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SILÍCIO NA DIMINUIÇÃO DA TOXIDEZ DO ALUMÍNIO.

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SEMINÁRIO BIOQUÍMICA 
 
 
 
 
 
DAIANE PEREIRA DE VARGAS 
LUANE VIEIRA FIGUEIREDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 de Novembro de 2016 
 
 
SILÍCIO NA DIMINUIÇÃO DA 
TOXIDEZ DO ALUMÍNIO. 
 
UM ELEMENTO BENÉFICO E IMPORTANTE PARA AS PLANTAS. 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
O silício (Si) é o segundo 
elemento químico mais abundante da 
crosta terrestre e no solo após o 
oxigênio. Não é considerado um 
elemento essencial para as plantas, 
mas pode funcionar como de forma 
benéfica como na redução de 
estresses bióticos e abióticos 
provocados pela toxidez do alumínio. 
 Embora os fisiologistas não 
reconheçam o silício (Si) como 
elemento essencial, existem amplas 
evidências de que quando disponível 
para as plantas, o Si tem importante 
papel no crescimento e na nutrição 
mineral ele também aumenta a 
resistência mecânica a doenças 
causadas por fungos, ao ataque de 
pragas e melhora as condições 
químicas adversas (ALCOFORADO, 
1996). 
O alumínio (Al) é tóxico para às 
plantas, pois interrompe ou diminui a 
divisão celular e por consequência o 
crescimento radicular. De forma 
negativa influencia os processos 
fisiológicos, como alterações no cálcio 
e nas proteínas de transporte na 
membrana. 
O silício já tem sido utilizado na 
forma de fertilizante em vários países, 
como Brasil, Japão, Estados Unidos, 
Austrália, África do Sul entre outros. 
No Japão e nos EUA o uso do 
Si tem ênfase no cultivo de arroz, no 
Brasil o Si tem sido empregado na 
forma de adubação e tem tido como 
benefícios a alta acumulação sílica nos 
tecidos da planta. 
SILÍCIO NAS PLANTAS 
O Si é absorvido pelas raízes das 
plantas como ácido monosilícico 
(H4SiO4), por um processo passivo ou 
ativo, através de transportes de 
membrana específicos para esse 
processo, esse transporte ocorre por 
via xilema e pode ser regulado pela 
transpiração. 
Depois de absorvido pelas plantas 
é depositado principalmente nas 
paredes celulares da epiderme 
contribuindo substancialmente para 
fortalecer a estrutura da planta 
aumentando a resistência ao ataques 
de pragas e doenças. 
 SILÍCIO E O ESTRESSE 
O silício pode proteger as plantas 
contra vários estresses, entre eles o 
estresse por alumínio. 
Ao ser liberado dos minerais para a 
solução do solo o alumínio pode causar 
problemas de fitotoxidez às plantas. A 
toxidez de Al é considerada como um dos 
 
