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24/10/13 1 DEFICIÊNCIA VISUAL Maitê Russo Deficiência visual (DV) O termo refere-se a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas, hereditárias ou adquiridas; mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. 24/10/13 2 é o que enxergamos a uma determinada distância. é amplitude da área alcançada pela visão (180 graus). Acuidade visual: Campo visual: A DELIMITAÇÃO DA DEFICIÊNCIA TEM COMO PARÂMETRO DUAS ESCALAS: A DIMINUIÇÃO DA RESPOSTA VISUAL PODE SER: • Leve • Moderada • Severa • Profunda (visão subnormal ou baixa visão) • Ausência total da resposta visual (cegueira). 24/10/13 3 CLASSIFICAÇÃO DV 1. Educacional 2. Esportiva 3. Médica Cego • indivíduo que apresenta perda total da visão, necessita do método braile como meio de leitura e/ou outros métodos e recursos didáticos para sua educação. EDUCACIONAL 24/10/13 4 Baixa visão ou visão subnormal • Indivíduo que apresenta resíduo visual em grau que lhe permita ler impressão a tinta desde que empreguem recursos didáticos e equipamentos especiais para sua educação. • Considera-se com baixa visão a pessoa que apresenta 20% ou menos do que chamamos visão normal (AV 20/20) Baixa visão ou visão subnormal Obs: nessa categoria não estão relacionadas pessoas que têm problemas visuais corrigíveis pelo uso de óculos/lentes. 24/10/13 5 ESPORTIVA • Atletas B1: Desde a não percepção de luz a percepção luminosa, mas com incapacidade de reconhecer a forma de uma mão a qualquer distância ou direção. • Atletas B2: Desde a capacidade de reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 e ou campo visual inferior a 5 graus. • Atletas B3: desde a acuidade visual de 2/60 até 6/60 e ou uma campo visual superior a 5 graus e igual ou inferior a 20 graus. MÉDICA • Cegueira por acuidade: significa possuir visão de 6/60m ou inferior, com a melhor correção (uso de óculos. • Cegueira de campo: significa ter um campo visual menor do que 10° de visão central - ter uma visão de túnel. • Cego total: é a ausência de percepção visual ou luminosa (inabilidade de reconhecer uma luz intensa exposta diretamente no olho). 24/10/13 6 Causas da perda visual podem ser divididas em: VAMOS PESQUISAR??? Causas congênitas Causas adquiridas Empobrecimento da visão de cor Sensibilidade a luz Nistagmo Escotomas Visão central Visão periférica Percepção de profundidade Erro de refração Visão irregular CARACTERÍSTICAS SÓCIO AFETIVAS • Maneirismos (esfregar os olhos, estalar os dedos, se balançar) • Redução da autoconfiança / autoestima • Insegurança em relação a suas possibilidades • Apatia • Dependência • Medo de situações e ambientes desconhecidos • Isolamento e desinteresse pela interação social. 24/10/13 7 CARACTERÍSTICAS PSICOMOTORAS • Atraso motor • Dificuldades com o equilíbrio • Alterações Posturais • Dificuladades de mobilidade / marcha / locomoção • Problemas com lateralidade / Direcionalidade • Redução da resistência física • Redução da flexibilidade • Alterações da imagem corporal / esquema corporal OBJETIVOS DA ATIVIDADE FÍSICA VOLTADA PARA ALUNOS COM DV • d im inu i ção das de fasagens ps i como to ras e comportamentais; • ampliação das possibilidades de formação de conceitos, através do aumento do potencial de exploração dos objetos, dos ambientes e das situações de ensino; • utilização plena do potencial sensorial. 