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Revisão AV1 Contratos

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Aluno: 
Prof. Gilberto Vaqueiro Menezes. 
Direito Civil III. 
Data: 
 
REVISÃO AV1 – CONTRATOS: PARTE GERAL 
 
INTRODUÇÃO AOS CONTRATOS 
1. Conceito: é o acordo de vontades que tem por fim criar, modificar ou extingui direitos. 
 
2. São fontes de obrigação: 
a) a lei; 
b) os contratos; 
c) as declarações unilaterais de vontade; e 
d) os atos ilícitos. 
 
3. Art. 421 do CC/02: “A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da 
função social dos contratos”. 
 
4. Função social dos contratos, entre outras características: 
a) Limita a autonomia da vontade; 
b) Fonte de equilíbrio social; 
c) Representa o respeito aos valores jurídicos, sociais, econômicos e morais; 
d) Representa respeito ao meio ambiente. 
 
5. Elementos essenciais ao contrato: 
a) Subjetivos: 
- Capacidade genérica; 
- Aptidão específica para contratar; e 
- Consentimento. 
b) Objetivos: 
O objeto deve ser lícito, possível, determinado ou determinável. 
c) Formais: 
- Prescrita; ou 
- Não defesa em lei. 
 
6. Espécies de formas: 
a) Livre – É o predominante no direito brasileiro (CC, art. 107). 
b) Especial ou solene – é a exigida pela lei como requisito de validade de determinados 
negócios jurídicos. 
 
OBS: Adotamos em regra o sistema do consensualismo – liberdade de forma. 
 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS APLICÁVEIS AOS CONTRATOS 
7. Princípios fundamentais: 
a) Autonomia da vontade 
- Têm as partes a faculdade de celebrar ou não, sem qualquer interferência do Estado. 
- Não é absoluto. 
 
b) Supremacia da ordem pública 
- Funciona como limite para liberdade contratual. 
- Art. 2.035: “Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais 
como as estabelecidas por este código para assegurar a função social da propriedade e dos 
contratos.”. 
 
c) Consensualismo 
- Basta para o aperfeiçoamento do contrato, o acordo de vontades, contrapondo-se ao 
formalismo. 
- O contrato resulta do consenso, do acordo de vontades, independentemente da entrega da 
coisa. 
 
d) Relatividade dos efeitos do contrato 
- Os efeitos do contrato só produzem efeitos em relação às partes. 
- A função social dos contratos abrandou o princípio da relatividade dos efeitos do contrato e 
“constitui cláusula geral, a impor a revisão do princípio da relatividade dos efeitos do contrato 
em relação a terceiros, implicando a tutela externa do crédito”. 
 
e) Obrigatoriedade dos contratos (“pacta sunt servanda”) 
- Representa a força vinculante dos contratos. 
- Fundamentos: a necessidade de segurança nos negócios e a intangibilidade ou imutabilidade 
do contrato. 
 
f) Revisão dos contratos ou da onerosidade excessiva 
- Opõe ao princípio da obrigatoriedade. 
- Possibilita o desfazimento ou revisão forçada do contrato quando, por eventos imprevisíveis 
e extraordinários, a prestação de uma das partes tornar-se exageradamente onerosa. 
 
g) Boa-fé e probidade. 
- Art. 422: “Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como 
em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.”. 
- A boa-fé é objetiva, que impõe ao contratante um padrão de conduta, o de agir com retidão, 
ou seja, com probidade, honestidade e lealdade, nos moldes do homem comum, atendidas as 
peculiaridades dos usos e costumes do lugar. 
 
INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS 
8. Interpretar o negócio jurídico é precisar o sentido e alcance do conteúdo da declaração e 
vontade. 
 
9. Princípios a serem observados na interpretação dos contratos: 
a) Princípio da boa-fé; 
b) Princípio da Conservação dos Contratos. 
 
10. Regras importantes: 
a) quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á 
adotar a interpretação mais favorável ao aderente (art. 423); 
b) a transação interpreta-se restritivamente (art. 843); 
c) os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente (art. 114). 
d) nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do 
aderente a direito resultante da natureza do negócio (art. 424). 
e) não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva (art. 426). 
 
DA FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 
11. O contrato é um acordo de vontades que tem por fim criar, modificar ou extinguir 
direitos. A manifestação da vontade pode ser expressa ou tácita. 
 
12. O contrato resulta de duas manifestações de vontade: a proposta e a aceitação. 
 
13. Negociações preliminares: 
a) Caracteriza-se por sondagens, convenções, estudos e debates (fase da pontuação). 
b) Como as partes ainda não manifestaram a sua vontade, não há nenhuma vinculação ao 
negócio. Qualquer uma das partes pode se afastar, sem responder por perdas e danos. 
c) Só há responsabilização se ocorrer afronta à boa-fé objetiva com rompimento ilegítimo das 
tratativas e demonstrado o prejuízo sofrido. 
 
14. A proposta 
a) Traduz-se em uma vontade definitiva de contratar, nas bases oferecidas, dirigida à outra 
parte para que esta a aceite ou não. 
b) Constitui negócio jurídico unilateral. 
c) A oferta obriga o proponente, se o contrário não resultar dela, da natureza do negócio, ou 
das circunstâncias do caso (art. 427). 
d) A proposta deve conter: 
- todos os elementos essenciais do negócio jurídico; 
- deve ser séria e consciente; 
- deve ser clara, completa e inequívoca. 
e) A proposta não obriga: 
- se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita; 
- se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta 
ao conhecimento do proponente; 
- se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; 
- se, antes dela, ou simultaneamente, chegar da outra parte a retratação do proponente. 
f) A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, 
salvo se o contrário resultar das circunstâncias e dos usos. 
- é limitada ao estoque existente; 
- pode ser revogada pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na 
oferta realizada. 
 
