhas 
gasosas, perfuração das bochechas, reabsorção óssea e morte
Tem evolução rápida e é causada por invasão de espiroquetas e 
fusiformes e outros microrganismos da mucosa oral no tecido conjuntivo 
da submucosa. Foi descrita em macacos rhesus e cynomolgus, cães, 
gatos, leitões e cordeiros, principalmente indivíduos imunossuprimidos. 
As lesões são semelhantes a necrobacilose oral, mas são mais 
destrutivas., muito fétidas, com bolhas gasosas e podem perfuraras 
bochechas.
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Compromete principalmente bordas laterais, dorso e papilas circunvaladas da língua.
É raro, geralmente consequência da ingestão de leite contaminado ou contato 
contínuo com exsudato expectorado de tuberculose pulmonar.
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O Actinobacillus lignieresii faz parte da microbiota oral. Após lesões nos tecidos 
superficiais, a bactéria é introduzida na submucosa induzindo a formação de 
piogranulomas, principalmente na língua. Há principalmente linfangite acometendo 
os vasos linfáticos da língua. O processo se expande para os linfonodos regionais e às 
camadas submucosa e muscular da língua. Forma-se tecido de granulação e, nas 
formas crônicas, há destruição do tecido muscular da língua e substituição por tecido 
fibroso denso, com aumento de volume e da consistência (“Língua de Pau”). Os 
bovinos acometidos tem dificuldade de preensão e mastigação das forragens.
Figura Actinobacilose: Pesq. Vet. Bras. vol.33 no.3 Rio de Janeiro Mar. 2013
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O Actinobacillus lignieresii faz parte da microbiota oral. Após lesões nos tecidos 
superficiais, a bactéria é introduzida na submucosa induzindo a formação de 
piogranulomas, principalmente na língua. Há principalmente linfangite acometendo 
os vasos linfáticos da língua. O processo se expande para os linfonodos regionais e às 
camadas submucosa e muscular da língua. Forma-se tecido de granulação e, nas 
formas crônicas, há destruição do tecido muscular da língua e substituição por tecido 
fibroso denso, com aumento de volume e da consistência (“Língua de Pau”). Os 
bovinos acometidos tem dificuldade de preensão e mastigação das forragens.
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A actinomicose é uma osteomielite causada pelo Actinomyces bovis, uma bactéria 
filamentosa Gram-positiva, e afeta especialmente a mandíbula, causando aumento 
de volume, dor e inapetência. Caracteriza-se por reação granulomatosa, com 
osteólise e cavitações na estrutura do osso lamelar, formação de trajetos fistulosos e 
drenagem de exsudato, comprometendo os linfonodos regionais.
46
As tonsilas são proeminentes e salientes na fossa tonsilar do cão e do gato. No suíno 
e nas demais espécies, é difusa e se localiza na porção caudal do palato mole. É 
revestida por epitélio estratificado pavimentoso e, na submucosa, possui vários 
nódulos linfoides organizados. As alterações das tonsilas são semelhantes às que 
ocorrem em outros tecidos linfoides. Várias bactérias são habitantes normais de suas 
criptas, desse modo, ela pode ser a porta de entrada de vários microrganismos e local 
de persistência para outros.
47
Bactérias  Porta de entrada
O suíno pode ser carreador sadio de várias bactérias, incluindo a Erysipelothrix
rhusiopathiae.
Pode ocorrer proliferação exagerada de Pasteurella multocida (suínos e carneiros) e 
outras bactérias nas criptas tonsilares. A tonsila é também o local primário de 
multiplicação de alguns vírus, como o vírus da Doença de Aujeszky, causando tonsilite 
necrótica.
Vírus linfotróficos como o da panleucopenia felina, parvovírus canino, BVD, entre 
outros, utilizam as tonsilas como porta de entrada e persistência no organismo e as 
tonsilas são o órgão de eleição para detecção dos agentes.
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As alterações mais frequentes das glândulas salivares são funcionais e sem lesões 
evidentes, como o aptialismo, uma condição rara, e o ptialismo, onde se vê o 
acúmulo anormal de saliva na cavidade oral. O ptialismo está presente nas 
intoxicações por organofosforados e chumbo, nas encefalites e estomatites. Também 
ocorre na intoxicação por drogas , como a xilazina e substâncias 
parassimpatomiméticas (alcaloides).
Aptialismo: Redução na produção de saliva; Febre, desidratação e sialoadenopatias
obstrutivas
51
Os cálculos salivares são formados pela deposiçãode minerais em lâminas 
concêntricas em torno de um núcleo, geralmente um pequeno corpo estranho. São 
mais frequentes em cavalos. O núcleo é geralmente alguma partícula vegetal que 
penetra no ducto excretor da glândula. As consequências são as mesmas da presença 
de corpos estranhos, incluindo processo inflamatório (sialoadenite), obstrução com 
redução do fluxo salivar e hipotrofia glandular.
