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Avaliação em
Motricidade Orofacial
Teoria e Prática
Avaliação em Motricidade Orofacial
O atendimento ao paciente com queixa de motricidade orofacial inicia-se pela avaliação miofuncional.
Anteriormente havia entre os fonoaudiólogos uma avaliação mais subjetiva, onde o profissional descrevia o que
encontrava em relação a sua experiência profissional. Entretanto, com o aumento de estudos e pesquisas na
área, atualmente, pôde-se aprimorar esta antiga avaliação a ponto de torná-la mais precisa e objetiva, com a
ajuda de pontuações/scores. Isso favoreceu a elaboração do correto diagnóstico, além de comparações para
acompanhamento do processo de reabilitação do caso trabalhado.
Porém nem todos os fonoaudiólogos da área clínica necessitam de tanta exigência científica, e para reunir
aspectos importantes da ciência com a clínica, este curso apresenta a proposta de um protocolo de avaliação em
Motricidade Orofacial.
Um protocolo com questões simples e de fácil aplicação. Uma ferramenta altamente recomendável para traçar um
adequado diagnóstico terapêutico.
OBS: Estamos disponibilizando o DOWNLOAD DESTE PROTOCOLO 
(na íntegra) para o uso em sua rotina fonoaudiológica.
Avaliação em Motricidade Orofacial
A avaliação miofuncional tem um papel primordial no atendimento aos pacientes e deve preceder qualquer
processo terapêutico. Desta forma, este primeiro encontro com o paciente deve definir muito claramente se há
alguma alteração Fonoaudiológica e qual ou quais são os distúrbios presentes no indivíduo avaliado.
A avaliação miofuncional é composta pela HISTÓRIA CLÍNICA e pelo EXAME CLÍNICO. Estas 2 (duas) fases se
completam e, portanto, devem ser realizadas conjuntamente no(s) primeiro(s) encontro(s).
Certamente é papel do fonoaudiólogo criar um clima favorável a perguntas e questionamentos, iniciando uma
relação de parceria com o paciente e sua família.
Lembre-se que nem sempre o paciente tem clareza da necessidade de seu tratamento, ou a compreensão da
importância do atendimento fonoaudiológico, pois em muitos casos o paciente vem encaminhado por outros
profissionais, sem uma explicação mais detalhada acerca dos benefícios que o tratamento pode lhe proporcionar.
E também, o entendimento do problema fica evidente quando esclarecida as dúvidas trazidas pelo paciente,
levando-o assim a cooperar com a terapia.
História Clínica
Anamnese
História Clínica
A história clínica nada mais é do que uma entrevista. Nesta entrevista deve-se perguntar o motivo daquele
paciente ou aquela família ter procurado o atendimento fonoaudiológico.
O primeiro contato com a família e/ou com o paciente é fundamental para criar empatia no tratamento.
Neste primeiro contato, e em todos que os pais ou o paciente quiser, é importante que o terapeuta deva
ouvir o relato da família, a queixa e a história pregressadestaqueixa.
A função do terapeuta, neste momento, é deixar a família ou o paciente o mais a vontade possível
favorecendo que este se coloque mais pessoalmente sobresua vinda ao consultório.
O terapeuta não precisa de um roteiro preestabelecido, pois isto muitas vezes quebra o vínculo com a
família. O Fonoaudiólogo ter em mente algumas perguntas chaves favorece o desdobramento da
entrevista. Mas se achar interessante criar um protocolo de avaliação da História Clínica, que já contenha
perguntas prontas, você poderá se surpreender com algumas respostas que jamais teria descoberto com
apenas a queixa do avaliado.
Entender se há uma queixa específica, ou se há uma mínima clareza do problema existente, é
fundamental para todo o processo terapêutico. Muitas vezes percebemos que a queixa do paciente é
outra, completamente diferente daquela que encontramos em nosso exame fonoaudiológico. Esse ponto é
relevante , pois se houver necessidade de terapia, pode-se iniciá-la pela queixa apresentada,
relacionando-a com os demais problemas apresentados.
História Clínica
É necessário compreender que uma boa entrevista deve levar em consideração o paciente avaliado. 
Quais perguntas são importantes emuma anamnese?
Precisamos coletar todos os dados de identificação de nosso paciente, para utilizarmos estas informações
futuramente para comemorar o aniversário, ou enviar algum material ou aviso, e etc. Sugerimos algumas
perguntas abaixo para você encontrar facilmente seu paciente:
Identificação
Identificação
Anote também qualquer outra informação que achar relevante.
