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FEBRE: centro termorregulador do hipotálamo detecta alterações de temperatura do sangue regional e então ativa ou inibe mecanismos de liberação e conservação de calor, a fim de manter a temperatura corporal conforme o ajuste feito pelo termostato hipotalâmico. Temperatura normal: Axilar: 35,5 – 37,5 ºC, em média 36 – 36,5ºC Oral: 36 – 37,4ºC Retal: 36 – 37,8ºC (temperatura mais próxima da central) A temperatura aumenta após a alimentação, na tarde é 0,5ºC maior, aumenta 0,6ºC após a ovulação Febre: sinal clínico provocado por distúrbio no próprio cérebro ou por pirogênios que afetam o centro termorregulador. A liberação de substâncias pirogênicas no sangue que conseguem elevar o set point fazem com que o hipotálamo iniba funções relacionadas a perda de calor, e ative funções relacionadas a conservação de calor, elevando a temperatura corporal e mantendo-a no novo set point. As substâncias pirogênicas são citocinas produzidas por leucócitos que, sensibilizadas por substancias bacterianas (pirogênios exógenos), vírus ou processos inflamatórios, produzem essas substancias endógenas e as liberam no sangue. Essas citocinas, no endotélio hipotalâmico, induzem a produção de prostaglandinas a partir de ácido araquidônico, desencadeando o quadro febril RESUMO: pirogênio exógeno < leucócitos < citocinas pirogênicas < células endoteliais hipotalâmicas < prostaglandinas < aumento do set point < no hipotálamo há vasoconstrição periférica com desvio central de sangue, aumento do metabolismo hepático e contrações musculares < aumento da temperatura corporal Pirogênios: substâncias de origem endógena ou exógena capazes de elevar o set point do termostato hipotalâmico Pirogênios endógenos: IL1, TNF, IFN alfa, IL6, IL2 Pirogênios exógenos: substâncias secretadas pelas bactérias (LPS) Febre X HIPERTERMIA: na hipertermia não há alteração no set point hipotalâmico. A temperatura corporal aumenta na hipertermia por uma excessiva produção de calor e transferência de calor para o corpo, e o organismo não consegue eliminar esse excesso, mesmo com todos os mecanismos de liberação de calor ativados. Intermação: aumento da temperatura corporal por exposição aumentada a altas temperaturas Insolação: aumento da temperatura corporal por exposição exagerada ao sol Hipertermia também pode ser provocada por choque térmico, fármacos, síndrome febril, hipertermia maligna (genética), síndrome neuroléptica maligna, síndrome serotoninérgica, endocrinopatias (hipertireoidismo, feocromocitoma), lesões no SNC SÍNDROME FEBRIL: elevação da temperatura, astenia, inapetência, cefaleia, taquicardia, taquipneia, taquisfigmia, oligúria, dor no corpo, calafrios, sudorese, náuseas, vômitos, delírios, confusão mental, convulsões PRINCIPAIS CAUSAS DE FEBRE: infecções bacterianas, virais e de outros parasitos, neoplasias malignas (linfomas, leucemia, carcinoma broncogênico), anemias hemolíticas, doenças hemorrágicas (púrpura, hemofilia, escorbuto), reações inflamatórias, doenças autoimunes, medicamentos (ansiolíticos, diuréticos, anticonvulsivantes) SINAL DE LENANDER: temperatura retal é 1ºC ou mais maior que a axilar. Indica pelviperitonites Características semiológicas da febre Anamnese: início (súbito, como na malária, ou gradual, como na gripe), intensidade (leve/febrícula: até 37,5ºC; moderada: 37,5 – 38,5ºC; alta/elevada: 38,5 – 41,5ºC; hiperpirexia: acima de 41,5ºC, causando convulsões; pacientes idosos, em mau estado geral e em choque podem não ter febre em quadro infeccioso), duração (febre prolongada de origem obscura: durar 14 dias ou mais sem definição de diagnóstico: tuberculose, septicemia, malária, endocardite infecciosa, febre tifoide, colagenoses, linfomas, pielonefrite), modo de evolução (contínua: sempre acima do normal, variações de até 1ºC, sendo comum na tuberculose, febre tifoide, pneumonia, gripe; irregular/séptica: picos de temperatura com intervalos de apirexia ou temperaturas mais baixas, mas sem haver ciclos estabelecidos, sendo o que ocorre na septicemia, nos abcessos pulmonares, na tuberculose, no início da malária; remitente: sempre acima do normal com variações maiores que 1ªC, ocorrendo na septicemia, tuberculose, pneumonia; intermitente: febre cíclica com períodos de apirexia, comum na malária; recorrente/ondulante: períodos de temperatura elevada que duram dias ou semanas seguidos de apirexia que também duram dias a semanas, sendo comum na brucelose, doença de Hodgkin e em linfomas), término (em crise, com o desaparecimento súbito, sendo o que ocorre na malária; em lise, com a normalização gradual da temperatura) SINAIS VITAIS: PRESSÃO ARTERIAL: força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos. PAm = DC X RVP PAm é a média das pressões arteriais medidas a cada milissegundo durante um intervalo de tempo PAm = 2 Pd + Ps = PAm = Pd + Pp Pp é a diferença entre Ps e Pd 3 3 Semiotécnica: Método palpatório: braço estendido ao nível do coração, palpar o pulso radial e inflar o manguito até que o pulso desapareça, identificando-se o nível da pressão sistólica. O procedimento precede o método auscultatório, evitando o desconforto pelo excesso de pressão provocado pelo manguito hiperinflado e evita erros provocados pelo hiato auscultatório Método auscultatório: usar campânula ou diafragma do estetoscópio sobre a artéria braquial, inflar o manguito 30mmHg acima da pressão sistólica obtida com o método palpatório. Desinflar o manguito lentamente e registrar o nível de pressão em que começam a ser escutados (Ps) os ruídos de Korotkoff e o nível de quando eles desaparecem (Pd) Hiato auscultatório: intervalo de tempo em que os sons de Korotkoff não são audíveis, ocorrendo entre as pressões diastólica e sistólica (fase II), podendo levar a subestimação da pressão sistólica e superestimação da pressão diastólica Diferença de pressão entre MS: diferença acima de 10-15mmHg sugere compressão ou obstrução arterial do lado de menor pressão, provocados por coarctação da aorta, síndrome do desfiladeiro cervicoaxilar, doença vascular periférica Diferença de pressão entre MS e MI: pressão de MI é 20mmHg maior que MS. Se pressão em MS é maior que MI, há obstrução ou compressão ao enchimento das ilíacas a partir da aorta, que ocorrem por coarctação da aorta, aneurisma dissecante da aorta, síndrome de Leriche (obstrução aterosclerótica na bifurcação aorta-ilíaca) Diferença de pressão devido a posição corporal: pacientes que usam anti-hipertensivos, que tenham histórico de desmaio, suspeita de hipovolemia ou hipotensão postural, recomenda-se aferir PA em 3 posições: decúbito dorsal, sentado e de pé. A PA cai quando o paciente passa de posição de decúbito para posição mais vertical. Se essa queda for maior que 20mmHg e for acompanhada de sintomas, indica hipotensão ortostática/postural SONS DE KOROTKOFF: I: 120mmHg II: 110mmHg III: 100mmHg IV: 90mmHg V: 80mmHg Hipertensão arterial sistêmica (HAS): condição fisiológicas em que níveis pressóricos maiores que 140mmHg na pressão sistólica e maiores que 90mmHg na pressão diastólica. É uma síndrome, sendo também importante analisar efeitos em órgãos como olhos, coração, cérebro, rins e sistema vascular periférico. Hipertensão primária/essencial: genética, estresse, obesidade, dieta, maus hábitos, sedentarismo Hipertensão secundária: medicação (contraceptivos, descongestionantes nasais, glicocorticoides), doenças renais (estenose de artéria renal, doença renal parenquimatosa), aterosclerose, coarctação de aorta, doenças endócrinas (síndrome de Cushing,hiperaldosteronismo, feocromocitoma) Hipertensão sistólica isolada: esclerose, calcificação e endurecimento de artéria braquial (pseudohipertensão, principalmente em idosos) Pressão diastólica esperada: a partir da Ps, sendo que uma Pd maior que a esperada indica pressão convergente, e uma Pd menor indica pressão divergente. Pd = Ps + (10-20mmHg) 3 Pressão convergente: Pd maior que a esperada para o valor da Ps. Ocorre por hipovolemia, estenose aórtica, pericardite constrictiva, insuficiência cardíaca grave Pressão divergente: Pd menor que a esperada para o valor da Ps. Provocada por síndrome hipercinéticas, como por exemplo a febre, hipertireoidismo, insuficiência aórtica, fistula arteriovenosa, fibrose senil de grandes vasos (pseudohipertensão) Pulso alternante: pesquisada durante a aferição da PA, na fase I dos ruídos de Korotkoff. Também pode ser percebido na palpação do pulso radial, quando o manguito está inflado no nível da Ps (sinal de insuficiência ventricular esquerda) Pulso paradoxal: percebido durante a aferição da PA pelo método auscultatório. Há redução da amplitude dos ruídos na inspiração forçada, sendo sinal de tamponamento cardíaco, provocado por pericardite constrictiva, derrame do pericárdio volumo ou enfisema pulmonar (pela hiperinsuflação pulmonar) PULSO ARTERIAL: contar a frequência cardíaca e seu ritmo, sua amplitude e contorno da onda de pulso, detectar obstrução ao fluxo sanguíneo. Ao palpar o pulso, cuidar: frequência, ritmo, amplitude, tensão, estado da parede arterial, tipos de onda de pulso, comparar artérias homólogas em sua frequência (isocronicidade) e amplitude (simetria) Semiotécnica: para avaliar pulso periférico, usa-se a radial (entre processo estiloide do rádio e tendão dos flexores). Usar polpas digitais do