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Universidade Federal do Piauí - UFPI Campus Ministro Reis Velloso Biomedicina – 6° Período Disciplina: Citopatologia Prof.ª Dr.ª Karina Drumond ASPECTOS CITOLÓGICOS DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA MAMA Ana Paula Andrade Antônio Carlos Carlos Shilva Dhanielle Aragão Jonathan Oliveira Maria Araújo Renan Melo INTRODUÇÃO 2º tipo mais frequente no mundo Neoplasia maligna - ↑ 22% ao ano Alta taxa de mortalidade Uma das maiores causas de morte de mulheres em países ocidentais Brasil – altas taxas de mortalidade entre mulheres após os 40 anos e menopausadas Por ano são 49.240 novos casos / 11.860 mortes 2 FATORES QUE LEVAM AO SURGIMENTO DO CANCÊR DE MAMA 3 INTRODUÇÃO Não existe forma de detecção precoce. Detecção mínima ou estágio inicial do tumor. Ultrassonografia mamária e Citologia da mama. Citologia – distingue alterações benignas e malignas. 4 ANATOMIA DA MAMA Órgão presente em homens e mulheres; Possui glândulas sudoríparas e sebáceas; Sistema de 6 a 12 ductos que se originam no mamilo; Fonte: blog/rochafigueiredo/cancro-da-mama-outubro-mes-rosa/ 5 DUCTOS E LÓBULOS Formados essencialmente por dois tipos celulares : Células contráteis contendo miofilamentos, chamadas de células mioepiteliais ; Células luminais ou glandulares, encontram-se nos lóbulos 6 ESTROMA DA MAMA Tecido fibroso denso entrelaçado com tecido adiposo (tecido fibroadiposo) Passa por alterações durante o desenvolvimento da mulher, como : Período da menarca; Períodos gestacional e pós gestacional ; Fonte: Manografia_Incidencias_Rotina.pdf 7 EXAME CLÍNICO E DETECÇÃO DE LESÃO PALPÁVEL Fundamental para à análise propedêutica e posteriormente o tratamento da lesão seja ela maligna ou benigna. A continuidade da pesquisa clínica será composta pela solicitação de exames : USG-mamária, Exames laboratoriais Punção Fonte: blog/rochafigueiredo/cancro-da-mama-outubro-mes-rosa/ Propedeutica ........... 8 EXAME CLÍNICO E DETECÇÃO DE LESÃO PALPÁVEL Se houver lesões suspeitas (nódulos, cistos) deve-se proceder a uma avaliação citológica por meio de duas técnicas Técnicas de obtenção da amostra da mama Descarga papilar Punção aspirativa por agulha fina (PAAF) EXAME CLÍNICO E DETECÇÃO DE LESÃO PALPÁVEL Descarga papilar A avaliação citológica de uma descarga do mamilo é utilizada quando o paciente não tem alterações na mamografia ou nódulos palpáveis. Geralmente a descarga tem caráter inflamatório, mas podem ser devido a processos malignos, possuem 4 aspectos visuais : Leitoso seroso Purulento sanguinolento (CIBAS; DUCATMAN, 2010). https://www.google.com.br EXAME CLÍNICO E DETECÇÃO DE LESÃO PALPÁVEL As principais características citomorfológicas das secreções mamilares. Escassez celular, presença de cels. espumosas, cels. ductais arranjadas com leve anisonucleose, leucócitos e hemácias EXAME CLÍNICO E DETECÇÃO DE LESÃO PALPÁVEL A PAAF Uma das técnicas mais utilizadas hoje em dia para obtenção de amostras de nódulos e alterações palpáveis em quase todos os órgãos do corpo. Foi utilizada pela primeira vez em 1930 por Martin e Ellis Importância da PAAF na avaliação de nódulos palpáveis, cistos e algumas anormalidades não palpáveis da mama é de extrema importância pois diminui o uso excessivo de biópsias cirúrgicas sem abrir mão da detecção precoce. EXAME CLÍNICO E DETECÇÃO DE LESÃO PALPÁVEL Vantagens da PAAF: Função de triagem (custo-benefício) no tratamento de nódulos; Permite diagnóstico rápido e preciso; Distingue alterações císticas de tumores sólidos Reavaliação