Identificação do paciente
Perguntar sobre estudo, atividade física e trabalho nos ajuda a compreender o tipo e/ou o padrão de vida
de nosso avaliado, bem como algumas questõesergonomicas e possíveis vícios posturais.
No caso do avaliado ser criança, você conseguirá compreender se o paciente tem a idade compatível
com seu nível escolar, poderá observar reprovações ou outras limitações. Sendo adulto, além dessas
informações, coletamos também, por exemplo, se seu tempo livre é usado para estudar caso trabalhe,
havendo menos tempo diário para a prática de exercícios propostos pela terapia.
O tipo de trabalho ou profissão nos remete a compreender quais hábitos ou posturas habituais são
comuns ao nosso paciente. Uma operadora de telemarketing poderá estar usando o telefone apoiado no
ombro para escrever com as mãos, esse hábito nos ajuda a compreender um problema de tensão
muscular cervical. Um corretor da bolsa de valores possui um trabalho muito estimulante podendo refletir
em hábitos de apertamento dentário, etc.
Já a atividade física nos mostra se o avaliado é sedentário ou não. Se ele utiliza alguma modalidade para
se fortalecer e/ou relaxar.
Perguntar ao paciente como ficou sabendo de seu atendimento fonoaudiológico também é uma pergunta
relevante. Porque desta forma você conseguirá identificar qual é o meio mais eficiente de divulgação de
seu trabalho, podendo investir nele.
Quem indicou ?
Muitas vezes o paciente virá até você pela distribuição de seus cartões de visitas, outras vezes, pela 
indicação de algum profissional de saúde que goste de seu trabalho. E não se esqueça que a internet é 
uma excelente ferramenta de divulgação, podendo ser sua grande aliada.
QUEIXA PRINCIPAL
Muitas vezes, o motivo do encaminhamento é um e a “queixa” do paciente é outra. Há casos em que os 
pacientes são encaminhados por ortodontistas por alteração na deglutição, sendo que o paciente se 
queixa de ruído na Articulação Temporomandibular. Em outros casos o professor encaminha o aluno por 
trocas na fala e o paciente apresenta também respiração oral.
Queixa Principal
• O que o trouxe aqui?
• O que o incomoda mais?
• A queixa é sua (paciente)
ou de outra pessoa?
• Quanto tempo tem essa
queixa?
• Qual é sua vontade de
melhorar ?
INVESTIGAR
Perguntas como...
• O que o trouxe até você? 
• O que o incomoda mais? 
• A queixa é do paciente ou de outra pessoa? 
• Quanto tempo tem essa queixa? 
• Qual é sua vontade de melhorar? 
... são interessantes para conhecer as características desta queixa.
E assim acrescentar perguntas sobre outras possíveis queixas que podem estar relacionadas com o 
caso, tais como estruturas orais, faciais e outras funções.
Queixas relacionadas
Nem sempre o paciente compreende as possíveis co-relações entre a 
dificuldade que ele possui com outra alteração existente. 
Cabe ao Fonoaudiólogo investigar.
O objetivo das perguntas, neste momento, é identificar se há alguma patologia e/ou queixa já
diagnosticada ou percebida anteriormente. Por exemplo: Investigar aspectos respiratórios faz o paciente
perceber que aquela consulta no mês passado ao Médico Otorrinolaringologista é importante de ser
comentada com você. Ou o paciente perceber que é portador de rinite alérgica e te contar que está em
tratamento homeopático, etc.
É correto afirmar que a investigação da HistóriaClínica necessita de questões relacionadas à saúde geral
do seu paciente, à presença de hábitos orais deletérios e hábitos posturais. Perguntas sobre a saúde
bucal também são de extrema importância tais como presença de elementos dentários (dentes), uso de
aparelhos dentais, próteses fixas ou removíveis e outros.
Como as funções estomatognáticas possuem correlação com as estruturas que as produzem, é
fundamental procurar informações relevantes destas estruturas. Dificuldade em movimentar a boca em
abertura ou fechamento nos mostrará minucioso cuidado na hora de escolher o melhor exercício
reabilitador, por exemplo.
