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02 Aulas FCB

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Financiamento e Crédito Bancário
Aula 01
Aula 1: Crédito - introdução, conceito, abrangência e importância 
Você está iniciando o estudo da disciplina Financiamento e Crédito Bancário.
Nesta aula, falaremos sobre os vários conceitos de crédito e o que é crédito para uma instituição financeira. Refletiremos sobre de que forma o crédito pode alavancar os negócios de uma empresa (industrial ou comercial) e qual é a importância do crédito para a economia de um país.
Além disso, abordaremos o que é crédito para uma instituição financeira e como essas instituições procuram obter a melhor relação risco/retorno em seus negócios.
Pronto para começar?
O que é crédito? O que significa “ter crédito na praça”? Qual é a importância do crédito para uma instituição financeira? Dos vários textos encontrados para definir crédito, podemos destacar as seguintes definições:
CRÉDITO
- Consiste na entrega de um valor presente, mediante uma promessa de pagamento.
- É a facilidade de obter dinheiro por empréstimo ou abrir contas em casas comerciais.
- É a soma posta à disposição de alguém num banco, numa casa de comércio etc., mediante certas vantagens.
- É o direito de receber o que se emprestou.
- É a troca de bens presentes por bens futuros.
- É a capacidade de que alguém dispõe para obter dinheiro, mercadoria ou serviço, mediante compromisso de pagamento num prazo futuro.
Para um banco, o crédito consiste em colocar à disposição de seu cliente uma quantia, através da formalização de empréstimo, financiamento ou adiantamento, tendo como contrapartida uma promessa de pagamento numa data futura. Logicamente, a quantia emprestada deverá ser devolvida acrescida dos encargos pactuados.
Qualquer que seja a finalidade ou o motivo para se conceder e obter crédito, há uma relação entre devedor e credor baseada na confiança.
Tendo como base o conhecimento adquirido nesta aula, participe do fórum de discussão, registrando sua opinião sobre 
A importância do mercado de crédito para o desenvolvimento de um país. 
Acesse o Fórum de Discussão e poste sua resposta no tópico Tema para discussão – Aula 1. Aproveita para debater e comentar as respostas dos seus colegas.
Indicadores sobre o mercado de crédito no Brasil, tais como: o ritmo de crescimento das operações de crédito; o percentual da relação crédito/PIB; o volume de crédito destinado às empresas e pessoas físicas; a taxa média dos juros; e a inadimplência no setor. 
Nesta aula, você:
percebeu que o crédito pode ser um importante instrumento como alavancador dos negócios; 
verificou como funciona o ciclo da intermediação financeira; 
identificou a importância do crédito para a economia de uma país; 
compreendeu que as instituições financeiras procuram obter a melhor relação risco/retorno possível. 
 
Nesta aula foi introduzido o conceito de crédito e de intermediação financeira e sua importância para a economia de um país. Falamos, também, sobre o conceito de maximização do lucro. Na próxima aula iremos discorrer sobre risco de crédito, abordando seu conceito, classificação e conhecendo o que determina da Resolução 2.682/99, do Banco Central do Brasil. 
Até lá! 
Aula 02
Aula 2: Risco do crédito
1. Conceituar crédito. 
2. Classificar os principais riscos inerentes ao Crédito. 
3. Reconhecer as principais determinações da Resolução 2.682/99 do BACEN, que diz respeito à classificação do Risco de Operação.
4. Reconhecer a subdivisão do risco de crédito de um banco. 
5. Compreender o conceito de Rating para decisão de crédito. 
6. Identificar as agências internacionais de rating e suas classificações de risco de crédito.
Seja bem-vindo à segunda aula da disciplina Financiamento e Crédito Bancário.
Nesta aula, falaremos sobre a importância da análise do risco de crédito para um banco, bem como as suas subdivisões. Além disso, abordaremos os aspectos a serem considerados por um banco na análise do risco de crédito e o que vem a ser rating.
Vamos começar?
Introdução ao risco e seu conceito
Subdivisão do risco de crédito
Rating
Introdução ao risco e seu conceito
Na aula anterior, verificamos que o crédito deve fazer parte das estratégias de vendas de empresas comerciais e industriais, de forma que elas possam alavancar suas vendas. Vimos também que conceder crédito faz parte da atividade-fim das instituições financeiras. Finalizamos discorrendo sobre a importância do mercado de crédito para a economia de um país.
Entretanto, o estouro da bolha de crédito imobiliário nos EUA, estopim de uma séria crise financeira internacional, mostrou o quanto deve ser levado a sério a análise do risco de crédito, seja de uma empresa, de uma pessoa física ou até mesmo de um país.
RISCO DE CRÉDITO
Analisar, conhecer e tomar medidas que minimizem o risco de crédito faz parte da atividade de uma instituição financeira que disponibiliza recursos aos clientes.
Toda operação de crédito possui um risco, o qual tem quer ser conhecido antes da liberação dos recursos.
Na análise de uma operação de crédito, não pode haver, jamais, a incerteza.
Na análise de crédito, os conceitos de risco e de incerteza não se confundem, conforme podemos verificar abaixo:
O Banco Central do Brasil, através da Resolução 3.721, de 30.04.2009, estabeleceu regras às instituições financeiras para implementação de uma estrutura de gerenciamento do risco de crédito. Na referida instrução, o Bacen definiu risco de crédito como “a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.”
Sinteticamente, podemos afirmar que risco de crédito é a probabilidade de que o recebimento não ocorra.
O risco de crédito pode ser analisado sob diversas óticas e considerando vários fatores. Segundo Silva (2008), o risco de crédito de um banco pode ser subdividido em quatro grupos: risco da operação de crédito; risco do cliente (risco intrínseco); risco de concentração de crédito e risco da administração do crédito.
