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PRINCÍPIOS PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. PRINCIPIO DA ANTERIORIDADE: Art. 1º do CP e art.5º da CRFB/88 inc. XXXIX. Quando ocorre a conduta criminosa antes da existência da norma penal, assim sendo, não será punível tal conduta. PRINCÍPIO DA INOCÊNCIA/CULPABILIDADE/PRINC. DA NÃO CULPABILIDADE: Ninguém será considerado culpado senão por sentença condenatória penal com trânsito em julgado. TRÂNSITO EM JULGADO: O processo findou-se, não havendo mais possibilidade de recurso. PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA: O estado deve interferi, penalmente falando, o mínimo possível nas relações pessoais. ULTIMA RATIO: O Direito Penal deve ser o último ramo do direito a ser utilizado na conduta humana. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA/BAGATELA: A análise da insignificância do bem jurídico frente a relevância que possui para o agente criminoso e para a vítima, aliado com a reprovação social do ato poderá gerar o princípio da insignificância. ADEQUAÇÃO SOCIAL: Art. 229 do CP ocorre quando a sociedade passa a tolerar/aceitar determinadas condutas, portanto, sendo desnecessária a criminalização. FRAGMENTARIEDADE: humana frente a fragmentos (artigos) da lei penal. PROPORCIONALIDADE: Trata-se da equação lógica da conduta humana com a repressão estatal (Direito Penal). AMPLA DEFESA: É a oportunidade de o acusado reaver-se de todos os meios e provas a seu favor. CONTRADITÓRIO: É quando o acusado tem a chance de contrapor o que a acusação diz sobre sua conduta, é a oportunidade da defesa contrapor o alegado pela acusação. IN DUBIO PRO REO: Na dúvida, a decisão deve ser em favor do réu. TEORIA DA NORMA LEI PENAL NO TEMPO: Trata-se da sucessão de leis ao longo do tempo. PRINCÍPIO TEMPUS REGIT ACTUM: -se, em regra, a lei do tempo do fato. PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE: Esse princípio constitucional determina que a lei mais benéfica sempre irá retroagir ao tempo do fato. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE: Determina que a lei jamais irá retroagir em prejuízo do réu. PRINCÍPIO DA ULTRATIVIDADE: Ocorre quando a lei penal mais benéfica passa a ter uma sobre vigência em relação a lei mais gravosa ao réu. LEI INTERMEDIÁRIA: É a lei que é mais benéfica ao réu em relação a lei anterior e, também, mais benéfica em relação a lei posterior. Desta forma, em relação a lei anterior, aplica-se o princípio da retroatividade e, em outro momento, em relação à lei posterior, aplica-se o princípio da ultratividade. A doutrina minoritária entende não ser possível a aplicabilidade de dois princípios para uma única lei. LEI PENAL TEMPORÁRIA E EXCEPCIONAL: A lei temporária é aquela editada pra momentos de anormalidades no país. Terá a sua vigência pré-estabelecida no teto da sua edição. A lei excepcional também é editada pra momento de anormalidade no país. A sua vigência será no prazo que durar a anormalidade que lhe deu causa. DIFERENÇA DA LEI TEMPORÁRIA PARA A LEI EXCEPCIONAL: A diferença entre a lei temporária e a lei excepcional encontra-se na vigência. Enquanto que na primeira o prazo é estabelecido, na segunda será o prazo da anormalidade que lhe deu causa. LEI PENAL TEMPORÁRIA E EXCEPCIONAL NO TEMPO: Sobre o tema, tem-se duas correntes doutrinárias, a saber: a doutrina majoritária entende que aplicar-se-á princípio da retroatividade em benefício do réu, para os fato cometidos na vigência da lei temporária ou excepcional. O fundamento jurídico para referida corrente doutrinária encontra respaldo na relevância das leis, pois, como se sabe, a lei infraconstitucional não pode sobrepor a constituição da República. A corrente doutrinária minoritária entende que não se aplica o princípio da retroatividade, nesse caso, por conta da previsão expressa no art. 3º do CP. Sobretudo porque não há motivo pra editar uma lei se essa terá um reduzido lapso temporal de duração. CONJUGAÇÃO DE LEIS: Sobre o tema, a doutrina diverge da jurisprudência, a doutrina entende que é perfeitamente possível retroagir parte de uma lei e ultragir parte de outra lei, sempre em benefício da ré. Sustenta tal fundamentação relatando que se é possível retroagir bem como ultragir uma lei inteira, é possível assim fazer com partes das leis, pois, quem pode o mais, pode o menos. A jurisprudência entende que não é possível reunir parte de uma lei com parte de outra lei, ainda que em benefício do réu. Se assim for, estaria o poder judiciário legislando, posto que estivesse criando uma 3ª lei, desta forma, ocorreria uma quebra na separação dos poderes. continuado e no crime permanente aplicar-se-á a lei penal mais gravosa. Crime permanente é aquele em que a conduta humana alonga-se no tempo. EXEMPLO: Sequestro. Crime continuado é uma forma de concurso de crimes e encontra-se no art. 71 do CP. Ocorre quando as condutas são realizadas nas mesmas circunstâncias de tempo (para a doutrina, até 3 meses, para a jurisprudência, até 30 dias, entre uma conduta e outra), lugar (que ocorram na mesma microrregião), que os crimes sejam de mesma espécie (aqueles dentro do mesmo título do CP), por fim, que tenha a mesma maneira de execução. Desta forma, no que se refere ao crime permanente, a doutrina não tem divergência relevante com a jurisprudência. Todavia, a aplicabilidade da Súmula 711 do STF dos crimes continuados, a doutrina e a jurisprudência divergem veemente. A doutrina entende que a súmula é inconstitucional pois fere o princípio da irretroatividade da lei penal, constante na CRFB/88. A jurisprudência, por sua vez, entende que a aplicabilidade da súmula é possível, pois, o crime continuado é uma ficção jurídica, onde um crime é tido como continuidade do anterior.
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