Os aspectos vocais também devem ser questionados. A voz só é produzida pelo fato da exalação
respiratória atravessar a laringe, modulando o som vocal em grave e agudo e finalizar com a emissão
produzida pela fala, trabalhando articulação e ressonância. Se ocorrer alteração em alguma dessas
etapas consequentemente veremos o resultado na produçãovocal.
Queixas relacionadas
Imaginamos um respirador oral (pessoa que respira pela boca), onde o paciente apresente um padrão
respiratório encurtado (inspira pequena quantidade de ar) de tipo médio/superior. Esse paciente começou
a apresentar fadiga vocal que é sua principal queixa, mas ele não percebeu que possuía alteração
respiratória. Desta forma, a informação vocal nos fará prestar atenção em todas as possibilidades
envolvidas no processo deproduçãovocal.
Outra questão que deve-se atentar são possíveis alterações auditivas. Podemos observar casos de
crianças que apresentam alterações fonêmicas porque possuem comprometimento auditivo. Ter
conhecimento deste detalhe fará o terapeuta mudar a abordagem de treinamento de estimulação do
fonema alvo para também primeiramente realizar exames e tratamentos auditivos ou até mesmo indicação
para o uso de AASI (aparelho de amplificação sonora individual).
Alterações vestibulares e fatores psicogênicos (de origem psicológica) também nos faz compreender o
estilo de vida do nosso avaliado. Metafisicamente a labirintite representa fuga ou negação daquilo que
está ao redor, como ouvir algo que o chateia profundamente e se negar a encarar aquilo, acionando assim
os processos somáticos da labirintite provocando a tontura. E pessoas submetidas à alto nível de stress
podem desenvolver bruxismo (ranger dentes) ou apertamento dentário. Desta forma, possuir uma ideia
geral do caso nos faz abrir a visão para a investigação mais minuciosa de alguma questão alterada.
A queixa de nosso paciente pode estar associada a antecedentes familiares. Por exemplo uma criança
que fale “pobrema” pode estar imitando a maneira de falar dos pais ou avós. E também existem
comprometimentos de fala específicos que estão intimamente relacionado a questões genético
hereditário.
Queixas relacionadas
Antecedentes familiares
Relacionado à
queixa principal
Relacionado à
queixa
secundária
Relacionado à
hereditariedade
Dependendo do tipo de paciente há a necessidade de investigar também sobre o período gestacional ou
de nascimento.
A maioria das mulheres vive a gravidez sem problemas, de forma tranquila. Mas para outras, a gravidez é
um período conturbado, que exige cuidados redobrados e muita vigilância médica. São vários os fatores
que contribuem para uma gravidez de risco, desde a idade, a doenças prévias ou problemas que surgem
no decorrer da gestação. São situações que podem acontecer antes ou durante a gravidez e que colocam
a gestação numa categoriade risco.
O desenvolvimento e crescimento humano podem ser afetados por diversos fatores e/ou condições. Este
comprometimento pode ocorrer tanto no período pré quanto pós-natal e são oriundos de fatores internos e
externos. Entre os fatores internos estão as influências genéticas e as condições maternais do ambiente
pré-natal. Já entre os fatores externos, a alimentação, o álcool, o tabagismo e as drogas ganham
destaque, pois se sabe que, embora o feto esteja protegido pela placenta, certas substâncias podem
penetrá-la e causar reações negativas como deformidades físicas e disfunções comportamentais.
Antecedentes Familiares
Intercorrências
Atualmente a medicina acredita que a faixa etária considerada ideal para engravidar é entre os 20 e os 30
anos. Antes disso, o aparelho reprodutor feminino não está totalmente desenvolvido e depois dos 30 há
uma diminuição na fertilidade. O maior problema da gravidez tardia é a dificuldade em engravidar, já que a
fertilidade feminina sofre um declínio acentuado depois dos 35 anos. Além disso, depois desta idade, a
possibilidade de ter um filho com Síndroma de Down e outras doenças genéticas aumenta, assim como o
risco de complicações durante a gestação (hipertensão, diabetes, etc). O risco de aborto, problemas com
a placenta e parto prematuro também aumenta com a idade.
Em geral, o peso da mãe durante a gestação também pode vir a ser uma intercorrência. Ter menos de 45
quilos ou mais de 90 pode influenciar negativamente a forma como decorre a gestação e o próprio parto,
assim como o desenvolvimento e a saúde do bebê. Os filhos de mulheres que engravidam com baixo
peso podem ter crescimento limitado durante a gravidez e nascer com baixo peso. Estes bebês têm um
risco aumentado de sofrer atrasos no crescimento e desenvolvimento físico e de vir a ter doenças
cardiovasculares e diabetes na idade adulta. Por outro lado, o excesso de peso ou obesidade da mãe no
início da gravidez aumentam o risco de hipertensão, diabetes gestacional e parto por cesariana. Os bebês
destas mulheres têm mais probabilidade de virem a ser obesose diabéticos mais tarde.