II e III dedos para palpá-la com pulso máximo. Polegar fica no dorso do punho. Usar mão direita para pulso esquerdo e vice- versa. Frequência: normalmente igual a cardíaca (taquicardia/taquisfigmia: pulso rápido, acima de 100bpm; bradicardia/bradisfigmia: pulso lento, abaixo de 60bpm). Quando fc > fp há déficit de pulso, ocorrida por deficiência em contrações ventriculares, não impulsionando o sangue para a aorta, sendo comum em extra-sistolia ventricular e fibrilação arterial. Ritmo: regularidade dos intervalos entre as ondas de pulso (regular/rítmico: frequência constante; irregular/arrítmico: frequência variável, ocorrendo por arritmia sinusal, extra- sistolia ventricular, fibrilação atrial, bloqueio atrioventricular) Amplitude: grau de enchimento da artéria na sístole e seu esvaziamento na diástole (amplo/magnus: ocorre por síndromes hipercinéticas, como em casos de febre, hipertireoidismo, insuficiência aórtica, fistula arteriovenosa; normal; pequeno/parvus: ocorre por estenose aórtica, hipovolemia, insuficiência cardíaca grave) Tensão: resistência da artéria a compressão externa com interrupção de fluxo (duro: compressão exige maior pressão externa, podendo ocorrer por HAS; normal; mole: fácil compressão, ocorrendo em casos de hipovolemia, choque e insuficiência cardíaca grave) Estado da parede arterial: presença de anormalidades, como endurecimento, tortuosidades e irregularidades da superfície (artéria em traqueia de passarinho: parede endurecida, irregular e tortuosa, sendo um sinal de vasculopatia, como mediosclerose de Monckënberg). Manobra de Osler: palpação da artéria radial sem pulsação mesmo após insuflar o manguito acima da pressão sistólica, o que ocorre por rigidez aterosclerótica da parede arterial, constituindo um sinal de pseudohipertensão por fibrose senil de grandes vasos. Simetria e isocronicidade: diferenças quanto a amplitude e frequência dos pulsos em artérias homólogas indicam obstrução ou compressão da artéria de menor amplitude e frequência, ocasionada por coarctação da aorta, síndrome do desfiladeiro cervicoaxilar, doença vascular periférica Outros pulsos analisados: para avaliar perfusão de segmentos corporais Pulso temporal superficial, pulso facial, pulso angular, pulso carotídeo, pulso axilar, pulso braquial, pulso femoral, pulso poplíteo, pulso pedioso, pulso tibial posterior Tipos de onda de pulso: ondas de pulso normal (pressão entre 30-40mmHg, com contorno regular e arredondado, entalhe impalpável); ondas de pulso parvus e tardus (pequena amplitude e prologados, provocados por estenose aórtica, hipovolemia, insuficiência cardíaca grave, canal arterial patente); ondas de pulso célere/martelo d’água (aparece e some com rapidez, tendo pressão de pulso bastante aumentada, provocados por síndromes hipercinéticas, como febre, hipertireoidismo, insuficiência aórtica, fistula arteriovenosa, anemias grave, canal arterial patente); ondas de pulso bisferiens (amplitude aumentada com 2 picos sistólico, provocados por cardiomiopatias hipertróficas, dupla lesão aórtica, insuficiência aórtica); pulso bigeminado (alternância entre onda normal e onda extra-sistólica, a qual se soma a precedente, sendo provocada por extra-sístoles supraventriculares); pulso alternante (alternância entre onda ampla e onda de menor amplitude, provocada por insuficiência ventricular esquerda); pulso paradoxal (redução palpável na amplitude do pulso durante a inspiração tranquila, que ocorrem por tamponamento cardíaco, pericardite constrictiva, doença pulmonar obstrutiva) RESPIRAÇÃO: frequência respiratória, ritmo respiratório e amplitude/profundidade respiratória Frequência respiratória: incursões respiratórias em 1 min, sendo normal 16-20mrpm (taquipneia: fr > 20mrpm; bradipneia: fr < 16mrpm) Ritmo: regularidade dos intervalos respiratórios (rítmico/regular = frequência constante; arrítmico/irregular = frequência variável) Amplitude: profundidade dos movimentos respiratórios, relacionados com a capacidade da parede torácica em variar o volume Tipos respiratórios: normal/eupneia (tempo para inspiração e expiração é igual, com a mesma amplitude e intercalados por breve pausa); taquipneia/respiração rápida e superficial (amplitude normal ou menor, provocadas por doença pulmonar restritiva, dor torácica pleurítica, elevação do diafragma por hepatomegalia ou abcesso subfrênico); hiperpneia/ritmo de cantani/respiração rápida e profunda (amplitude aumentada, provocada por exercício físico, ansiedade, acidose metabólica, IAM, hipóxia, hipoglicemia, os quais estimulam o centro respiratório); respiração de Kussmaul (inspiração e expiração com grande amplitude e com períodos de apneia ao fim de cada movimento, chamado de fome de ar. É causada por acidose metabólica, cetoacidose diabética, síndrome metabólica); bradipneia/respiração lenta (inspiração e expiração com duração normal, amplitude normal ou aumentada e intervalos mais longos entre os movimentos. Provocada por coma diabético, depressão respiratória provocada por fármacos, HIC); respiração de Cheyne-Stokes (pausas de apneia com, no início, movimentos respiratórios superficiais e quase imperceptíveis, que se tornam mais profundos, amplos, longos e ruidosos, que então se tornam menos amplos, menos longos, mais calmos a atingem nova apneia. Comum em AVC, HIC, insuficiência cardíaca grave, uremia, depressão respiratória provocada por fármaco, tumor cerebral, TCE); atáxica/respiração de Biot (1ª fase é a apneia, e a 2ª possui frequência e amplitudes anárquicas, com causas semelhantes a de Cheyne-Stokes, além de meningite); respiração suspirosa (movimentos respiratórios normais interrompidos por suspiros isolados ou agrupados, provocados por ansiedade ou tensão emocional); respiração obstrutiva (expiração prolongada pelo estreitamento das vias respiratórias, provocados porasma ou bronquite crônica). TEMPERATURA: Temperatura normal: Axilar: 35,5 – 37,5 ºC, em média 36 – 36,5ºC Oral: 36 – 37,4ºC Retal: 36 – 37,8ºC (temperatura mais próxima da central) A temperatura aumenta após a alimentação, na tarde é 0,5ºC maior, aumenta 0,6ºC após a ovulação o Fala e linguagem: Disfonia/afonia: alteração no timbre da voz (rouquidão, bitonalidade, voz fanhosa). Significa problema no órgão fonador Dislalia: pequenas alterações da fala, como por exemplo a troca de letras Disritmolalia: distúrbios no ritmo da fala, como por exemplo a gagueira e a taquilalia Disartria: problema na articulação da fala pelos músculos da fonação. Pode ocorrer por descoordenação cerebral, como a voz arrastada e a voz escandida (semelhante a de pessoa embriagada), hipertonia, que ocorre em pacientes com Parkinson, os quais apresentam voz baixa, monótona e lenta, ou ainda por perda do controle piramidal, comum em casos de paralisia pseudobulbar Disfasia/afasia: alterações corticais na interpretação e/ou expressão da fala. Não envolve órgão nem músculo fonador Disgrafia: perda da capacidade de escrever Dislexia: perda da capacidade de ler o Fácies: Fácies hipocrática: Enoftalmia (olhos fundos), olhos parados e inexpressivos. Nariz fino. Lábios finos e discretamente cianóticos. Batimentos de asa de nariz. Sudorese facial. Palidez cutânea. Ausência de gordura facial. Pele escurecida. Em pacientes com doenças crônicas terminais, como câncer, e AIDS Fácies renal: edema facial principalmente periorbital e mais intenso ao acordar. Palidez cutânea. Lábios inchados. Em pacientes com síndromes nefróticas Fácies leonina: pele espessa e com vários lepromas. Supercílios deprimidos. Nariz espesso e largado. Lábios grossos e proeminentes. Nódulos nas bochechas e mento. Escassez ou desaparecimento de pelos. Encontrada em pacientes com hanseníase Fácies parkinsoniana: cabeça inclinada para frente e imóvel na posição. Olhar fixo. Supercílios elevados. Fronte enrugada. Expressão de espanto Fácies basedowiana: exoftalmia (olhos salientes) e olhos brilhantes. Rosto magro. Bócio. Ocorre em pacientes com hipertireoidismo Fácies mixedematosa: rosto arredondado. Nariz grosso. Lábios grossos. Pele seca, espessada e com acentuação de sulcos. Pálpebras enrugadas e infiltradas. Madarose (supercílios escassos). Cabelos secos e sem brilho. Desânimo. Ocorre em pacientes com mixedema e em casos de hipotireoidismo Fácies acromegálicas: saliência dos arcos supraorbitais. Proeminência mandibular. Aumento do tamanho do nariz. Aumento das orelhas. Aumento dos lábios. Olhos menores Fácies Cushingóide (lua cheia): rosto arredondado. Atenuação de traços faciais. Bochechas vermelhas. Acne. Hirsutismo. Em pacientes com síndrome de Cushing, com hiperfunção do córtex da adrenal e em pessoas em corticoterapia. Fácies da paralisia facial periférica: assimetria facial. Não consegue fechar as pálpebras. Desvio da comissura labial. Some o sulco nasolabial Fácies miastênica (de Hutchinson): ptose palpebral bilateral. Paciente franze a testa e levanta a cabeça. Ocorre na miastenia grave e demais miopatias que atingem músculos da pálpebra superior Fácies etílica: olhos vermelhos. Ruborização da face. Hálito etílico. Voz pastosa. Sorriso indefinido. o Biotipo: Longilíneo/hipoestênico/leptossômico: estrutura muscular delgada. Tendência a magreza. Envergadura maior que o tronco. Apêndices predominam no tronco. Tórax chato. Ângulo de Charpy menor que 90º Brevilíneo/hiperestênico/pícnico: indivíduo