O rating nada mais é do que uma avaliação e classificação de risco, que é feita por meio da mensuração e ponderação das variáveis determinantes da empresa e de seus sócios. É apresentado por meio de um código ou classificação que fornece uma graduação do risco.
Dessa forma, o resultado de toda a análise de risco do cliente se traduz no rating.
RATING
A graduação do risco do cliente é uma das ferramentas que possibilita ao banco determinar se irá conceder ou não o crédito ao cliente, e qual será o nível da taxa a ser cobrada.
Entretanto, o rating não deve ser utilizado isoladamente como parâmetro para justificar decisões em propostas de crédito.
Os bancos devem adotar uma metodologia própria que leve ao rating, classificando o risco de seus clientes ou contratar uma empresa que execute essa tarefa.
As agências de rating são empresas especializadas na análise e atribuição de uma graduação de risco. As três maiores agências de rating são a Standard & Poors, a Moody’s e a Fitch IBCA.
Apresentamos ao lado um quadro relativo à classificação adotada pela Standard & Poors e pela Moody’s.
Instruções do Bacen (Resoluções 2.682 e 3.721) 
Nesta aula, você:
conheceu o conceito de risco de crédito e aprendeu sua importância para a concessão de empréstimos; 
verificou a diferença que existe entre risco e incerteza; 
aprendeu que risco é inerente ao negócio dos bancos; 
conheceu as subdivisões do risco de crédito; 
aprendeu o conceito de rating e conheceu a classificação de risco utilizada pelas principais agências internacionais. 
Nesta aula, aprendemos o quão é importante para um banco realizar uma análise, do cliente e da operação, para se chegar ao risco de crédito. Na próxima aula iremos discorrer detalhadamente sobre cada um dos Cs do risco intrínseco,o que se constitui na espinha dorsal da análise do risco do cliente. 
Até lá! 
Aula 03
Aula 3: Risco do cliente
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Identificar os fatores que são considerados na análise do Risco Intrínseco. 
2. Reconhecer e distinguir os Cs do Crédito: Caráter, Capacidade, Condições, Capital, Conglomerado e Colateral. 
3. Distinguir Risco de Operação do Risco Intrínseco.
No vídeo acima, você assiste a uma animação sobre a recente crise de crédito imobiliário que afetou o mundo.
Seja bem-vindo à terceira aula da disciplina Financiamento e Crédito Bancário.
Nesta aula, estudaremos os fatores considerados na análise do C (Caráter de uma empresa e de seus sócios) e falaremos sobre a melhor forma de analisar a capacidade administrativa e gerencial da empresa.
Assim, você vai notar como é importante conhecer em que condições a empresa atua junto ao mercado consumidor e como os indicadores econômico-financeiros são relevantes no contexto da análise do cliente.
Então, vamos lá?
Risco do cliente ou risco intrínseco
Os Cs do crédito
Risco do cliente ou risco intrínseco
O risco do cliente, também chamado de risco intrínseco, diz respeito às particularidades do tomador do crédito (devedor).
RISCO DO CLIENTE
Após a análise do risco intrínseco, o analista terá uma visão da real intenção do devedor de pagar pelo empréstimo.
O analista terá também noção sobre a capacidade de pagamento do devedor e sobre as garantias a serem oferecidas.
Para facilitar a análise do risco do cliente, os aspectos mais relevantes do tomador foram agrupados nos chamados "Cs do crédito”.
Veja abaixo:
CARÁTER
Diz respeito à intenção do devedor e demais coobrigados de cumprir a promessa de pagamento. É a firmeza de vontade, a determinação em honrar os compromissos assumidos. Um devedor, por exemplo, pode chegar a desfazer-se de seus bens para pagar suas dívidas. Outro pode não ter a mesma disposição. O analista de crédito deve chegar à conclusão de que o tomador se manterá disposto a quitar o débito, mesmo nas condições mais adversas. Para tanto, alguns aspectos devem ser observados na análise de dados históricos, tanto da empresa quanto dos sócios, dentre os quais destacamos:
Pontualidade no pagamento dos compromissos – Deve-se considerar a pontualidade do cliente como um fator de grande relevância na definição do risco de crédito. Cabe ressaltar, porém, que uma dívida pode ser paga com atraso, ou até mesmo não ser quitada, não necessariamente por falta de caráter. Em determinadas situações, inclusive, pode ser considerado normal um atraso de até 14 dias. Porém, a contumácia no atraso dos pagamentos pode revelar uma deterioração financeira da empresa.
Existência ou não de restrições – Dentre as diversas situações que podem configurar uma restrição, estabelecemos as seguintes: protestos, falência, ações judiciais e de penhora, emissão de cheques sem fundos e atrasos no pagamento de impostos e de salários. A instituição financeira definirá, de acordo com sua política de crédito, de que maneira serão considerados os efeitos restritivos de cada uma dessas anotações. Devem ficar bem esclarecidas as causas e as consequências de cada uma das restrições apontadas, bem como as medidas tomadas pelo cliente para a regularização das mesmas.
Experiência em negócios – Nesse quesito será analisada a experiência do cliente na realização de negócios na própria instituição financeira. Nas operações anteriores, o cliente agiu de maneira correta na formalização e liquidação do débito? Houve alguma contestação ou fato que desabonasse o comportamento do cliente em relação à operação contratada? As garantias foram constituídas corretamente? Enfim, todo o histórico do que ocorreu em operações anteriores deve ser analisado, de forma a permitir ao analista uma percepção mais apurada do comportamento do cliente.