do órgão estudado após terapêutica; Análises complementares https://www.google.com.br https://www.google.com.br EXAME CLÍNICO E DETECÇÃO DE LESÃO PALPÁVEL O procedimento da punção pode ocorrer associado a análises de imagens (Ultrassonografia, mamografia), quando o nódulo ou cisto é localizado um dispositivo (semelhante a uma pistola de ar) que contem uma agulha fina é introduzido na lesão. A técnica de PAAF não consegue diferenciar entre um tumor invasivo e o “in situ” necessitando de um estudo histológico para definir o diagnóstico. Citologia por PAAF com diagnóstico de carcinoma em mulher severamente comprometida com células malignas pleomórficas www.google.com.br COMPONENTES NORMAIS DE UM ASPIRADO MAMÁRIO Células epiteliais ductais; Coesas de forma cubóide Pouco citoplasma Núcleos uniformes de formato esféricos Fator primordial para distinguir alterações benignas de malignas 15 COMPONENTES NORMAIS DE UM ASPIRADO MAMÁRIO COMPONENTES NORMAIS DE UM ASPIRADO MAMÁRIO Células apócrinas Formato pleomórfico com citoplasma abundante Núcleo volumoso com nucléolo Células metaplásicas dos ductos mamários Assemelham as células das glândulas sudoríparas 17 COMPONENTES NORMAIS DE UM ASPIRADO MAMÁRIO COMPONENTES NORMAIS DE UM ASPIRADO MAMÁRIO Células espumosas ou esponjosas Macrófagos Citoplasma delicado e vacuolizado Núcleo excêntrico e irregular Processo de defesa e remoção de produtos degradados 19 COMPONENTES NORMAIS DE UM ASPIRADO MAMÁRIO COMPONENTES NORMAIS DE UM ASPIRADO MAMÁRIO Células mioepiteliais Integridade tecidual Marcador de benignidade Núcleos hipercromáticos e fusiformes Citoplasma pouco visível 21 COMPONENTES NORMAIS DE UM ASPIRADO MAMÁRIO Fonte: MCKEE, G.T. Citopatologia. São Paulo:Artes Médicas, 2001. Agrupamento coeso de células ductais, acima das células ductais podemos encontrar núcleos menos excêntricos, porém mais condensados estes núcleos são das células mioepiteliais. Fonte: MCKEE, G.T. Citopatologia. São Paulo:Artes Médicas, 2001. 22 COMPONENTES NORMAIS DE UM ASPIRADO MAMÁRIO Fragmentos de tecido estromal Composto por grandes fragmentos de estroma com pequenos núcleos de células Núcleos deslocados para a periferia Pode ser visto células do tecido adiposo Citoplasma claro com um grande vacúolo 23 ALTERAÇÃO FIBROCÍSTICA Modificação funcional da mama Se caracteriza pela formação de vários cisto Acometem mulheres entre 30 a 40 anos 24 ALTERAÇÃO FIBROCÍSTICA Fonte: blog/rochafigueiredo/cancro-da-mama-outubro-mes-rosa/ 25 ALTERAÇÃO FIBROCÍSTICA Principais características citológicas Infiltrado inflamatório Celularidade moderada; Presença de células apócrinas; Pequenos agrupamentos de células epiteliais 26 ALTERAÇÃO FIBROCÍSTICA Fonte: TAFURI, L. S, 2005 Neste esquema mostramos na parte superior direita uma grande quantidade de células ductais coesas ao lado esquerdo no canto superior a metaplasia apócrina (células apócrinas) e na parte inferior presença de leucócitos, todos estes componentes estão presentes nas alterações fibrocísticas. 27 DOENÇAS PROLIFERATIVAS DA MAMA Principais características da lesão proliferativa benigna sem atipia: Agrupamentos de células ductais com pequena sobreposição nuclear; Cromatina fina e regularmente distribuída; Presença de núcleos desnudos bipolares (marcador de benignidade). DOENÇAS PROLIFERATIVAS DA MAMA Principais características da lesão proliferativa benigna com atipia (ADH): Grandes agrupamentos de células ductais com intensa sobreposição nuclear; Espaços celulares irregulares; Cromatina nuclear de aspecto grosseiro com presença de nucléolo pró-eminente; Presença de células atípicas isoladas. FIBROADENOMA É o mais freqüente na população feminina. Mais presente entre 15 aos 35 anos. De proliferação epitelial e estromal . Crescimento lento 30 Fonte: BIBBO, Marluce; WILBUR, David C, (2010. 