atarracado. Tendência a obesidade. Musculatura robusta. Tronco predomina em relação a envergadura. Ângulo de Charpy maior que 90º Normolíneo/estênico/atlético: maior proporcionalidade entre tronco e envergadura. Ângulo de Charpy = 90º CABEÇA Exame da cabeça: tamanho e formato do crânio, posição e movimentos, superfície e couro cabeludo, exame geral da face, exame dos olhos e supercílios, exame do nariz, exame dos lábios, exame da cavidade bucal, exame otorrinolaringológico Tamanho do crânio: microcefalia (congênita, hereditária, doença cerebral por toxoplasmose congênita, zika), macrocefalia (hidrocefalia) Formas de crânio: Acrocefalia: crânio de torre, cabeça alongada para cima, pontuda, provocada especialmente por cranioestenose Escafocefalia: levantamento da parte mediana do crânio, casco de navio invertido Dolicocefalia: aumento do diâmetro Braquicefalia: aumento do diâmetro transverso Plagiocefalia: crânio com aspecto assimétrico Posição e movimento: a posição mais comum encontrada é o torcicolo, e o movimento mais frequente são os tiques (contrações repetidas de determinado grupo de músculos associados). É importante também observar presença de movimentos coreicos, tremores e sinal de Musset (movimentos da cabeça sincrônicos com as pulsações aórticas, sendo comum na insuficiência aórtica) Superfície e couro cabeludo: Inspeção e palpação: presença de saliências, como tumores, tumefações, bossas, hematomas, presença de pontos dolorosos e depressões Analisar consistência e dureza da tábua óssea, atrás e acima do pavilhão auricular, sendo que há leve afundamento dessas regiões em casos de raquitismo e sífilis Fontanela anterior: se hipertensa e saliente, indica aumento da pressão intracraniana Fontanela posterior: se hipotensa e deprimida, indica desidratação Exame de cabelos e pelos: espessura, coloração, consistência, distribuição conforme sexo e idade, brilho, hirsutismo Exame geral da face: simetria, expressões fisionômicas, mímica facial, pele, pelos Assimetria: tumefações, depressões, paralisia facial, crescimento parotídeo por inflamações (caxumba), hipertrofia de células salivares Expressões fisionômicas: tristeza, desânimo, esperança, desespero Pele: coloração, textura, umidade, espessura, temperatura, elasticidade, mobilidade, turgor, sensibilidade, lesões elementares Coloração: palidez, hiperemia, cianose, icterícia, albinismo, bronzeamento Textura: normal, lisa, fina, áspera, enrugada Umidade: normal, seca, sudorenta Espessura: normal, atrófica, espessa Temperatura: normal, aumentada, diminuída Elasticidade: norma, hiperelástica, hipoelástica Mobilidade: normal, diminuída, ausente, aumentada Turgor: normal, diminuída Sensibilidade: dolorosa, tátil, térmica Lesões elementares Exame de olhos e supercílios: Madarose (queda de supercílios): hanseníase, mixedema, esclerodermia, desnutrição Pálpebras: edema, retração palpebral, epicanto, ectrópio (inversão da margem palpebral para dentro do olho, permitindo que os cílios e o pelo das pálpebras entre em contato com a córnea e a conjuntiva), equimose, xantelasma (lesão na pele da região palpebral, provocado por depósito de gordura na pele) Ptose palpebral: queda da pálpebra, que pode ser unilateral ou bilateral devido a paralisia do nervo oculomotor (IIINC), o que paralisa o músculo da pálpebra superior, ou em casos de miastenia gravis (caracterizada pela lagoftalmia e pelo sinal de Bell) Paralisia do músculo orbicular palpebral causa lagoftalmia (paciente não consegue abaixar a pálpebra superior quando tenta cerrar os olhos, indicativo de afecção no nervo facial) e sinal de Bell (rotação superior dos olhos durante a oclusão da fenda palpebral) em casos deparalisia periférica (lembrar que na paralisia periférica todo um hemicorpo é afetado, e na paralisia central um dos 4 quadrantes da face é afetado) Fenda palpebral: normal, aumentada (exoftalmia), diminuída, ausente (ptose palpebral), podendo ser substituída por prega cutânea, característica de mongolismo Globos oculares: Exoftalmia: protrusão do globo ocular, unilateral em casos de tumores oculares, ou bilateral em casos de hipertireoidismo Enoftalmia: globo ocular afundado para dentro da órbita, diminuição da fenda palpebral unilateral (síndrome de Claude-Bernanrd-Horner) ou bilateral (desidratação) Desvios: estrabismo, que pode ser divergente (quando há desvio lateral no globo ocular, ocorrendo na paralisia do músculo reto medial, por dano no nervo oculomotor) ou convergente (quando há desvio medial do globo ocular, o que ocorre por paralisia do músculo reto lateral, por lesão do nervo troclear) Movimentos involuntários: são mais comuns os nistagmos (abalos do globo ocular e oscilações rápidas e curtas de ambos os olhos), que ocorrem em sentido vertical, horizontal ou rotatório. Se desenvolvem de forma adquirida, por doença de labirinto, cerebelo, tronco cerebral ou intoxicação alcoólica, ou de forma congênita, por origem ocular Conjuntivas: analisada ao pedir para paciente olhar para cima. Em condições normais são róseas, com a rede vascular levemente desenhada, sem secreções Coloração: pálida (anemias), amareladas (icterícia), hiperemiadas (conjuntivites, infecções córneas, hemorragias subconjugal) Vermelhidão ocular: traumas, infecções, alergias, glaucoma Hemorragia conjuntival: crises de tosse e vômitos Conjuntivite: dilatação difusa de vasos na periferia do olho Esclerótica, córnea e cristalino: inspeção feita quando paciente olhar para cima Se amareladas, indicam icterícia. Cuidar com paciente negros, que possuem gordura subconjuntival na região, distribuída em placas e manchas Cataratas atingem o cristalino, deixando-o opaco e com áreas brancas no interior da pupila. Pode ser acompanhado de pterígio, um espessamento triangular na conjuntiva bulbar, que cresce na superfície externa da córnea Pupilas: sua forma normal é arredondada ou levemente ovalada, em localização central e de tamanho variável conforme a claridade do local, mas isocóricas Tamanho das pupilas: midríase (em caso de dilatação, por pouca luz), miose (contração, quando há boa iluminação), anisocoria (tamanho desigual das pupilas) Reflexos: reflexo fotomotor direto (contração da pupila estimulada pelo foco de luz), reflexo fotomotor indireto/consensual (contração luminosa de uma pupila por estimulação luminosa da outra), fotomotor de acomodação/convergência (contração das pupilas e convergência dos globos oculares a medida que se aproxima o foco luminoso do nariz) Para a adaptação da pupila pela estimulação luminosa, o nervo óptico atua como via aferente, conduzindo o estímulo, e o nervo oculomotor atua como eferente, realizando a ação motora Exame físico do olho: teste de acuidade visual (tabela de Snellen), campimetria (pedir para paciente fechar um olho e examinador, de frente para o paciente, fechar o olho correspondente. Mão do examinador percorre um losango, perguntando para o paciente se ele vê os dedos parados ou em movimento. Podem ser detectados hemianopsia homônima esquerda ou direita – afeta ambos os olhos igualmente, prejudicando a visão do lado direito ou esquerdo da linha média do campo visual -; hemianopsia heterônima bilateral por lesão do quiasma óptico, acometendo fibras da retina da região nasal e afetando ambas as metades temporais ou nasais; amaurose direita ou esquerda, com perda total da visão), movimentação ocular (pelo teste da bandeira inglesa, que testa a musculatura extrínseca do globo ocular, sendo inervada pelo nervo oculomotor – músculos obliquo inferior, reto medial, reto superior e reto inferior -, nervo troclear – músculo obliquo superior – e pelo nervo abducente – músculo reto lateral ) reflexos fundoscopia (realizado pelo exame de fundo de olho, com o uso de oftalmoscópio e em ambiente escuro. Entrar com o oftalmoscópio inclinado a 20º e lateralmente a 15º da linha de visão média, pedindo para o paciente olhar em um ponto fixo reto a sua frente. Lembrar que se vê o olho direito do paciente com o olho direito do examinador, e vice-versa. Na fundoscopia são observados o reflexo vermelho e o disco óptico, a mácula, nervo óptico, vasos, fóvea. Descrever o disco em relação a sua coloração, podendo ser amarelo- alaranjado até rósea-creme. Olhar nas 5 direções recomendadas: súperolateral, ínfero lateral, ínferomedial, súperomedial e medial) EXAME DOS OUVIDOS: Inspeção inicial: características do pavilhão auricular, análise de deformidades, nódulos, implantação (normal na altura do epicanto), simetria e pele. Pressionar trago e mastoide para pesquisa de otite externa e demais inflamações Posicionar paciente com a cabeça reta, retificar o conduto auditivo puxando a orelha para frente e então elevando-a, introduzir o otoscópio e analisar a integridade do conduto auditivo, presença de eritema, edema, corpos estranhos, cerume, otorreia (saída de líquidos pelo ouvido. Podem ser claros como água, serosos, mucosos, purulentos ou sanguinolentos. Os líquidos claros são constituídos pelo liquido cefalorraquidiano, proveniente de fraturas da base do crânio. Os sanguinolentos são devidos a pólipos neoplásicos, à otite gripal, neoplasias ulceradas e traumatismos. Os serosos, mucocatarrais, ou purulentos têm origem em alterações da orelha externa, como eczemas, otites externas, furúnculos; em otites médias agudas ou crônicas e em mastoidites crônicas), otorragia (traumatismo do meato acústico externo, ruptura da membrana do tímpano, ou por fraturas da base do crânio, que podem ser longitudinais ou transversais. As longitudinais são as que mais frequentemente acarretam otorragia) e descamação. No fundo do conduto auditivo analisar a membrana timpânica com uma pequena concavidade de cor perolada e brilhante, fixa ao cabo do martelo. Pesquisar presença do trígono luminoso. Na membrana timpânica, devemos avaliar sua integridade (se há perfuração), aspecto, cor, forma e contorno Lembrar que trocar a ponta do otoscópio quando o outro ouvido for examinado, a fim de evitar possíveis contaminações Acuidade auditiva: testada pela movimentação dos dedos próximo ao conduto auditivo Condução auditiva: pesquisa realizada pelos testes de Rinne e Weber. A perda auditiva pode se dar por perda neurossensorial ou por condução. Na perda auditiva neurossensorial, o problema se localiza do ouvido médio, no ramo coclear no nervo vestíbulococlear (VIIINC) ou nas conexões centrais do nervo coclear, que impedem a transmissão dos impulsos nervosos para o cérebro. Na perda auditiva por problemas na condução, a região afetada é o ouvido médio ou o externo, os quais possuem transtorno que impede a condução do som para o ouvido interno Na perda auditiva por problema de condução, o som é percebido através do osso por um intervalo igual ou mais longo do que o tempo em que o som é percebido pela transmissão pelo ar. Na perda neurossensorial, o som é ouvido por mais tempo no ar. Assim tem-se teste de Rinne positivo EXAME DO NARIZ: A inspeção externa visa buscar deformidades não patológicas, alterações indicativas de lesões, como a rinofima, um espessamento da pele que se torna brilhante e vermelha e com glândulas sebáceas Hipertrofia do nariz: mixedema, acromegalia Narizem sela: normalmente de origem congênita, por sífilis intrauterina, achatando a ponta do nariz e reduzindo o comprimento nasal Rubicundez: nariz vermelho oriundo do consumo de álcool e com acne rósea, também podendo ser originado de lúpus eritematoso e rinofima Batimentos de asa de nariz: em fácies hipocráticas, característica de doenças como pneumonia Corrimento nasal Permeabilidade de cada narina: teste do nervo olfatório (INC) pedindo para paciente fechar os olhos e tampar uma narina e então aproximar frasco com algum componente de cheiro característico e oriundo de substância não volátil. Repetir com outra substância na outra narina. Lembrar de excluir resfriados e gripes Rinoscopia: com o uso do otoscópio com a ponta de menor comprimento, usar o polegar da mão esquerda para empurrar a ponta do nariz para cima e visualizar vestíbulo nasal, septo e cornetos. Em uma narina normal, a mucosa encontra-se úmida, rosada e de superfície lisa Palpar os seios paranasais a fim de avaliar sua sensibilidade e, em caso de dor, investigar possível sinusite EXAME DA BOCA E CAVIDADE BUCAL: Orofaringoscopia: visualizar lábios, dentes, gengivas, face interna das bochechas, língua, assoalho da boca, óstio das glândulas salivares com auxílio de lanterna Com um palito e ainda usando a lanterna, deprimir os 2/3 anteriores da língua, permitindo a visualização dos pilares amigdalianos, o palato mole, base da língua e parede posterior da faringe Analisar a mucosa da região, que em condições normais é rosada, brilhante e úmida Testar os nervos trigêmeo (sensibilidade da face, com seus 3 ramos: oftálmico, maxilar e mandibular, os quais são testados comparativamente com leve toque em cada região e através do reflexo córneo-palpebral; testar músculos da mastigação: palpar músculos temporal e masseter, e pedir para paciente simular mastigação. Os músculos pterigoideos lateral e medial não são palpáveis no exame físico), facial (ramo motor responsável pelos músculos da mímica, os quais são testados pelo reflexo córneo-palpebral e pedindo-se para o paciente enrugar a testar, franzir os supercílios com força, fechar os olhos com força, inflar as bochechas e sorrir; ramo sensitivo faz a inervação da gustação dos 2/3 anteriores da língua, não sendo testado durante o exame físico), vago (testado pelo sinal da cortina ao pedir-se que o paciente abra a boca e, com auxílio de palito e lanterna, observar o deslocamento da úvula quando é pedido para ele falar as vogais. Em caso de lesão, a úvula se desloca para o lado não acometido e o palato não se desloca para o lado acometido), acessório (testado pedindo para o paciente elevar os ombros enquanto o examinador faz pressão na direção oposta, sendo verificado o músculo trapézio, e ao pedir-se que o paciente vire o pescoço, lateralizando-o e, estando o examinador fazendo pressão para o lado contrário, pedir para que o paciente retorne o pescoço para a posição inicial, sendo testada a funcionalidade do músculo esternocleidomastóideo) e hipoglosso (pedir para o paciente movimentar a língua em todas as direções, sendo importante observar os desvios da língua quando dentro da boca e fora. Lesões de hipoglosso desviam a língua levemente para o lado normal dentro da boca e, fora dela, o desvio ocorre para o lado lesionado). Exame dos lábios: Inspeção e palpação: coloração (palidez, cianose), forma, textura, flexibilidade, lesões. A anomalia mais frequente é o lábio leporino. Pode haver edema, herpes labial, lesões ulceradas, leucoplasias (placas brancas, indolores e pré-cancerosas), neoplasias. As lesões inflamatórias mais comuns na comissura labial são queilite, exposição excessiva ao sol e candidíase. Rachaduras labiais são comuns em idosos e na respiração pela boca Exame da cavidade bucal: Inspeção e palpação: Mucosa oral: normalmente é rosa avermelhada. São encontradas aí estomatites (processos inflamatórios da mucosa oral) geralmente de origem herpética, sifilítica ou tuberculosa, mas sendo a estomatite mais comum a afta. A pigmentação pode ser normal pode ser amarelada em negros, sendo que mucosa azulada é característica de Doença de Addison. Encontrando se manchas de Koplik (esbranquiçadas), investiga-se sarampo. Deve-se ainda atentar para lesões tumorais, perfurações de palato, mal formações congênitas (como o lábio leporino e dentes supranuméricos) e síndrome de Steve-Johnson (úlceras na mucosa bucal associadas a eritema grave e com sufusão hemorrágica, geralmente oriunda de problemas medicamentosos) Língua: o exame da língua é feito na sua posição de repouso, para fora da boca e quando toca o céu da boca com a ponta Analisar: posição, tamanho, cor, umidade, superfície, textura, movimentos e lesões. Língua normal: situada medialmente, pequena e constante movimentação. Coloração rosa avermelhada, levemente úmida e com superfície discretamente rugosa Tipos de Língua: Saburrosa: acúmulo de substância branca-acinzentada ou amarela na superfície, o que ocorre por higiene bucal precária, febre e em tabagistas Seca: sem umidade, mas podendo apresentar saliva e acentuando-se em casos de febre. Indica desidratação, respiração pela boca ou ingestão medicamentos, especialmente de antidepressivos e atropina Lisa: ocorre por atrofia das papilas, perdendo sua rugosidade normal. Surge em decorrência de anemia ou desnutrição proteica Pilosa: surgem pelos em decorrência de papilas filiforme alongadas. Sua origem pode ser o uso de antibióticos, infecções e tabagismo Framboesa: superfície vermelha, brilhante e granulosa, sendo característica da escarlatina A língua geográfica significa áreas irregulares delimitadas por bordas esbranquiçadas, sendo seu surgimento desencadeado por estresse emocional. A língua escrotal é assim denominada por apresentar sulcos irregulares e ser fundida, sendo sua origem a deficiência de vitaminas do complexo B. A macroglossia geralmente ocorre por hipotireoidismo e acromegalia. A língua trêmula ocorre por hipertireoidismo, alcoolismo e por Parkinson. Glossite é a denominação geral de um processo inflamatório na língua. Desvio da língua da linha mediana ocorre por lesão no nervo hipoglosso. Gengiva: análise da cor, consistência, forma, desenvolvimento e presença de lesões localizadas. Normalmente é rosa avermelhada, de consistência firme e sem lesões. A palidez ocorre em casos de anemia, e a cianose em casos de aumento da Hg reduzida no sangue. A hipertrofia da gengiva é comum nas leucemias, sendo que assim elas adquirem um aspecto rugoso, cobrindo parte dos dentes e sangrando facilmente. Em casos de gengivites, elas ficam vermelhas, esponjosas e sangráveis. O edema acomete a gengiva em casos de gravidez e por uso medicamentoso. São lesões comuns na gengiva manchas hemorrágicas, ulcerações, atrofias, aftas e pigmentadas. É comum também a presença de torus palatino, um crescimento ósseo benigno na linha média do palato duro. Palatos duro e mole: a inspeção consiste em buscar lesões, massas e ulcerações Dentes: analisar o número e estado dos dentes, os quais podem se apresentar cariados, hipoplásicos em relação ao esmalte, desalinhados em relação a arcada dentária e com desgaste da superfície mastigatória. Presença de dentes de Hutchinson (incisivos em forma de chave de fenda, bandeirinha, barril ou chanfrados e molares multicuspidados, chamados de molares em amora) Glândulas salivares: normalmente não são visíveis, sendo as maiores as parótidas, submandibulares e sublinguais. Tornam-se visíveis em processos inflamatórios e em casosde obstrução dos canais