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AULA 5 GESTÃO DE PROJETOS TECNOLÓGICOS COMPLEMENTO 2

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OS PACOTES DE TRABALHO 
 
É uma boa prática seguir a recomendação na qual ocorre o desdobramento do 
trabalho a fim de que se chegue ao ponto onde ele é realizado e gerenciado. O 
último nível da EAP é chamado de pacote de trabalho ou Work Package. 
 
Nessa etapa, podemos: 
 Definir o trabalho (o quê); 
 Estimar o tempo para completar o pacote de trabalho; 
 Identificar recursos necessários para completar o pacote de trabalho; 
 Identificar o responsável pelo pacote de trabalho; 
 
As atividades individuais não serão apresentadas na EAP, neste momento, mas já se 
pode perceber que um pacote de trabalho é um conjunto de ações que produzirá 
alguma entrega. Você lembra o exemplo da janela, no planejamento da casa? 
 
 
De modo geral, a decomposição de 3 a 4 níveis atende à maioria dos projetos. Se as 
reuniões forem diárias, é maior a probabilidade de detecção de desvios, 
rapidamente, mas nada impede de ser feito em períodos maiores. 
 
Estas reuniões de revisão costumam causar certa pressão psicológica sobre a equipe 
do projeto, pois as pessoas são cobradas pelas entregas, pelos pacotes de trabalho, 
e quando os trabalhos não são concluídos as explicações devem ser dadas. 
 
Assim, é muito mais fácil cobrar e explicar o andamento das partes menores do que 
exigir a entrega de um pacote, por exemplo, de 200 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
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Um pacote de no máximo 80 horas, por exemplo, permite fazer reuniões de revisão 
a cada 15 dias ao menos, daí é possível completar as 80 horas em duas semanas, 
isto considerando o pacote de trabalho executado por apenas 01 pessoa. 
 
Durante a decomposição, nada impede de se dividir o projeto em fases: Na 
primeira, faz-se um detalhamento maior; na segunda, um detalhamento macro. 
Lembra o planejamento em ondas sucessivas, no capítulo 1? 
 
Podemos detalhar tudo que precisa ser desenvolvido por etapas e por fases, o 
importante é iniciar com uma visão macro do projeto, se possível, pois alguns são 
muito complicados e podem não permitir isto. 
 
 
DECOMPOSIÇÃO DAS ENTREGAS 
 
Algumas opções de decomposição do segundo nível da EAP: 
 Fases, etapas cronológicas do projeto (ciclo de vida do projeto, ordem 
lógica de construção); 
 Estrutura, processos, componentes do produto/partes do produto; 
 Localização geográfica (plantas, filiais, regiões); 
 Áreas de responsabilidade separadas (departamentos ou áreas 
funcionais). 
 
Não há uma regra. Mas, se a empresa possui projetos repetitivos, pode ser 
criado um modelo padrão de EAP, “o quê” e “quando existir”. Isto é uma 
atribuição do escritório de projetos. 
 
Vamos exemplificar uma análise da figura: Neste exemplo, temos três níveis, 
o primeiro é o nome do projeto; o segundo é a decomposição por fases, 
chamados de grupos de trabalhos; e o terceiro são os pacotes de trabalho 
produzidos em cada uma das fases, é o nível mais baixo. 
 
Perceba, por exemplo, que “Testes” é um grupo de trabalho e abaixo 
existem dois pacotes que são “Teste de Sistema” e “Teste de Aceite”. 
Sempre que uma fase for aberta, obrigatoriamente, deve haver ao menos 
dois pacotes. 
 
Exemplo de EAP por fase: 
 
 
 
 
 
 
 
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Exemplo de EAP por itens do produto 
 
Esta figura apresenta o mesmo projeto anterior, mas agora foi feita a 
decomposição por itens do produto, que são as principais entregas quebrando-se 
em entregas menores. Lembre que na EAP não interessa a ordem dos pacotes de 
trabalho. 
 
A EAP está diretamente ligada à natureza do produto ou serviço, então, as 
entregas de um projeto de uma usina hidrelétrica serão muito diferentes de um 
projeto de implantação da norma ISO 9001. Nestes casos, nunca veremos os 
mesmos pacotes de trabalho. 
 
Ao usar a EAP, também podemos decidir que um determinado pacote de trabalho 
poderá ser terceirizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O USO DA EAP 
 
Agora, veremos os principais processos que usarão a EAP como entrada. Com a 
EAP conseguimos identificar o trabalho que deve ser feito, por isso, ficará 
mais fácil definir as atividades do projeto, quais serão os custos e os riscos 
envolvidos na execução de cada pacote. Ela permite decidir quanto à 
terceirização e definir a qualidade em cada entrega. 
 
 
Só olhando o cronograma talvez não fiquem muito claras as atividades de um 
projeto, no entanto, quando a EAP é apresentada para um cliente, ele 
entenderá melhor o que será feito. É uma visão mais simplificada e pode ser 
usada como uma das ferramentas de comunicação, pois muitas vezes o cliente 
não entende os custos envolvidos no projeto. 
 
