Buscar

Resumo Embriologia do Sistema Nervoso Moore

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Tema: Desenvolvimento fetal: embriologia dos sistemas. Anatomia e fisiologia fetal e neonatal. Fisiologia da lactação. Aspectos morfofuncionais da tireoide, paratireoide e suprarrenais. Exame físico do RN e alterações fisiológicas 
PRÉ- ESTUDO: 
DESCREVER O PROCESSO DE NEURULAÇÃO. 
SN – 3 PARTES PRINCIPAIS:
•	SNC = ENCÉFALO + MEDULA ESPINHAL
•	SNP = NEURÔNIOS FORA DO SNC, NERVOS CRANIANOS E ESPINHAIS que unem encéfalo e medula espinhal às estruturas periféricas
•	SNA = partes do SNC e SNP. NEURÔNIOS QUE INERVAM M. LISO, M. CARDÍACO ou EPITÉLIOS GLANDULARES ou uma combinação desses tecidos
ORIGEM D O SISTEMA NERVOSO
SN se origina da PLACA NEURAL, que é uma área espessada do ECTODERMA EMBRIONÁRIO.
A NOTOCORDA e o MESODERMA PARAXIAL induzem o ECTODERMA SOBREJACENTE a se diferenciar na PLACA NEURAL.
O TUBO NEURAL diferencia-se no SNC, que é formado pelo ENCÉFALO e MEDULA ESPINHAL.
A CRISTA NEURAL origina as células que formam a maior parte do SNP e do SNA, constituídos de GÂNGLIOS CRANIANOS, ESPINHAIS AUTÔNOMOS. 
A NEURULAÇÃO começa no entre o 22º a 23º dias (final da 4ª semana), na região do 4º ao 6º pares de SOMITOS.
Nesse estágio, os 2/3 cefálicos da PLACA e do TUBO NEURAL até o 4º par de SOMTOS representam o futuro ENCÉFALO, enquanto o terço caudal da PLACA e do TUBO NEURAL representam a futura MEDULA ESPINHAL. 
A fusão das PREGAS NEURAIS e a formação do TUBO NEURAL avançam em direção cefálica até que apenas existam pequenas áreas abertas em ambas as extremidades, formando a luz do tubo neural ou CANAL NEURAL, que comunica-se livremente com a CAVIDADE AMNIÓTICA. 
25º dia – abertura cranial – NEUROPORO ROSTRAL – fecha-se.
27º dia – fechamento do NEUROPORO CAUDAL. 
O fechamento dos NEUROPOROS coincide com o estabelecimento de uma CIRCULAÇÃO VASCULAR SANGUÍNEA no TUBO NEURAL.
Paredes do TUBO NEURAL espessam-se para formar o ENCÉFALO e a MEDULA ESPINHAL. 
O CANAL NEURAL é convertido no SISTEMA VENTRICULAR DO ENCÉFALO e no CANAL CENTRAL da MEDULA ESPINHAL.AUSÊNCIA DE FUSÃO DO TUBO NEURAL – 5 locais de fechamento.
1 – Espinha bífida cística. 2- Meroanencefalia (anencefalia). 2,4,1 – Craniosquise.
O sistema nervoso é dividido em:
• Sistema Nervoso Central (SNC): derivado do tubo neural; consiste em encéfalo e medula espinhal.                                                                                 
• Sistema Nervoso Periférico (SNP): derivado da crista neural; consiste em neurônios fora do SNC e nervos cranianos e espinhais, que unem o encéfalo e a medula espinhal às estruturas periféricas;
• Sistema Nervoso Autônomo: possui partes tanto do SNC como do SNP, consiste em neurônios que inervam músculo liso, músculo cardíaco ou glândulas; dividido em dois componentes: Simpático e Parassimpático.
CORRELACIONAR AS CÉLULAS E ESTRUTURAS RESPONSÁVEIS PELO DESENVOLVIMENTO ESPINHAL (INCLUINDO OS GÂNGLIOS). 
DESENVOLVIMENTO DA MEDULA ESPINHAL:
Porção do TUBO NEURAL CAUDAL ao 4º PAR de SOMITOS – ORIGINA a MEDULA ESPINHAL.
Paredes laterais do TUBO NEURAL espessam-se gradativamente, diminuindo o tamanho do CANAL NEURAL.
9-10 semanas resta – CANAL CENTRAL da MEDULA ESPINHAL.
Inicialmente – parede do TUBO NEURAL é composta por NEUROEPITÉLIO PSEUDOESTRATIFICADO COLUNAR.
