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Unidade 4 A criatividade nas organizações - A criatividade e o comportamento humano nas organizações. - Inovação. Inúmeras definições sobre criatividade e inovação já foram feitas. Isto se deve a complexidade do conceito, já que engloba dimensões relativas ao processo e à pessoa. A criatividade e o comportamento humano nas organizações Os conceitos – CRIAR, DAR EXISTÊNCIA, IMAGINAR, INVENTAR - é o que encontramos no dicionário. Para um estudo relativo às questões da organização pode-se dizer que é “o processo que resulta na emergência de um novo produto (bem ou serviço), aceito como útil, satisfatório e/ou de valor por um número significativo de pessoas em algum ponto no tempo.” A ideia é que seja um produto novo pelo menos para quem o gerou. , por outro lado, significa introduzir a novidade tornando a ideia algo concreto. Inovar criatividade No entanto, há alguns elementos importantes na organização/empresa para a inovação acontecer, conforme quadro a seguir: Recursos Naturais Conhecimento Ideia Criativa Motivação Inovação Vantagem competitiva e/ou outros benefícios Como vontade não é tudo, é preciso saber como inovar. Não pense que não haverá obstáculos. Muitas pessoas não vão querer a inovação ou só a fazem quando a concorrência dá sinal de crescimento. Inovar é um desafio, pois são como águas desconhecidas - há sempre oposição e hostilidade: é preciso investir uma energia pessoal ao longo do caminho porque pode falhar e ameaçar a posição dos responsáveis pela mudança. Podemos dizer que as pessoas são criativas e as empresas são inovadoras, pois é preciso um processo para colocá-las em prática. Não basta apenas ter a ideia, é preciso conhecimento sobre o assunto, motivação e recursos para realizar ou implantar a mudança e gerar vantagem competitiva. Alguns deles dizem respeito ao homem, outros à própria empresa. Em relação à empresa são: A cultura organizacional – sistema de crenças, normas, sentimentos e valores compartilhados pelos membros da organização e reflete nas ações, principalmente nos que estão no topo da organização. O clima psicológico – estímulo ao comportamento de correr riscos, o grau de liberdade para o funcionário inovar ou expressar sua opinião. O resultado – como as coisas funcionam por aqui. A criatividade necessita de certos ingredientes. A cultura e o clima da instituição, as barreiras, a rigidez e as atitudes autoritárias tendem a inibir ou estimular a criatividade, depende da intensidade de cada uma delas. Organização Indivíduo Atitudes e comportamentos do indivíduo influenciam e são influenciados pelo sistema organizacional. Enquanto algumas empresas estimulam o potencial criativo dos seus recursos humanos outras impedem sua expressão. Além da influência recíproca entre organização e indivíduo há questões extra organizacionais que atuam no processo como a grande competição de outras empresas, oportunidades de aprimoramento profissional, reconhecimento social àqueles que se destacam por sua criatividade, valores sociais compartilhados. Para Talbot, professor de uma universidade na Inglaterra, os componentes da criatividade são: O motivo Desejo de ir além das soluções possíveis; Os meios Conhecimento da área e habilidades relativas à resolução criativa; A oportunidade Ser capaz de reconhecer e estar pronto para agarrá-las e saber das pressões que irá sofrer. Então, lembrando o sociólogo Domenico Demasi, criatividade é: IMAGINAÇÃO CONCRETUDE CRIAR E VIABILIZAR Muitos experts em criatividade já detectaram e estudaram os fatores mais importantes que determinam o comportamento criativo de um profissional. São o que se costuma chamar de componentes da personalidade criativa. Em geral, estes são os pontos sempre destacados: Independência Quase sempre produto da autoconfiança, ousadia e iniciativa e conjugada a um espírito aventureiro. Curiosidade Característica inata, frequentemente castrada na educação e quase sempre conjugada ao espírito questionador e especulativo. Flexibilidade Caracteriza-se pela disposição de rever valores. Sensibilidade Muitas vezes conjugada à emoção mais liberada. Podemos incluir como fator muito importante o que pode ser chamado de leveza. Não só no que toca ao senso de humor que, em estudos recentes, tem sido bastante citado com fator positivo, mas como a vejo, muito ligada ao otimismo. Trata-se de uma ótica jovial e dela vem a disposição para observar o mundo e