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1 2 3 4 5 Quanto a patogenia, são descritas dois tipos de obstruções intestinais: obstrução simples, em que há apenas impedimento do trânsito intestinal, e obstrução estrangulada, onde ocorre também comprometimento circulatório, com isquemia e infarto. A obstrução simples é tipicamente aguda e quanto mais próximo ao estômago, mais grave. Há acúmulo de líquido da ingesta e secreções gástricas, biliar, pancreática e intrínseca do intestino, na região anterior a obstrução (sentido oral). Gases liberados por bactérias também provocam distensão e sequestro de água e eletrólitos no lúmen. Algumas espécies irão apresentar vômitos, seguido de desidratação, hipocloremia, hipocalemia e alcalose metabólica, que levam a um grave desequilíbrio hidroeletrolítico e morte. Na obstrução simples na região de íleo e IG, pode haver distensão e desidratação, mas o desequilíbrio eletrolítico é menos grave, pois há absorção de líquido nas porções orais do intestino. Ainda assim, há aumento da secreção intestinal e supercrescimento bacteriano do conteúdo estagnado, sobrevindo acidose metabólica devido à desidratação e catabolismo de gorduras e proteína muscular, sendo portanto, uma obstrução de curso crônico. As alterações são semelhantes em ambos os casos, só diferenciando a gravidade. A distensão da parede intestinal interfere no retorno venoso e mucosa e submucosa estão congestas, podendo ocorrer desvitalização e necrose e até gangrena, perfuração e 6 peritonite. Figura acima: http://bichoscaprichosvet.blogspot.com.br/2011/04/o-colon-e-parte- final-do-intestino.html Figura abaixo: http://www.olivaproenca.com/blog/2013/04/496/ 6 Neste caso, a consequência é a hipóxia, devido a obstrução das veias eferentes e artérias aferentes ou da redução do fluxo pela baixa pressão sanguínea. As consequências incluem perda da integridade da mucosa, parada na absorção de água e eletrólitos, efusão de líquido e sangue para o lúmen, proliferação de anaeróbios com formação de gás e grande distensão. Particularmente os Clostridium spp produzem toxinas que causam gangrena intestinal e possível ruptura. Há absorção de endotoxinas no lúmen intestinal pela mucosa desvitalizada e pelo fluxo portal, retorno venoso ou peritônio, levam à toxemia. As endotoxinas e semelhantes deprimem a função cardiovascular, levando à insuficiência circulatória, que pode levar à morte. Se não, pode se desenvolver peritonites séptica pela invasão bacteriana através da parede intestinal ou perfuração, que leva à morte. 7 8 9 Foi encontrado conteúdo intestinal no esôfago. 10 11 12 13 14 As hérnias causam obstrução intestinal quando ocorre encarceramento dos segmentos herniados. No encarceramento, há dilatação das alças ou estreitamento do forame. As hérnias são denominadas segundo o anel herniário. Na figura abaixo, segmento de intestino de uma hérnia umbilical estrangulada. (http://www.fmv.utl.pt/atlas/digest/pages_us/digest128_ing.htm) 15 São constituídas por alças intestinais deslocadas (conteúdo herniário) e pelo forame (anel herniário), através do qual as alças se insinuam. São denominadas segundo o anel herniário em epiplóica (ou omental) e mesentérica. A hérnia pélvica ocorre pelo rompimento da prega peritoneal do ducto deferente durante a castração. 16 As hérnias externas são formadas pelas alças intestinais (conteúdo herniário), que se deslocam por um forame natural ou adquirido (anel herniário), levando consigo o peritônio parietal (saco herniário) recobertas por pele e outros tecidos moles. 17 Quando ocorrem com soluções de continuidade da parede abdominal, por ruptura ou afastamento dos feixes musculares, são chamadas de eventrações. Se há solução de continuidade também da pele e exposição das alças intestinais, é chamado de evisceração. 18 19 20 21 Torção e vólvulo resultam em obstrução vasculare lesão isquêmica. Há edema, congestão, hemorragia e eventual necrose. No vólvulo, pode haver rotação do intestino de até 720 graus. Estase intestinal e toxemia e/ou bacteremia podem causar crescimento exagerado de bactérias e necrose intestinal anóxica; pode haver lesão de reperfusão. 22 23 Alças intestinais dilatadas e hemorrágicas. A seta (imagem à direita) indica o ponto de torção em torno do eixo mesentérico. (Faculdade de Medicina Veterinária/ Universidade Técnica de Lisboa) 24 25 26 É quando um segmento intestinal invagina para dentro de outro imediatamente distal 27 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2013000700008 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 Animais mortos apresentam-se edemaciados, com pelos longos e tingidos por fezes, com sinais claros de desidratação. Durante a necropsia observa-se limitação da lesão no intestino grosso até a união íleo-cecal, com enterite muco-hemorrágica ou fibrino- hemorrágica. O conteúdo intestinal é fluido, com muco, sangue e até mesmo fibrino- necrótica. Linfonodos mesentéricos podem estar aumentados e edemaciados, além de conteúdo seroso abdominal. 46 47 48 49 Intestino com paredes delgadas e conteúdo líquido, espumoso, amarelado 50 51 52 53 54 Dilatação e congestão intestinal, hemorragia luminal 55 E – Hemorragias em placas de Peyer D – Necrose das placas de Peyer 56 57 58 Toxocara canis - ID 59 60 Esq: http://eggzamin.com/for-the-owner/parasite-life-cycle/ Dir: http://www.vetsonline.com/publications/veterinary-times/archives/n-44- 10/targeting-endoparasite-control-in-mares-and-foals.html 61 62 63 Múltiplos focos de hemorragia na mucosa, coberta por muitos vermes, a maioria contendo sangue ingerido 64 65 66 67 F1: Nodular parasitic enteritis. Parasite larvae penetrate the intestinal wall to attempt survival through encystment, in a hibernation process called hypobiosis. Once in the intestinal wall the larvae trigger a granulomatous inflammatory reaction that may or may not succeed in destroying them. F2: Nódulos no ID de ovino por Oesophagostomum columbianum. 68 69 70 71 72 73 Cavidade abdominal de esquilo 74 75 Causas: diminuição da pressão coloidosmótica do sangue (hipoproteinemia), que ocorre nas hepatopatias; aumento da pressão hidrostática (hipertensão na circulação portal em hepatopatias crônicas com fibrose e comprometimento do fluxo sanguíneo pelo fígado); comprometimento da drenagem linfática (neoplasias) 76 77 78 Coágulos Ruptura de órgãos, Hemangiossarcomas Fig. Esquerda: Hemorragia esplênica Fig. Direita: hemorragia fatal na cavidade abdominal de cão, suspeita biopsia renal 79 80 81 82 Fig Dir: peritonite fibrinosa em cavalo decorrente de ruptura discreta de alça intestinal com pequeno extravasamento de conteúdo por longo período 83 84 Palito de teriyaki 85 Forma efusiva – reação humoral intensa e reação celular fraca, formação de IC – vasculite, esxudação cavitária Forma não efusiva – reação humoral + reação celular moderada, piogranulomas Imagens: www.ocw.tufts.edu 86 87 Esq: nódulos granulomatosos viscerais Dir: Nódulos granulomatosos nos linfonodos mesentéricos 88 89
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