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R E S U M O D E E M B R I O L O G I A !!! RESUMO V2 Na quarta semana acontecem alterações que mudam o formato do embrião, altera de plano para estrutura semelhante a um cilindro, devido aos dobramentos. Acontece o desenvolvimento dos principais sistemas da 4ª a 8ª semana, porém com funcionamento mínimo (menos o sistema cardiovascular, que já se torna funcional na 4ª semana, havendo batimento cardíaco do coração primitivo). A alimentação até atenção acontece por difusão, pelas lacunas formadas pelo sinciciotrofoblasto nos vasos do endométrio. Com as sucessivas mitoses, há dificuldade das células profundas conseguirem os nutrientes pelo processo de difusão, entretanto o embrião necessita do sistema cardiovascular, para que o embrião receba estes nutrientes necessários. Além do desenvolvimento, o embrião sofre modificações de sua forma, ou seja, modificações externas. Acontece sinalizações celulares, proteínas e agentes externos que vão ativar ou inibir grupos de genes específicos que agirá na alteração e diferenciação das células: muscular, cardíaca, pulmonar, medula, etc. As células vão diferenciar-se e formar várias estruturas com formatos e funções diferentes. O dobramento embrionário permite a formação do disco embrionário plano em uma estrutura semelhante a um tubo cilíndrico, formado por dobramento em 2 planos: médio, ocorre quando as extremidades ventrais formam pregas cefálicas e caudais (na região encefálica há uma proliferação excessiva que formará o encéfalo), formando a prega cefálica e caudal; horizontal, dobramento no plano horizontal ocorre lateralmente, formando pregas laterais. Estas pregas formam a estrutura cilíndrica do embrião (enquanto ocorre o dobramento do embrião, há o término do fechamento das pregas do tubo neural). Cefálicamento ao embrião, aparece a área cardiogênica antes do início dos dobramentos. Com o dobramento se formará o intestino posterior e anterior. O dobramento lateral e medial faz com que a comunicação entre o embrião e a vesícula umbilical se diminua; a fusão entre as pregas formam o cordão umbilical na região medial. O coração primitivo estará ventralmente ao embrião e a membrana orofaríngea faz a associação coração primitivo, o dobramento também estará ventralmente, formando uma separação do intestino anterior e posterior; se posiciona caudalmente a porção cefálica anterior. O cordão umbilical é uma porção comunicativa, estreitada com o dobramento; a junção do âmnio e o alantoide. Prega caudal: com o desenvolvimento da prega caudal, as estruturas serão deslocadas para região ventral. A membrana cloacal e a linha primitiva deslocam-se, formando a cloaca (dilatação da porção terminal do intestino posterior). O alantóide se incorpora ao pedículo do embrião. As paredes ventrolaterais se dobram em direção ao plano medial, inicialmente estas pregas permitem a comunicação entre o celoma intra e extra embrionário. O embrião 2 0 1 6 � D E �1 1 1Á B I L A D U T R A O L I V E I R A E M B R I O L G I A Profª Kellen R E S U M O D E E M B R I O L O G I A passa a ser coberto totalmente pelo âmnio até haver a fusão nas regiões caudal e ventral e as pregas laterais. Na parte medial não há a fusão das pregas, para formação do cordão umbilical, um ponto que se junta ao pedículo vitelino e o alantóide, uma restrita comunicação até a vesícula umbilical. A fusão das pregas laterais forma o intestino primitivo na maior parte do embrião. O destino das camadas germinativas: a partir dos 3 folhetos (ectoderma, mesoderma e endoderma) haverá a diferenciação de todas as células do embrião e as células do trofoblasto formarão os anexos embrionários. Aspectos externos Há o fechamento dos neuroporos rostral e caudal. 24 dias : começa a surgir dos 2 primeiros arcos faríngeos que formarão a mandíbula e maxila; com o curvamento a proeminência cardíaca se torna ventral e forma e terceiro arco. 26 dias: acontece o fechamento do neuroporo rostral, surgem os brotos dos membros superiores; origem da fosseta ótica ( orelha) e primórdio do ouvido interno. 