Atuação na praça – Deve ser observado o histórico de atuação da empresa na praça. Como se dá a relação da empresa com seus colaboradores, clientes, fornecedores e concorrentes? A empresa age de forma ética e respeitosa com todos que fazem parte de sua rede de relacionamento? Qual a posição da empresa em relação à responsabilidade sócio-ambiental?
Cartórios de protesto de títulos – O protesto é uma prova de falta de pagamento dos títulos. Cabe ressaltar, porém, que um protesto isolado pode não ter grande significado, a não ser que seu valor seja muito representativo para a empresa. Cada título protestado deve ter seus motivos devidamente analisados.
Convênio e associações – Associações comerciais, serviços de proteção ao crédito e SERASA são grande fonte de informação a respeito de empresas e de pessoas devedoras.
Outras fontes – Artigos e reportagens publicadas em jornais, revistas e informes regionais também são de grande valia na apuração do caráter dos proponentes ao crédito. Não podemos nos esquecer das informações obtidas por sindicância na circunvizinhança da sede do cliente.
Sistema de Informações de Crédito do Banco Central do Brasil (SCR) – Instrumento de registro e consulta às informações sobre o montante das operações de crédito e responsabilidades por garantias contraídas de pessoas físicas e jurídicas perante instituições financeiras no país. Permite, observadas as regras de sigilo bancário, a troca de informações entre os integrantes do Sistema Financeiro Nacional. O principal objetivo do SCR é prover o Banco Central de informações precisas e sistemáticas sobre as operações de crédito contratadas pelas instituições financeiras com o propósito de proteger os recursos depositados pelos cidadãos nestas mesmas instituições. Além disso, é utilizado pelas instituições financeiras, desde que com autorização específica de seus clientes, para avaliar a capacidade de pagamento deles.
CAPACIDADE
Diz respeito à habilidade administrativa, competência empresarial ou profissional dos proponentes do crédito para gerir os negócios da empresa. Deve ser observada a formação profissional dos principais dirigentes, bem como sua experiência na atividade. Além disso, a visão estratégica, o potencial de administração, a produção e comercialização dos produtos e o grau de tecnologia utilizada fazem parte da análise da Capacidade.
É de fundamental importância que o analista de crédito conheça os diversos produtos oferecidos pela empresa e sua respectiva fatia nos mercados nacional e internacional. As decisões visando ao crescimento da empresa também terão que ser conhecidas.
CONDIÇÕES
Toda empresa recebe e exerce algum tipo de influência sobre o ambiente externo em que atua. Analisando a interação empresa e ambiente externo, identificam-se variáveis que influenciam no desempenho da organização.
Segundo Filho (1997), podem ser consolidadas as informações e variáveis a serem analisadas, conforme demonstra
Informações sobre o mercado e os produtos – Deverão ser identificados os principais clientes e fornecedores da empresa e a concentração de compras e vendas entre eles. Também serão identificados os principais concorrentes e a participação da empresa no mercado em que atua. Todo mercado ou setor atua de uma forma bem característica. Esta maneira de o mercado trabalhar deverá ser identificada, a fim de constatar se a empresa atua da mesma forma.
Ambiente macroeconômico e setorial – Neste quesito deverá ser avaliado o acompanhamento da macroeconomia e do setor onde atua a empresa. Logo, é fundamental identificar como as políticas monetária, cambial, e tributária afetam não só a empresa como o setor em que ela está inserida. É preciso conhecer, também, a sazonalidade do produto, de forma a identificar a época certa de se conceder o crédito.
Ambiente competitivo – Podemos dividir este aspecto da forma a seguir:
A concorrência entre as empresas do setor – Quais são os principais concorrentes da empresa? De que forma eles agem? Qual é a participação da empresa e de seus concorrentes no mercado? Qual é a taxa de crescimento do setor?
O poder de barganha dos fornecedores – Deverá ser analisada a quantidadede empresas fornecedoras, a facilidade ou dificuldade de substituir os fornecedores, a importância que a empresa tem junto a seus fornecedores e a possibilidade de o próprio fornecedor entrar no negócio.
O poder de barganha dos compradores/clientes –= Para quantos clientes a empresa vende? Os clientes têm facilidade de mudar de comprador? Os produtos vendidos pela empresa são essenciais na vida dos consumidores? Os compradores têm um grau de informação muito grande sobre preços e custo de produção do produto?
A ameaça de entrada de novas empresas no setor – Esta ameaça está relacionada com a escala de produção/vendas, com a questão das marcas dos produtos e fidelidade do consumidor, com o montante de investimentos necessários para viabilizar o negócio, com a complexidade ou simplicidade dos canais de distribuição, com o grau de tecnologia envolvido, com a eficiência das empresas estabelecidas no ramo e com as exigências feitas pelo governo, que limitam ou não a entrada de novas empresas no setor.
A ameaça de novos produtos e serviços – Deve ser analisada a possibilidade de que outras empresas, inclusive do exterior, possam colocar no mercado novos produtos que substituam aqueles já comercializados.
Dependência do Governo – É muito importante verificar se a empresa tem como um de seus principais clientes o Governo (federal, estadual ou municipal). Em razão das dificuldades financeiras do Estado e de manobras políticas, a dependência de vendas ao Governo pode resultar num fator de risco relevante.
CAPITAL
O estudo do “C” capital faz parte do risco técnico da empresa e refere-se às fontes e usos dos recursos e à situação econômica, financeira e patrimonial do cliente. Pela análise dos demonstrativos contábeis, são obtidas importantes informações sobre o desempenho e a solidez da empresa. Destacamos a seguir os principais índices de desempenho que costumam ser analisados.
Se o cliente for pessoa física, os seguintes aspectos devem ser avaliados, entre outros: rendimentos, composição das despesas, evolução e qualidade do patrimônio e endividamento.