15. A Aceitação 
a) É a concordância com os termos da proposta. 
b) Se a aceitação for apresentada fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, 
importara nova proposta - contraproposta (art. 431). 
c) A aceitação pode ser expressa ou tácita (art. 432). 
d) O contrato se aperfeiçoa com a aceitação. 
e) Hipóteses em que a aceitação perde a força vinculante: 
- se a aceitação, embora expedida a tempo, por motivos imprevistos, chegar tarde ao 
conhecimento do proponente (art. 430); 
- Se antes da aceitação ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante (art. 433). 
 
16. O lugar da celebração do contrato 
a) Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que for proposto (art. 435). 
 
DA ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO 
17. Da estipulação em favor de terceiro (arts. 436 a 438) 
a) Dá-se a estipulação em favor de terceiro, quando, no contrato celebrado entre duas pessoas, 
denominadas estipulante e promitente, convenciona-se que a vantagem resultante do ajuste 
reverterá em benefício de terceira pessoa. Exemplo: Contrato de seguro. 
b) Personagens: 
- o estipulante; 
- o promitente; e 
- o beneficiário, este último estranho à convenção. 
c) Natureza jurídica: contrato sui generis 
 
 
 
 
DA PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO 
18. Promessa de fato de terceiro 
a) Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este não 
o executar (art. 439). 
b) Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se terobrigado, faltar à prestação (art. 440). 
 
DOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS 
19. São defeitos ocultos em coisa recebida em virtude de contrato comutativo, que a tornam 
imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminuem o valor. 
 
20. Pode o adquirente: 
a) Enjeitar a coisa, mediante a devolução do preço, e, se o alienante conhecia o defeito, com 
satisfação de perdas e danos (arts. 441 e 443). 
b) Pode ainda ficar com a coisa e reclamar abatimento no preço (art. 442). 
 
21. Requisitos: 
a) que a coisa tenha sido recebida em virtude de contrato comutativo; 
b) que os defeitos sejam ocultos; 
c) que existam no momento da celebração do contrato e perdurem até a ocasião da 
reclamação; 
d) que sejam desconhecidos pelo adquirente; e 
e) que sejam graves. 
 
22. Ações cabíveis – ações edilícias: 
a) Ação redibitória – para rejeitar a coisa, rescindindo o contrato e pleiteando a devolução do 
preço pago; 
b) Ação quanti minoris ou estimatória – para conservar a coisa, reclamando, porem, o 
abatimento do preço. 
 
23. Prazos decadenciais: 
a) 30 dias, se relativas a bem móvel; e 
b) um ano, se relativas a imóvel. 
 
OBS: Nos dois casos, os prazos são contados da tradição. Se o adquirente já estava na posse 
do bem, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade (art. 445). 
 
24. Fundamento jurídico: princípio da garantia. 
 
DA EVICÇÃO 
25. Conceito: É a perda da coisa em virtude de sentença judicial que atribui a outrem por 
causa jurídica preexistente ao contrato. 
 
26. Fundamento jurídico: Princípio da garantia. 
 
27. Personagens: 
a) o alienante; 
b) o evicto; 
c) o evictor. 
 
28. Extensão da garantia: Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou 
excluir a responsabilidade por evicção (art. 448). 
 
29. Requisitos da evicção: 
a) perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso da coisa alienada; 
b) onerosidade da aquisição; 
c) ignorância, pelo adquirente, da litigiosidade da coisa; 
d) anterioridade do direito do evictor; 
e) denunciação da lide ao alienante. 
 
30. Verbas devidas: 
a) Restituição das quantias pagas; 
b) indenização dos frutos que o adquirente tiver sido obrigado a restituir; 
c) despesas dos contratos e dos prejuízos que resultarem diretamente da evicção; 
d) custas e honorários de advogado. 
 
31. Evicção parcial: Ocorre quando o evicto perde apenas parte ou fração da coisa adquirida 
em virtude de contrato oneroso. 
DA EXTINÇÃO DOS CONTRATOS 
32. Extinção normal dos contratos 
- Ocorre pelo cumprimento das obrigações oriundas do contrato. 
 
33. Causas anteriores: 
a) Nulidade absoluta e nulidade relativa. 
b) Cláusula resolutiva 
- Expressa: quando convencionada entre as partes; Opera de pleno direito. 
- Tácita: é subtendida em todo contrato bilateral e depende de decisão judicial. 
c) Direito de arrependimento 
- Quando previsto, autoriza qualquer das partes a rescindir o ajuste, sujeitando-se a perda do 
sinal ou a sua devolução em dobro (art. 420). 
 
34. Causas supervenientes: 
a) Resolução: é um remédio concedido à parte para romper o vínculo contratual mediante 
ação judicial como consequência de inadimplemento voluntário, involuntário ou por 
onerosidade excessiva. 
b) Resilição – Pode ser: 
I. Bilateral: 
- Distrato: é o acordo de vontades que tem por fim extinguir um contrato anteriormente 
celebrado; 
II. Unilateral: Ocorre por simples declaração de vontade de uma das partes. 
- Denúncia vazia: cabível na locação de coisa móvel ou imóvel. 
- Revogação: espécie de resilição unilateral cabível quando há quebra de confiança. 
- Renúncia: espécie de resilição unilateral cabível quando há quebra de confiança. 
- Exoneração por ato unilateral: cabível por parte do fiador, na fiança por prazo 
indeterminado. 
c) Extinção por morte de um dos contratantes. 
 
Bibliografia 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume 03 – 14. Ed. São Paulo: 
Saraiva, 2016. 
Tartuce, Flávio. Manual de Direito Civil: Volume único. 6. ed. Rio de janeiro: Forense. São 
Paulo: Método. 2016.

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