suas normas de forma menos condicionada e respeitosa. Quase todas as pessoas excepcionalmente criativas têm ótica tão leve que chegam a não dar muita importância (e levar muito a sério) o mundo e a si próprias. Vê-se nelas certo desprezo pelas convenções e pelos conceitos do ridículo, o que abre espaço para um pensamento e uma ação menos condicionada. E o uso do que podemos chamar de “mente sorridente” faz lembrar o princípio de que nem tudo que é criativo é engraçado, bem como nem tudo que é engraçado é criativo....mas existe um grande parentesco. Outra característica pessoal, também constante nos estudos da personalidade criativa, é a da boa fluência, tanto verbal quanto de raciocínio. Apesar de ser uma qualidade ligada particularmente à capacidade de comunicação, ela também deve ser ligada ao comportamento criativo. É preciso também registrar aqui pesquisas da Universidade da Califórnia, feitas com pessoas notoriamente criativas. Foram estudadas a formação e a maneira de ser e pensar de cientistas, profissionais e artistas. Chegaram até a entrevistar pais, professores e amigos. Os dados obtidos, comprovados em todos os estudos do gênero, além de confirmar aquelas características já citadas acima, acrescentaram outras: • Interesse variado (uma derivação da curiosidade, com empenho e disponibilidade para ação em campos diversos); • Estética diferenciada (no gosto pessoal, uma tendência a valorizar a ruptura, nunca o tradicional); • Percepção e valorização do intuitivo (ótica menos lógica e maior obediência aos impulsos, do que a média); • Sensibilidade “feminina” (emoção mais acessível aos estímulos e aos valores cultivados pelo sexo feminino). Além disso, esses estudos mostraram que os criativos não tinham obrigatoriamente os melhores Q.I. na escola e que a maioria apresentava traços de incoerência no comportamento: não eram muito confiáveis. Não há grandes enigmas quanto às características da personalidade criativa, e uma visão bem rápida e geral é até provocante: pessoas criativas estão mais perto do conceito de “cuca fresca” do que qualquer outro. Para sua reflexão, seguem perguntas para pensar na atual situação da empresa. • Quais são nossas competências? Nós a conhecemos? No que somos bons? • Poderemos inovar mais se enriquecermos nosso mix de competências? • De que maneira podemos ampliar ou aperfeiçoar as competências para inovar? • Devemos trazer competências de fora ou desenvolvê-las internamente? Temos métodos para isso? • As pessoas podem ter iniciativa para desenvolver suas capacidades? • Que competências estamos desenvolvendo? Em quais estamos investindo? • As ideias que as pessoas têm na empresa são bem aceitas? • Os funcionários são estimulados a pensar diferente, a buscar novas soluções? • As ideias são desprezadas pelo fato de nunca terem sido feitas? • Como as novasideias são tratadas? • Entendemos como funciona o processo de geração de novas ideias? • Gerenciamos as ideias eficientemente? • Estimulamos o repensar? • Incentivamos as novas ideias? • Os chefes estão preparados para estimular a criação de novas ideias? • Promovemos a geração de ideias em toda a empresa ou apenas em algumas áreas? Os acomodados, inseguros ou medrosos receiam mudanças. Eles querem manter tudo como está, na mesmice. Adoram dizer: “Isso não é possível de ser feito” ou “Não está previsto nas normas”. Alguns até afirmam que “em time que está ganhando não se mexe” ou “você está querendo jogar farofa no ventilador”. Frases é que não faltam, mas elas só bloqueiam e desestimulam os funcionários. Seja qual o papel que você ocupe na vida, dê asas a sua imaginação e dos que estão à sua volta. E voe como a águia.. Os pensamentos condicionados nos fazem duvidar que temos capacidade de gerar ideias novas e funcionais. Libertar-se deles permita-se encontrar boas alternativas. Pensar grande e aja conforme as possibilidades. Lembre-se que as limitações existem como o tempo, verba, equipe etc. Livre-se então do: Medo / Associação negativa / Falta de conhecimento. Uma organização criativa é uma organização que valoriza o potencial para a competência, responsabilidade e ação, indo de encontro com a prática presente em nossa sociedade de promover um constante desperdício de potencial criativo. A função da criatividade na Organização (um sistema social complexo) Ela se caracteriza por uma cultura que reconhece o potencial ilimitado de seus recursos humanos, que cultiva a harmonia do