A análise do "C" Capital é de extrema relevância na determinação do nível de risco do cliente. Porém, em nossa disciplina não iremos discorrer com maior profundidade acerca do “C” capital, pois há uma matéria especialmente designada para isso, que ensina os procedimentos para a realização de uma análise econômico-financeira da empresa. Mais adiante, ao estudarmos análise de crédito, mostraremos com maior clareza a importância da análise financeira no contexto da análise de crédito como um todo.
COLATERAL
Refere-se à capacidade do cliente em oferecer garantias complementares, que poderão ser necessárias para compensar as fraquezas decorrentes de outros fatores de risco.
Porém, uma empresa com boa classificação de risco de crédito pode não estar disposta a oferecer garantias nas operações de curto prazo. Nas de longo prazo, o banco deverá exigir garantias complementares, em virtude do aumento do risco. Por outro lado, o banco deverá analisar com critério a possibilidade de dispensar a exigência de garantia numa operação de crédito, analisando o cliente e as próprias condições do negócio. A dispensa só deverá ocorrer se o risco de não pagamento for o menor possível.
Cabe ressaltar que a garantia por si só não pode justificar a decisão do crédito, devendo o emprestador de recursos fazer uma análise minuciosa do cliente e da operação. Alguns fatores importantes na definição da garantia são:
• um fator acessório e não determinante da realização da operação;
• análise do risco da empresa e da operação;
• praticidade e custos na sua formalização;
• suficiência, em relação aos valores de principal e encargos;
• depreciabilidade dos bens oferecidos;
• controle;
• bens de fácil resgate e comercialização;
• liquidez.
Finalmente, podemos dizer que não existe uma garantia melhor do que a outra e, sim, aquela que é mais ou menos adequada a um determinado tipo de negócio ou a um cliente.
CONGLOMERADO
Diz respeito à análise do conjunto de empresas, controladas e coligadas, ao qual pertence o tomador de crédito, a fim de que seja formado um conceito sobre a situação do conglomerado.
Coligadas são as sociedades em que uma participa com 10% ou mais do capital da outra sem controlá-la. Já controlada é a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, detém ações com direito a voto que lhe assegurem o controle social.
Uma ou mais pessoas físicas podem controlar diversas empresas que não tenham qualquer vinculação jurídica entre si, configurando um grupo empresarial. Porém, apenas o nome da família não basta para caracterizar um grupo, pois em algumas situações são formados blocos distintos e cada grupo de pessoas participa num conjunto de empresas, havendo concorrência e até rivalidades entre os familiares.
Principais vantagens obtidas ao se analisar o grupo empresarial como um todo:
• fornece uma visão mais completa sobre a situação econômico-financeira do conjunto;
• possibilita melhor dimensionamento do volume de crédito a ser concedido;
• possibilita que seja dado um tratamento uniforme a todas as empresas;
• proporciona uma melhoria na qualidade de atendimento de todo o grupo.
Finalmente, podemos dizer que não existe uma garantia melhor do que a outra e, sim, aquela que é mais ou menos adequada a um determinado tipo de negócio ou a um cliente.
A garantia a ser oferecida é um fator determinante na análise da decisão de conceder o crédito? 
Acesse o Fórum de Discussão e poste sua resposta no tópico Tema para discussão – Aula 3. Aproveita para debater e comentar as respostas dos seus colegas.
Nesta aula você: 
Aprendeu sobre o Risco do Cliente, também chamado de Risco Intrínseco.
Verificou quais são os principais elementos a serem analisados no estudo do Risco Intrínseco.
Na próxima aula começaremos a discorrer sobre Política de Crédito e estratégia empresarial. Também veremos porque a política de crédito se constitui na espinha dorsal da área de crédito de um banco. Até lá! 
Aula 04
Aula 4: Política de crédito – Parte 1
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Compreender o papel da política de crédito dentro do contexto da análise de crédito de um cliente.
2. Reconhecer os principais fatores que são considerados na política de crédito.
3. Reconhecer a importância da estratégia empresarial no contexto da política de crédito de uma instituição.
4. Identificar os fatores que influenciam a política de crédito.
Seja bem-vindo à quarta aula da disciplina Financiamento e Crédito Bancário.
Nesta aula, definiremos política de crédito e aprenderemos de que forma ela influencia as decisões de crédito tomadas por uma empresa.
Além disso, abordaremos os principais fatores que são levados em consideração no estabelecimento de uma política de crédito.
Pronto para começar?
Definindo política de crédito
Fatores para o estabelecimento de uma política de crédito
Definindo política de crédito
A política de crédito tem como objetivo básico a orientação nas decisões de crédito, de acordo com os objetivos a serem alcançados. É ela que vai definir os critérios de classificação de risco, as formas de acompanhamento e revisão de crédito, as alçadas de decisão para transferência de operações para créditos em liquidação, entre outros fatores.
Fatores para o estabelecimento de uma política de crédito
Os principais executivos submetem aos órgãos máximos das empresas e instituições financeiras os parâmetros que serão observados no estabelecimento da política de crédito que será adotada.
Segundo Silva (2008), o estabelecimento de uma política de crédito pressupõe a análise de diversos fatores, dentre os quais destacamos os seguintes:
Fatores para o estabelecimento de uma política de crédito
Este fator refere-se ao fato de que a política de crédito de um banco deverá atender plenamente às normas estabelecidas pela autoridade monetária.
Assim, não há a menor possibilidade de a instituição adotar comopolítica de crédito um procedimento que seja contrário aos normativos do Banco Central do Brasil.
Neste fator para o estabelecimento de uma política de crédito também serão observadas as cláusulas definidas pelo Acordo da Basiléia sobre a questão, o qual foi ratificado pelo governo brasileiro.