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fatores limitantes do crescimento e 
desenvolvimento das plantas em solos 
ácidos. A redução do crescimento do 
sistema radicular é um dos sintomas mais 
visíveis de toxidez de alumínio, causada por 
mecanismos diferentes, que atuam no 
interior ou exterior das células. 
O Si influencia o crescimento das 
plantas sob condições de toxidez de Al 
devido à formação de complexos na solução 
do solo ou por reduzir a toxidez interna do 
alumínio. 
Na planta pode ocorrer a formação de 
minerais aluminossilicatos na parede celular 
do córtex das raízes, que são compostos de 
alumínio, silício e oxigênio, impedindo a 
inibição da atividade enzimática. A união de 
Si juntamente com Al em solução pode 
também provocar aumento nas 
concentrações de ácidos orgânicos no 
interior das raízes diminuindo a toxidez do 
alumínio. 
A toxicidade de alumínio em plantas é 
um problema para a agricultura em solos 
ácidos, alguns experimentos mostram que 
em determinados momentos a adição de Si 
minimiza a toxicidade do Al. 
O efeito do Si na diminuição da 
toxidez de elementos mais tóxicos, como o 
Al, pode ocorrer de dentro da planta por 
estímulo do sistema antioxidante, 
complexação dos íons metálicos ou pela 
imobilização destes metais durante o 
crescimento vegetal. 
SILÍCIO E O CONTROLE DE DOENÇAS E 
PRAGAS 
 Vários estudos comprovam que o 
uso de Si, seja via solo, foliar ou solução 
nutritiva, para várias espécies de plantas 
tem contribuído de forma expressiva. 
 Na cultura do arroz que o uso do 
silício é mais estudado pois é a mais 
notável na importância deste elemento 
pela redução de várias doenças. Em 
outras culturas como o trigo e o sorgo o Si 
também apresentou efeito promissor no 
controle fitopatológico. 
 Segundo pesquisa desde 1960, 
mais de 80 artigos científicos citavam o 
efeito benéfico do silício em várias 
culturas atacadas por diversas pragas. 
Informava que os insetos herbívoros 
representavam nas plantas um tipo de 
estresse biótico e o Si providenciava a 
defesa necessária e por consequência 
aumentava a produção. 
Goussain (2002) observou o efeito 
da aplicação de Si em plantas de milho no 
desenvolvimento biológico da lagarta‐do‐
cartucho. Avaliaram o desenvolvimento 
de lagartas alimentadas com folhas de 
milho retiradas de plantas tratadas com Si 
em comparação com lagartas 
alimentadas com folhas de milho não 
tratadas. 
Observaram que as mandíbulas 
das lagartas apresentaram desgaste 
 
 
 
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acentuado na região incisora quando em 
contato com folhas com maior teor de Si. 
A aplicação de Si pode dificultar a 
alimentação destas, causando aumento 
de mortalidade e canibalismo, tornando 
as plantas de milho mais resistentes à 
lagarta‐do‐cartucho. 
Savant et al. (1997) relataram os 
benefícios potenciais do silício 
aumentando e mantendo a produtividade 
de arroz, em decorrência do 
melhoramento do crescimento das 
plantas, aumento da produção, interações 
positivas com fertilizantes NPK, induzindo 
a resistência a estresses bióticos e 
abióticos e aumentando a produtividade 
em solos pobres. 
Moares et al. (2004), estudando o 
uso do Si em plantas de trigo sobre o 
pulgão-verde, verificaram que a aplicação 
via solo e via foliar reduziu a preferência e 
a reprodução do pulgão. 
Estudos recentes realizados por 
Korndörfer (2010) mostraram que o silício 
aplicado no solo interfere no 
desenvolvimento da cigarrinha-das-
raízes, uma das principais pragas da 
cana-de-açúcar no Brasil. O Si aumentou 
a mortalidade das ninfas e diminui a 
longevidade dos machos e fêmeas. 
CONCLUSÕES 
O silício aumenta o teor de Si no 
solo e na planta e diminui o teor de Al na 
parte aérea das plantas em diversas 
cultivares. Na planta, o Si absorvido tem 
efeitos benéficos relacionados 
principalmente com o aumento da 
resistência ao ataque de pragas e 
doenças, diminui a taxa de transpiração e 
possui maior eficiência fotossintética. 
Em janeiro de 2004 o Brasil 
aprovou a lei que permite a produção e 
comercialização de fertilizantes com 
silício incluindo então o Si na lista dos 
micronutrientes. 
REFERÊNCIAS 
http://www.scielo.br/pdf/pab/v42n2/13.pdf 
http://www.ipni.net/PUBLICATION/IA-
BRASIL.NSF/0/66D3EE234A3DA5CD83
257A8F005E858A/$FILE/Page14-20-
134.pdf 
http://revistaagrociencias.unipam.edu.br/
documents/57126/58774/adubacao_com
_silicio_artigo.pdf 
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0016706116302336 
http://www.scielo.br/pdf/rbcs/v36n2/a20v
36n2.pdf 
http://www.seer.ufu.br/index.php/bioscien
cejournal/article/viewFile/7386/7549

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