Células neuroepiteliais constituem a ZONA VENTRICULAR (camada ependimária), que origina todos os NEURÔNIOS e CÉLULAS MACROGLIAIS (MACRÓGLIA) na medula espinhal.
CÉLULAS da MACRÓGLIA são os maiores tipos celulares da NEURÓGLIA (ex: ASTRÓCITOS e OLIGODENDRÓCITOS). 
ZONA MARGINAL – composta das partes externas das células neuroepiteliais.
Gradualmente, o crescimento dos AXÔNIOS provenientes dos corpos de células nervosas da MEDULA ESPINHAL, GÂNGLIOS ESPINHAIS e ENCÉFALO torna essa zona a SUBSTÂNCIA BRANCA da MEDULA ESPINHAL.
Algumas CÉLULAS NEUROEPITELIAIS em divisão na ZONA VENTRICULAR diferenciam-se em NEURÔNIOS PRIMORDIAIS – NEUROBLASTOS.
Neuroblastos (células embrionárias) formam uma ZONA INTERMEDIÁRIA (camada do manto) entre as zonas ventricular e marginal. 
Neuroblastos tornam-se NEURÔNIOS ao formar prolongamentos citoplasmáticos. 
Células de sustentação primordiais do SNC – GLIOBLASTOS (ESPONGIOBLASTOS) – diferenciam-se a partir das células neuroepiteliais, principalmente depois que cessa a formação dos NEUROBLASTOS.
GLIOBLASTOS (ESPONGIOBLASTOS) migram da ZONA VENTRICULAR para as ZONAS INTERMEDIÁRIA e MARGINAL. 
Alguns GLIOBLASTOS tornam-se ASTROBLASTOS, e posteriormente, ASTRÓCITOS.
Outros tornam-se OLIGODENDROBLASTOS e finalmente OLIGODENDRÓCITOS.
Quando as células neuroepiteliais cessam a produção de NEUROBLASTOS e GLIOBLASTOS, diferenciam-se em CÉLULAS EPENDIMÁRIAS, que formam o EPÊNDIMA (epitélio ependimário), que reveste o CANAL CENTRAL da MEDULA ESPINHAL.
Células da MICRÓGLIA, dispersas pelas SUBSTÂNCIAS BRANCA e CINZENTA, são células pequenas derivadas das CÉLULAS MESENQUIMAIS.
Células MICROGLIAIS invadem o SNC + tardiamente no período fetal, depois de os vasos sanguíneos já terem penetrado.
MICRÓGLIA origina-se na MEDULA ÓSSEA e faz parte do SISTEMA MONONUCLEAR FAGOCITÁRIO.
Proliferação e Diferenciação de CÉLULAS NEUROEPITELIAIS na medula espinhal em desenvolvimento levam à formação de paredes espessas e de delgadas placas do teto e do assoalho.
O espessamento diferencial das paredes laterais da medula espinhal produz, rapidamente, um sulco longitudinal raso de ambos os lados – o sulco limitante – que separa a parte dorsal, a placa ou lâmina alar, da parte ventral, a placa ou lâmina basal. 
As placas ou lâminas alar e basal formam saliências longitudinais que estendem-se por quase toda a extensão da medula espinhal em desenvolvimento.
 Essa separação regional é muito importante porque depois as placas alar e basal associam-se a funções aferentes (alar) e eferentes (basal).
Zona Ventricular: constituída por células neuroepiteliais da parede do tubo neural, dão origem a todos os neurônios e células macrogliais da medula espinhal.
Zona Intermediária: formada por neuroblastos, provenientes das células neuroepiteliais em divisão da zona ventricular. Neuroblastos se tornam neurônios.
Zona Marginal: composta pelas partes externas das células neuroepiteliais. É a futura substância branca da medula espinhal.
Corpos celulares das placas alares formam as colunas cinzentas dorsais, que estendem-se por todo o comprimento da medula espinhal (cornos dorsais cinzentos).
Neurônios das colunas constituem os núcleos aferentes, e grupos desses núcleos formam as colunas cinzentas dorsais. Com o crescimento das placas alares, forma-se o septo mediano dorsal.
Corpos celulares das placas basais formam as colunas cinzentas ventrais e laterais (cornos cinzentos ventrais e cornos cinzentos laterais).
AXÔNIOS das células do corno ventral crescem para fora da medula espinhal e formam as RAÍZES DORSAIS dos ERVOS ESPINHAIS.