24/10/13 8 O QUE FAZER???? COMO AGIR??? • Faça o reconhecimento (conceituação e mapa mental) das áreas, implementos e materiais a serem utilizados nas aulas; • Planeje atividades individuais (capacidade individual), em grupo (sociabilização) e jogos (imprevisibilidade); • Use pistas ambientais (texturas do piso, paredes, fonte sonora, posição do sol, direção do vento...) a seu favor; • A verbalização é a principal arma do professor e por isso deve ser clara e tranquila - pistas sonoras e voz de comando; • O aluno cego não utiliza contar passos para localizar objetos ou portas e sim memória cinestésica; • Ao se mudar qualquer coisa de lugar é necessário avisar ao aluno e fazer um novo reconhecimento do espaço; • Delimite os limites da quadra ou do espaço a ser trabalhado em alto relevo, com barbante e fita; • Faça o reconhecimento dos limites da quadra para que o mapa mental específico de onde a atividade será desenvolvida seja criado. O QUE FAZER???? COMO AGIR??? 24/10/13 9 • Pergunte aos alunos como adaptar uma atividade; • Se possível, escolha e treine um ou mais alunos para assessorarem seu aluno DV durante as atividades; • Evite ambientes ricos em estímulos sonoros; O QUE FAZER???? COMO AGIR??? APRENDENDO SOBRE O SEU ALUNO Um importante passo para fazer um planejamento que leve em conta a necessidade individual de seus alunos é avaliar o que eles são capazes de fazer e como. Para isso, utilize as muitas avaliações disponíveis na literatura. Algumas perguntas também devem ser feitas, uma vez que, a resposta destas tem implicações na intervenção do professor. São elas: • Pergunte ao seu aluno o que ele pode ver, mais que o quanto ele pode ver. Repita a pergunta aos familiares, colegas e professores anteriores; 24/10/13 10 APRENDENDO SOBRE O SEU ALUNO • Pergunte qual foi a idade da perda visual, se a perda foi progressiva, por qual período e se ainda progride; • Pergunte como você pode maximizar a visão residual (aprenda com ele o que o ajuda a enxergar melhor – aumento do contraste, brilho, etc); • Pergunte qual foi a doença causadora da perda visual. Se possível consiga um laudo médico; • Pergunte se alguma atividade física é contraindicada; • Pergunte se o aluno toma algum medicamento de uso contínuo; • Pergunte qual o tipo de instrução o aluno prefere; • Pergunte qual o tipo de adaptação da atividade o aluno prefere; INCENTIVANDO A INDEPENDÊNCIA • Dê o exemplo e tenha atitudes positivas com todos os alunos; • Encoraje todos os alunos a participar das atividades, estando sempre atento aos receios e medos apresentados por eles; • Mostre aos familiares quão capaz seu aluno DV é (fotos, recados, lista de atividades favoritas, dados de avaliações, etc); • Reconheça as conquistas e melhoras de seu aluno; Se necessário utilize avaliações periódicas que o ajude a identificar seus progressos; • Incentive a locomoção independente durante as aulas sempre que possível. 24/10/13 11 COMO INSTRUIR … • Explique o que o aluno deve fazer de uma manei ra s imples, mas que não cause ambiguidade. Se necessário descreva o que ela está fazendo e saliente qual a diferença entre o que ela está fazendo e o que você pediu para ela fazer; • Se o aluno não entender a instrução na primeira tentativa, repita-a de uma maneira diferente; • Informe o aluno o que está acontecendo e o que irá acontecer (instrua os alunos a fazer o mesmo). Explicação verbal: COMO INSTRUIR … • Permita que o aluno sinta você ou outro estudanterealizando o movimento (SEMPRE NA PERSPECTIVA DO ALUNO); • Avise-o quando ele deve te tocar e onde; • Repita o modelo tátil quantas vezes forem necessárias para garantir a compreensão; • Documente qual habilidade necessitou do modelo tátil. Inclua onde, quando e porque o aluno tocou você (para fins legais). Modelo tátil: 24/10/13 12 COMO INSTRUIR … • Demonstre o movimento que deve ser feito t o c a n d o o e s t u d a n t e ( S E M P R E N A PERSPECTIVA DO ALUNO); • Avise-o toda vez que for tocá-lo, a fim de, prevenir sustos; • Documente qual habilidade necessitou da assistência física. Inclua quanto de assistência foi dada e onde o aluno foi tocado (para fins legais). • Combine os tipos de instrução para favorecer o aprendizado! Assistência física:
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