Intercorrências
Fumar é um dos fatores que implica alterações no decurso da gravidez. Existem as grávidas que optam
por não deixar de fumar e isso proporciona um impacto importante na grávida e no feto. Problemas como
abortos espontâneos, partos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos,
complicações com a placenta e hemorragias ocorrem com mais frequência nas grávidas fumadoras.
Durante a gestação, também é mais provável que a grávida apresente cansaço, hipertensão, problemas
cardíacos ou outros transtornos resultantes do tabagismo. Além disso, os filhos de mulheres que fumaram
durante a gravidez têm uma probabilidade mais elevada de virem a sofrer de problemas respiratórios e
dificuldades de aprendizagem.
A gravidez na mulher diabética pode apresentar complicações que normalmente não ocorrem na mulher
saudável. No entanto, isso não significa que vão acontecer. O controle da glicemia durante a gravidez
diminui a probabilidade do bebê ter excesso de peso e de ter diabetes, um dos maiores receios destas
mães. Porém, a grávida fica com excesso de açúcar no sangue, que pode atravessar a placenta e chegar
ao bebê. Normalmente, estes bebês são muito grandes, o que pode dificultar o parto e aumentar a
probabilidade de cesariana. O bebê também fica mais propensoa ter icterícia e hipoglicemia após o parto.
Um agente causador de deformidades físicas ou, até mesmo, a morte de um feto é denominado
teratógeno (quaisquer substâncias que possam fazer o bebê desenvolver-se de maneira anormal). Os
maiores riscos para o desenvolvimento pré-natal ocorrem entre a terceira e a oitava semana de gestação,
uma vez que este período é considerado como o momento em que o embrião está mais suscetível a
possíveis danos causados por fatores teratogênicos.
Intercorrências
Considera-se que a gravidez é de alto risco quando existe, por algum motivo, uma probabilidade mais
elevada de ocorrerem complicações na gestação ou de o feto poder sofrer de alterações ou malformações
congênitas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (1977) toda criança nascida antes de completar 37
semanas é considerada pré-termo. O bebê pré-termo, dependendo da sua idade gestacional e de seu
estado clínico geral pode apresentaruma instabilidade térmica, imaturidade pulmonar e gastrointestinal,
sucção débil (ineficiente), além de outras intercorrências. Estes aspectos, aliados a pouca estabilidade da
cabeça, ombros e pescoço dificultam a coordenação entre as funções de sucção, deglutição e respiração
do bebê, além de prejudicar o sistema de desenvolvimento sensório-motor-oral. Com achados deste teor
conseguimos identificara causa da alteração encontrada.
Mesmo que tudo ocorra bem com o bebê ou com a mãe durante a gravidez, ainda existirá o momento do
nascimento. Se alguma coisa ruim acontecer neste momento, será um fator crucial para a saúde da
criança.