28 dias: fechamento do neuroporo caudal; surgimento do quarto arco faríngeo e surgem os brotos dos membros inferiores; placóide da lete (primórdio da lente) na parte ventral do embrião. A cauda se torna espessa e vai diminuindo, ou seja, ela evolui. Com o fim do fechamento há um coração funcional. ! Na quinta semana acontecem mudanças menos evidentes. Observa-se o crescimento da região cefálica maior do que o resto do corpo, devido ao aumento do desenvolvimento das células neuroepiteliais, promovendo maior crescimento do encéfalo. A região cefálica se desenvolve mais rápido. O segundo arco faríngeo cresce formando uma depressão, o seio cervical. Os membros superiores formam placas em seu broto. A eminência caudal inicia sua involução. Acontece o desenvolvimento das fossetas nasais e o surgimento da boca primitiva, desenvolve-se o olho. Acontece o surgimento da placa do pé, no broto do membro inferior, ! Na sexta semana acontece a diferenciação dos membros superiores onde se observa a formação do pulso, cotovelos e os raios digitais onde ficarão os dedos, tudo isso onde era a placa da mão. Em volta do arco faríngeo tem a formação de saliências auriculares ( pavilhão auricular) e um sulco que formará o meato acústico externo, no início da sexta semana. Começa a surgir a retina, o intestino vai se desenvolver próximo ao cordão umbilical, onde acontecerá a herniação umbilical, que deve se fechar posteriormente, pela penetração do intestino no celoma extra embrionário. Há, nesta semana, a presença de olhos evidentes e a formação da retina. Começa a surgir raios entre os dedos da placa do pé, além de raios (chanfraduras) entre os dedos da mão. !!! 2 0 1 6 � D E �2 1 1Á B I L A D U T R A O L I V E I R A R E S U M O D E E M B R I O L O G I A Na sétima semana, a comunicação entre saco vitelínico e intestino reduz-se ao pedículo do embrião. Surgem as chanfraduras entre os dedos do pé e a diferenciação dos dedos do pé. Acontece a formação do plexo vascular do couro cabeludo, diminui- se a eminência caudal. Acontece o surgimento do tubérculo genital que irá formar a genitália externa, indiferenciado quanto ao sexo. ! Na oitava semana, haverá o desenvolvimento dos dedos com a membrana interdigital, semelhante a nadadeiras; a eminência caudal causal grossa e curta desaparecerá. As regiões dos membros são aparentes, os dedos se alongam e as membranas desaparecem, acontece apoptose celular. Acontece o início de movimentação do embrião, porém a mãe não consegue identificar o movimento. A formação do intestino se encontra no interior do embrião, sem herniação umbilical; acontece a formação das pálpebras e elas se fundem. O pavilhão auricular ganha forma da orelha externa; acontece algumas diferenças sexuais na genitália externa, não distintas o bastante para identificação do sexo. A cabeça ainda se encontra desproporcional ao corpo, que é quase metade do corpo, e acontece o desaparecimento da cauda. Pela cabeça ser desproporcional, o feto possui testa grande e pescoço definido. No final desta semana iniciou-se a ossificação do membro inferior. Nesta semana o embrião toma características humanas, assim, será chamado de feto. ! Inicia-se o período fetal na nona semana. O período fetal pode ser identificado por características como o comprimento do feto. A idade fetal ou embrionária pode ser contada do último período menstrual ( clinicamente) ou depois da fertilização ( diferença de 2 semana), essa conta pode prever a data provável do parto. Em menos de 22 semanas é improvável que o feto sobrevivaem vida extra uterina, com 38 semanas o feto está viável para nascer; enquanto a gestação gemelar, geralmente, nasce antes das 38 semanas, prematuramente. Idade de fecundação : 38 semanas. idade após menstruação: 40 semanas. Quando o feto fica mais pesado, ele se estressa, produzindo e liberando cortisol, inibindo a prostaglandina, ativando a produção de estradiol, que contrai a musculatura e inicia o parto, às vezes mesmo com o bebê prematuro. A gestação é dividida por trimestres, no primeiro, para saber a idade fetal mede o comprimento entre cabeça e nádegas; no segundo pode-se medir o diâmetro bilateral, circunferência da cabeça e abdominal, comprimento do fêmur e o comprimento do pé. ! 