1105 p). Fonte: SIMSIR A, WAISMAN J, CANGIARELLA J. (2001, p.278). FIBROADENOMA (FA) Fonte: BIBBO, Marluce; WILBUR, David C, (2010. 1105 p). Fonte: SIMSIR A, WAISMAN J, CANGIARELLA J. Foto em maior aumento mostrando a esquerda as células ductais e a direita o tecido estromal, na seta negra podemos observar um núcleo desnudo bipolar, uma importante característica que determina benignidade. Nesta micrografia mostramos inúmeros núcleos desnudos bipolares (setas) dispersos pelo fundo protéico do estroma. 31 TUMOR FILÓDES É tumor benigno da mama. Faixa etaria mulheres acima 40 anos. Presença maciça de fragmentos estromais. Apresenta-se como um nódulo móvel. Crescimento rápido. Existe uma variação desta neoplasia de origem maligna. A expansão mal definida do estroma e presença de numerosas células atípicas derivadas do estroma 32 Fonte: KRISHNAMURTHY, Savitri et al. (2005, p.342). Fonte: KRISHNAMURTHY, Savitri et al. (2005, p.342). TUMOR FILÓDES (TF) Fonte: KRISHNAMURTHY, Savitri et al. (2005, p.342). presença maciça de um fragmento estromal no centro da imagem e na parte inferior um pequeno fragmento de tecido epitelial intacto. Observe a semelhança com o Fibroadenoma, os mesmo componentes celulares, porém a presença maior do tecido fibroso caracteriza esta alteração. Fonte: KRISHNAMURTHY, Savitri et al. (2005, p.342). nesta ilustração mostramos uma grande quantidade de um fragmento estromal, componente mais abundante no tumor Filódes. Fonte: KRISHNAMURTHY, Savitri et al. (2005, p.342). 33 PAPILOMA Neoplasia benigna Atinge mulheres com mais freqüência entre os 40 a 60 anos É uma secreção sanguinolenta e serosa. *Uma forma primária de avaliação deste tumor Benigno X Maligno O papiloma também tem uma variação maligna. Carcinoma Papilar 34 Fonte: MICHAEL, Claire W.; BUSCHMANN, Bruce (2002, p.92). Fonte: MICHAEL, Claire W.; BUSCHMANN, Bruce (2002, p.92). Fonte: MICHAEL, Claire W.; BUSCHMANN, Bruce (2002, p.92). PAPILOMA (LESÃO PAPILAR) agrupamento tridimensional de uma papila com células ductais com ausência de células mioepiteliais note que há certa alteração nos núcleos, porém esta imagem favorece mais ao Papiloma excluindo malignidade pela ausência das células isoladas atípicas nesta micrografia mostramos um pequeno grupo isolado de células ductais que estão isoladas de um agrupamento de papilas com certa atipia nos núcleos. 35 OBRIGADO!! Referências BARROS, D. P. O. Aspectos citológicos das principais alterações da mama. Recife, 2011. ADAMI H., HUNTER, D. e TRICHOPOULOS, D. (editores) Textbook of Cancer Epidemiology. 2nd ed.: Oxford University Press, 2008. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Resumo. Alimentos, Nutrição, Atividade Física e Prevenção do Câncer. Uma perspectiva global. Tradução de Athayde Handson Tradutores. Rio de Janeiro, 2007, 12 p. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). International Agency for Research on Cancer. Globocan 2012. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Estimativa 2014. Incidência do Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2014. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Atlas da Mortalidade. Disponível em: http://mortalidade.inca.gov.br/Mortalidade/. Acesso em: 29/06/2015.
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