Fatores para o estabelecimento de uma política de crédito
O banco será de atacado ou de varejo? Será voltado para as pessoas físicas, jurídicas ou para ambas? As operações do banco serão realizadas em todo o território nacional ou somente em determinada região do país? Essas definições implicam em grandes diferenças, seja no tamanho da rede, na qualidade e formação de pessoal ou na estrutura financeira de um banco.
Todos esses fatores deverão ser considerados na definição da estrutura de crédito de um banco.
Este fator refere-se ao fato de que todos os objetivos da instituição financeira seguirão aquilo que foi estabelecido pela política de crédito.
Dessa forma, os objetivos de lucro e de realização de negócios serão influenciados por aquilo que for definido pela política de crédito.
Este fator refere-se ao fato de que a política de crédito de um banco deverá atender plenamente às normas estabelecidas pela autoridade monetária.
Assim, não há a menor possibilidade de a instituição adotar como política de crédito um procedimento que seja contrário aos normativos do Banco Central do Brasil.
Mas qual é o objetivo das alçadas?
O estabelecimento de alçadas tem como um dos objetivos principais permitir agilidade nas decisões de conceder crédito.
Nessa aula, você:
Conheceu o que representa uma política de crédito para um banco.
Verificou quais são os principais fatores que irão influenciar na formação de uma política de crédito.
Aprendeu que os bancos irão levar em consideração o macroambiente no qual estão inseridos em sua decisão de atuação.
Constatou a importância da segregação das funções de crédito entre os profissionais que atuam nessa área.
Aprendeu o que representa delegação de poderes.
Na próxima aula, continuaremos a estudar os fatores que são considerados na definição de uma política de crédito.
Até lá!
Aula 05
Aula 5: Política de crédito – Parte 2
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Compreender como se processa a análise de crédito de uma empresa.
2. Identificar os objetivos de uma análise de crédito.
3. Compreender a importância da análise de crédito para o estabelecimento do risco de uma empresa.
4. Identificar os itens que compõem a análise de crédito.
No vídeo acima você assiste a um trecho de DVD do consultor Adriano Blatt.
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=L1rQorNqWEg
Seja bem-vindo à quinta aula da disciplina Financiamento e Crédito Bancário.
Nesta aula, continuaremos falando sobre os fatores para o estabelecimento de uma política de crédito.
Você perceberá que uma análise de crédito bem realizada proporciona condições para se tomar uma decisão segura e confiável a respeito da disponibilização ou não de recursos financeiros a uma determinada empresa.
Veremos quais são os principais elementos a serem considerados na análise de crédito de uma empresa.
Vamos lá?
A Análise de crédito
Tipos de análise de crédito
Para começar, vamos relembrar um pouco a aula anterior.
Nós vimos que o estabelecimento de uma política de crédito pressupõe a análise de diversos fatores, dentre os quais destacamos os seguintes:
Para começar, vamos relembrar um pouco a aula anterior.
Nós vimos que o estabelecimento de uma política de crédito pressupõe a análise de diversos fatores, dentre os quais destacamos os seguintes:
A Análise de crédito
Não é fácil se chegar a uma decisão envolvendo uma infinidade de variáveis e a imprevisibilidade inerente ao futuro.
Sim, porque o banco empresta hoje com a expectativa de obter o retorno de seus recursos numa data futura, que pode ser de curto, médio ou longo prazo. Este é um dos principais fatores alimentadores do risco: o que acontecerá no futuro em relação ao comportamento da empresa, de seus sócios, do mercado em que atua e da economia do país?
É aí que entra a análise de crédito.
Mas o que é análise de crédito?
É recomendável colocar recursos à disposição de uma empresa, com determinado nível de risco, considerando sua capacidade de pagamento, a idoneidade de seus sócios e dirigentes, o mercado em que atua e as variáveis político-econômicas presentes?
A análise de crédito procura obter a maior e melhor quantidade de informações e dados possíveis, que serão minuciosamente depurados e analisados, de modo que se possa chegar a uma decisão segura e confiável quanto à possibilidade de disponibilização dos recursos. Para a tomada dessa decisão a análise de crédito irá apresentar o risco representado pelo cliente, bem como sua capacidade de pagamento.
A informação se constitui na espinha dorsal da análise de crédito. Dados consistentes, confiáveis e atualizados são a base sobre a qual a análise de crédito irá se sustentar. De nada adianta ter sistemas complexos e de última geração se eles são alimentados com dados pobres e desatualizados. Dessa forma, deve ser dado especial atenção à coleta e tratamento dos dados obtidos sobre a empresa, seus sócios, seu patrimônio e mercado onde atua.
A análise de crédito deve ser iniciada pela agência bancária que detém a ficha cadastral do cliente e que tem interesse em realizar negócios com a empresa. A análise será realizada para atender a um dos seguintes objetivos:
•Verificar a viabilidade de concessão de recursos para um projeto de investimento em ativos permanentes, normalmente para operações de longo prazo (acima de 360 dias);
•Estabelecer um limite de crédito sobre o qual incidirão todas as operações de crédito realizadas com o cliente. Limite de crédito é um assunto muito importante em nosso estudo e posteriormente será objeto de uma análise mais consistente.
Podemos dizer que a análise de crédito se subdivide em três itens:
Análise cadastral;
Análise econômico-financeira;
Análise setorial.
Veja abaixo mais detalhes sobre cada uma dessas análises.
 
Nessa aula, você:
Conheceu quais são os objetivos de uma análise de crédito.
Verificou a importância da análise de crédito no estabelecimento do risco de uma empresa.
Aprendeu quais são os fatores que compõem uma análise de crédito.
