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Guerra das Correntes

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Guerra das Correntes AC/DC
Katterine Rafaela Vieira Hasimoto
Lucas Alves de araujo
Mires de Oliveira Nascimento
Silvio Simione da Silva Junior
“A disputa entre corrente alternada e corrente contínua começou como um conflito bem corriqueiro entre dois padrões técnicos, uma batalha entre dois métodos competindo para entregar essencialmente o mesmo produto: a eletricidade”, 
Tom McNichol
Introdução
	A Guerra das Correntes (ou Batalha das Correntes) foi uma disputa ocorrida nos Estados Unidos durante o século XIX pela utilização da corrente contínua para distribuição de eletricidade, defendida por Thomas Edison, em contraposição à corrente alternada, defendida por George Westinghouse e Nikola Tesla. 
Thomas Edison
	A corrente contínua funciona bem com lâmpadas incandescentes e motores. Tal corrente podia ser diretamente utilizada em baterias, reservas valiosas durante possíveis interrupções dos geradores. Além disso, Edison havia inventado um medidor para permitir que a energia fosse cobrada proporcionalmente ao consumo, mas o medidor funcionava apenas com corrente contínua.
Nikola Tesla
George Westinghouse 
	A partir de um trabalho com campos magnéticos rotacionais, Tesla desenvolveu um sistema de geração, transmissão e uso da energia elétrica proveniente de corrente alternada, e fez uma parceria com George Westinghouse para comercializar esse sistema. 
	Havia diversas explicações para essa rivalidade. Edison era um experimentador voraz, mas não era matemático. A corrente alternada não pode ser devidamente entendida ou aproveitada sem um conhecimento
A Rivalidade 
substancial de matemática e física, o que Tesla possuía. Tesla havia trabalhado para Edison, mas foi subestimado. Além disso, maus sentimentos foram exacerbados quando Tesla foi enganado por Edison ao prometer-lhe uma recompensa por seu trabalho. 
As Correntes 
	Corrente contínua é a que você aprende na escola: a eletricidade flui constantemente do polo negativo para o positivo. Isso é verdade para pilhas e baterias, mas não é como uma tomada funciona. Na corrente alternada, os polos são invertidos dezenas de vezes por segundo e a eletricidade corre em zigue-zague. Parece contraintuitivo, mas é a forma mais natural como a energia elétrica pode ser gerada por movimento. 
	É possível transmitir eletricidade por uma distância muito maior por corrente alternada, usando cabos de alta voltagem e transformadores, que diminuem a voltagem para uso residencial. A corrente contínua perde poder demais com a distância e também exige cabos mais robustos – caríssimos, porque são de cobre puro.
	Edison havia sido o primeiro a criar uma central elétrica em 1882, em Nova York, usando corrente contínua. A energia fluía direto do gerador para as casas, a baixa voltagem. Ele se gabava que qualquer um podia encostar a mão em qualquer parte de seu sistema recebendo (talvez) apenas um choque leve. Mas a distância máxima entre os clientes e a usina era de 800 metros. O plano de Edison era que a eletricidade urbana funcionaria por um sistema de uma usina a cada poucos quarteirões
	Westinghouse e Tesla acreditavam em grandes usinas longe da cidade, transmitindo por muitos quilômetros através da corrente alternada, em cabos de alta voltagem, diminuída para uso residencial em transformadores locais. 
Arquirrivais
	A inimizade entre Tesla e Edison era bem pessoal. Tesla fora empregado da Companhia de Iluminação Edison entre 1882 e 1885, trabalhando pessoalmente com o patrão nos dois últimos anos. Em 1885, ele tentou, em vão, apresentar seu revolucionário projeto de motor de corrente alternada para Edison, junto com todo um novo esquema de geração e distribuição. 
	Edison já estava com todo um sistema pronto e já tinha pavor de choques elétricos. Em 1886, Edison ofereceu a Tesla 50 mil dólares (U$ 1,3 milhão hoje) se conseguisse melhorar seus geradores de corrente contínua. Tesla, como sempre, trabalhou obsessivamente e entregou os resultados. Quando quis cobrar a fatura, ouviu de Edison que era brincadeira: “Tesla, você não entende o humor americano”. Imediatamente, apresentou sua demissão. Chegou a passar por séria penúria, aceitando trabalhos braçais para se sustentar. 
O Ataque de Edison
	A tétrica cena que abre esta matéria tem um dedo de Thomas Edison. Ele não inventou a cadeira elétrica – isso partiu da Comissão de Morte do Estado de Nova York (sim, esse era o nome). Eles queriam criar um substituto mais moderno para a forca. Um membro da comissão, o dentista Alfred Southwick, mandou uma carta a Edison em novembro de 1887. “O que o dentista precisava era de seu enorme prestígio ‘como um eletricista’ para persuadir os legisladores”, afirma Jill Jonnes.
	Edison recusou veementemente. Ele não acreditava em pena de morte. Pressionado novamente, decidiu jogar a bomba para a concorrência, em dezembro: “A mais efetiva [forma de execução] são as máquinas conhecidas por ‘alternadores’, fabricadas neste país por George Westinghouse”, afirmou em uma carta ao dr. Southwick. “A passagem da corrente dessas máquinas pelo corpo humano, mesmo pelo contato mais suave, produz morte instantânea.”
William Kemmler – Primeiro prisioneiro de eletrocutado em uma Cadeira Elétrica

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