9ª semana após a fertilização ( idade fetal), o feto tem 4 centímetros, jea possui características da espécie humana, as estruturas externas estão na maioria das vezes já formadas, entretanto existe a maturação e crescimento dos órgãos. Da 9ª a 12ª semana,( o período fetal é estudado a cada 3 semanas, devido às poucas mudanças externas) com o início de período fetal acontece o crescimento acelerado do corpo, 2 0 1 6 � D E �3 1 1Á B I L A D U T R A O L I V E I R A R E S U M O D E E M B R I O L O G I A diferente do período fetal acontece o crescimento acelerado do corpo, diferente do período embrionário, que é mais acelerado na cabeça, o feto começa a apresentar proporção semelhante ( diâmetro da cabeça e abdômen iguais, o que facilita o parto). Nesta fase começa a presença da produção da urina, pelo funcionamento do rim primitivo; a face se apresenta larga, olhos separados e pálpebras fundidas. A partir da 11ª semana o intestino encontra-se dentro do abdômen, se no ultrassom não mostrar é uma provável herniação. No final da 12ª semana já aparecem os centros de ossificação primária. A genitália externa feminina e masculina se assemelham-se até o fim da nossa semana, a forma fetal madura não está estabelecida na 12ª semana, mas já iniciou-se a diferenciação, a genitália externa começa definir. Na 12ª semana, o útero já é uma estrutura palpável, o feto mede de 6 a 7 centímetros; os centros de ossificação aparecem; acontece a diferenciação dos dedos; desenvolve nariz e pele, aparece cabelos rudimentares; devido ao desenvolvimento do sistema nervoso, acontece o início dos movimentos voluntários. ! 13ª a 16ª semana, acontece crescimento rápido , na 14ª semana inicia movimentos dos olhos e membros ( SN se desenvolvendo), tem a determinação do padrão do crescimento de pelos na região da cabeça ( formando o couro cabeludo). A genitália que começou a diferenciação na 9ª semana, pode ser reconhecida como feminino ou masculino. NA 16ª semana há a diferenciação dos ovários com os folículos primordiais, com a multiplicação das ovogônias e o testículo começa a se diferenciar. Os olhos migram da região lateral para a região anterior da face. Na 16º já possui quase todos os órgãos desenvolvidos, como movimentação das mãos e pés coordenadamente. ! 17ª-20ª semana, nessa fase o crescimento fetal é mais lento, a mãe começa a perceber os movimentos fetais. Acontece a formação da verniz caseosa, material gorduroso que protege a pele do feto do atrito e exposição do líquido amniótico. Acontece a formação da gordura marrom (parda) para produção de calor e regulação da temperatura corporal. Associado a verniz caseosa, o feto desenvolve uma penugem (lanugo) na superfície da pele para auxiliar a verniz na pele. Com 17 semanas, a pele se encontra bem delgada, devido a ausência de gordura cutânea; o feto ainda não é viável devido a imaturidade do sistema respiratório.Observa-se cabelos e sobrancelhas em 20 semanas. Acontece o início da descida dos testículos e formação de folículos ovarianos com ovogônias. Na 20ª semana a pele está menos transparente pela gordura cutânea; lanugo cobre todo o corpo e inicia a formação do cabelo. ! 21ª-25ª semana, acontece ganho de peso significativo de peso, observa-se a presença de unha nos dedos da mão e dos pés ( 24ª semana). O feto já possui capacidade de reagir a sons. Na 24ª semana acontece a secreção do surfactante nos alvéolos pulmonares pelas células epiteliais secretoras (pneumatócitos II), o o surfactante diminui a tensão superficial. A troca gasosa no período fetal acontece pelo cordão umbilical. Se o feto nascer antes, o pulmão não tem espaço para troca de gases, pois o 2 0 1 6 � D E �4 1 1Á B I L A D U T R A O L I V E I R A R E S U M O D E E M B R I O L O G I A surfactante é importante para a expansão dos pulmões. Ainda na 24ª semana, o feto possui 630g e a pele se encontra enrugada, pelo início da deposição de gordura marrom, a cabeça ainda é grande e os olhos são reconhecíveis anteriormente. Acontece o período canalicular com o desenvenvolvimento dos brônquios e bronquíolos já quase completo, o que aumenta a viabilidade, porém não são totalmente formado. Todos os outros órgãos estão completos, menos o pulmão. Nessa etapa o feto mexe os braços e pernas, pisca os olhos, tem reflexos nos dedos e pode ter acesso de soluço. ! 