salivares, tornando-se também dolorosos. EXAME OTORRINOLARINGOLÓGICO: presença de ulcerações, abaulamentos, nódulos, variações na cor e modificações morfológicas. Analisar postura e fácies do paciente, além de investigar alterações de temperatura e pulsações anômalas Orelhas: pavilhão auricular (implantação, formação, cor); presença de tofos (pequenos nódulos na cartilagem do hélix, indicando gota); presença de lesões neoplásicas, lesões inflamatórias e secreções. Na otoscopia observar o estado da pele que reveste o conduto auditivo, pelos na região inicial do conduto, detritos ceruminosos, descamações. Observar a membrana timpânica, que normalmente se apresenta com pequena concavidade, aperolada e brilhante, fixa no cabo do martelo. Na pesquisa da membrana timpânica, deve-se analisar sua integridade, aspecto, cor, forma e contorno e se há perfuração. Boca: na orofaringoscopia, analisar lábios, dentes, gengiva, face interna das bochechas, língua, assoalho da boca e o óstio das glândulas salivares. Ao se realizar a depressão da língua, tornam-se visíveis os pilares amigdalianos, o palato mole, a base da língua e a parede posterior da faringe. Observa-se também a mucosa, que geralmente encontra-se rosada, úmida e brilhante. Nariz: visualizar o vestíbulo nasal, septo e cornetos. Sempre manter a cabeça inclinada para trás e, com a mão esquerda, erguer a ponta do nariz do paciente com o polegar. Geralmente o nariz encontra-se com mucosa rosada, úmida e com superfície lisa. As doenças mais comuns que afetam o nariz e seu funcionamento são as amigdalites, rinites (por congestão da mucosa e acúmulo de secreções), sinusites, otites, rolha ceruminosa ou epitelial, laringite, corpos estranhos e câncer de faringe. Nervos trigêmeo, facial, vago, acessório e hipoglosso: sinal da cortina DOENÇAS MAIS COMUNS: Amigdalite aguda: causada geralmente por Estreptococos B hemolítico Rinite catarral aguda: infecção das fossas nasais, causada normalmente por pneumococos ou estafilococos Sinusite aguda: infecção dos seios da face, geralmente causada por bactérias ou vírus Otite média aguda: secundária as infecções das vias aéreas superiores Rolha ceruminosa: acúmulo de cera ou descamação epidérmica que bloqueia o conduto auditivo Laringite: os sintomas presentes são secreção purulenta e rouquidão Câncer de laringe: compromete as cordas vocais EXAME DO PESCOÇO: inspeção, palpação e ausculta Pescoço normal: forma quase cilíndrica, contorno regular, apresentando saliências dos músculos esternocleidomastóideos na face anterior e uma proeminência central representando a cartilagem tireóidea. Analisar: pele, tireoide, musculatura, vasos (carótidas, jugulares), linfonodos, coluna cervical Inspeção: Pele: sinais flogísticos, como dor, edema, calor e rubor, e fistulizações na área de linfonodos Forma e volume: aumentos anteriores sugerem aumento da tireoide, aumentos laterais revelam linfonodos infartados ou aumento de parótidas (na região mais superior) e tumorações, que causam deformações irregulares Posição: análise mediana, alterações sugerem especialmente torcicolo, sendo o desvio sempre lateral Mobilidade: testar a movimentação ativa (examinador faz força contra o movimento) e passiva do pescoço, realizando flexão, extensão, rotação e lateralidade. Rigidez de nuca indica irritação meníngea. Turgência ou ingurgitamento das jugulares: turgência jugular sugere hipertensão venosa e atua como sinal de insuficiência ventricular direita Batimentos arteriais e venosos: pulso carotídeo e pulsos venosos TIREOIDE: em casos de tireoide aumentada, deve-se auscultá-la Orienta-se o paciente a ficar sentado e o examinador, de pé e atrás do paciente. Procura- se a cartilagem tireoide e depois a cricoidea. Palpa-se a região e pede-se para o paciente deglutir, o que eleva a tireoide e permite ao examinador sentir sua movimentação. Na análise da tireoide, observa-se o tamanho (normal, aumentado, diminuído, difuso, segmentar), consistência (normal, firme, endurecida, pétrea), mobilidade (normal, imóvel), superfície (lisa, nodular, irregular), temperatura da pele (normal, quente), sensibilidade (dor, indolor) e frêmito de carótidas (análise feita palpação e ausculta). Tireoide normal: normalmente palpável, lisa, elástica, móvel, indolor, temperatura da pele normal, sem frêmitos, sem bócio Alterações na tireoide: bócio, inflamação, neoplasias, cistos e higroma Vasos: Palpação: detectar frêmitos no trajeto das carótidas (indica estenose da valva aórtica ou da carótida) Ausculta: auscultar a tireoide e as carótidas para análise de sopros ou frêmitos. Em condições normais não são revelados sopros, apenas rumor venoso. Sopros auscultados nas carótidas indicam lesões estenóticas das carótidas ou de artérias vertebrais, estado hipercinético, aumento do fluxo arterial na tireoide em casos de hiperfunção da glândula, como no bócio tóxico, e turbilhonamento do sangue nas jugulares, ocasionando sopro venoso, o que pode ocorrer tanto em pessoas normais, especialmente em crianças e após exercícios, como em pessoas com alguma patologia Linfonodos: Gânglios do pescoço e da cabeça: Tonsilares, occipitais e auriculares posteriores: recebem linfa do couro cabeludo, pavilhão da orelha e ouvido interno Auriculares anteriores Submandibulares e submentonianos: coletam linfa da orofaringe, língua, lábios, dentes e glândulas salivares Cervicais anteriores Cervicais posteriores Supraclaviculares e cervicais profundos: coletam linfa dos órgãos intratorácicos e intra-abdominais Analisar: localização, tamanho (de 0,5 – 2,5 cm), volume, coalescência (junção de gânglios), consistência, mobilidade, sensibilidade, alterações da pele Linfonodos normais em adultos, se palpáveis, podem indicar processos inflamatórios e infecções em progresso, estando individualizados, moveis (superficialmente e profundamente), indolores e elásticos. Se maiores que 3 cm, é necessária investigação. Gânglio de Virchow: aumento de gânglio da cadeia supraclavicular esquerda indica processo neoplásico na cavidade abdominal, geralmente no estômago Adenomegalia: linfonodos volumosos, chamados de linfomas, duros, sendo decorrentes de neoplasias malignas, ou fistulosos, decorrentes de tuberculose Para facilitar a palpação, deve-se fletir levemente a cabeça para o lado a ser examinado TÓRAX – RESPIRATÓRIO Projeções superficiais: PULMÕES: a 4ª costela direita corresponde a fissura horizontal, que separa os lobos superior e médio do pulmão direito, estando perto da intersecção com linha média da axila, que ocorre na altura da 5ª costela. Da 5ª costela até o processo espinhoso da 4ª vértebra torácica forma-se uma linha ascendente, originando a fissura obliqua, a qual continua na região ventral como uma linha descendente, situando-se a frente da linha axilar média, e chega até a 6ª costela, separando os lobos médio e inferior. O lobo inferior é limitado no intervalo entre a inspiração e a expiração, quando, costuma chegar nos limites das articulações da 11ª ou 12ª costelas. No pulmão esquerdo, na região posterior é igual ao direito, e anteriormente o lobo superior ocupa a região até a 6ª costela, em que há a fissura oblíqua direita, sendo o limite inferior do lobo esquerdo igual ao do direito CORAÇÃO: seu limite superior ocorre ao nível da junção da 3ª costela com o esterno, dando origem a uma linha que se estende para baixo e para fora em direção ao cruzamentodo 4º ou 5º espaço intercostal com a linha hemiclavicular esquerda. A partir daí, há um encurvamento para dentro, indo até o processo xifoide. No lado direito, vai até a borda do esterno FÍGADO: o limite anterior do fígado é uma linha horizontal que acompanha o 5º ou 6º espaço intercostal até a linha axilar anterior, de onde segue em uma linha horizontal em direção a intersecção da 6ª ou 7ª costela com a linha axilar média FUNDO DO ESTÔMAGO: localizado no espaço de Traube, que tem como limite inferior uma linha horizontal que acompanha o rebordo costal esquerdo e por uma linha média do músculo reto abdominal. BAÇO: limite superior é uma linha curva de concavidade para cima com o ápice do cruzamento da linha axilar média com a 9ª ou 10ª costela Pontos de referência anatômica: a 1ª costela não é palpável, visto que fica atrás da clavícula. A 2ª costela é reconhecida palpando-se a ângulo de Louis, que corresponde a linha transversal traçada ao nível da junção do manúbrio com o corpo do esterno e que se apresenta como uma leve elevação. Linhas torácicas: na parede anterior encontramos a linha média esternal, verticalmente no centro do esterno; as linhas paraesternais, situadas nas bordas direita e esquerda do esterno; a linha hemiclavicular, verticais no meio da clavícula; linha axilar anterior, vertical na prega axilar anterior; linha axilar posterior, vertical na prega da axila posterior; linha axilar média, no meio das linhas axilares anterior e posterior. Na parede posterior, temos a linha médio-espinhal/espondileia, vertical as apófises espinhosas; linhas escapulares direita e esquerda, verticais no ângulo inferior da escapula com braços juntos ao tórax. Regiões torácicas: Face anterior: região supraclavicular, região clavicular, região infraclavicular (até a 3ª articulação condroesternal), região mamária (até a 6ª articulação condroesternal), região inframamária (contornado pelo rebordo costal), região