Na próxima aula, continuaremos a estudar os fatores que são considerados na definição de uma política de crédito, abordando detalhadamente os limites de crédito. Até lá! 
Aula 06
Aula 6: Política de crédito - Parte 3
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Conceituar limite de crédito. 
2. Compreender a importância do limite de crédito dentro da análise do risco de crédito de um cliente. 
3. Conhecer quais são os fatores fundamentais na definição do limite de crédito. 
4. Conhecer os parâmetros que devem ser utilizados na definição do valor do limite de crédito. 
5. Compreender que no limite de crédito serão identificadas as linhas que serão disponibilizadas aos clientes.
No vídeo acima você assiste a uma reportagem sobre consumo veiculada pela TV Gazeta no Youtube. A relação entre crédito e consumo é destacada, e essa relação faz parte do conteúdo desta aula. Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=hhtVcQ114iQ
Seja bem-vindo à sexta aula da disciplina Financiamento e Crédito Bancário.
Nesta aula, continuaremos falando sobre os fatores para o estabelecimento de uma política de crédito, tratando especificamente do limite de crédito. Portanto, conheceremos o limite de crédito e falaremos sobre sua importância dentro da política de crédito de uma empresa. 
Veremos, também, quais são os parâmetros que são considerados no estabelecimento do limite de crédito. 
Por fim, aprenderemos quais são as linhas de crédito que farão parte deste limite.
Vamos lá?
O limite de crédito
Parâmetros para estabelecer valor do limite de crédito
Linhas de crédito
O limite de crédito
Não é fácil se chegar a uma decisão envolvendo uma infinidade de variáveis e a imprevisibilidadeinerente ao futuro.
Sim, porque o banco empresta hoje com a expectativa de obter o retorno de seus recursos numa data futura, que pode ser de curto, médio ou longo prazo. Este é um dos principais fatores alimentadores do risco: o que acontecerá no futuro em relação ao comportamento da empresa, de seus sócios, do mercado em que atua e da economia do país?
É aí que entra a análise de crédito.
Mas o que é limite de crédito?
É o valor máximo fixado pela instituição para emprestar ao cliente, obedecendo-se os parâmetros definidos por sua política de crédito.
Vamos ver mais detalhes sobre o limite de crédito.
Como regra geral, o limite tem um prazo de validade que, normalmente, não ultrapassa um ano. Dentro do período de validade do limite, opera-se de forma rotativa, isto é, pode ser feita nova operação à medida que uma outra é liquidada. Uma operação de crédito concretizada dentro da validade do limite e segundo os parâmetros pré-estabelecidos pode ser por prazo superior ao do próprio limite.
O limite de crédito é resultado da análise de crédito que é realizada sobre a empresa, seus sócios e dirigentes e o mercado em que ela atua. O limite gera duas informações fundamentais: o risco do cliente e o valor máximo que a instituição está disposta a colocar à sua disposição.
Para definição desse valor, são utilizados alguns parâmetros, que variam de banco para banco em função da política de crédito de cada um.
Estes parâmetros podem ser classificados em três grupos básicos: legais, ligados à política de crédito e técnicos.
O estabelecimento do limite de crédito deverá ser acompanhado da indicação de quais linhas serão operadas pelo cliente. A agência bancária detentora da ficha cadastral e conhecedora do cliente deverá sugerir quais são as linhas de crédito apropriadas ao negócio da empresa. 
Esta é uma importante tarefa das agências bancárias, pois, de nada adianta sugerir uma linha de comércio exterior se a empresa não exporta ou importa, por exemplo.
Agora que você já comprendeu o que é limite de crédito e como ele é estipulado, veja abaixo um quadro demonstrando um exemplo de como o limite de crédito de uma empresa pode ser definido.
Vamos considerar que a empresa é uma cooperativa agropecuária que importa bens de produção e exporta commodities.
Nessa aula, você:
aprendeu o que é limite de crédito. 
verificou a importância do limite de crédito na análise de crédito de uma empresa. 
aprendeu quais são as características de um limite de crédito. 
verificou quais são os parâmetros que serão considerados no estabelecimento do limite de crédito. 
aprendeu que o limite de crédito deve ser apresentado através das linhas de crédito. 
Na próxima aula iremos aprender como se formaliza uma operação de crédito. 
Até lá! 
Aula 07
Aula 7: Política de crédito - Parte 4
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Reconhecer as informações e documentos que compõem um processo de crédito. 
2. Reconhecer os instrumentos que formalizam o crédito com o cliente. 
3. Compreender a estrutura de um instrumento de crédito. 
4. Compreender as principais diferenças entre os diversos instrumentos de crédito. 
5. Identificar os fatores que são considerados na escolha dos instrumentos de crédito. 
6. Identificar as cláusulas básicas constantes de um instrumento de crédito.
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=BDwsG7Ozd6c
Seja bem-vindo à sexta aula da disciplina Financiamento e Crédito Bancário.
Nesta aula, ainda falaremos sobre os fatores para o estabelecimento de uma política de crédito, tratando especificamente da composição dos processos de crédito e da formalização do instrumento de crédito. Pronto para começar?
Composição dos processos de crédito
Formalização do instrumento de crédito
Composição dos processos de crédito
Continuando nossa abordagem  dos fatores para o estabelecimento de uma política de crédito, vamos falar um pouco sobre a composição dos processos de crédito. Você perceberá que a política de crédito também definirá quais serão os documentos e informações que vão compor um processo de crédito, os quais devem ser gerenciados de forma integrada.
Para que você possa compreender melhor, vamos ver mais detalhes sobre alguns desses documentos e informações que podem compor um processo de crédito.