26ª - 29ª semana, acontece maior desenvolvimento pulmonar; o feto tem um amadurecimento do SNC no controle de ritmos respiratórios e temperatura corpórea, assim o feto possui maior controle de movimento. Os olhos estão abertos e há gordura subcutânea suficiente para eliminar as rugas na pele. Acontece o fim da eritropoiese no baço ( vesícula umbilical > fígado> baço > medula óssea) e inicia na medula óssea. Com 28 semanas o feto em 25cm, pele avermelhada coberta por verniz, caso nasça o feto consegue mexer os lábios, possui choro fraco e sobreviverá com internação; os olhos se tornam sensíveis a luz com 28 semanas. ! 30ª - 34ª semana, o feto mostra reflexo pupilar, caracterizado pela maturidade do SNC e SNP, a pele fica rosada e lisa, devido a produção de gordura subcutânea. Nessa fase, se ocorrer o nascimento, ele é caracterizado prematuro pela data, porém com o peso na faixa de nascimento, pode acontecer também também de o feto ser prematuro por peso, onde possui a data certa de nascimento, mas o peso não atinge o peso de um bebê maduro. Os membros possuem aspecto rechonchudo, o feto terá aproximadamente 28 cm e 1800g, sobrevive normalmente em vida extra-uterina ! 35ª - 38ª semanas, nas última semanas o feto tem força maior nas mãos, tem orientação pela luz, mas o sistema ocular não é totalmente desenvolvido, a cabeça e o abdômen tem circunferências iguais. O final da gestação o SN está maduro, o bebê ganha em média 14g de gordura. ! Data do parto é calculada pela data da fecundação ou pelo último período menstrual ( UPMN). No UPMN, conta 3 meses para trás, acrescenta 1 anos e 7 dias ( ou acrescentar 280 dias) , porém esta data deve ser confirmada pelo ultrassom, ao longo da gestação. Pela fecundação, a data prevista do parto é somando 266 dias após a fecundação. ! Durante a gestação acontece diferentes fases de crescimento. Nas primeiras 16 semanas o crescimento é chamado de hiperplasia, ou seja, há um aumento acelerado do número de células, até 32 semanas acontece a hiperplasia e hipertrofia, aumento de número de células e aumento do tamanho das células. Após 32 semanas, só acontece 2 0 1 6 � D E �5 1 1Á B I L A D U T R A O L I V E I R A R E S U M O D E E M B R I O L O G I A hipertrofia, o aumento do tamanho das células, apenas com mitose de troca tecidual normal; o aumento acontece pelo aumento de gordura e glicogênio. Entretanto, o período fetal é dado como crítico pelo número de divisões celulares, sendo mais fácil ter uma falha no desenvolvimento. A velocidade faz ter um risco maior de ocorrer as malformações, há também o risco de acontecero retardo do crescimento que podem ser influenciados por fatores que irão interferir nas disponibilidades de glicose e insulina. Fatores que influenciam o crescimento pré- natal: tabagismo, gestações múltiplas, álcool, drogas, fluxo útero-placentário e feto-placentário deficientes, defeito placentário e fatores genéticos. O estado fetal pode ser avaliado por várias técnicas, exames das vilosidades coriônicas ( anormalidades cromossômicas), cultivo celular, dosagem de alfafetoproteínas, transfusão fetal, amostra do sangue umbilical, ultra-sonografia, monitoramento da frequência cardíaca do feto. Apenas a ultrassonografia e o monitoramento do feto são de frequência, as demais são evasivas e recomendadas se necessário. ! Placenta e membranas fetais: A formação da placenta e membranas fetais começa na nidação com a diferenciação de estruturas que formarão a placenta. O sangue materno e fetal não se misturam, ficam separados pela membrana placentária, embora o feto não respire, ele possui células metabolicamente ativas e necessita de O2 e nutrientes , por isso necessita secretar os produtos do metabolismo, isso é possível pela placenta. A placenta humana tem o formato discoidal, ou seja, uma área discoidal específica onde acontece a troca