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Vias de administração em Equinos e Ruminantes

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Vias de administração
Equinos
 Três tipos de vias de administração:
 Local: tópica (pomada), ocular, (colírio) e intra-articular; 
 Enteral: oral, retal (sonda nasogástrica);
 Parenteral: subcutânea, intramuscular, intravenosa
* Cada via têm um tempo diferente de absorção; cada fármaco deve ser administrado de acordo com o tempo de absorção desejado
Oral:
 Vantagens: baixo custo (por não precisar de soluções não estéreis), fácil administração, poucos riscos na aplicação; 
 Desvantagens: absorção lenta, palatabilidade limitante, difícil aceitação pelo animal.
 Sonda: 
* Do nariz ao estômago (nasogástrica); 
* Obrigatória em animais que apresentam cólica; equinos não vomitam (não têm área de vômito desenvolvida no SNC), logo quando o estômago (+- 21L) está comprimido causando cólica, se não passar a sonda para descomprimir ele se rompe 
* Facilita a administração dos fármacos;
* Segurança de que a quantidade certa de medicamento foi absorvida; 
Intramuscular/Intravenosa: intramuscular é a mais usada, a agulha deve estar à 90º em relação à pele; intravenosa usada para maior volume e quando a absorção deve ser muito rápida, a agulha deve estar à 45º em relação à pele.
 Vantagens: absorção/distribuição rápida;
 Desvantagens: exige precisão na técnica, maior custo (necessidade de equipamento e soluções estéreis); riscos durante a aplicação.
* Fármacos intravenosos: se aplicados fora da veia causam uma inflamação muito séria que impossibilita o uso futuro da veia;A escolha da agulha mais adequada depende da viscosidade do fármaco que será administrado na via
 Agulhas mais utilizadas:
 Intramusculares: 40x8; 40x10 e 40x12 
 Intravenosas: 40x10; 40x12 e 40x6
Cateter/acesso:
 * Não deve permanecer mais do que três dias; 
* Administração intravenosa repetida requer um cateter, ex.: 14G, 16G;
* Como aplicar: uso de luvas, higienização do local, precisão na execução, usar agulhas de menor calibre possível (não cutucar com a agulha, ir de uma vez assim o animal não sente), mantenha a agulha inteira na veia, tricotomia no local (raspar o pelo), aplicar na calha da jugular a 45 graus na posição invertida, recue um pouco o mandril para não raspar na parede do musculo, fixe o cateter com um esparadrapo ou superbonder, aspirar antes de começar a medicação e sempre higienizar o cateter com soro heparinizado afim de evitar coágulos. 
 * Intramuscular: 
* Local de garupa (entre a tuberosidade coxal e a cauda) e local de nádega (linha vertical entre o curvilhão e a tuberosidade coxal);
* Maçã do peito (para poucos volumes, bom local para vacinas); 
* Tábua do pescoço (não pode administrar mais de 10ml, fica num triângulo, o ‘’\’’ segue a coluna e a calha da jugular e o ‘’/’’ é abaixo do ligamento nucal antes da paleta);
* Quando há o comprometimento da jugular: usar veia torácico externa (3 ou 4 dedos acima do codilho). 
 Colheita de material: 
 - Vantagens:
 Auxilia o diagnóstico;
 Disponibiliza amostras para exames; 
 Necessita de análise de laboratório competente;
 Exemplo de amostra/material: sangue, soro, swab (cotonetão)/biópsias, fezes/urina.
 Cuidados importantes:
 Amostra significativa e adequada;
 Processar a amostra (fixar, secar, centrifugar);
 Armazenar corretamente (geladeira, fixada); 
 Enviar rapidamente ao laboratório; 
 Identificar corretamente (tipo de material, nome, proprietário, propriedade, idade, sexo, espécie, exame requerido, nome do veterinário responsável);
 Escolha do tipo de amostra: o exame requerido regra o tipo e como deve ser colhida a amostra.
 Fluidos e líquidos: aspiração por agulha;
 Lesões cutâneas ou de mucosas: raspadas ou swap;
 Materiais sólidos: extração, retirada, biópsia.
 * Materiais estéreis: devem ser colhidos com técnica estéril para evitar a contaminação
Ruminantes
 Três tipos de vias de administração:
 Local: tópica, ocular, antibiose (IV regional); 
 Enteral: oral, retal, intra-ruminal;
 Parenteral: subcutânea, intramuscular, intravenosa/endoflíbica, intravaginal, intra-mamária 
Via Local 
Procedimentos tópicos:
 Finalidade: administrar medicamentos diretamente sobre a pele, mucosas ou cascos para o efeito local ou sistêmico;
 Material: pomada, sprays, pó, brinco, soluções aquosas ou suspensões oleosas 
* Exemplos: banheira carrapaticida, brinco mosquicida, pulverização carrapaticida (para um pequeno número de animais), pour on com sistema dosador (igual um frontline na nuca), pedilúvios (para o casco: é uma lâmina d’água e pode ser de passagem ou fixo/fisioterapêutico), tratamento tópico com spray.