A EAP mostra quanto será o gasto em cada pacote de trabalho, então, será 
possível e mais fácil entender o custo totalizado do projeto, portanto, esta é 
uma ferramenta da qual não se deve abrir mão no uso do gerenciamento de 
um projeto. 
 
 
PASSO A PASSO PARA A CRIAÇÃO DO EAP 
 
 
Segue agora a “receita de bolo” para se criar a EAP: 
 
 
 
 
 
 
 
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1- Nomeie o projeto; 
2- Crie um grupo chamado gerenciamento do projeto. Neste pacote de 
trabalho, constarão as entregas que serão produzidas no planejamento. São os 
documentos a serem produzidos em cada área de conhecimento. Aqui, será 
criada a EAP. Isto é importante, pois devemos estimar no projeto o tempo de 
seu gerenciamento e não somente na construção do produto. 
 
Estima-se, de uma maneira geral, que em torno de 5 % a 10 % do tempo total 
são usados somente no gerenciamento, ou seja, no planejamento e no 
controle. Ainda podemos identificar os pacotes de trabalho que são as entregas 
maiores, onde temos a preparação e a entrega do treinamento em si. 
 
3- Acrescente um nível para o fechamento do projeto, ou seja, o encerramento. 
 
Nunca utilize verbos na EAP, aqui são entregas, não se tratam das atividades do 
projeto. 
 
4- É preciso definir qual será a estratégia para decompor o projeto por fases, 
pela estrutura do produto, pelas áreas da organização onde algo será 
trabalhado etc. 
 
Aqui, o que não vale como entrega é a iniciação, o planejamento, a execução, 
o controle e o encerramento, pois estas não são fases do projeto, e sim, grupos 
dos processos. 
 
5- Identifique os pacotes de trabalho até um nível que permita ser feito um 
planejamento do tempo, do custo, da qualidade, identificar riscos, atribuir 
responsabilidades pela execução e, se for o caso, fazer contratação de recursos 
para cada pacote de trabalho. 
 
Não existe uma decomposição padrão para todos os projetos, na figura abaixo, 
temos apenas sugestões servindo como orientação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MAIS RECOMENDAÇÕES PARA A CRIAÇÃO DA EAP 
 
 
- As entregas do gerenciamento, assim como todo o trabalho do projeto, devem 
ser incluídas na EAP, 
- O que não está na EAP não faz parte do escopo do projeto; 
- A EAP deve ser desenvolvida em conjunto com a equipe do projeto; 
- A EAP deve ser revisada com as partes interessadas; 
- Os modelos de EAPs criados em outros projetos, devem ser utilizados como 
referência; 
- Como a EAP só vai até o nível de pacote de trabalho, não se recomenda colocar 
atividades na EAP; 
- Para não prejudicar o planejamento nem o controle do projeto, recomenda-se 
não decompor em demasia. De um modo geral, são usados de 3 a 4 níveis, nos 
projetos; 
- Em caso de apenas uma entrega, deve-se evitar decompor; 
- Em grupos diferentes recomenda-se não decompor o mesmo pacote de 
trabalho; 
- A sequência na qual o trabalho deve ser executado não deve preocupar neste 
momento. 
 
A seguir, você pode observar alguns momentos do uso da ferramenta WBS Chart 
Pro: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CÓDIGO DE CONTAS PARASISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
 
 Cada componente de EAP deve ter um código identificador único que depois 
será utilizado no dicionário da EAP para descrição do componente. 
 
 Este código será utilizado na alocação de custos (Contabilidade) e para reportar 
os níveis que foram utilizados. 
 
Percebemos que cada componente tem ao lado um número. Depois que a EAP 
estiver pronta, estes componentes serão listados em uma estrutura analítica e 
isto é feito porque, depois, cada pacote deverá ser descrito e será necessário 
criar um dicionário, informando qual o significado e o que deverá ser produzido 
em cada pacote, por isso, o relacionamento com números. 
 
Algumas ferramentas, como o Microsoft Project criam estes códigos 
automaticamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DICIONÁRIO DA EAP 
 
Depois que a EAP foi montada, o próximo passo é elaborar o dicionário que serve 
para descrever o conteúdo de cada pacote de trabalho da EAP. 
 
Isto é feito porque nem sempre está claro o significado de cada pacote, aquilo que 
cada um fará, então, para que o conhecimento da equipe fique equalizado, 
criamos um documento à parte, o dicionário. 
 
Este dicionário deve conter no mínimo duas colunas, com a identificação do 
número do pacote, descrição e critérios de aceitação, isto é o mínimo, mas podem 
haver outras informações exibidas na tabela. 
 
Este tipo de tabela pode ser feita no Word ou no Excel, mas no Microsoft Project 
há um recurso possibilitando a alocação de descrições e observações no pacote de 
trabalho. 
 
“Durante a execução de um projeto existindo dúvidas sobre o trabalho que 
deve ser feito, o dicionário da EAP pode fornecer informações detalhadas 
sobre os pacotes de trabalho.”