grupo, que estabelece expectativas apropriadas, que tolera as diferenças e que reconhece as habilidades e esforços de cada indivíduo. Segue o perfil dessa organização: C • Capacidade de adaptação em um mundo em rápida mudança marcada pela incerteza, competição crescente e turbulências. R • Respeito, no ambiente de trabalho, à dignidade e valor dos indivíduos. I • Intensa atividade de treinamento e aperfeiçoamento de seus quadros. A • Administração orientada para o futuro. T • Tolerância e aceitação das diferenças e diversidade entre seus amigos. I • Incorporação criativa de novos procedimentos, políticas e experiências. V • Valorização de ideias inovadoras. A • Autonomia e flexibilidade presentes na estrutura organizacional. Traçar o perfil de uma organização criativa não é, entretanto, uma tarefa difícil. A grande dificuldade, o desafio maior reside em proceder às mudanças que se fazem necessárias em culturas organizacionais há muito sedimentadas, marcadas pela resistência às novas ideias e refratárias (indiferentes) às exigências do mundo moderno. Outros desafios consistem em conscientizar os indivíduos de sua capacidade pessoal para criar, que muitos ignoram, e promover mudanças em comportamento que afetam de forma adversa as relações interpessoais e o clima no ambiente de trabalho. Inovação Tipos de inovação Classificação segundo a área do negócio impactada Inovação de produto é a introdução de um bem ou serviço novo ou significativamente melhorado no que diz respeito a suas características ou usos. Inovação de processo é a introdução de um método de produção ou distribuição novo ou significativamente melhorado. Quando se fala em inovação, costuma-se fazer uma distinção básica entre inovação de produto e processo. Esses dois tipos de inovação formam a chamada inovação tecnológica. Classificação da Inovação segundo seu impacto Inovação incremental é aquela que introduz aperfeiçoamentos graduais num produto, serviço, processo ou prática de gestão já existente. A sucessão de inovações incrementais ao longo do tempo forma a chamada melhoria contínua. Inovação radical é aquela que introduz produtos, serviços, processos ou práticas de gestão inteiramente novos. Dela pode resultar o surgimento de novos setores ou mercados. Tomaremos a classificação da inovação segundo o grau de controle que a empresa exerce sobre o processo. Nela, as pesquisas e o desenvolvimento de novos produtos, bem como sua comercialização, acontecem dentro dos limites da empresa. A inovação fechada - é a que ocorre tradicionalmente dentro das empresas. Por limites da empresa entendam-se os recursos por ela controlados desde financeiros até humanos. Nas inovações fechadas o lucro está diretamente relacionado ao terceiro fator citado — o pioneirismo. • Profissionais mais bem preparados ou mais competentes que os da concorrência; • Cuidado com todas as fases do produto; • Garantia de pioneirismo. É bom lembrar, contudo, que criatividade não é o mesmo que inovação. Toda inovação nasce da criatividade, mas nem toda ideia criativa resulta numa inovação. Nesse sentido, a literatura especializada costuma fazer distinção entre invenção e inovação. Tornando a cultura interna favorável à inovação Quanto mais a organização punir ou ignorar ideias divergentes, mais forte será a tendência à estagnação ou falhas decorrentes do groupthink. As técnicas de role-playing (assunção de papéis), como a dos seis chapéus, visam estimular as pessoas com opinião divergente a superar a pressão do grupo e se manifestar. Tolerância à divergência e à insubordinação Inovação implica possibilidade de erro. As mudanças, especialmente as mais importantes, são fruto de um longo processo de tentativa e erro. O que se deve evitar não são os erros, e sim sua repetição. Tolerância a erros As equipes funcionam melhor quando há uma mistura de perfis inovadores e outros mais conservadores. Equipes heterogêneas A organização inovadora investe em treinamento contínuo, bem como recompensa o profissional que se instrui. Além dos benefícios diretos, a educação amplia horizontes e eleva a autoestima. Programas de treinamento específicos em inovação também são bem-vindos. Investimento em educação continuada Segundo o norte-americano Everest Rogers que traçou toda uma teoria sobre a difusão das inovações é “o processo pelo qual uma inovação é comunicada, por meio de certos canais, ao longo do tempo, aos membros de um sistema social”. Cultura