materno/fetal, tem um diâmetro de 10 a 15 cm, quando maior o feto, maior a placenta, compondo ⅙ do peso do feto. As margens coriônicas são contínuas com os sacos amnióticos e coriônico rompidos. Parte fetal da placenta e membranas fetais separam o feto do endotélio materno, é formada pelo córion, âmnio, vesícula umbilical e alantóide (porção fetal) e endométrio na porção materna. Tem função de proteção, respiração, nutrientes, produção e excreção de hormônios, síntese de progesterona e outras, local de troca de nutrientes e gases. A placenta associada com o cordão umbilical é um sistema de transporte eficiente com a entrada de nutrientes e O2 e saída de excretas e CO2. A porção materna da placenta é derivada do endotélio e se chama decídua: é a parte que se separa do útero após o parto, camada funcional do endométrio gravídico é dividido em decídua basal, capilar e parietal . Decídua basal – situada mais distante do concepto, forma o componente materno da placenta - invadida por vilosidades; Decídua capsular – parte superficial da decídua - recobre concepto; Decídua parietal – mucosa de revestimento remanescente no útero – parte restante da decídua. 1ª etapa da formação da placenta é a pré-lacunar, a partir da formação do trofoblasto ( 7º- 8º dia), a segunda etapa é a lacunar, quando se forma as lacunas entre as vilosidades do trofoblasto (9º-12º dia ) e a terceira etapa é chamada vilosa (13º dia até 2 0 1 6 � D E �6 1 1Á B I L A D U T R A O L I V E I R A R E S U M O D E E M B R I O L O G I A final do 4º mês), aparece as vilosidades primárias que formarão em secundárias e terciárias. Vilosidades coriônicas cobrem todo saco coriônico até início 8ª semana, forma o corio liso e o corio viloso. Saco coriônico Liso: vilosidades associadas a decídua capsular comprimidas, reduzindo o fluxo sanguíneo e as vilosidades degeneram tornando esta área avascular ( em volta do embrião); Saco coriônico viloso: A vilosidade associadas a decídua basal se ramificam e aumento de tamanho ( parede do endotélio materno). Sendo que o córion viloso é um componente fetal e a decídua basal é um componente materno, os dois se associam para formar a circulação materno placentária ( no córion viloso surge vilosidades-trono que se projetam no espaço interviloso com sangue materno. ! Circulação placentária: ocorre, nas ramificações das vilosidades-tronco, a troca de substâncias através da membrana placentária entre feto e mãe, o sangue pouco oxigenado do feto vai para placenta pelas artérias umbilicais, que dividem-se em artérias coriônicas , assim o sangue fetal fica próximo ao sangue materno, havendo as trocas gasosas entre os dois, o sangue oxigenado do feto volta pela veia umbilical. As extremidade vilosas vão ser cobertas por sangue materno, sem contato, a proximidade possibilita a troca de gases, nutrientes e produtos do metabolismo. O sangue no espaço interviloso é materno e nas vilosidades é fetal , as vilosidades entram no espaço interviloso, lá as artérias espirais endometriais, lança o sangue em jatos pela pressão sanguínea materna, o sangue fetal flui em torno das vilosidades coriônicas para que ocorra a troca de substâncias, depois o sangue materno retorna através das veias endometriais para a circulação materna. A membrana placentária separa o sangue materno do lado de fora da vilosidade e o fetal internamente. Dentro da vilosidade formando a parede é o citotrofoblasto e do lado de fora, a parede é o sinciciotrofoblasto, onde era lacuna se forma o espaço interviloso. A membrana permite a passagem de alguns microorganismos, com o desenvolvimento do feto, a membrana se torna menos espessa. A placenta realiza : o transporte ativo, difusão simples e facilitada, pinocitose, transferência de gases, síntese de glicogênio, colesterol, ácidos graxos e secreção endócrina, transporte de nutrientes, anticorpos, drogas, produtos de excreta, agentes infecciosos, ! Durante a gestação, as células do útero sofrem hipertrofia e hiperplasia, aumento o tamanho e o número de células. ! O parto possui 3 estágios, a dilatação (dilatação do cérvix), expulsão (do feto) e estágio da placenta (quando acontece a eliminação da placenta). ! 