Os documentos e informações que compõem um processo de crédito deverão estar agrupados de forma a serem acessados com facilidade não só por aqueles que decidirão sobre a operação de crédito como também pelos órgãos de controle e auditoria da instituição financeira.
Após tomada a decisão de se conceder crédito a um cliente, deverá ser dada especial atenção à formalização do instrumento de crédito, que materializa e reforça a existência da dívida, tornando-a líquida e certa.O ideal é que durante a negociação já seja encaminhada ao cliente uma minuta do instrumento de crédito que será formalizado.
O registro do instrumento de crédito deverá ser feito no Cartório de Títulos e Documentos, Registro Geral de Imóveis ou outro local, de acordo com o instrumento de crédito e as garantias a serem constituídas. A operação de crédito deverá ser formalizada através de Contrato ou de Título de Crédito.
O instrumento de crédito deverá refletir tudo aquilo que foi negociado entre o banco e a empresa, incluindo, principalmente, cláusulas que materializam as condições do negócio, tais como: valor, prazo, taxas, garantias e forma de pagamento.
Caso seja necessário, deverá haver o acompanhamento de um órgão jurídico durante todo o processo de negociação e formalização do instrumento de crédito.No quadro abaixo, conheça as principais características dos instrumentos de crédito.
Nessa aula, você:
Conheceu quais são os documentos e informações que devem compor um processo de crédito.
Aprendeu quais são os instrumentos que formalizam o crédito.
Distinguiu contrato de título de crédito.
Verificou quais são os itens a serem considerados na formalização de um instrumento de crédito.
Conheceu as principais cláusulas que devem constar de um contrato.
Verificou o quanto é importante formalizar o instrumento de crédito antes da liberação dos recursos.
Na próxima aula iremos discorrer sobre administração e controle do crédito. 
Até lá! 
Aula 08
Aula 8: Política de crédito – Parte 5
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Compreender como realizar o correto controle do crédito concedido.
 2.Identificar o que são considerados créditos problemáticos.
3.Identificar as principais causas e consequências dos créditos problemáticos. 
4.Identificar os sinais de alerta dos créditos problemáticos. 
5.Compreender qual deve ser a atuação mais eficaz diante dos créditos problemáticos. 6.Conhecer os caminhos legais utilizados na recuperação dos créditos concedidos.
Seja bem-vindo à oitava aula da disciplina Financiamento e Crédito Bancário.
Nesta aula, compreenderemos de que forma se dá a administração e o controle do crédito.
Além disso, abordaremos os instrumentos judiciais que podem ser utilizados para a recuperação dos créditos. 
Vamos lá?
A administração e o controle do crédito
Créditos problemáticos
A administração e o controle do crédito
Ainda abordando os fatores para o estabelecimento de uma política de crédito, vamos falar sobre a administração e controle do crédito. 
Um processo de crédito começa a ser conduzido muito antes da liberação de quaisquer recursos. Na identificação e classificação dos dados do cliente é que começamos nosso processo de crédito, que só termina quando há o tempestivo e correto pagamento dos recursos emprestados.
Entretanto, toda norma só será eficaz se houver consciência de que o controle e o acompanhamento do crédito são um processo contínuo de responsabilidade de todos os técnicos, analistas e gerentes envolvidos com o assunto.
Todos, sem exceção, são responsáveis, cada um com a sua parte, pela boa condução dos negócios.
Podemos dizer que um processo de crédito é constituído das seguintes etapas:  
É importanteque você saiba que a criação de um cadastro confiável e atualizado é o alicerce de toda e qualquer operação de crédito. 
A área de controles internos irá verificar se todo o processo foi conduzido dentro das normas estabelecidas pela instituição.
Dentre outras análises, irá verificar se foram adotados os procedimentos corretos, baseando-se nos seguintes critérios:
Após a liberação dos recursos e até o seu devido retorno ao banco poderão ocorrer situações que indiquem que haverá algum problema para a correta liquidação da operação. Estas situações são definidas pelo mercado como créditos problemáticos.
Mas o que são exatamente créditos problemáticos?
Deverá haver um acompanhamento muito próximo da operação, de forma que se possa ter uma atuação preventiva e eficaz diante de qualquer situação em que se constate que poderá haver problema no recebimento dos recursos emprestados.
As causas dos créditos problemáticos podem ser agrupadas em três categorias. Conheça quais são elas:
Nesta aula, você: 
verificou que a administração do crédito é realizada desde antes do início da operação em si. 
aprendeu o que é controle do crédito e sua importância para o bom retorno dos recursos emprestados. 
compreendeu a diferença entre controle e auditoria. 
aprendeu que há sinais de alerta que devem ser identificados e analisados. 
conheceu o conceito de créditos problemáticos, suas causas e consequências. 
verificou o procedimento a ser realizado em caso de créditos problemáticos. 
aprendeu quais os instrumentos de recuperação judicial previstos na Lei 11.101/2005. 
Na próxima aula, vamos falar sobre as linhas de crédito colocadas à disposição de pessoas físicas e jurídicas. 
Até lá! 
Aula 09
Aula 9: Linhas de crédito
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Reconhecer as principais linhas de crédito utilizadas pelas pessoas físicas. 
2. Reconhecer as principais linhas de crédito utilizadas pelas pessoas jurídicas.
Reportagem publicada no Youtube pela TV Ponta Negra, sobre linha de crédito para pessoa jurídica.
Seja bem-vindo à oitava aula da disciplina Financiamento e Crédito Bancário.
Nesta aula, conheceremos as principais linhas de crédito destinadas às pessoas físicas e jurídicas.
Além disso, veremos, também no site do Banco Central, as taxas médias praticadas pelos bancos nas linhas de crédito. 
Vamos começar!
