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Os antecessores imediatos de Wundt

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Instituto São Boaventura
Filosofia - primeiro semente 
Disciplina: Introdução à Psicologia
Aluno: Jéverson de Andrade
Resumo Crítico II
Os antecessores imediatos de Wundt
Pequena história da psicologia
Para chegar ao fundador das pesquisas laboratoriais de psicologia, Wilhelm Wundt, é interessante fazer memória de seus antecessores que colaboraram para esse feito inédito na história. É nesta análise que Wertheimer nos remonta, no capítulo cinco do livro Pequena história da psicologia, os primeiros passos da psicologia experimental que, através de Wundt e seus colaboradores, adquire um espaço como ciência independente.
Das contribuições anteriores da factual fundação da psicologia experimental, o autor nos mostra a quão relevante é lembrar o contexto da Alemanha, com clima intelectual acadêmico e paradoxalmente aflorado por um misticismo acerca da psicologia, com preocupações a respeito de Deus, do comportamento social e da alma. Apesar desse Zeitgeist, a psicologia alemã era também fisiológica, influenciada pelas tendências científicas naquele período. Neste espírito, Christian Von Wolff ensaia uma explicação das faculdades mentais humanas: conhecer, lembrar, imaginar, sentir, compreender, raciocinar, amar, etc. 
Herbart, que para muitos foi o primeiro psicólogo educacional, além de sustentar que a psicologia devia se basear na experiência e ser matemática, ele defende que a psicologia não deve ser fisiológica nem experimental, pois tais técnicas tendem a fracionar a mente, distanciando de uma análise conjunta. Já para Herbart, as ideias são dinâmicas e se chocam umas com as outras com intensão de subir à consciência; desta forma ele pré-estabelece o conceito do inconsciente e repressão.
Müller e Weber, fisiólogos, apresentaram percepções e sensações profundas da mente: as energias nervosas e as modalidades sensoriais no corpo, realizando em pacientes experimentos como toques simultâneos no corpo analisando suas percepções. Lotze, filosofo-psicólogo, vai além, apresentando a teoria dos sinais locais: experiência sensorial para ter resultados de percepção dos pacientes, não se foram tocados, mas aonde foram tocados; aprendendo a respeito da localização consonante das diversas partes da superfície sensorial do corpo.
Helmholtz, que era físico e psicólogo, contribuiu, através de suas experiências como cirurgião com o seu pai no exército, na ciência com o inédito resultado das medidas da velocidade do impulso nervoso. A experiência como cirurgião lhe facilitou pesquisas e rendeu resultados a respeito da visão: sobre as misturas de cor cores e fisiologia do músculo ciliar; e da audição com teorias de energias fibrinas específicas para a percepção do tom e a teoria do local de ressonância. Contudo, sua distinção entre sensação e percepção, toma corpo semelhante na teoria geral da percepção anos mais tarde. A sensação, segundo ele, é estimulo através do órgão terminal. A percepção é um processo cognitivo mais complexo, baseado em experiências passadas para identificação de alguma coisa. No caso, o autor relata o exemplo da cadeira, que na superfície receptora encontra a experiência passada sobre suas características e através de seu juízo a pessoa conclui que o objeto visto é uma cadeira.
A precursora contribuição de Gustav Theodor Fechner, na quem Wilhelm Wundt fundaria mais tarde como psicologia experimental, é sua obra-mestra: Elementos de Psicofísica, resultante das pesquisas intituladas Lei de Fechner, embasada nas capacidades matemáticas e crenças filosóficas. Ele emprega três métodos (dos limites, estímulos constantes e reprodução) com modalidades de estímulo padrão e estimulo variável, comparando um com o outro e tornando possível, pela primeira vez, medir quantidades psicológicas de maneira precisa. Certamente, para Fechner, mesmo sendo a filosofia seu principal empenho, foi na psicofísica que lhe rendeu o lugar de destaque na história, contribuindo para o nascimento da psicologia experimental.
Referência bibliográfica:
Wertheimer, M. (1976). Pequena história da psicologia. Tradução de Lólio Lourenço de Oliveira. São Paulo. Editor Nacional. (Cap.5 – Os antecessores imediatos de Wundt; Pág. 67 – 78)