 Procedimentos oftálmicos
 Técnica de administração: apoiar a mão com força no animal, enquanto segura o fármaco para não furar o olho do animal quando ele se movimentar. Exemplo: colírio de fluoresceína.
Via Enteral 
 Via oral: para grandes volumes (não necessariamente fármacos, geralmente é água e não medicamentos). 
 Vantagens: grandes volumes podem ser administrados, baixo custo (não precisa de soluções e materiais estéreis); 
* Sondas: oro-ruminal ou naso-ruminal (pouco usada) 
* Sedação para o uso da sonda: sob sedação com xilasina há perda temporária do reflexo de deglutição, aumentando o risco de falsa via. 
 Desvantagens: dificuldade correlacionadas à palatabilidade do fármaco (em ruminantes não costuma ser um problema);
 Pode causar complicações:
 - Substâncias que precisam ter ação sistêmica podem se diluir no rumem e perder, ou retardar o efeito; 
- A droga administrada pode exercer efeito nocivo aos micro-organismos ruminais (se matar ou diminuir os micro-organismos o ruminante não consegue, ou faz com dificulte a digestão); 
- Traumas na mucosa oral, faringe e esôfago (pode machucar as mucosas com os equipamentos durante a aplicação);
 - Risco de falsa via (pneumonia por aspiração): o esôfago é dorsal à traqueia, a sonda não pode ser passada pela traqueia; 
 Como aplicar uma sonda: procedimentos que evitam uma falsa via
- Medir a sonda da boca até o vazio do flanco do lado esquerdo (VFE); 
- Não colocar a sonda livre na boca do ruminante, ele vai mastigar a sonda, furar o cano de silicone e o líquido vai vazar, podendo ir para a traqueia
- Solução: usar espéculo de Frick (sonda metálica que protege a sonda de silicone na boca do animal); cano de PVC (deve ter acabamento para não cortar o animal); Ou Abre Boca (mandíbula de ferro, é ruim em procedimentos longos) 
- Se a sonda passar pela traqueia, existe a possibilidade do animal tossir (ele não necessariamente tosse, mas se tossir pode ser um indicativo de que a sonda está no lugar errado);
- Se descer via traqueia, o animal vai respirar dentro da sonda, fazendo embaçar o cano de silicone e você conseguirá (ao aproximar o final do tubo do seu rosto) sentir o fluxo de ar; 
- O esôfago têm uma resistência quando se passa a sonda, por ser tecido muscular, diferente da traquéia que não oferece resistência à passagem de sonda, por ser um tubo livre.
- Para testar: puxar o ar pela sonda; 
- No esôfago (um tubo colabado): têm que usar força e quase não vem ar; 
- Na traqueia: o ar vem facilmente, muito ar e o fluxo é livre;
- Quando a sonda chegar no rumem: cheiro muito forte, se você sugar irá vir pela sonda o conteúdo líquido ruminal; 
- Último teste: alguém vai até o VFE e posiciona o estetoscópio, você assopra a sonda, a pessoa deve escutar o barulho do sopro pelo estetoscópio.
 Como retirar uma sonda: 
- Vai ter uma coluna de água na sonda, logo o primeiro passo é assoprar a sonda para sair essa coluna de água, para que esse líquido saia no rumem;
 - Para evitar que ainda tenha um resto de líquido que possa sair quando a sonda for retirada tampar a ponta da sonda com um dedo, ou dobrando-a para prender o líquido dentro do tubo; 
- Sempre retirar a sonda em movimentos longos e contínuos em direção ao chão.
Via retal: pouco utilizada, as vezes em bezerros para ajudar na evacuação.
Via Parenteral 
Bovinos e Bubalinos:
 Intramuscular: tábua de pescoço, garupabaixa, garupa alta (têm pouca musculatura, evitar o uso);
 Subcutâneo: pescoço ou próximo ao ombro. 
 Pequenos ruminantes:
 Intramuscular: garupa baixa, pescoço, maçã do peito; 
 Subcutâneo: pescoço ou próximo ao ombro. 
* Técnica de aplicação: bate a agulha primeiro, depois conecta a seringa, se o animal sentir dor vá com calma liberando o fármaco lentamente para que ele deixe, ao retirar a agulha dê uma beliscada no local aplicado para não refluir o medicamento.

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