Conceituando linha de crédito
Linhas de crédito destinadas à pessoa física
Linhas de crédito destinadas à pessoa jurídica
Conceituando linha de crédito
Cada instituição financeira, de acordo com sua política de crédito, tem linhas de crédito específicas a cada necessidade de seus clientes.
Mas o que são, exatamente, linhas de crédito?
São limites de crédito (empréstimos) concedidos a pessoas físicas ou jurídicas, oferecidas por instituições bancárias ou financeiras.
A seguir, vamos relacionar as principais linhas de crédito oferecidas pelas instituições, tanto a pessoas físicas quanto jurídicas.
Linhas de crédito destinadas à pessoa física
Agora, vamos focar o nosso estudo nas linhas de crédito destinadas à pessoa física.
Veja abaixo os tipos de linhas de crédito voltados para este público.
Linhas de crédito destinadas à pessoa física
Ainda falando sobre as linhas de crédito destinadas à pessoa física, conheça outros tipos logo abaixo:
Linhas de crédito destinadas à pessoa jurídica
Agora que já conhecemos as linhas de crédito voltadas para pessoas físicas, vamos conhecer os tipos de linhas de crédito destinados à pessoa jurídica.
 
Linhas de crédito destinadas à pessoa jurídica
Veja outros tipos de linhas de crédito destinados à pessoa jurídica:
Linhas de crédito destinadas à pessoa jurídica
Ainda temos outras linhas de crédito destinadas à pessoa jurídica. Conheça-as agora:
Qual é o motivo de haver uma variedade de linhas de crédito destinadas às empresas? 
Acesse o Fórum de Discussão e poste sua resposta no tópico Tema para discussão – Aula 9. Aproveita para debater e comentar as respostas dos seus colegas.
 
Taxas médias praticadas pelos bancos em diversas linhas de crédito destinadas às pessoas físicas e jurídicas 
http://www.bcb.gov.br 
Sistema Financeiro Internacional, Informações sobre Operações Bancárias, Taxas de Operações de Crédito
Nesta aula você: Conheceu as principais linhas de crédito destinadas às pessoas físicas e jurídicas.
  
 
Na próxima aula, aprenderemos como se calcula o risco de crédito de pessoas físicas. Até lá! 
Aula 10
Aula 10: Análise de crédito da pessoa física	
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Compreender como é feita a análise de crédito da pessoa física. 
2. Reconhecer o modelo Credit Scoring.
Seja bem-vindo à última aula da disciplina Financiamento e Crédito Bancário.
Nesta aula, entenderemos como é realizada a análise de crédito da pessoa física através da utilização do modelo Credit Scoring. 
Vamos lá?
A análise de crédito da pessoa física
O modelo Credit Scoring
A análise de crédito da pessoa física
Cabe a cada instituição financeira determinar, de acordo com sua política de crédito, quais serão as informações necessárias à análise de crédito das pessoas físicas.
Neste processo também será definido o modelo de avaliação do risco de crédito. A partir de agora vamos abordar as informações e os modelos mais usualmente utilizados pelos credores.
• Nome, CPF e RG do cliente e de seu respectivo cônjuge;
• Endereço atual e, eventualmente, o anterior;
• Eventuais restrições cadastrais, como atrasos nos pagamentos, protestos, cheque devolvidos, ações judiciais etc.;
• Nome e endereço do empregador, além do cargo exercido e tempo de   serviço;
• Discriminação do total de rendimentos (salários, aluguéis e outras fontes de renda);
• Discriminação do total de despesas (aluguéis pagos, empréstimos e financiamentos contraídos e despesas com saúde e educação);
• Relação dos bens patrimoniais;
• Fontes de referência comerciais e bancárias.
• A ficha cadastral;
• Os comprovantes de renda e de residência;
• Os comprovantes dos bens declarados;
• Cópia do CPF e do RG;
• O relatório de avaliação do risco de crédito.
O modelo Credit Scoring
Para compreender melhor o processo de análise de crédito de pessoa física, vamos entender como funciona um dos modelos de avaliação de risco de crédito de pessoas físicas mais usualmente utilizado: o Credit Scoring.
O que é Modelo Credit Scoring?
É um modelo de avaliação de risco de crédito que consiste em pontuar parâmetros de crédito, a partir de informações obtidas na ficha cadastral, e ponderá-los por pesos estabelecidos de acordo com a relevância de cada parâmetro no processo decisório. 
Dessa forma, procura-se obter um percentual máximo de renda que cada cliente pode comprometer para pagamento de suas obrigações financeiras.
Vale destacar que o modelo Credit Scoring presta-se à avaliação massificada de créditos pulverizados.
Já os limites elevados para clientes devem ser analisados caso a caso.
COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING?
• O modelo Credit Scoring baseia-se em parâmetros, tais como restrição cadastral, idade, estabilidade no emprego, cargo ou função, renda líquida mensal e patrimônio líquido.
• Cada um desses parâmetros possui um peso e influencia de forma específica na análise de risco de crédito.
• De acordo com a situação do cliente, chega-se a uma pontuação para cada parâmetro analisado.
Cada banco utiliza os parâmetros, conceitos e pesos de acordo com sua política de crédito.
O modelo Credit Scoring, apresentado aqui, é uma sugestão do que pode ser utilizado e está sendo mostrado com o intuito de apresentar como funciona o sistema na prática.
Qual é o motivo de haver uma variedade de linhas de crédito destinadas às empresas? 
 Acesse o Fórum de Discussão e poste sua resposta no tópico Tema para discussão – Aula 10. Aproveita para debater e comentar as respostas dos seus colegas.
Nesta aula você entendeu como se realiza a análise de crédito da pessoa física através da aplicação do modelo CreditScoring.

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