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Semana 1 - Questão Discursiva: Jorge Lourenço procura um advogado e informa que comprou uma televisão de última geração (R$ 8.500,00) para sua residência, mas o equipamento não funciona corretamente. Apesar de inúmeros contatos e promessas do fabricante TV JÓIA e seu serviço autorizado de garantia, nenhuma visita técnica foi realizada. Na conversa com o advogado procurado, Jorge Lourenço informa que gostaria de ter o aparelho (ou outro equivalente e) funcionando, além de danos materiais e morais pelo ocorrido. O advogado informa a Jorge Lourenço que irá elaborar a Petição Inicial e que o caso seguirá o procedimento comum sumário em Vara, pois de acordo com o novo CPC, este caso não poderia mais ir aos Juizados Especiais Cíveis da Lei 9099/95. a) Esta correta a orientação prestada pelo advogado no tocante ao rito ou procedimento adequado ao caso? Resposta: Está errado o procedimento adotado, pois a lei 9099/95 continua em vigor. Sendo assim o caso em questão poderia sim ser encaminhado aos juizados especiais cíveis, pela referida lei 9099/95 ou poderia ajuizar ação pelo rito comum, de acordo com o CPC de 2015. b) Sem prejuízo da resposta no item a), qual seria a outra opção para Jorge Lourenço pleitear em perante o Poder Judiciário uma reparação de seus danos? Resposta: Poderia optar pelo procedimento comum na vara cível ou pelo procedimento do juizado especial. Questões Objetivas 1ª Questão: De acordo com o NCPC é correto afirmar que: a) O procedimento comum sumário e ordinário foram transformados em procedimento especial. b) A petição inicial não pode mais ser emendada. c) Na petição inicial pode haver indicação de interesse em realizar audiência de conciliação ou mediação. d) Não pode haver mais indeferimento da petição inicial antes da citação do réu. 2ª Questão: Com relação ao pedido no processo civil, marque a opção incorreta: a) O pedido deve ser certo e determinado. b) É possível pedido alternativo nos casos em que o direito material permite. c) A cumulação de pedidos diversos contra o mesmo réu só é possível quando houver conexão. Não necessariamente precisa ter conexão. d) A cumulação de pedidos enquanto cumulação de ação gera economia processual. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II - CCJ0036DIREITO PROCESSUAL CIVIL II - CCJ0036 TítuloTítulo SEMANA 2SEMANA 2 Descrição Questão Discursiva Uma animada conversa entre dois estudantes de graduação em Direito a respeito de uma decisão judicial de 1a instância que julgou liminarmente improcedente o pedido (antes mesmo da citação do demandado) por estar frontalmente contrária a enunciado de súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal chamou atenção de um terceiro estudante, representante de turma do 6o período que achou por bem intervir na conversar. Em dado momento, os três alunos fizeram as seguintes manifestações categóricas: Aluno do 4o Período - O Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário está acima de qualquer lei ou código, de modo que não pode haver indeferimento liminar de Petição Inicial sem antes ocorrer a citação do demandado, futuro réu. Aluno do 5o Período - O Juiz pode sim decidir pela Improcedência Liminar do Pedido, mas apenas nos casos de súmula vinculante do STF. Aluno do 6o Período - O Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário está acima de qualquer lei ou código, mas isto não torna inconstitucional determinado artigo do CPC, ou mesmo decisão judicial devidamente fundamentada em casos concreto no âmbito do Processo Civil brasileiro. a) Existe alguma manifestação correta acima? Resposta: A alegação do aluno do 6o período é a que mais se aproxima do Art. 332, NCPC, que traz a previsão legal para o deslinde da questão formulada, prevendo a possibilidade de julgar liminarmente improcedente um pedido, portanto não há que se falar de inconstitucionalidade neste ato. b) Existe diferença entre Improcedência Liminar do Pedido e Indeferimento da Petição Inicial ? Resposta: Sim. Improcedência trata do mérito, portanto na improcedência liminar ocorreu a inspeção do mérito. Enquanto que o indeferimento da petição inicial trata da peça processual que não preenche os requisitos reclamados pela lei, levando a extinção do processo sem exame do mérito. Questões Objetivas 1ª Questão: A improcedência liminar do pedido pode ocorrer: a) apenas quando houver súmula vinculante ou declaração de inconstitucionalidade pelo STF em sentido contrário. b) em casos de enunciado de súmula do STF apenas. c) em casos de enunciado de súmula do STJ apenas. d) na hipótese de entendimento firmado em incidente de demandas repetitivas. Art. 332, III, NCPC 2ª Questão A respeito da possível audiência de conciliação ou mediação prevista no NCPC para ocorrer antes da resposta do réu, marque a opção correta. a) Caso não ocorra, resta inviabilizada uma nova marcação para não afetar a celeridade processual. b) É optativa, não havendo qualquer sanção para a parte que faltar a referida audiência. c) O não comparecimento geral revelia automática, além de condenação por má-fé processual. d) Trata-se dispositivo que tem por objetivo propiciar outros meios para a composição dos interesses das partes Art. 319, VII, NCPC. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II - CCJ0036DIREITO PROCESSUAL CIVIL II - CCJ0036 TítuloTítulo SEMANA 3SEMANA 3 Descrição Questão Discursiva. Juan é advogado e está terminando seus estudos complementares de pós-graduação fora do Brasil, razão pela qual resolveu contratar um advogado para a defesa de seus interesses em processo judicial no qual fora citado dias antes da viagem, de forma inesperada e, segundo ele, sem qualquer nexo de causalidade com as pessoas, fatos narrados na petição inicial. Segundo Juan, trata-se de pedido de reintegração de posse realizado por Jurema, tendo por objeto um sítio em Maricá, município do Rio de Janeiro, onde Juan afirma apenas frequentar em propriedades de seus primos e tios. O advogado contratado, Dr. Rafael, tranquiliza Juan e afirma ter descoberto em documentos cartorários na municipalidade o verdadeiro possuidor (ao menos de fato) do referido sítio e que irá realizar a resposta do réu, na modalidade de Contestação, tudo nos termos do CPC. a) Está correta a modalidade de defesa (resposta) indicada pelo Dr. Rafael ? Caso o Juiz entenda pela ilegitimidade passiva de Juan, o processo será extinto sem resolução do mérito? Resposta: Sim, pois ofereceu a contestação, conforme o Art. 338, CPC e como dispões o Art. 338, CPC, o autor poderá promover a substituição do réu quando este se declarar parte ilegítima. b)Quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação Específica para fins do momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC? Resposta: Princípio da Eventualidade consiste na concentração de toda a matéria de defesa em um único ato processual denominado contestação. Vale lembrar que uma vez ofertada a contestação irá se consumar a preclusão. Com relação ao Princípio da Impugnação Específica, devemos entendê-lo, como obrigação que tem o réu de se manifestar precisamente sob os fatos e fundamentos, articulados pelo autor na sua P.I . A inobservância deste princípio conduz a presunção de veracidade. Questões Objetivas 1ª Questão Marque a alternativa correta dentre as opções abaixo. a) O NCPC eliminou a reconvenção, não sendo mais possível ao réu demandar o autor no mesmo processo. b) A impugnação ao benefício da gratuidade de justiça agora é tema de contestação. c) A contestação no NCPC pode ser oral em qualquer procedimento. d) O revés não pode mais praticar atos processuais antes da sentença, salvo com anuência da outra parte. 2ª Questão Quando houver caso de incompetência relativa do juízo e impedimento do juiz, a defesa do réu dever ser por: a) contestação eexceção respectivamente. b) apenas contestação. c) apenas uma única exceção de incompetência. d) duas exceções autônomas. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II - CCJ0036DIREITO PROCESSUAL CIVIL II - CCJ0036 TítuloTítulo SEMANA 4SEMANA 4 Descrição 1ª Questão Discursiva Marisa promove ação judicial de indenização por danos materiais e morais em face de Tinoco, seu vizinho. Segundo Marisa, Tinoco tem insistentemente atitude ilícita e desrespeitosa com seu animal preferido, um cavalo de estimação chamado "Ventania". Tais atitudes fez com que o mesmo ficasse em estado de grande agitação, vindo inclusive a se cortar na cerca da propriedade no último mês, o que gerou internação veterinária com cirurgia e medicamentos. Tinoco citado, não ofereceu contestação, o que foi certificado pelo cartório, conforme consta nos autos. Marisa, eufórica e, acompanhando seu andamento processual na internet, liga para seu advogado, informa da revelia e pergunta se com isso, o juiz irá proferir sentença de procedência do seu pedido. a) Sempre que houver Revelia haverá procedência do pedido ? Resposta: Não. A revelia quando de natureza relevante conduz a uma presunção relativa de veracidade. Vale destacar o inciso IV do artigo 345 do NCPC que diz “ as alegações de fato, formuladas pelo autor, forem inverossímeis ou estiverem em contradição com as provas constantes dos autos”, demonstrando assim a relatividade da presunção de veracidade. b) Caso Tinoco tivesse oferecido Contestação alegando que apenas se defendia de Ventania, pois o animal ameaçava ataca-lo quando passava rente à cerca, qual deveria ser a atitude do Juiz? Resposta: O juiz observando a regra do artigo 350, NCPC, deverá conceder ao autor o prazo de 15 dias para manifestar-se a respeito da nova situação. Questões Objetivas 1ª Questão João é citado em ação proposta por Pedro e realiza contestação alegando falta de pagamento para não cumprir com sua parte em contrato firmado pelas partes. Além disso, também aproveitou e está cobrando de Pedro determinada soma em dinheiro, oriundo do mesmo negócio jurídico. Marque a opção que indica as respostas apresentadas por João nos autos do processo. a) contestação e reconvencão em petições distintas. b) reconvenção e exceção de contrato não cumprido. c) contestação e reconvenção na mesma peça processual. Art. 343, CPC. d) apenas contestação, mas sem reconvenção ou qualquer exceção. 2ª Questão A revelia no processo civil é: a) ausência de qualquer modalidade de defesa do réu. b) o mesmo que efeito da revelia, isto é, toda vez que houver revelia o pedido será julgado procedente. c) ausência de contestação. Art. 344, CPC. d) ausência de comparecimento à audiência de conciliação ou mediação. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II - CCJ0036DIREITO PROCESSUAL CIVIL II - CCJ0036 TítuloTítulo SEMANA 5SEMANA 5 Descrição Questão Discursiva Pablo exerceu seu direito de ação em face de Rodrigo para obter a rescisão contratual de determinado negócio jurídico firmado entre as partes. Na Petição Inicial Pablo afirma que Rodrigo descumpriu três cláusulas contratuais distintas, causando danos materiais e morais e por tais razões, não mais deseja manter o vínculo contratual, requerendo ainda, além de seu desfazimento, o pagamento de multa contratual prevista em cláusula específica. Junta apenas documentos comprobatórios e afirma não necessitar de outros meios para sustentar o alegado. Rodrigo devidamente citado oferece Contestação, reconhece o fato em que se funda a ação, mas aponta razões e fatos não informados por Pablo para tentar justificar seu comportamento contratual em não cumprir o previsto em apenas uma das cláusulas citadas, não se manifestando sobre as demais suscitadas na Petição Inicial. Requereu ainda depoimento pessoal e de testemunhas que poderão confirmar os fatos por ele narrados. Após a certificação da tempestividade da defesa apresentada, os autos vão conclusos ao juiz. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) Caso o Juiz considere pertinente a defesa apresentada por Rodrigo será possível o julgamento antecipado do mérito ? Resposta: Não, tem em vista que o réu apresentando defesa de mérito indireta, em conformidade com o Art. 350, CPC, deverá o juiz conceder ao autor o prazo de 15 dias para que este se manifeste, inclusive podendo juntar novas provas, sob pena de violar o contraditório. b) Caso o Juiz entenda que existe fato incontroverso poderá haver julgamento antecipado parcial do mérito. Resposta: Sim, desde que antecipadamente tenha assegurado ao autor o prazo de 15 dias, conforme Art. 350, CPC, caso contrário, não será possível admitir o julgamento antecipado parcial do mérito, mesmo que sob determinado fato não haja controvérsia. Questões Objetivas 1ª Questão A incompetência absoluta pode ser declarada de ofício pelo Juízo. Tal informação é: a) Incorreta, pois deve ser alegada por peça própria de exceção. b) Correta, pois são as questões prejudiciais ao julgamento do mérito. c) Incorreta, pois deve ser declarada de ofício pelo Juiz. d) Correta, pois trata-se de questão preliminar e matéria de ordem pública que pode seralegada pelas partes ou declarada pelo juiz em momento de saneamento do processo. 2ª Questão A respeito do direito de se manifestar em réplica no processo civil é correto afirmar que: a) é um direito constitucional e independe da resposta do réu. b) depende do teor da resposta do réu e necessita de decisão do juiz. c) não foi mantido no NCPC. d) ocorre apenas quando existe questão preliminar suscitada na contestação DIREITO PROCESSUAL CIVIL II - CCJ0036DIREITO PROCESSUAL CIVIL II - CCJ0036 TítuloTítulo SEMANA 6SEMANA 6 Descrição Questão Discursiva André e Lívio figuram respectivamente como autor e réu em ação de cumprimento contratual que tem como objeto a prestação de serviços de manutenção de aparelhos de ar condicionado. O contrato foi firmado pelas partes e vinha sendo cumprido normalmente, até que em determinado mês, sem nenhuma razão específica, Lívio deixou de realizar o serviço. Após realizar duas notificações, André optou pelo Poder Judiciário para tentar resolver seu problema. O advogado de André distribuiu a petição inicial com a opção de não realizar audiência de conciliação ou mediação. Após a citação e apresentação de defesa, o Juiz determina a realização de Audiência de Instrução e Julgamento e intima as partes envolvidas. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) Considerando que a audiência a ser realizada tem por finalidade instruir e proporcionar condições técnicas para o julgamento do Juiz, é possível ainda haver espaço para a conciliação ou mediação? Resposta: Sim, pois a mediação e conciliação podem ser tentadas não só nas audiências, mas a qualquer momento que o juiz vislumbre a possibilidade de obtenção de êxito. b) O que significa dizer que a audiência de instrução e julgamento é una e indivisível? Resposta: Significa dizer que o referido ato processual é único, ainda que por qualquer motivo não se alcance a sua conclusão no mesmo dia de seu início. Questões Objetivas 1ª Questão Sobre a audiência de instrução e julgamento é incorreto afirmar: a) A apresentação de razões finais escritas (memoriais) independe complexidade da causa, nos termos da lei. b) A AIJ pode ser adiada em casos especiais. c) Finda a instrução, o juiz deve dar a palavra ao advogado do autor e réu, além do MP, quando for o caso. d) Se houver antecipação ou adiamento da audiência os advogados ou sociedade de advogados será intimada. 2ª Questão A AIJ serve para: a) apenas para produzir provas em juízo, pois não pode haver conciliação. b) instruir o juiz, preparando-o para futuramente decidir. c) instruir o juiz, mas também pode haver conciliação.d) apenas para produzir prova de depoimento pessoal e testemunhal, pois as demais podem ser juntadas aos autos. Semana 7: Questão discursiva: Raphael consulta Arthur (seu advogado de confiança) a respeito de uma questão jurídica envolvendo a compra de um veículo "Zero Quilômetro" que realizou recentemente, a menos de 3 (três) meses. O veículo apresenta defeitos que intermitentes, aparentemente relacionados à parte elétrica ou eletrônica do veículo. Rafael informa ao seu advogado que já tentou por todos os meios convencer os responsáveis da concessionária onde foi adquirido, assim como o próprio fabricante do problema. O máximo que conseguiu foi a marcação de mais uma visita e vistoria técnica do veículo e os resultados foram um gentil café em sala de espera refrigerada e a posição de que ele (Raphael) é quem deveria provar que o veículo está com problemas, pois, na vistoria, nada foi detectado. Assim, Raphael pergunta ao advogado se é possível levar o caso ao Poder Judiciário, já que ele não tem como provar tecnicamente o defeito, pois é mero consumidor e não conhece de componentes técnicos do veículo. Raphael também informa que pesquisou e encontrou outros casos similares, onde pessoas naturais e jurídicas conseguiram provar o mesmo problema em seus veículos de mesma marca e modelo. Arthur tranquiliza Raphael e informa que irá requerer em Juízo as medidas processuais necessárias para a melhor e mais rápida defesa de seus interesses. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) A quem incumbe, ordinariamente, o ônus da prova em juízo no processo civil brasileiro? Resposta: Em se tratando de fato constitutivo do direito, incumbira ao autor o ônus da prova. Todavia se a prova for referente a fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito, incumbirá ao réu a respectiva prova, substanciado nos incisos I, II do Art. 373, CPC. b) É possível alguma inversão no caso concreto? Resposta: Sim, se aplicarmos o CDC, Art. 6º, VIII c/c Art. 14 § 3º do CDC. Vale registrar a possibilidade de se aplicar a chamada carga dinâmica das provas, onde o juiz poderá atribuir o ônus da prova de modo diverso. Atente que a carga dinâmica do ônus da prova não se aplica em inversão do ônus da prova. Questões Objetivas 1ª Questão O princípio do livre convencimento motivado traduz a ideia de que: a) o juiz tem liberdade para apreciar e decidir a causa, mas deve fundamentar apenas as sentenças que resolvem o mérito. b) a motivação interna de convencimento do magistrado legitima sua decisão, não havendo necessidade de externar nas decisões judiciais fundamentação específica da fonte jurídica para o julgamento. c) as partes têm total liberdade para convencer o juiz dos fatos jurídicos materiais e processuais. d) se houver súmula vinculante, não haverá necessidade de interpretação e decisão fundamentada do caso. 2ª Questão. Marque a opção correta: a) A parte que alegar direito municipal em juízo poderá ter que provar o teor e vigência, se assim determinar o juiz. b) O juiz não pode dispensar a prova, mesmo em fatos notórios. c) Após recente decisão do STF, agora é possível a produção forçada de provas, desde seja o último recurso ou expediente para se chegar à sentença de mérito. d) A prova documental pode ser arguida como falsa a todo e qualquer tempo, não havendo preclusão a respeito de documentos que já poderiam ter sido juntado aos autos. STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 1155770 PB 2009/0191889-4 (STJ) Data de publicação: 09/03/2012 Ementa: CONSUMIDOR. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAISE DE COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. OCORRÊNCIA DE SAQUES INDEVIDOS DENUMERÁRIO DEPOSITADO EM CONTA POUPANÇA.INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.ART. 6º , VIII , DO CDC . POSSIBILIDADE. HIPOSSUFICIÊNCIA TÉCNICARECONHECIDA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO FORNECEDOR DE SERVIÇOS.ART. 14 DO CDC . 1. Trata-se de debate referente ao ônus de provar a autoria de saque em conta bancária, efetuado mediante cartão magnético, quando o correntista, apesar de deter a guarda do cartão, nega a autoria dos saques. 2. O art. 6º , VIII , do CDC , com vistas a garantir o pleno exercício do direito de defesa do consumidor, estabelece que a inversão do ônus da prova será deferida quando a alegação por ele apresentada seja verossímil ou quando for constatada a sua hipossuficiência. 3. Reconhecida a hipossuficiência técnica do consumidor, em ação que versa sobre a realização de saques não autorizados em contas bancárias, mostra-se imperiosa a inversão do ônus probatório. 4. Considerando a possibilidade de violação do sistema eletrônico e tratando-se de sistema próprio das instituições financeiras, a retirada de numerário da conta bancária do cliente, não reconhecida por esse, acarreta o reconhecimento da responsabilidade objetiva do fornecedor do serviço, somente passível de ser ilidida nas hipóteses do § 3º do art. 14 do CDC . 5. Recurso especial não provido. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II CASO CONCRETO 8 Carla está desesperada e conversa com Dra. Suzana (sua advogada) que a principal testemunha de seu caso e que deverá comparecer em audiência de instrução futura (mês seguinte) foi hospitalizada para passar por procedimento cirúrgico de alto risco em no máximo 3 (três) dias, conforme atestou o médico em documento próprio. Existe sério risco de morte, ou mesmo de vida com sequelas cerebrais diversas. O tempo de espera é apenas para os trâmites técnicos e administrativos para a cirurgia, pois trata-se de evento futuro e certo. Dra. Suzana lamenta o ocorrido com Carla, mas informa que nada pode fazer, pois o NCPC não prevê mais a medida cautelar existente no CPC/1973, talvez no máximo peticionar nos autos informando do ocorrido e requerendo o adiamento da audiência para aguardar a melhor recuperação da testemunha enferma, ou mesmo conseguirem uma testemunha substituta. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) está correta a informação jurídica prestada pela Dra. Suzana? Resposta: O CPC/73 admitia apenas a antecipação do interrogatório, da inquirição de testemunha ou do exame pericial. O CPC/15 não trouxe semelhante limitação. A produção antecipada de prova teve o seu espectro de incidência ampliado com o CPC/15, de modo a permitir a antecipação de qualquer meio de prova. A antecipação da prova pode ser requerida nos casos em que haja fundado receio de que venha a se tornar difícil ou impossível a verificação de determinados fatos no curso do processo (CPC/15, art. 381, inc. I). Trata-se da hipótese tradicional de produção antecipada de prova, em que há risco de que a prova não possa ser adequadamente produzida (ou tenha se tornado inviável) no momento da sua produção no curso de um processo. Processo 1006136-36.2016.8.26.0066 - Produção Antecipada de Provas - Dever de Informação - Bruna Cristina Luiz - Banco Santander (Brasil) S.A. - Processo número de ordem: 2016/001913.Vistos.1.) Fls. 21/59: o banco requerido contestou a ação e juntou documentos sem sequer tenha sido citado. Comprove o banco requerido o recolhimento da taxa de mandato judicial, no valor de R$ 17,60, na guia DARE-DR, código 304-9, no prazo de 5 (cinco) dias.2.) Fls. 64/67: a requerente juntou comprovante de endereço nesta Comarca, cumprindo com o quanto determinado às fls. 18 e reiterado às fls. 62, item “1”.Não obstante, como é sabido, o nome dado a ação não interfere em sua natureza jurídica e na atividade cognitiva a ser aplicada pelo juiz, sendo que o que importa são os pedidos e a causa de pedir, que, no caso em questão, são os mesmos da extinta ação cautelar de exibição de documentos.Assim já decidiu o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo:”AÇÃODECLARATÓRIA C.C. IMISSÃO NA POSSE.Nomedadoàaçãoé irrelevante. O que importaéo direito a tutela jurisdicional e o teor do pedidoque pode ser deduzido das razões contidas na inicial. Autora que pretende ver-se declarada como a real adquirente do imóvel, cuja posse também requer, sob o argumento de que a ré agindo com má-fé utilizou o dinheiro que lhe era enviado do Japão para adquirir o imóvel emnomepróprio. Provas favoráveisàautora. Alegação da ré de que o imóvel foi um presente pelos serviços prestadosàgenitora e familiares da autora não comprovada. Sentença de improcedência reformada. RECURSO PROVIDO. (TJSP; Apelação 0009311-18.2009.8.26.0481 Relator (a): Paulo Alcides;Comarca: Presidente Epitácio;Órgão julgador: 6ª Câmara de Direito Privado;Data do julgamento: 03/05/2012;Data de registro: 07/05/2012)” - grifei.Portanto, no caso em questão, apesar do nome dado à ação (ação probatória comum), cuida-se, na verdade, da extinta ação cautelar de exibição de documentos.Tendo em vista que com o advento do Código de Processo Civil de 2015 houve a extinção do processo cautelar, deverá a requerente emendar a inicial, em 15 (quinze) dias, nos termos do art. 321 do CPC/2015, adequando-a ao procedimento comum previsto no citado CPC/2015 (arts. 318 e seguintes), pleiteando a exibição dos documentos mencionados na exordial a título de