2 0 1 6 � D E �7 1 1Á B I L A D U T R A O L I V E I R A R E S U M O D E E M B R I O L O G I A O cordão umbilical é composto por 1 veia e 2 artérias e tecido conjuntivo mucoso envolvendo os vasos. O cordão não pode ser muito curto e nem muito longo (em média 55 cm) , pois pode ter descolamento de placenta ou estrangulamento do feto ( respectivamente). O âmnio forma o saco amniótico cheio de líquido, a junção do âmnio com bordas do disco embrionário após o dobramento, formarão o futuro umbigo. durante o desenvolvimento do feto o saco aumenta de tamanho e une-se com a cavidade coriônica e forma a membrana âmnio-coriônica. O líquido inicial é proveniente de células amnióticas e líquido tecidual materno, depois: espaço interviloso da placenta, pele e trato respiratório do feto, posteriormente a 11ª semana, também pela urina expelida pelo feto. O volume aumenta lentamente durante o desenvolvimento da gravidez, de 30ml para 1.000ml ( 99% de água, proteínas, carboidratos, gorduras,enzimas e hormônios) . O líquido é deglutido pelo feto, absorvido pelos tratos respiratórios e digestivos, entra na corrente sanguínea fetal e vai sua excreta atravessa a membrana placentária, o excesso de líquido sai pela urina fetal. O líquido amniótico permite o crescimento externo simétrico e muscular, atua como barreira contra infecções e a aderência do feto ao âmnio, protege contra traumatismo e choque e ajuda na regulação da temperatura do feto. Poliidrâmnio: volume maior, feto incapaz de deglutir; Oligoidrâmnio: volume menos; insuficiência placentária, fluxo sanguíneo diminuído. ! A vesícula umbilical é reduzida, na 2ª e 3ª semana tem o papel de transferência de nutrientes, na 4ª semana é importante para formação do intestino primitivo, na 3º a 6º semana forma o sangue ( até formação do fígado), na 3ª semana as células germinativas primitivas migram para glândulas sexuais e se diferenciam. ! Alantóide degenera no 2ª mês. Os seus vasos se transformam em veias e artérias umbilicais, a bexiga cresce e o alantóide involui e forma o úcaro ( tubo espesso). Após o nascimento torna-se ligamento umbilical medial. ! As gestações múltiplas pode ser dizigótica ou monozigótica. Na gestaçãode gêmeos dizigóticos há a fertilização de 2 folículos ovulados, havendo 2 ovócitos, com 2 espermatozoides diferentes, se desenvolvendo ao mesmo tempo. Pode ser formado 2 placentas separadas pelo saco coriônico ou pode ser os sacos cariótipos fusionados, formando 1 ou 2 placentas. Dependendo do local de nidação, se for lugares separados haverá 2 placentas separadas pelo córion. Porém se a nidação ocorre perto há a fusão do córion e acontece só 1 placenta. A placenta dos gêmeos monozigóticos dependerá do momento da separação. Um só ovócito se transforma em 2 embriões, formando clones. A placentação vai depender depender da fase da separação, se for na fase de blastocisto, já iniciado a nidação, formá apenas uma placenta ( 1 placenta, 2 âmnios e o córion fusionado). Se ocorrer na fase de mórula, 2 0 1 6 � D E �8 1 1Á B I L A D U T R A O L I V E I R A R E S U M O D E E M B R I O L O G I A sem ter ocorrido a nidação, ela pode ocorrer perto ou longe, formando 1 ou 2 placentas, conforme os dizigóticos. Siamese : depois da nidação, com formação do disco embrionário, a separação pode ser total ( com um âmnio, mas bebês separados) ou sem ser total (com um âmnio, mas bebês siameses). O gêmeo parasitário acontece com a separação desproporcional do disco embrionário, um se desenvolve totalmente e outro não. ! Havia 2 hipóteses: preformacionismo (órgãos adultos pré configurados no esperma ou óvulo) e epigênese (indivíduo se desenvolve a partir de uma forma indiferenciada), a segunda propôs que as células passam por um processo de diferenciação, a partir da expressão gênica, regulação e diferenciação da atividade gânica. Entretanto, estudos mostraram que há fatores de transcrição que ligam e desligam certos genes e desta forma seria a regulação e controle do desenvolvimento embrionário. Na diferenciação, células totipotentes tornam-se diversas outras células diferenciadas. Vias