Externa Baseado na taxa de adoção de diferentes grupos, Rogers definiu cinco padrões: • Pioneiros • Seguidores rápidos • Maioria rápida • Maioria lenta • Retardatários ou não seguidores Os principais canais de transferência de tecnologia — isto é, meios pelos quais as empresas seguidoras adotam a inovação lançada pelas pioneiras são: • compra de equipamentos; • compra de licenças de know-how e copyrights; • contratação de treinamentos e serviços de consultoria e engenharia reversa (decomposição de uma solução pronta para analisar suas partes inovadoras e aplicá-las em outra solução) A técnica dos seis chapéus foi proposta por Edward de Bono e consiste em um método que procura organizar o pensamento. Cada chapéu representa um tipo de pensamento que direciona o pensador a lidar com as coisas individualmente, diminuindo a complexidade do processo de pensar. Técnica dos seis chapéus Sete razões para acreditar na inovação 1 - Desenvolvimento da economia Criar e transformar conhecimento em novos produtos ou serviços que satisfaçam o mercado gera novos negócios e crescimento econômico. 2 - Geração de empregos Criação de novos negócios necessita de mão de obra. Algumas vezes causa o desemprego (ex.: robótica), mas uma pessoa criativa levavantagem no processo seletivo para um novo emprego 3 - Vantagens competitivas Nem sempre seu produto acompanha as tendências de mercado, a concorrência é poderosa e com a inovação é possível surpreender o cliente. 4 - Aumento da margem de lucro A criatividade ajuda na busca de controle e redução de despesas, incrementar as vendas. 5 - Melhoria do desempenho Ao invés de condenar um produto, a criatividade pode ajudar a romper seus limites e afazer coisas melhores. 6 - Aproveitar oportunidades Às vezes um material que iria para o lixo pode se transformar em um novo produto. 7 - Obtenção de bons retornos De uma forma geral, traz retornos dos mais diversos. Desde financeiro à satisfação pessoal. criatividade inovação Inovação - Tem a ver com aprimorar algo que já existe. Mouse com fio. O que acontecia? Inovação: Mouse sem fio. Xícara de café. O que acontecia? Xícara de café com espaço na lateral. Xícara de café com espaço embaixo. Xícara de café comestível. Não precisa mais de espaço para colocar o biscoito pois a xícara é o biscoito. Se isso é Inovação, o que é Criatividade? Rádio/ Vitrola Rádio com CD player (CRIATIVIDADE) (INOVAÇÃO) Criatividade - Tem a ver com criar algo novo. A Tv Tv LCD , Tv de Plasma, HDTV (CRIATIVIDADE) (INOVAÇÃO) Ar Condicionado Ar condicionado split (CRIATIVIDADE) (INOVAÇÃO) Quando falamos tanto de Inovação quanto de Criatividade falamos de rompimento de paradigmas falamos em quebra do Status quo. O que são paradigmas? O que é o Status quo? A diferença entre os dois termos (Inovação e Criatividade) é conceitual e passa por uma sutil questão… Conclusão INOVAÇÃO tem a ver com agregar valor a algo que já existe (uma espécie de mutação de algo que já existe) INOVAÇÃO (definição) Refere-se à associação de elementos para novas combinações de modo a aprimorar processos ou produtos que possuem valor científico, estético, social ou técnico para satisfazer novas exigências. Já CRIATIVIDADE pressupõe saltos epistemológicos - saltos de conhecimento (tem a ver com adquirir uma nova visão). CRIATIVIDADE (definição) Denota a capacidade de uma pessoa para produzir ideias, concepções, invenções ou produtos artísticos novos e originais, que são aceitos pelos especialistas como tendo valor científico, estético, social ou técnico (VERNON, 1989 apud BONEN 1999, p.204) • Tanto criatividade quanto inovação podem viabilizar maneiras de fazer mais com menos, de reduzir custos, de simplificar processos e sistemas, de aumentar lucratividade, desenvolver novos produtos e muito mais. • Opa! Criatividade então tem valor de mercado! • Mas, como aproveitar todo o potencial criativo disponível. Por que esperar as ideias "de vez em quando?" Por que não estimular a produção destas ideias no dia-a-dia? Porque estudar criatividade? • O primeiro passo é exercitar. Acostumar-se a criar a maior quantidade de ideias sem pré julgar nenhuma. • Walt Disney disse certa vez que Criatividade é como ginástica: quanto mais se exercita, mais forte fica. O primeiro passo... Para complementar seu aprendizado, não esqueça de ler os textos disponíveis no nosso AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem)
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