Com o crescimento das placas basais, elas (raízes) produzem uma saliência ventral de ambos os lados do plano mediano.
Enquanto isso ocorre, forma-se o SEPTO MEDIANO VENTRAL e se desenvolve na superfície ventral da medula espinhal um sulco longitudinal profundo – a fissura mediana ventral.
DESENVOLVIMENTO DOS GÂNGLIOS ESPINHAIS
Neurônios unipolares nos gânglios espinhais (gânglios da raiz dorsal) derivam de células da crista neural.
Inicialmente – células dos gânglios espinhais são bipolares, mas dois prolongamentos axonais logo unem-se e formam um T. Os dois prolongamentos das células dos gânglios espinhais possuem características estruturais de axônios, mas o prolongamento periférico é um dendrito, pois conduz em direção ao corpo celular.
O prolongamento periférico das células do gânglio espinhal vão através dos nervos espinhais para terminações sensoriais em estruturas somáticas ou viscerais.
Os prolongamentos centrais penetram a medula espinhal e constituem as raízes dorsais dos nervos espinhais.
EXPLICAR ASMUDANÇAS NA POSIÇÃO DA MEDULA ESPINHAL.
EMBRIÃO – MEDULA ESPINHAL estende-se por todo o comprimento do canal vertebral.
NERVOS ESPINHAIS passam pelos forames intervertebrais próximos aos seus níveis de origem.
A COLUNA VERTEBRAL e a DURA-MÁTER crescem mais rápido do que a MEDULA ESPINHAL, então essa relação não persiste.
A extremidade caudal da medula espinhal coloca-se gradualmente em níveis relativamente mais altos.
6 meses – ME está no nível da 1ª vértebra sacral.
ME no RN – termina no nível da 2ª ou 3ª vértebra lombar.
ADULTO - ME termina na borda inferior da 1ª vértebra lombar (Nível médio, porque a extremidade caudal da ME pode estar acima da 12ª vértebra torácica ou inferior à 3ª vértebra lombar. Como resultado, as raízes nervosas espinhais, especialmente as dos segmentos lombar e sacral, correm obliquamente da ME até o nível correspondente da coluna vertebral ).
Raízes nervosas inferiores à extremidade terminal da medula espinhal – o CONE MEDULAR – formam um feixe de raízes nervosas – a CAUDA EQUINA.
No adulto – DURA-MÁTER e ARACNOIDE geralmente terminam na vértebra S2. Já a PIA-MÁTER forma um longo filamento fibroso, distalmente à extremidade caudal da medula espinhal, o FILAMENTO TERMINAL, que indica a linha de regressão da extremidade caudal da medula espinhal embrionária.
O FILAMENTO TERMINAL vem do CONE MEDULAR e se liga ao periósteo da 1ª vértebra coccígea.
RELACIONAR AS ESTRUTURAS RESPONSÁVEIS PELAS MENINGES. 
FORMAÇÃO DAS MENINGES DA MEDULA ESPINHAL
O MESÊNQUIMA que circunda o TUBO NEURAL condensa-se para formar uma membrana chamada de MENINGE PRIMITIVA ou MENINGE.
A CAMADA EXTERNA dessa membrana se espessa e forma a DURA-MÁTER.
A CAMADA INTERNA, a PIA-ARACNÓIDE, é composta pela PIA-MÁTER e ARACNÓIDE-MATER (LEPTOMENINGE), e é derivada das CÉLULAS DA CRISTA NEURAL.
Dentro das LEPTOMENINGES aparecem espaços preenchidos por líquido, que se aderem formando o ESPAÇO SUBARACNÓIDEO.
A origem da PIA-MÁTER e da ARACNÓIDE a partir de uma única camada é evidenciada no adulto pelas TRABÉCULAS ARACNÓIDEAS, que são numerosas faixas delicadas de tecido conjuntivo que passam entre a pia e a aracnoide.
O LCE (líquido cerebroespinhal) EMBRIONÁRIO COMEÇA A SE FORMAR DURANTE A 5ª SEMANA.
5ª SEMANA – INICIA A FORMAÇÃO DO LCE.
APRESENTAR O PROCESSO DE MIELINIZAÇÃO DAS FIBRAS NERVOSAS. 
MIELINIZAÇÃO DAS FIBRAS NERVOSAS
Na MEDULA ESPINHAL, as BAINHAS DE MIELINA começam a se formar durante o PERÍODO FETAL TARDIO e continuam durante o 1º ANO pós-natal.
Proteínas básicas da mielina – isoformas de polipeptídeos relacionadas – são essenciais para a mielinização. 