tutela provisória e não como pedido principal (arts. 294 e seguintes do CPC/2015) ou, se for o caso, requerer a produção antecipada de provas, nos termos do art. 381 e seguintes do CPC/2015, constando expressamente os requisitos exigidos no art. 382 do citado Código, sob pena de indeferimento da inicial (arts. 321 e 330, IV, do CPC/2015) e extinção do feito sem resolução de mérito (arts. 485, I, do CPC).3.) Com a juntada da emenda, tornem conclusos para apreciação. Na inércia, certifique-se e voltem conclusos para extinção.Intimese. - ADV: ELISIA HELENA DE MELO MARTINI (OAB 1853/RN), HENRIQUE JOSÉ PARADA SIMÃO (OAB 221386/SP), PAULA IARA MORALEZ MAGRINI (OAB 323111/SP) b) é possível que Atas Notariais possam atestar ou documentar a existência de fatos jurídicos materiais e servirem de meio probatório em Juízo? Resposta: É possível nos moldes do artigo 384, CPC, que estabelece a existência de atas notariais. QUESTÃO OBJETIVA 1 Com o NCPC é correto afirmar que: A) no âmbito dos juizados especiais cíveis estaduais será agora possível provas mais complexas, além de documental, depoimento pessoal e testemunhal. B) no âmbito do procedimento comum e de acordo com o princípio da concentração dos atos processuais, em regra as provas devem ser requeridas e produzidas em momentos pontuais, sob pena de preclusão, salvo casos especificados em lei. C) as provas documentais somente podem ser juntadas na audiência de instrução e julgamento. D) a ata notarial está formalizada como meio probatório, mas não houve previsão de prova emprestada. QUESTÃO OBJETIVA 2 A prova realizada através de exame de DNA: A) é obrigatória para a parte contrária, pois trata-se de dignidade na pessoa humana. B) não é obrigatória, mas pode geral consequências para quem não se submete ao mesmo. C) não pode mais ser determinada pelos juízes, sob pena de violação de direito constitucional. D) deve obrigatoriamente ser seguida pelo juiz. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II CASO CONCRETO 9 A Administradora Joia Rara LTDA está em litígio com a empreiteira Obra Boa LTDA, contratada para reformar apartamento específico e não consegue se conformar com a decisão do juiz que indeferiu requerimento formulado por seu advogado para realização de prova pericial que comprovasse a má prestação dos serviços prestados, além da não prestação de outros. O juiz indeferiu o pleito, alegando já existir nos autos o requerimento tempestivo ( e deferido) do advogado da Administradora Joia Rara sobre produção de provas (documental e testemunhal), não havendo agora, em outro momento processual, possibilidade de novo requerimento para meio probatório distinto. O advogado da Administradora Joia Rara LTDA discorda da posição do juiz e pretende recorrer da decisão de qualquer jeito, pois vislumbra violação legal e constitucional no caso. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) está correta a posição juiz em relação ao momento requerimento de produção de provas? Resposta: Em regra sim, pois segundo análise dos artigos destinados a produção de provas, existe um momento oportuno para seu requerimento. Contudo o próprio CPC evidencia situações que podem ter entendimento contrário. Conforme artigo 370, CPC, que permite ao juiz de ofício, requerer da parte as provas necessárias ao julgamento do mérito. Vale registrar o disposto no artigo 434 do CPC, no sentido de que a parte deverá instruir a petição inicial ou contestação com os documentos mínimos destinados a provar suas alegações. b) quais as diferenças entre prova pericial e inspeção judicial? Resposta: A prova pericial reclama do seu executor um conhecimento técnico, enquanto a inspeção judicial ocorre diretamente pelo juiz, não dependendo de um interlocutor. QUESTÃO OBJETIVA 1 A respeito da confissão judicial e outras provas no NCPC, marque a opção correta: A) A confissão judicial deve ser exclusivamente espontânea, podendo a extrajudicial ser provocada. B) A confissão judicial poderá sempre ajudar ou prejudicar os litisconsortes. C) A parte não é obrigada a depor sobre fatos que coloquem sua vida em perigo. (Art. 388 do CPC) D) A parte quando realiza confissão pratica um ato irrevogável. QUESTÃO OBJETIVA 2 Ainda a respeito das provas e o NCPC, responda: A) A exibição de documento ou coisa pode ser ordenada por juiz de direito. B) O documento público faz prova apenas de sua formação, mas não dos fatos descritos. C) quando a lei exigir documento público como da substancia do ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, poderá suprimir sua falta. (Art. 406 do CPC) D) apenas considera-se autor do documento particular aquele que o fez e assinou, além de reconhecer firma, sob pena de quebra da presunção de autoria. CASO CONCRETO 10 QUESTÃO DISCURSIVA Em ação de rescisão contratual, devolução de valores pagos e ainda indenização por danos morais movida por Júlio em face da Rei dos Móveis Ltda., a Juíza proferiu sentença onde julgou integralmente procedente o pedido autoral. Júlio questiona seu advogado a respeito da sentença, pois ao realizar a leitura em seu acompanhamento processual na internet, não entendeu o que seriam os termos fundamentação e dispositivo. Júlio também queria saber quais os efeitos práticos que a sentença teria no caso concreto dele. O advogado de Júlio respondeu que toda sentença tem como elementos ou partes obrigatórias : relatório, fundamentação e dispositivo. Informou também que o referido titulo judicial poderia constituir uma hipoteca judiciária. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) Está correta a informação prestada pelo advogado de Júlio? Resposta: Está correta a informação prestada pelo advogado de Júlio, já que o art. 489 do CPC estabelece os elementos essenciais da sentença que são: o Relatório, a Fundamentação e o Dispositivo. Os requisitos essenciais da sentença são: a) o relatório; b) os fundamentos de fato e de direito; c) o dispositivo. O relatório, peça autônoma, deve ser apartado dos fundamentos. O nome das partes e sua qualificação já se encontram nos autos. Não precisam ser repetidos na sentença. Deve-se indicar a posição processual dos litigantes. Se houver terceiros, o nome e a qualificação se impõem. No resumo do pedido e da resposta, deve cuidar o juiz para não se antecipar no julgamento da causa. Na fundamentação é que o juiz analisa as questões de fato e de direito. Se aderir a outra sentença anterior, deve transcrever-lhe o trecho. Pode o julgador também fazer às razões de uma das partes, que por acaso adote como fundamentação. No dispositivo ou conclusão é que o juizdecide, e sem ele não há sentença. O dispositivo é o decisum, parte mais importante da sentença, pois adquire força de coisa julgada. Nele, o juiz resolverá as questões que as partes lhe submeterem, através de proposições que delimitem a prestação jurisdicional. O princípio jura novit curia significa que as partes não são obrigadas a dar os fundamentos jurídicos do pedido. Tampouco se por elas oferecidos, o juiz a eles se deve ater. Mas o magistrado não pode julgar questões não propostas. Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa (o relatório); a apreciação das provas, os fundamentos da decisão (os fundamentos) e a respectiva conclusão (o dispositivo). b) Qual o conceito jurídico de sentença de acordo com o NCPC/2015? Resposta: Ao lado dos despachos e das decisões interlocutórias, a sentença é um dos pronunciamentos do juiz elencada no art. 203, § 1º do CPC que a conceitua como o pronunciamento judicial por meio do qual o juiz nos termos dos art. 485 e 487 do CPC, põe fim a fase definitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. QUESTÃO OBJETIVA 1 Com relação aos pedidos formulados pelas partes as sentenças podem ser classificadas em: A) declaratórias, constitutivas ou condenatórias, segundo a classificação trinária. B) declaratórias, mandamentais e constitutivas, segundo a classificação trinária. C) mandamentais apenas, pois todas possuem caráter coercitivo e força de lei. D) declamatórias ou não declaratórias, quando julgam procedente ou improcedente o pedido. QUESTÃO OBJETIVA 2 As sentenças condenatórias de prestação de fazer, não fazer e entregar coisa certa: A) já eram previstas no CPC/73, furto de diversas reformas processuais que ocorreram a partir dos anos 1990. B) não existiam em nosso ordenamento jurídico. C) não podem ter solução por meio de mediação ou arbitragem. D) já podem ter solução por meio de arbitragem, desde que haja anuência das partes e do Ministério Público. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II CASO CONCRETO 11 QUESTÃO DISCURSIVA A pessoa jurídica Show da Vida Ltda. representa os interesses de famosa banda nacional, administrando toda sua agenda de shows, turnês e respectiva logística. Em razão disto, a Show da Vida Ltda. contratou os serviços da agência de publicidade Comunication Ltda. para fins de divulgação de uma série de espetáculos que ocorreriam em 6 (seis) meses em Salvador, capital da Bahia, durante os festivos de carnaval. A divulgação deveria ser imediata em todas as mídias sociais, televisão, rádio e algumas fontes impressas semanalmente. Após 15 dias da contratação, nada havia sido feito e a Comunication Ltda. foi notificada. Passados mais 15 dias, a Show da Vida Ltda ingressa com ação judicial com pedido de obrigação de fazer, obtendo inclusive, tutela de urgência para o pronto cumprimento, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Infelizmente, mesmo com toda dedicação e diligência do patrono da Show da Vida, a divulgação não ocorreu, assim como a venda antecipada de ingressos e o espetáculo foi cancelado. Após tal comunicação nos autos do processo, a revelia e posterior não manifestação da ré, o juiz deu continuidade e proferiu sentença convertendo a obrigação de fazer em perdas e danos. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) É possível o juiz proferir sentença condenatória de pagar quantia certa quando o pedido inicial era de condenação de obrigação de fazer, tendo inclusive ocorrido deferimento de tutela de urgência? Resposta: Sim, no ora analisado não haveria violação ao princípio da congruência prevista no art. 492 do CPC, já que a tutela específica tornou-se impossível sendo cabível a sua conversão em perdas e danos à luz do art. 499 do CPC. b) A sentença proferida no caso está sujeita ao Duplo Grau de Jurisdição Obrigatório? Resposta: Não, o reexame necessário busca salvaguardar interesses da Fazenda Pública, estando suas hipóteses elencadas nos incisos I e II do art. 496. QUESTÃO OBJETIVA 1 A remessa necessária prevista no NCPC: A) se aplica à toda decisão proferida contra Fazenda Pública. B) às decisões condenatórias de pagar quantia certa contra a Fazenda Pública, nos termos do art. 496 do NCPC. C) também ocorre em sede de juizados especiais federais. D) também ocorre em sede de juizados especiais fazendários dos Estados. QUESTÃO OBJETIVA 2 Sentença ultra petita é aquele que: A) julga totalmente improcedente o pedido autoral. B) deixa de analisar pedido formulado pelas partes. C) condena ao pagamento de astreintes. D) concede direito pretendido pela parte, mas em quantidade superior. CASO CONCRETO 12 QUESTÃO DISCURSIVA Um espanhol foi condenado em segunda e última instância por um tribunal competente de seu país a pagar a quantia de 50 mil euros por conta de dívidas oriundas de cheques não honrados pelo sistema bancário ou pelo próprio emitente. O caso transitou em julgado e quando foi iniciada a execução, descobriu-se que o devedor tinha se mudado para o Brasil, especificamente para Fortaleza, capital do Ceará. O credor consulta seu advogado a respeito da possibilidade de cumprimento da sentença no Brasil, onde está claro o estabelecimento de nova residência e domicilio do espanhol devedor, inclusive com novos negócios em andamento, conforme relatos e documento obtidos pelas redes sociais. O advogado espanhol contrata os serviços do escritório onde você está estagiando para concretizar o direito material de seu cliente. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) Quais os requisitos para a homologação de sentença estrangeira no Brasil? Resposta: Segundo o art. 963 do CPC 2015, para que a decisão estrangeira seja homologada, é necessário que: 1- tenha sido proferida no exterior por autoridade competente; 2- as partes tenham sido citadas ou que tenha havido legalmente a revelia; 3- seja eficaz no país em que foi proferida; 4- não ofenda a coisa julgada brasileira; 5- esteja acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em tratado; 6- não contenha manifesta ofensa à ordem pública. Obs: Além disso, para ser homologada a sentença estrangeira deverá ter transitado em julgado no país de origem (art. 216-D do RISTJ e art. 961, § 1º do CPC 2015). Súmula 420-STF: Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em julgado. b) Quais os órgãos judiciários competentes para e homologação e execução no Brasil ? Resposta: Execução pela Justiça Federal, Art. 109, X, CRFB/1988 e homologação do STJ, artigo 960, § 2º do CPC. QUESTÃO OBJETIVA 1 No âmbito da homologação de sentença estrangeira no Brasil é correto afirmar que: A) existe novo juízo de mérito, com possibilidade de reversão do direito material. B) existe apenas juízo de delibação. C) não existe juízo de mérito ou delibação, mas apenas tramitação burocrática para posterior cumprimento na Justiça Federal. D) pode haver anulação do julgado, se houver violação de direito pátrio. QUESTÃO OBJETIVA 2 A respeito da possibilidade de homologação de decisão arbitral do estrangeiro, marque a correta opção: A) Não é possível sua homologação, uma vez que o título executivo é extrajudicial. B) Não é possível sua homologação sem anuência prévia das partes. C) Pode ser homologada de acordo com o NCPC. D) Trata-se de título executivo extrajudicial no Brasil e poder ser homologada. CASO CONCRETO 13 QUESTÃO DISCURSIVA Joana está muito feliz, pois foi informada por seu advogado do transito em julgado de sua sentença. Ela obteve uma sentença condenatória e também declaratória, referente a problemas de cumprimento contratual com Fábio. O réu foi condenado a pagar toda a quantia que lhe devia e ainda foi resolvida uma questão prejudicial que acabou surgindo nos autos apósa resposta do réu, que realizou defesa indireta de mérito, suscitando nulidade de cláusulas contratuais referentes justamente ao tempo e modo de pagamento. No entanto, como Joana está cursando graduação em Direito, ficou com dúvida a respeito do conteúdo declaratório da sentença e seus efeitos após o transito em julgado. Seu advogado informou que de fato, apesar da vitória no caso, a coisa julgada só abrangeria o pedido formulado na petição inicial, pois eles não demandaram por ação declaratório incidental quando deveriam, no momento de manifestação sobre a contestação ofertada. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) Está correta a orientação do advogado? Resposta: Não, segundo o Art. 503, § 1º, CPC, a questão prejudicial será alcançada pela autoridade da coisa julgada como um todo, desde que sejam observados os incisos I, II e III. b) No caso acima ocorre coisa julgada material e formal? Resposta: Sim, material também estabelece a imutabilidade e indisponibilidade da questão decidida nos autos, não admitindo revisão processual, seja em carácter endoprocessual (dentro) ou panprocessual (fora). QUESTÃO OBJETIVA 1 Existe coisa julgada material em sede de ação civil pública ( Lei 7347/85) A) Sim. Trata-se de ação de conhecimento que poderá ou não ter o direito material apreciado. B) Não, pois a coisa julgada aqui no caos procedência teria uma amplitude muito grande. C) Sim, mas apenas no caso de improcedência do pedido. D) Não, seja com procedência ou improcedência do pedido autoral. QUESTÃO OBJETIVA 2 A coisa julgada é oponível: A) em sede de contestação, em matéria preliminar, sob pena de preclusão. B) em sede mandado de segurança apenas, pois viola-se direito liquido e certo. C) em todo e qual momento ou fase processual, sendo certo que deve ser alegado na primeira hora em que parte fala nos autos, sob pena de ulterior responsabilização das custas e outros danos processuais. D) apenas no âmbito dos tribunais, sendo vedada sua alegação em 1a instância, CASO CONCRETO 14 QUESTÃO DISCURSIVA Marcelo foi réu em ação judicial movida pela Concessionária “Auto Novo S.A” onde foi proferida sentença de procedência total do pedido autoral. Augusto conseguiu a condenação de Marcelo ao pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais) por danos materiais sofridos em razão de uma briga generalizada provocada por Marcelo dentro do estabelecimento comercial da parte autora, após negativa de crédito quando o réu tentava adquirir um veículo financiado. Após a sentença, houve recurso de Apelação que apesar de admitido, não teve provimento pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, sendo mantida a sentença de mérito. Não houve mais recurso e ocorreu o transito em julgado e após 2 (dois) meses, a Concessionária Auto Novo S.A. iniciou a fase de execução do julgado em face de Marcelo. Neste meio tempo, Marcelo descobre que o juiz do caso é amigo íntimo dos sócios da Concessionária Auto Novo S.A e pergunta a seu advogado se existe alguma possibilidade de se reverter à decisão transitada em julgado e obtém resposta negativa, em razão da formação de coisa julgada material nos termos da lei processual civil em vigor que visa justamente garantir o mínimo de segurança jurídica aos jurisdicionados. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) A coisa julgada material realmente não pode ser atacada no caso concreto? Resposta: De fato, o caso concreto o enunciado narra que na hipótese o juiz é amigo intimo dos sócios da empresa autora de modo que o caso se incluiria na hipótese de suspeição do juiz conforme regra do art. 145, I do CPC. Para que seja possível o cabimento da ação rescisória, buscando atacar a coisa julgada material, a hipótese deveria se enquadrar em algum dos incisos do art. 966 do CPC, o que não se observa no caso concreto. Se a hipótese, entretanto, fosse de impedimento cabível seria a ação rescisória. b) A autoridade da coisa julgada material afeta toda a sentença proferida que não esteja sujeita a recurso. Resposta: Não, apesar da ampliação do rol de cabimento da ação rescisória, que não passou a ser admissível em face de todas as decisões de mérito transitada em julgado, as sentenças terminativas não têm aptidão para formar coisa julgada material de modo que