de sinalização As células embrionárias precisam se diferenciar e se multiplicar para formar os diferentes tecidos. Teremos essa diferenciação inicialmente por fatores externos e internos. Alguns tipos de fatores de regulação de diferenciação, que já foram descobertos, pois muitos ainda não foram descobertos. A grande maioria está diretamente relacionado com a transcrição gênica, ativação e inativação de genes. Alguns fatores: Cominação intercelular (quando as células se comunicam de forma diferente, podendo haver transição de moléculas entre as células), morfógenos, receptores de tirosina, notch e delta (permite que algumas células não diferenciem, deixando células tronco reserva para manutenção e proliferação do tecido) e fatores de transcrição (interferindo diretamente na transcrição). Os sinais externos direcionam as células a proliferação e migração, a comunicação entre as células também terá grande importância no desenvolvimento, especialmente as junções comunicantes e as moléculas de adesão, que influenciam a diferenciação nas células que possuem comunicação entre si. Comunicação entre células: sinais do meio externo irão direcionar a proliferação, migração e diferenciação das células. • Junções comunicantes são estruturas proteicas formadas por conexinas inseridas na membrana plasmática, formando estrutura semelhante a um poro, onde a junção se conecta a junção de outra molécula, formando junção entre células. Dependendo do tipo de tecido pode se formar diferentes tipos de conexina, iniciando a diferenciação, pois cada conexina é de um tipo de tecido específico; ( defeito de conexina 32, causa falha na presença de junção comunicante, mal desenvolvimento muscular). • Moléculas de adesão é outro tipo de ligação entre as células, havendo domínios extracelulares que interagem com as células, essas moléculas terão uma parte dentro da célula e uma parte transmembrana, sendo que os domínios extracelulares de células vizinhas se unam, formando barreira entre as células. Regulam separação de 2 0 1 6 � D E �9 1 1Á B I L A D U T R A O L I V E I R A R E S U M O D E E M B R I O L O G I A camadas das células, migração celular, ordenação, estabelecimento de limites bem definidos, conexões sinápticas e cones de crescimento dos neurônios. As moléculas são cadeirina são dividas em E-caderina ( epitelial) e N-caderina (nervoso), são da superfamília das imunoglobulinas, também estão envolvidas nos processos celulares, são mais importantes no desenvolvimento Neural; os domínios intra e extracelular permitem a união entre as células formando o tecido. Morfógenos vão participar das migrações das células, por meio de sinalizações, em uma determinada localização anatômica e direciona a migração de células e seus processos. São : Ácido retinóico, TGF-β (fator de crescimento transformante) , BMP, hedgehog e Wnt. • Ácido Retinóico vem da vitamina A,atua posteriorizando o plano do corpo, participa da formação de todas estruturas posteriores. Excesso ou falha da degradação forma um embrião com estrutura mais posteriorizada, região posterior mais desenvolvido, enquanto ou falha de ativação formará um embrião com mais estruturas anteriores. fator de crescimento transformante e proteína morfogênica óssea ( TGF-β/ BMP) estabelecem a padronização dorso-ventral, decisões do destino celular e formação de órgão específicos. o TGF-β se liga ao receptor tipo II, fosforila o receptor tipo I, que fosforila proteínas Smad associadas ao receptores, essas proteínas vão ao núcleo onde podem ativar ou inibir. • Hedgehog ( shh) é produzido pela notocorda, em alta concentração na porção ventral e em baixa concentração no tubo neural, permite a diferenciação do tubo neural em área sensitiva e motora. O receptor primário é o PTCH, ligado a proteína G, ocorre o bloqueio da inibição ao PTC e então ocorre a sinalização com a translocação do Gli para o núcleo e ativa o gene alvo. mutação de Shh pode causar: Holoprosencefalia, defeito do encéfalo que resulta na fusão dos 2 hemisférios cerebrais, anoftalmia ou ciclopia e dorsalização das estruturas do prosencéfalo. • Wnt controla vários