supraesternal, região esternal superior (fúrcula até a 3ª articulação condroesternal), região esternal inferior (até o processo xifoide) Face lateral: região axilar (do côncavo axilar até o limite da linha horizontal), região infra-axilar (da linha horizontal, passa pela 6ª articulação condroesternal e termina no rebordo costal, entra as linhas axilares anterior e posterior) Face posterior: região supra-escapular (da borda superior do trapézio até a borda superior da escapula), supra-espinhal (na fossa supra-espinhal), infra-espinhal (na fossa infra-espinhal), interescápulo-vertebral (entre a borda interna da escápula e a linha média espinhal até a linha axilar posterior lateralmente), infra-escapular (da linha que passa pela borda inferior da escápula até o rebordo costal) EXAME DOS PULMÕES: inspeção, palpação, percussão e ausculta Inspeção: avaliar a pele e estruturas superficiais, como unhas, extremidades cianóticas, batimentos de asa de nariz. Inspeção estática: forma do tórax, presença de abaulamentos, presença de som audível, cianose oral, baqueteamento digital Inspeção dinâmica: tipo respiratório, frequência respiratória, ritmo respiratório, amplitude dos movimentos respiratórios, presença de tiragem, expansibilidade pulmonar, sinal de Lemos Torres (abaulamento dos espaços intercostais na expiração, especialmente nas bases pulmonares no hemitórax lateral, sinalizando derrame pleural, associado a batimento de asa de nariz, que indica insuficiência respiratória) Inspeção normal: Estática: tórax plano, simétrico, ausência de abaulamentos, ausência de sons audíveis, ausência de cianose, ausência de baqueteamento digital, tórax normocorado, ausência de nódulos, cicatrizes ou telegectasias (vasos finos na superfície da pele) e diâmetro latero-lateral maior que diâmetro ântero-posterior Dinâmica: frequência respiratória eupneica (entre 16 e 20 mrpm), amplitude dos movimentos respiratórios normais, respiração costal superior (mulher) ou toracoabdominal (homem), ritmo respiratório normal, ausência de tiragem, expansibilidade normal, sinal de Lemos Torres negativo, ausência de batimento de asa de nariz Formatos de tórax: Tórax plano/chato: diâmetro ântero-posterior diminuído com convexidade normal diminuída, escápulas sobressalentes, ângulo do manúbrio nítido, musculatura pouco desenvolvida, sendo o ângulo de Charpy maior que 90º em longilíneos Tórax em tonel/barril: diâmetro ântero-posterior igual ao diâmetro transverso, sendo comum em casos de DPOC, enfisema pulmonar e em idosos Tórax infundibuliforme/pectus excavatum: depressão no nível do terço inferior do esterno e região epigástrica, podendo ser de origem congênita ou adquirida, como no raquitismo, podendo também ocasionar deslocamento cardíaco. É chamado de tórax do sapateiro. Tórax cariniforme/pectus carinatum: costelas horizontalizadas, no nível do esterno surge a forma de peito de pomba. Pode ser congênito ou adquitido, não afetando a ventilação pulmonar Tórax piriforme/em sino: porção inferior fica alargada, sendo comum em hepatoesplenomegalias e em casos de ascite volumosa Tórax cifótico: encurvamento posterior da colunam acentuando as curvas sacrais e torácicas para trás, o que faz o tórax a se inclinar para frente. Comum na tuberculose, osteomielite, neoplasias, por má postura, congênita Tórax escoliótico: desvio lateral da coluna, normalmente por anomalia congênita Tórax cifoescoliótico: pode produzir restrição grave da expansão torácica, provocando insuficiência respiratória Tórax instável traumático: decorrente de várias fraturas de costelas, que se interiorizam na inspiração e exteriorizam na expiração ABAULAMENTOS E DEPRESSÕES: indicam lesão de parede torácica ou órgão intratorácico. Aneurisma de aorta e tumor de timo: identificados por abaulamento arredondado e pulsátil da parte ântero-superior do tórax. Derrames pleurais: provocam abaulamento do hemitórax correspondente, sendo isso também característico de más-formações e fraturas. Sinal de Lemos Torres: abaulamento dos espaços intercostais na região da base pulmonar, na face lateral do hemitórax durante a expiração. É mais frequente nos 3 ou 2 últimos espaços intercostais Atelectasias (falta de expansão dos alvéolos de uma parte do pulmão ou do pulmão inteiro devida a uma ausência de ventilação consecutiva à obstrução total ou parcial de um brônquio, sendo causa frequente de asfixia em recém-nascidos) e lesões fibróticas: depressões TIPOS RESPIRATÓRIOS: observar a movimentação do tórax e do abdômen Respiração costal superior/torácica: mais comum em mulheres, com predomínio da atividade dos músculos escalenos e esternocleidomastóideos, que realizam a movimentação para frente e para cima da parte superior do tórax Respiração toracoabdominal: mais comum nos homens, utilizando o diafragma. Também ocorre em crianças, em que na posição de decúbito dorsal há movimentação da metade inferior do tórax e no andar há movimentação da região superior do abdômen RITMO RESPIRTÓRIO: sequência, forma e amplitude das incursões respiratórias Ritmo respiratório normal: regular, sem variação na profundidade da inspiração e da expiração Dispneia: sucessão regular de movimentos respiratórios amplos, rápidos e desconfortáveis para o paciente, ainda que o paciente não note a dificuldade respiratória. É comum em insuficiência cardíaca, enfisema pulmonar, pneumotórax, derrame pleural Platipneia: dificuldade para respirar na posição ereta, o que é aliviado com a adoção do decúbito. Comum após pneumectomia (retirada cirúrgica de pulmão)Ortopneia: dificuldade para respirar em decúbito Trepopneia: paciente sente-se melhor para respirar em decúbito lateral, comum em insuficiência cardíaca congestiva e derrame pleural Cheyne-Stokes: dispneia periódica que aumenta progressivamente as inspirações, as quais se tornam cada vez mais profundas até atingirem amplitude máxima, e então os movimentos começam a reduzir até atingirem apneia. Há então início das inspirações, cada vez mais profundas, que atingem o limiar e então as inspirações tornam-se mais superficiais, até atingirem a apneia novamente. Esse processo desenvolve variação dos níveis de dióxido de carbono e oxigênio na corrente sanguínea, sendo que quando os níveis de dióxido de carbono se elevam na apneia, os centros respiratórios são estimulados para aumentar a amplitude respiratória a fim de eliminar o dióxido de carbono excedente, reduzindo assim os níveis de dióxido de carbono progressivamente. Com o máximo de amplitude e o mínimo de dióxido de carbono, os estímulos dos centros respiratórios são inibidos, reduzindo a amplitude e chegando ao estado de apneia, o que aumenta a concentração progressiva de dióxido de carbono. Quando ocorre em crianças, normalmente está relacionado a falta de maturação do centro respiratório. Também pode ocorrer por AVC, traumatismos crânio-cefálicos, intoxicações por morfina e insuficiência congestiva grave. De Biot: períodos de apneia intercalados por inspirações de ampla amplitude e irregulares. Ocorre na meningite, neoplasias, hematomas, indicando lesão no centro respiratório. De Kussmaul: amplas e rápidas inspirações interrompidas por pequenas apneias. Ocorre então expiração profunda e ruidosa seguida de apneia. Comum em casos de cetoacidose diabética, visto que ao se realizar a respiração de Kussmaul, visa-se diminuir a acidose sanguínea a partir da eliminação de dióxido de carbono Suspirosa: entre uma respiração regular há respiração profunda seguida de expiração profunda, caracterizando ansiedade e problemas emocional. Se forem muito frequentes, estão relacionados a arritmia respiratória AMPLITUDE DA RESPIRAÇÃO: superficial (durante o sono) ou profunda (durante esforços) FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: Recém nascidos: 40 - 45 Lactentes: 25 - 35 Pré-escolares: 20 - 35 Escolares: 18 - 35 Adultos: 16 - 20 Taquipneia: acima dos valores normais para a faixa etária, relacionados a esforços, emoções, febre, lesões pleuropulmonares Bradipneia: abaixo dos valores normais para a faixa etária, ocorrendo durante o sono, em atletas, por lesões cerebrais, HIC, intoxicações, opiáceos Apneia: parada respiratória Eupneia: frequência respiratória normal e sem dificuldades para respiração Tiragem: em casos de obstrução de vias aéreas, determinados locais do pulmão não se expandem, e então a pressão atmosférica atua deprimindo os espaços cosais correspondentes na parede torácica. Os espaços intercostais das regiões axilares e infra- axilares apresentam depressão durante a inspiração. Pode ocorre restrita a uma área, unilateral, em todo hemitórax (por oclusão brônquica principal, direita ou esquerda, decorrente de neoplasia, corpo estranho, exsudato espesso) ou bilateral (quando o obstáculo está acima da bifurcação traqueal, ocorrida geralmente por neoplasia ou corpo estranho), dependendo da altura da obstrução. Em estreitamentos generalizados dos pequenos brônquios, sendo o que ocorre na asma brônquica e no enfisema pulmonar, há possibilidade de retração inspiratória bilateral. Expansibilidade pulmonar: melhor analisada pela palpação. Em casos normais, há simetria PALPAÇÃO: estrutura da parede torácica, expansibilidade pulmonar, mobilidade, frêmito toracovocal Normal: coluna aparentemente íntegra e sem desvios, expansibilidade normal e simétrica, frêmito toracovocal presente e