incabível ação rescisória nessas hipóteses, por outro lado o § 4º, art. 966 do CPP, ressalva que as sentenças meramente homologatórias também não poderão ser alvo de ação rescisória, mas, sim de ação própria anulatória. QUESTÃO OBJETIVA 1 Não fazem coisa julgada material: A) os motivos e a verdade dos fatos no processo. B) a questão incidental, ainda que decidida pelo juiz após contraditório. C) os resultados de laudos de provas periciais. D) as sentenças que resolvem o direito material. QUESTÃO OBJETIVA 2 A respeito da relativização da coisa julgada no Brasil é correto afirmar que: A) Não vigora e não se aplica ao nosso direito as teorias de relativização da mesma. B) Apenas encontra guarida na ação rescisória do art. 966 do NCPC. C) Pode ocorrer, em caos extremos e pontuais, sob pena de banalização e enfraquecimento da segurança jurídica dos julgados. D) Pode ser feita por qualquer juiz ou tribunal, a livre distribuição. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II CASO CONCRETO 15 QUESTÃO DISCURSIVA Temístocles ingressou com ação em face da empresa de Telefonia Fone Fácil S.A formulando declaratório de inexistência de relação jurídica combinado com condenação por danos materiais e morais. Segundo o autor, a ré teria realizado inscrição indevida de seu nome no cadastro de inadimplentes em razão de suposta dívida de contas pretéritas de titularidade do autor. Após contestação da ré, o juiz, não havendo mais necessidade de realização de mais provas, resolveu o caso com julgamento antecipado da lide, julgando procedente o pedido autoral e estipulando a indenização total no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais), entendo ser este valor suficiente para reparar os danos materiais e morais suscitados e provados nos autos. A decisão transitou em julgado e Temístocles inicia a fase de execução em face da agora executada, Telefonia Fone Fácil S.A. Em diligências internas na empresa, o advogado da Telefonia Fone Fácil S.A descobre que já havia uma decisão judicial transitada em julgado em face de Temístocles, envolvendo os mesmos fatos jurídicos suscitados na ação atual. Indignado, o advogado resolve ingressar com Ação Rescisória. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) É possível Ação Rescisória no presente caso? Resposta: É possível, pois, no caso narrado a segunda demanda viola a coisa julgado formada na primeira, já que, as ações possuem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido (tríplice identidade). Nos termos do art. 966, IV do CPC, seria possível a ação rescisória no caso concreto. b) Qual o órgão competente para conhecer e julgar a Ação Rescisória? Resposta: A competência será do Tribunal de 2ª instância, trata-se de competência originária dos órgãos de 2ª instância. QUESTÃO OBJETIVA 1 São legitimados para ação rescisória: A) As partes originárias do processo judicial, com exceção do revel. B) As partes originárias do processo judicial, mas não seus eventuais sucessores. C) Apenas aquele que saiu derrotado e o terceiro interessado. D) O Ministério Público como parte ou fiscal da lei. (Art. 967 do CPC) QUESTÃO OBJETIVA 2 O prazo decadencial para propositura de ação rescisória é de: A) 2 anos contados do transito em julgado da ultima decisão proferida no processo. (art. 975 do CPC) B) 5 anos contados sempre da primeira decisão de mérito nos autos. C) 2 anos contados da data de interposição de recursos. D) 5 anos contados da data da últimadecisão proferida no processo, salvo se houve prazo decadência menor no Código Civil. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II CASO CONCRETO 16 QUESTÃO DISCURSIVA Em Ação Rescisória proposta por Godofredo em face de Silas houve requerimento de concessão de tutela provisória, considerando que Godofredo alega que em razão da flagrante nulidade do julgamento anterior (violação manifesta de norma jurídica objeto de súmula de jurisprudência dominante do STF) e da fase em que se encontra a execução, é possível que seu bem imóvel seja levado à hasta pública, com demasiado perigo de dano irreparável ou mesmo de dificílima reparação. O relator admite a petição inicial e, incontinente, defere o requerimento de Godofredo para suspender a execução até a decisão final da Ação Rescisória. Silas inconformado, afirma que decisão antecipada do relator seria uma violação constitucional do contraditório e da ampla defesa, pelo que não se conformará com a decisão. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) A Ação Rescisória poderia ser admitida no presente caso? Resposta: Seria admitida, tendo em vista que o enunciado menciona a ocorrência de violação manifesta de norma jurídica, a ação rescisória teria cabimento conforme preceitua o artigo 966, V do CPC. b) Existe a possibilidade de concessão de tutela provisória em sede de Ação Rescisória. Resposta: Seria possível, pois, apesar da simples propositura da ação rescisória não impedir o cumprimento da decisão que se pretende rescindir, o art. 969 do CPC autoriza a concessão de tutela provisória (urgência e evidência) em sede de ação rescisória. QUESTÃO OBJETIVA 1 Nos termos do CPC, cabe ação rescisória: A) quando proposta pelo Ministério Público, caso não tenha sido ouvido em processo em que lhe era obrigatória à intervenção, salvo se a sentença de mérito for efeito de colusão das partes. B) na hipótese em que se verifique fundamento para invalidar confissão, ainda que nessa não tenha se baseado a sentença, ou quando em erro de fato for fundada a sentença de mérito. C) depois de transitada em julgado a sentença de mérito, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável. D) quando a sentença de mérito for proferida por juiz relativamente incompetente, ou for verificada que foi dada por concussão, prevaricação ou corrupção do juiz. QUESTÃO OBJETIVA 2 A ação rescisória tem natureza de: A) conhecimento até sua admissibilidade, depois, cautelar. B) cautelar com procedimento especial C) conhecimento com procedimento especial. D) conhecimento com decisão meramente declaratória. STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 1155770 PB 2009/0191889-4 (STJ)
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