processos, estabelecimento da polaridade celular, apoptose, proliferação, especificação do destino e migração celular ( está relacionado com a via de sinalização do câncer). A via de sinalização é clássica, depende catenina, a GSK ativada fosforila a catenina, induzindo a degradação ( sem wnt), com wnt, ele se liga ao receptor FZD, inativa GSK, que não fosforila a catenina e nem degrada, acumulando-a no citoplasmas, a catenina vai para o núcleo. • Receptores de tirosina quinase (RTK) regulam a angiogênese, tem ação efetiva na formação de vasos e células sanguíneas, proliferação, migração e sobrevivência celular, na embriogênese participa do crescimento celular e orientação neuronal. Sua desregulação pode causar câncer. Esses receptores precisam agir juntos, com um ligante, os receptores se aproximam e se fosforilam ( um fosforila o outro). Se silenciar o RTK o embrião não sobrevive, devido a ausência de sistema sanguíneo. • Notch/Delta atuam na manutenção de ninhos de células tronco. Células ligadas com o delta se diferenciam e as células ligadas ao notch não se diferenciam, atua ainda na sinalização de apoptose, proliferação e diferenciação celular. Notch é importante 2 0 1 6 � D E �1 0 1 1Á B I L A D U T R A O L I V E I R A R E S U M O D E E M B R I O L O G I A para proliferação e regeneração dos tecidos. Notch ativa a porção citoplasmática que vai para o núcleo e induz a transcrição de genes que mantém a célula indiferenciada. • Fator de transcrição são moléculas que regulam diretamente os genes-algo, vão controlar a ativação gênica diretamente,atuando nas regiões promotoras, podem ser estimulantes ou inibitórios. São vários tipos, por exemplo : Hox/homebox, pax e Helix-loop-helix; cada um vai interagir com regiões promotoras específicas, ativando ou inibindo genes específicos. Existem fatores de transcrição que estimulam a ligação da RNA polimerase ao DNA e transcrevê-lo, ou que não permite a transcrição pela RNA polimerase, geralmente o fator se encontra nates da região promotora, ou depois. As regiões de controle gênico são regiões do DNA envolvida na regulação da transcrição de um gene, incluindo o promotor e todas as sequências reguladora, as proteínas se ligam de forma cooperativa, de forma que possam existir poucas proteínas, mas a combinação delas em ordem diferentes ou ausência de certas proteínas, possam gerar diversos tipos de tecidos. Alteração de Hox : prejudica desenvolvimento neural e malformações no membro. Alteração de PAX: anoftalmia e aniridia. ! Epigenética estuda alterações herdáveis na expressão gênica e organização da cromatina, sem modificações na sequência de base do DNA, podendo ser reversíveis. As histonas determinam o grau de condensação de cromatina, podendo reprimir a transcrição, a partir de eventos epigenéticos, chamados de acetilação e metilação, ou seja, modificações na extremidade no N-terminal. Esses processos vão descondensar mais ou menos uma área do DNA. • Metilação acontece pelas metiltransferases de histonas (HMT) que adicionam o grupo metil em resíduos de lisina/arginina, condensa a cromatína, inibindo a transcrição; •Desmetilaçãoacontece pelas desmetilases de histonas (HDM), retiram o grupo metil adicionado; •Acetilaçãoacontece pelas acetiltransferases de histonas (HAT), pela adição de grupos acetil nos resíduos de lisina das histonas, abrindo a cromatina, e desta forma ativa a transcrição; •Desacetilação acontece pela ação das desacetilases de histonas (HDACs), removem os grupos acetil das histonas, e desta forma condensa a cromatina, impedindo a transcrição . A desmetilação e a acetilação irão ativar a transcrição, já que eles “ abrem” a cromatina, enquanto a desacetilação e a metilação, fazem o oposto, condensam a cromatina, inibindo a transcrição. O grupo metil, devido a super condensação, forma uma barreira física para os fatores de transcrição, inibindo o acesso de proteínas reguladoras que promovem a transcrição. O grupo acetil favorece a expressão gênica e o metil favorece o silenciamento gênico. 2 0 1 6 � D E �1 1 1 1Á B I L A D U T R A O L I V E I R A
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