simétrico (33, aumentado em consolidações) Estrutura da parede torácica: pele, tecido subcutâneo, músculos, cartilagens, ossos Palpação da coluna: analisar integridade Expansibilidade e mobilidade: examinador atrás do paciente. Nos ápices usar os polegares se tocando sobre o dorso na região de C7 e as pontas dos dedos na região supra-escapular. Pede-se para o paciente inspirar e expirar profundamente enquanto o examinador nota-se suas mãos se movimentarem. Assimetrias na região apical ocorrem por pneumotórax, pneumonias, pleurites. Para a expansibilidade das bases, os polegares devem estar ao nível da 9ª/10ª vertebra torácica, repetindo- se o procedimento realizado para os ápices. A diminuição da expansibilidade pode ser unilateral, por derrame pleural, hepatomegalias, esplenomegalias, ou bilateral, por gravidez, enfisema pulmonar, ascite, senilidade e pneumonia Frêmito toracovocal: vibração percebida na parede torácica pela mão do examinador quando o paciente emite som. Pede-se para o paciente colocar as mãos nos ombros, se abraçando, e dizer 33, enquanto o examinador compara regiões homólogas, sendo geralmente usadas 3 dos 6. O frêmito toracovocal costuma ser mais baixo em mulheres, pelo timbre da voz, e também é reduzido em pessoas com parede torácica espessa em casos de hipertrofia muscular ou aumento do panículo adiposo. A intensidade do frêmito varia com a região do tórax, sendo mais nítida no ápice direito e na região interescapular-vertebral direita pelo menor comprimento do brônquio principal. Aumento do frêmito toracovocal: em áreas de consolidação, provocadas por pneumonias, infarto de pulmão Diminuição do frêmito toracovocal ou seu desaparecimento: interrupção das áreas de transmissão, ocorridas por derrame pleural, espessamento da pleura, oclusão brônquica, pneumotórax, enfisema PERCUSSÃO: realizada com o paciente sentado, percutindo-se a face posterior e a face lateral. Pedir para o paciente colocar as mãos nos ombros para afastar as escápulas e assim facilitar a percussão dorsal, e pedir para o paciente colocar as mãos na cabeça para a percussão lateral. Percutir no mínimo 6 regiões homólogas, sendo importante adotar a percussão comparativa Normal: som claro-pulmonar presente e simétrico. Punho percussão negativo Coração, fígado, baço: maciço ou submaciço Fígado: hepatimetria (percutir o hemitórax direito de cima para baixo na linha hemiclavicular com o paciente em decúbito dorsal. Na região mais alta há som claro-pulmonar, na altura no 4º espaço intercostal haverá som submaciço e na altura do 5º/6º espaço intercostal haverá som maciço) Coração: percutir a face anterior a face anterior do tórax de cima para baixo na borda justo-esternal esquerda e depois em linhas verticais até a linha hemiclavicular esquerda Baço: área maciça, obtida pela percussão da face lateral esquerda do tórax, de cima para baixo entre as 3 linhas axilares, pedindo para o paciente adotar a posição de Schuster (decúbito lateral direito e mão inclinada sobre a cabeça). O limite superior da macicez é o 11º espaço intercostal Fundo do estômago: percutir o espaço de Traube, que possui som timpânico. Se ali houver som maciço, sinaliza esplenomegalia. O limite inferior é uma linha horizontal que acompanha o rebordo costal esquerdo, o limite lateral é o rebordo costal e o limite medial pela borda lateral do músculo reto abdominal Outras regiões: som claro-pulmonar, atimpânico, sendo o som mais intenso nas faces lateral e anterior. O som do ápice direito é mais claro que esquerdo, e nas bases o som é menos intenso Alterações: o Hipersonoridade pulmonar: percussão mais clara e intensa, devido ao aumento de ar nos alvéolos, provocados por asma, enfisema, pneumotórax o Submacicez e macicez:redução ou desaparecimento do ar dos alvéolos, provocada por derrames e espessamento pleural e por condensações pulmonares (pneumonias, tuberculose, infarto pulmonar, neoplasias) o Som timpânico: ar aprisionado nos alvéolos, ocasionado por pneumotórax, tuberculose Punho-percussão lombar: se paciente relatar dor, há sinal de Giordano positivo, indicando pielonefrite AUSCULTA: realizada com o paciente sentado, solicitando para ele respirar profundamente e com os lábios entreabertos. Pedir também para que o paciente realize as manobras facilitadoras: se abrace na ausculta do dorso e ponha as mãos na cabeça na ausculta lateral/axilar. Realizar a ausculta da ressonância vocal Tórax posterior: realizar a ausculta de 5 focos no dorso e 1 axilar. Realizar o teste de ressonância vocal em 3 pontos Tórax anterior: realizar a ausculta da traqueia e dos 2º espaços intercostais direito e esquerdo para ausculta brônquica Normal: ausculta broncovesicular presente e simétrica, murmúrio vesicular presente e simétrico e bem distribuído, som traqueal presente, respiração brônquica presente e ressonância vocal normal. SONS NORMAIS: Som traqueal: origina-se pela passagem de ar pela fenda glótica e traqueal. É audível na projeção da traqueia, no esterno e no pescoço. Seu componente inspiratório tem um ruído soproso, depois há curto intervalo de silêncio e na expiração há um ruído mais forte e prolongado. Na ausculta da fúrcula traqueal, a ausculta do som traqueal está presente Som brônquico: é o som traqueal auscultado nos grandes brônquios e na proximidade do esterno na face anterior do tórax, porem durante a expiração há menos intensidade do que no som traqueal. Murmúrio-vesicular: produzido pela turbulência do ar circulante ao passar pelas bifurcações dos bronquíolos, brônquios e alvéolos. O componente inspiratório é mais intenso, duradouro e de tonalidade mais alta que o expiratório, que é fraco, de duração mais curta e tonalidade mais baixa. É mais auscultado na região anterossuperior, nas axilas e nas regiões infraescapulares. Sua intensidade é mais suave que o brônquico. É auscultado em quase toda região do tórax, com exceção das regiões esternal superior, intraescapulovertebral direita e no nível da 3ª/4ª vertebra torácica, em que se ausculta o som broncovesicular. A intensidade varia conforme espessura da parede torácica. O murmúrio-vesicular é mais intenso quando o paciente respira com a boca aberta, após esforço, em crianças, em pessoas magras e em portadores de doenças pulmonares unilaterais (o murmúrio se torna mais intenso no lado não afetado). O murmúrio-vesicular esta diminuído no pneumotórax, pela presença de ar, no enfisema, no hidrotórax, na obstrução de vias aéreas ou dor torácica que impeça ou diminua o movimento torácico. Em condições normais o murmúrio-vesicular é mais prolongado na inspiração. Em casos de asma brônquica, enfisema e bronquite com broncoespasmo há prolongamento da fase expiratória. Broncovesicular: a intensidade da inspiração e da expiração tem magnitude igual, sendo mais fortes que no murmúrio-vesicular mas não tão intensa quanto no som brônquico. É auscultado na região esternal superior e na região interescapulovertebral direita. Quando está presente em outras regiões, indica condensações, atelectasias por compressão. SONS ANORMAIS DESCONTÍNUOS: ESTERTORES, que podem ser escutados tanto na inspiração quanto na expiração Estertores finos/crepitantes: no final da inspiração, sendo agudos, tendo alta frequência, curta duração e audíveis nas bases pulmonares, que são regiões influenciadas pela gravidade. Não mudam com a tosse, mas se alteram com a posição do paciente. Soam parecidos com o atrito do cabelo. São produzidos pela abertura sequencial das vias respiratórias fechadas pela pressão exercida pela presença de liquido ou exsudato no parênquima pulmonar, sendo característicos da pneumonia e da congestão pulmonar por insuficiência cardíaca esquerda. Podem também se originar por alteração no tecido de suporte das paredes brônquicas, provocadas por doenças intersticiais pulmonares Estertores grossos/bolhosos: sons audíveis no início da inspiração e em toda a expiração, tendo frequência menor e maior duração que os estertores finos, podendo ser ouvidos em todo o tórax, sendo alterados pela tosse e não se modificam com a mudança de posição. São provocados pela abertura e fechamento das vias respiratórias contendo secreções viscosas e espessas, podendo também serem decorrentes do afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas, indicando bronquite crônica e bronquiectasias. SONS ANORMAIS CONTÍNUOS: Roncos: sons graves, mutáveis e fugazes, podendo surgir e desaparecer em curto período de tempo. Ocorrem especialmente na expiração. São originados nas vibrações das paredes brônquicas e dos gases quando há estreitamento dos ductos por espasmos ou edema da parede ou secreção ali aderida. Indicam asma brônquica, bronquite, bronquiectasia, obstruções localizadas. Sibilos: sons agudos que ocorrem na inspiração e na expiração. Se originam das vibrações nas paredes bronquiolares e de seu conteúdo gasoso. São múltiplos e disseminados por todo o tórax quando decorrentes de doenças que afetam toda a arvore brônquica. Indicam asma, bronquite, obstrução por neoplasia Estridor: oriundos de semi-obstrução da laringe ou traqueia. Seu som é pequeno quando a respiração é calma e mais superficial, mas em respiração profunda o aumento do fluxo de ar eleva a intensidade do som. São decorrentes de difteria, laringites agudas, câncer de laringe, estenose de traqueia SOM ANORMAL DE ORIGEM PLEURAL: Atrito pleural: ruído irregular, descontinuo, mais intenso na inspiração, frequência baixa e tonalidade grave. Comum na região axilar. Indica pleurite, visto que há exsudato nas laminas viscerais e parietais da pleura pulmonar. Derrame pleural indica o desaparecimento do atrito pleural. AUSCULTA DA VOZ: pedir para paciente falar uma palavra desconhecida em voz normal e depois cochicha-la, enquanto o examinador ausculta os mesmos pontos de análise do frêmito toracovocal com o estetoscópio e de modo homólogo. Os sons produzidos pela voz e auscultados na parede torácica é chamada de ressonância vocal. A ressonância vocal é mais intensa no ápice do pulmão, nas regiões intraescapulovertebrais e na região esternal superior. A ressonância vocal é mais intensa em homens que em mulheres pelo timbre da voz. Normal: tanto a voz falada quando a cochichada é incompreensível, visto que o parênquima pulmonar absorve a maioria dos componentes sonoros. Em casos de consolidação do parênquima pulmonar, como na pneumonia e infarto pulmonar, a transmissão é facilitada e as palavras ficam mais nítidas. Broncofonia/aumento da ressonância da voz: ocorre por condensação pulmonar devido a neoplasias, inflamações, pneumonias, infarto pulmonar Diminuição da ressonância vocal: decorrentes de atelectasias (falta de expansão dos alvéolos de uma parte do pulmão ou do pulmão inteiro devida a uma ausência de ventilação consecutiva à obstrução total ou parcial de um brônquio), espessamento pleural, derrames pleurais, enfisema Pectorilóquia fônica: voz falada é ouvida com nitidez por consolidação parenquimatosa pulmonar Pectorilóquia afônica: voz cochichada é ouvida com nitidez por pequenos derrames pleurais na região superior dos pulmões Egofonia: broncofonia de som metálico ou nasalado (por derrames pleurais e condensações pulmonares na região superior) DOENÇAS: síndromes brônquicas, síndromes pulmonares e síndromes pleurais (murmúrios presentes,simétricos e bem distribuídos) Asma brônquica: Na inspeção nota-se uso da musculatura acessória e dispneia, tórax em posição de inspirações profundas, tiragem Na palpação encontra-se frêmito toracovocal normal ou reduzido A percussão é normal ou com hipersonoridade Na ausculta o murmúrio-vesicular está diminuído, com sibilos, roncos e expiração prolongada Bronquites: inspeção, palpação e percussão normais. Na ausculta há estertores grossos com roncos e sibilos frequentes Bronquiectasias: é a dilatação dos brônquios por destruição dos componentes das paredes dos ductos. Encontra-se expansibilidade aumentada e submacicez nas bases. Há presença de estertores grossos, roncos e sibilos infrequentes Broncopneumonia: na ausculta encontra-se estertores finos nas áreas de broncopneumonia Síndrome de consolidação pulmonar: provocadas por pneumonias, infarto pulmonar e tuberculose. As consolidações originam-se da consolidação do parênquima pulmonar, ocupando espaços alveolares, as quais também são ocupadas por exsudato Na inspeção a expansibilidade encontra-se reduzida Na palpação nota-se a expansibilidade reduzida e o frêmito toracovocal aumentado Na percussão encontra-se submacicez ou macicez Na ausculta a respiração brônquica e substituída por murmúrio-vesicular, havendo broncofonia ou egofonia, pectoriloquidia e estertores finos Atelectasia: desaparecimento do ar dos alvéolos por pulmão colapsado e presença de obstrução e muco Na inspeção nota-se triagem e retração do hemitórax Na palpação a expansibilidade está diminuída e o frêmito toracovocal encontra-se reduzido ou inexistente Na percussão há submacicez ou macicez Na ausculta observa-se respiração broncovesicular e ressonância vocal reduzida Enfisema pulmonar: aumento anormal dos espaços aéreos distais dos brônquios terminais, com modificações estruturais das paredes alveolares que limitam o fluxo aéreo nos alvéolos Inspeção com expansibilidade reduzida, dispneia e tórax em forma de barril em casos graves Na palpação nota-se a expansibilidade e o frêmito toracovocal reduzido A percussão permanece normal, havendo hipersonoridade em casos mais graves Na ausculta os murmúrios-vesiculares estão diminuídos, a expiração é prolongada e a ressonância vocal reduzida Pleurite: tuberculose, pneumonia Inspeção com expansibilidade reduzida Palpação com expansibilidade e frêmito reduzidos Percussão normal ou submaciça Ausculta com presença de atrito pleural Derrame pleural: Inspeção com expansibilidade reduzida e Lemos Torres positivo Palpação com expansibilidade reduzida, ausência de frêmito toracovocal na área do derrame e aumento do frêmito toracovocal na área do pulmão em contado com o liquido Percussão com macicez Ausculta com murmúrio-vesicular reduzido na área do derrame; presença de egofonia e estertores finos na parte do pulmão mais alta em contato com o liquido Pneumotórax: Inspeção normal ou com pequenos abaulamentos dos espaços intercostais; Palpação com expansibilidade e frêmito toracovocal reduzidos; Percussão com hipersonoridade ou timpanismo; Ausculta com murmúrio-vesicular reduzido e ressonância vocal diminuída Anatomia das vias aéreas: Anamnese: investigar no sintoma principal dor torácica, dispneia (dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta), sibilância, tosse e hemoptise (expectoração de sangue proveniente dos pulmões, traqueia e brônquios, mais comumente observável na tuberculose pulmonar) Dor torácica: Causas: Estruturas envolvidas: Angina, IAM Miocárdio Pericardite Pericárdio Aneurisma dissecante de aorta Aorta Bronquite Traqueias e grandes brônquios Pneumonia, derrame pleural Pleura parietal Esofagite de refluxo, espasmo esofágico Esôfago Costocondrite, herpes zoster Parede torácica Pneumotórax: Síndrome coronariana aguda: Dispneia: não há escala para classificá-la, sendo sua gravidade determinada conforme atividades diárias do paciente, início e velocidade de progressão. Pode ser aguda ou crônica, de repouso ou de exercício, ou ainda ventilatório-dependente ou independente do ciclo respiratório. Ortopneia: dificuldade de respiração provocada por certas doenças, esp. quando o paciente se encontra deitado Dispneia paroxística noturna: sono interrompido por uma dramática sensação de falta de ar, comum em casos de insuficiência ventricular esquerda Trepopneia: dispneia sentida quando a pessoa está em decúbito lateral, não sendo sentida no decúbito contralateral. Sentida quando há diferença no acometimento de cada pulmão, sendo comum no derrame pleural Platipneia: dispneia quando se está de pé por hipoxemia Pneumonia: parênquima pulmonar inflamatória e retenção de líquidos alveolar anormal Tosse: Tosse produtiva: presença de experctoração ou escarro. Importante analisar volume, coloração, odor e consistência Tosse seca: ausência de escarro Sintomas alérgicos: rinite, dermatite, asma, bronquite Sudorese noturna Experctoração com raias de sangue (hemoptise) Tuberculose pulmonar: EXAME CARDÍACO: inspeção, palpação e ausculta No nível da junção da 3ª costela com o esterno inicia uma linha que se estende para baixo e para fora em direção ao cruzamento do 4º/5º espaço intercostal com a hemiclavicular esquerda. Nesse ponto, a linha se encurva para dentro e se estende até a base do processo xifoide. No lado direito se estende até a borda do esterno No ponto da 5º espaço intercostal com a linha hemiclavicular esquerda localiza-se a ponta do coração, formada pelo ventrículo esquerdo O limite inferior é constituído pelo ventrículo direito, que se estende da base do apêndice xifoide até a ponta do coração INSPEÇÃO E PALPAÇÃO: simultâneo. Buscar abaulamentos, analisar o ictus cordis (mede de 1 a 2 cm, variando com o decúbito), batimentos e movimentos visíveis/palpáveis, palpação das bulhas e pesquisar frêmitos cardiovasculares Observar o paciente de forma tangencial e frontal (dos pés). Abaulamentos podem indicar aneurisma de aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico, alterações na caixa torácica. Em crianças os abaulamentos podem indicar cardiopatia congênita, lesões valvares reumáticas por dilatação do ventrículo direito. Pesquisar pulsações Normal: tórax aparentemente plano, ictus não visível e não palpável (se for palpável, pesquisar quantas polpas digitais/cm), ausência de circulação colateral, distribuição de pelos normal para o sexo, ausência de cicatrizes, ausência de abaulamentos, sem turgência jugular (ou com turgência jugular a 0º), pulso carotídeo e batimento de fúrcula visíveis, ausência de demais batimentos visíveis, palpação de pulsos (radiais, braquiais, femorais, poplíteos, tibial posterior, pedioso palpados simultaneamente) presentes e simétricos, ausência de frêmitos Ictus cordis: localização, extensão, intensidade, mobilidade, ritmo e frequência Localização: nos mediolíneos se localiza-se está na altura do 4ª/5ª espaço intercostal; nos brevelíneos se desloca 2 cm para fora e para cima no 4º espaço intercostal; nos longilíneos está no 5º espaço intercostal ou 1 - 2 cm para dentro da linha hemiclavicular. Ictus impalpável e invisível: musculatura muito desenvolvida, enfisema, obesidade, mamas grandes, idosos Deslocamento de ictus: dilatação ou hipertrofia do ventrículo esquerdo por estenose aórtica, insuficiência aórtica ou mitral, hipertensão arterial, miocardiopatias, cardiopatias congênitas. Em casos
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