Intercorrências
Algumas alterações com o bebê nascimento podem ser encontradas, tais como: 
• prematuridade (é um processo que afeta o desenvolvimento do bebê nascido antes de se terem completado 
37 semanas de gestação), 
• bebê nascido depois do termo (são aqueles em que a gravidez dura mais de 42 semanas), 
• bebê pequeno para a sua idade gestacional, 
• bebê grande para a sua idade gestacional,
• lesões produzidas durante o nascimento,
• síndroma do distress respiratório (é uma perturbação respiratória pela qual os sacos de ar (alvéolos) que se 
encontram nos pulmões do bebé não podem permanecer abertos devido a uma alta tensão superficial 
derivada de uma insuficiente produção de surfactante), 
• taquipneia transitória (é uma situação de respiração rápida transitória e baixos valores de oxigénio no 
sangue), 
• apneia do prematuro (é uma doença na qual o recém-nascido deixa de respirar transitoriamente e costuma 
definir-se como uma interrupção da respiração de 15 a 20 segundos), 
Intercorrências
Mais alterações que podem ser encontradas: 
• hipertensão pulmonar (pressão do sangue nos pulmões elevada), 
• síndroma de aspiração de meconio (quando um feto aspira meconio, o que pode obstruir as vias respiratórias e irritar 
os pulmões - meconio é a matéria verde-escura que se encontra no intestino de um feto de 36 semanas de gestação), 
• pneumotórax (é uma acumulação de ar na cavidade do toráx que rodeia o pulmão e que provoca um colapso 
pulmonar), 
• displasia broncopulmonar (é a lesão pulmonar causada pelo respirador artificial), 
• retinopatia do prematuro (é uma doença na qual os vasos sanguíneos que se encontram na parte posterior dos olhos 
(retina) se desenvolvem anormalmente nas crianças prematuras; estes vasos sanguíneos podem sangrar e, nos casos 
mais graves, a retina pode desprender-se, causando a perda da visão), 
• problemas da alimentação e digestão (regurgitação e vómitos; alimentação insuficiente; sobrealimentação; diarreia 
e/ou obstipação) 
• enterocolite necrosante (é uma doença pela qual a superfície interna do intestino sofre lesões e se inflama; podendo 
até negrosar em casos graves), 
• cólicas (uma doença pela qual a criança padece episódios de choro e irritabilidade unidos a uma dor abdominal), 
Intercorrências
Mais alterações que podem ser encontradas: 
• anemia (é uma alteração caracterizada por uma escassa quantidade de glóbulos vermelhos 
(eritrócitos) no sangue), 
• policitemia (é uma condição na qual existe um número anormalmente alto de glóbulos vermelhos), 
• hiperbilirrubinemia (é uma concentração anormalmente alta de bilirrubina no sangue), 
• hipotermia (consiste numa temperatura corporal anormalmente baixa), 
• hipoglicemia (é uma concentração anormalmente baixa de açúcar (glicose) no sangue), 
• hiperglicemia (é uma concentração anormalmente alta de açúcar (glicose) no sangue), 
• hipocalcemia (é um nível anormalmente baixo de cálcio no sangue), hipernatremia (é uma 
concentração anormalmente alta de sódio no sangue), 
Intercorrências
Mais alterações que podem ser encontradas: 
• síndrome do feto alcoólico (é uma doença que afeta algumas crianças nascidas de mães que 
beberam álcool durante a gravidez), 
• consumo de drogas durante a gravidez, 
• convulsões (são descargas eléctricas anormais no cérebro), 
• síndrome de morte súbita do lactente (é uma morte repentina e inesperada de uma criança 
aparentemente saudável).
E a partir dessas informações podemos iniciar a investigação do desenvolvimento motor. 
Intercorrências
Desenvolvimento Motor
A maioria das crianças começa a sentar por conta própria mais ou menos ao mesmo tempo em que
aprende a rolar de um lado para o outro e a manter a cabeça erguida. Os músculos ligados a essas
atividades se desenvolvem gradualmente desde o nascimento, ficando mais fortes entre os 4 e 7 meses.
Noventa por cento (90%) dos bebês são capazes de se sentar sem apoio por volta dos 8 meses.
Cada criança se desenvolve de um jeito, algumas mais rápido do que outras, mas o controle da cabeça é
essencial para que o bebê possa sentar e depois engatinhar, ficar de pé e andar. Lembre-se de que
bebês nascidos prematuramente podem demorar um pouco mais que outras crianças para sentar e atingir
outros marcos do desenvolvimento.
Ao longo do primeiro ano de vida, o bebê vai aos poucos ganhando coordenação motora e força muscular
no corpo todo e por volta dos 8 meses que ele conseguirá ficar de pé. A partir daí é só uma questão de
confiança e equilíbrio, a maioria dos bebês dá os primeiros passos entre os 9 e os 12 meses, e anda bem
com 1 ano e 3 meses. Porém existem crianças absolutamente normais que só vão andar com 1 ano e 4
meses ou 1 ano e 5 meses, ou até mais. O importante é que haja avanços; se o bebê demorou um pouco
mais para aprender a rolar e a engatinhar, é grande a chance de ele precisar de alguns meses a mais
para andar. Desde que ele esteja aprendendo coisas novas, não há com o que se preocupar. Entretanto é
comum observar outras dificuldades motoras em crianças que atrasaram o desenvolvimento de maturação
normal, tais como andar de bicicleta, correr, amarrar sapatos, vestir-se, abotoar-se e outros.
Desenvolvimento motor
Desenvolvimento Motor
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