Figura: Sialólito em cavalo, necrose por pressão de grande massa pétrea que destruiu 
a glândula.
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As dilatações ou ectasias das glândulas salivares são devido a estagnação do fluxo 
salivar e tem causas congênitas ou adquiridas, como o estreitamento do lúmen 
devido a inflamação (Estenose congênita, obstrução do ductos (corpos estranhos, 
sialólitos) ou inflamação). Os ductos dilatados podem aparecer como cordões 
flutuantes, divertículos ou distensões císticas. São chamados de rânulas e mucocele
ou sialocele. Rânula: Distensão cística dos ductos das glândulas sublinguais. Mucocele
ou Sialocele: Cavidades císticas uni e multiloculadas, adjacentes aos ductos. O 
conteúdo tem coloração amarelada ou amarronzada e é bastante viscoso.
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F:\Pictures\Patologia macroscópica\Aula Prática\2010-1\SV1\2010-05-13 ap sv1\nec
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Via ascendente (ducto); Corpos estranhos e sialólitos; Via hematogênica;
A inflamação das glândulas salivares é rara nos animais domésticos. A infecção chega 
por via ascendente (pelos ductos) e é causada principalmente por corpos estranhos e 
sialolólitos. Mas também pode ocorrer infecção por via hematogênica, como parte de 
doenças sistêmicas ou locais, como Raiva, FCM, cinomose e Garrotilho.
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É um tumor epitelial benigno induzido por vírus (papovavírus) e, portanto, 
transmissível. As massas tumorais persistem por um a três meses e ocorre remissão 
espontânea e desenvolvimento de imunidade. Pode apresentar aspecto semelhante a 
couve-flor e localizam-se principalmente na comissura labial de bovinos, cães e 
coelhos. Em bovinos, é conhecido o Papilomavírus tipo 4 como agente etiológico.
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61
É um tumor benigno originário do epitélio periodontal de cães. Envolve 
principalmente os primeiros dentes molares e caninos. Possui forma de cogumelo,
tem superfície lisa e consistência dura. Histologicamente, caracteriza-se pela 
presença de tecido mesenquimal semelhante ao ligamento periodontal, com densa 
população de fibroblastos estrelados ou fusiformes em interface com denso colágeno 
fibrilar. Pode ser observada matriz cartilaginosa ou com aspecto de osso, cemento ou 
dentina.
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Também tem origem no epitélio odontogênico, que ocorre somente em cães. 
Clinicamente, pode ser confundido com neoplasias mesenquimais benignas da 
gengiva, mas com comportamento mais agressivo e infiltrativo. São massas exofílicas, 
frequentemente bilaterais, na arcada mandibular ou maxilar.
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Ocorre destruição óssea, mas não há metástase.
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É um tumor maligno de queratinócitos da camada espinhosa, muito comum nos 
animais domésticos, principalmente em gatos. Em bovinos, está relacionado ao 
consumo de samambaia por longos períodos. Atinge principalmente as tonsilas em 
cães e gatos, a língua em cães e bovinos, a gengiva em cães e equinos, e às vezes o 
palato duro em equinos.
Quando localizado nas porções caudais da cavidade oral, pode interferir com a 
deglutição.
Alterações prévias da mucosa oral, como periodontite crônica, são consideradas pré-
neoplásicas.
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A base da língua é a principal localização em bovinos.
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São muito frequentes em cães e raros em outras espécies. O crescimento é rápido e, 
por isso, áreas de necrose são comuns. À microscopia, as células neoplásicas são 
fusiformes, redondas ou poligonais e a quantidade de melanina depende do grau de 
diferenciação do tumor. As metástases estão, com mais frequência, nos linfonodos 
regionais e nos pulmões.
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A dentina, o esmalte e o cemento são os tecidos duros que formam o dente e sãovariantes do tecido ósseo. A dentina constitui a maior parte do dente e é secretada 
pelos odontoblastos. Está sujeita a alterações metabólicas, tóxicas e infecciosas, 
como o osso. É constituída de 65% de minerais e 35% de matéria orgânica. O esmalte 
é formado por 95% de minerais e 5% de matéria orgânica. É secretado por 
ameloblastos durante o desenvolvimento dos dentes. O cemento é uma substância 
semelhante ao osso, avascular e secretada pelos cementoblastos. É constituída por 
55% de minerais e 45% de matéria orgânica. Está em contínua renovação, assim 
como a dentina. É um dos elementos do periodonto, no qual as fibras de Sharpey do 
osso alveolar se prendem.
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Anodontia = ausência de dentes
Oligodontia = menor número de dentes, mais frequente em cães de raças 
braquicefálicas, às vezes em cavalos e gatos. A pseudo-oligodontia é uma falha na 
erupção dos dentes que deve ser diferenciada da oligodontia.
Poliodontia = número excessivo de dentes, mais frequente em cães braquicefálicos. 
Pode ser heterotópica (fora da arcada dentária).
A pseudopoliodontia é a retenção dos dentes decíduos após a erupção da dentição 
permanente e ocorre em equinos, gatos e cães (raças miniaturas).
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A forma do dente adulto está associada à conformação e ao atrito do dente oposto e 
à natureza do alimento mastigado. Havendo oclusão e uso normal, a porção extra-
alveolar não se altera. O desgaste pode estar alterado nas odontodistrofias
nutricionais, metabólicas e tóxicas. Deficiência vitamina A; Raquitismo; Osteomalácia
Osteodistrofia fibrosa generalizada; Fluorose, comportamento oral alterado.
Bovinos e equinos: desgaste das superfícies oclusais dos molares
A exposição da dentina ou do canal da polpa pode causar infecção dentária.
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O esmalte é recoberto por uma película translúcida formada pela adsorção seletiva 
de constituintes da saliva (filme), essencial para a formação da placa dentária. A placa 
dentária forma-se pela aderência de bactérias à película do esmalte e de outras 
bactérias às já aderidas (Massa densa, não calcificada, aderida à superfície do dente e 
resistente à remoção). As bactérias são específicas, com capacidade de aderir e 
resistir à remoção mecânica pela saliva. As bactérias sintetizam ácidos e enzimas. 
Algumas são capazes de sintetizar polímeros que entram na constituição da placa e 
permitem a aderência entre as bactérias. Outras utilizam os polímeros produzidos 
pelo animal. Com o tempo, a placa aumenta em massa e complexidade, com 
aderência de microrganismos Gram-negativos.
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A placa é metabolicamente ativa e utiliza carboidratos da dieta para produzir 
polímeros adesivos, energia e mediadores da inflamação. Ela é importante na 
etiologia da cárie e da doença periodontal. A placa mineralizada constitui o cálculo ou 
tártaro dentário. A mineralização é precipitada pela saliva, de modo que os cálculos 
são mais frequentes próximos às aberturas dos ductos salivares e se localizam no 
colo dentário (transição esmalte-cemento).
A matéria alba é uma mistura de proteínas salivares, células epiteliais descamadas, 
leucócitos desintegrados e bactérias que se aderem ao dente, não organizada e 
facilmente removida, que deve ser diferenciada da placa e do tártaro.
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Cárie Dentária: Descalcificação destrutiva dos tecidos duros do dente + degradação 
enzimática da matriz orgânica
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A cárie de superfície lisa desenvolve-se logo abaixo dos pontos de contato entre os 
dentes adjacentes ou em torno do colo dentário. Requer a participaçãoda placa 
dentária para se iniciar.
As cáries cavitárias ocorrem na superfície oclusal e não necessitam da placa para se 
instalarem. A necrose infundibular do dente do equino é o melhor exemplo de cárie 
cavitária. Ocorre nos primeiros molares maxilares, principalmente em animais com 
mais de 12 anos.
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Nas cáries de superfície lisa, a desmineralização é desencadeada pelo ácido lático 
produzido pela placa, que mantém o pH baixo na superfície do dente. A progressão 
da cárie vai depender do pH da saliva e da dureza e resistência do esmalte à 
descalcificação.
A lise da matriz orgânica ocorre por ação de enzimas produzidas pelas bactérias da 
placa ou derivadas de leucócitos. Nas áreas com cárie, o esmalte perde o brilho, 
torna-se opaco e manchado; a dentina pode ser exposta e a cárie torna-se marrom 
ou preta.
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A lise da matriz orgânica ocorre por ação de enzimas produzidas pelas bactérias da 
placa ou derivadas de leucócitos. Nas áreas com cárie, o esmalte perde o brilho, 
torna-se opaco e manchado; a dentina pode ser exposta e a cárie torna-se marrom 
ou preta.
As cáries de superfície de oclusão ocorrem por alterações primárias do esmalte e da 
dentina (hipoplasia e hipomineralização) e se desenvolvem pela ação de bactérias 
que se acumulam nas áreas iniciais de perda tecidual. 
A evolução pode atingir a polpa dentária e resultar em processo inflamatório 
(pulpite).
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É um processo crônico que afeta os elementos de sustentação do dente, culminando 
com a perda dentária. O periodonto é a estrutura anatômica e funcional responsável 
pela fixação e manutenção do dente na maxila e na mandíbula, formado por gengiva, 
cemento, ligamento periodontal e osso alveolar.
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A doença periodontal é muito comum nos animais e no homem, mas a etiologia e 
patogenia são conflitantes. Em geral, aceita-se que o processo é desencadeado pela 
placa bacteriana em associação com a gengivite, mas há evidências de que seja uma 
manifestação da osteodistrofia fibrosa generalizada. Em ambos os casos, há intensa 
reabsorção do osso alveolar. Lesões: Aumento de espaço interdentário; Retração 
gengival; Bolsa periodontal; Mobilidade e perda do dente; Gengivite fibrinonecrórica
ou gangrenosa
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