Em geral, os FEIXES DE FIBRAS tornam-se MIELINIZADOS aproximadamente no momento em que se tornam funcionais.
RAÍZES MOTORAS mielinizam-se antes das RAÍZES SENSITIVAS.
BAINHAS DE MIELINA que envolvem as FIBRAS NERVOSAS situadas na MEDULA ESPINHAL são formadas pelos OLIGODENDRÓCITOS.
A MEMBRANA PLASMÁTICA destes se enrola ao redor do axônio, formando um certo nº de camadas. 
As BAINHAS DE MIELINA ao redor de AXÕNIOS de FIBRAS NERVOSAS PERIFÉRICAS são formadas pelas MEMBRANAS PLASMÁTICAS de CÉLULAS DO NEUROLEMA (CÉLULAS de SCHWANN), semelhantes aos oligodendrócitos.
Células NEUROGLIAIS são originadas de CÉLULAS da CRISTA NEURAL que migram para a periferia e se enrolam em torno dos axônios de NEURÔNIOS SOMÁTICOS MOTORES e dos NEURÔNIOS AUTÕNOMOS MOTORES PRÉ-GANGLIONARES, quando estes saem do SNC.
Essas células (NEUROGLIAIS) enrolam-se em torno dos prolongamentos centrais e periféricos dos NEURÔNIOS SENSITIVOS SOMÁTICOS e VISCERAIS, assim como em torno dos AXÔNIOS dos NEURÔNIOS MOTORES AUTÔNOMOS PÓS-SINÁPTICOS. 
Começando com ≈ 20 semanas – fibras nervosas periféricas tomam um aspecto esbranquiçado, resultante do depósito de MIELINA.
DEMONSTRAR O DESENVOLVIMENTO DAS VESÍCULAS ENCEFÁLICAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS. 
DESENVOLVIMENTO DO ENCÉFALO
A região do TUBO NEURAL cefálica ao 4º par de somitos origina o ENCÉFALO.
	A FUSÃO DAS PREGAS NEURAIS da região cefálica e o FECHAMENTO DO NEUROPORO ROSTRAL formam as TRÊS VESÍCULAS ENCEFÁLICAS PRIMÁRIAS das quais se forma o ENCÉFALO.
AS TRÊS VESÍCULAS ENCAFÁLICAS PRIMÁRIAS formam o:
ENCÉFALO ANTERIOR (PROSENCÉFALO)
ENCÉFALO MÉDIO (MESENCÉFALO)
ENCÉFALO POSTERIOR (ROMBENCÉFALO)
5ª SEMANA: ENCÉFALO ANTERIOR divide-se parcialmente em 2 VESÍCULAS ENCEFÁLICAS SECUNDÁRIAS, o TELENCÉFALO e o DIENCÉFALO.
O ENCÉFALO MÉDIO não se divide.
O ENCÉFALO POSTERIOR divide-se parcialmente em METENCÉFALO e MIELENCÉFALO.
Consequentemente, formam-se 5 VESÍCULAS ENCEFÁLICAS PRIMITIVAS.
FLEXURAS CEFÁLICAS
4ª SEMANA – Encéfalo do embrião cresce rapidamente e se dobra ventralmente com a PREGA CEFÁLICA. Esta produz a flexura mesencefálica, na região do encéfalo médio; e a flexura cervical, na junção do encéfalo posterior com a medula espinhal.
Posteriormente, o crescimento desigual do encéfalo entre essas duas flexuras produz a flexura pontinha na direção oposta. Essa flexura causa um adelgaçamento do teto do encéfalo posterior.
Inicialmente – ENCÉFALO PRIMITIVO tem a mesma estrutura básica da MEDULA ESPINHAL em desenvolvimento. Contudo, as FLEXURAS ENCEFÁLICAS produzem variações de contorno das secções transversais nos diferentes níveis do encéfalo e na posição das substâncias cinzenta e branca.
O SULCO LIMITANTE avança cefalicamente até a junção do encéfalo médio com o encéfalo anterior, e as PLACAS ALARES e BASAIS somente são identificáveis no ENCÉFALO MÉDIO e no ENCÉFALO POSTERIOR.
ENCÉFALO POSTERIOR (ROMBENCÉFALO): DIVIDIDO EM METENCÉFALO E MIELENCÉFALO
FLEXURA CERVICAL separa o ENCÉFALO POSTERIOR da MEDULA ESPINHAL.
Posteriormente, essa junção é definida arbitrariamente como o nível da radícula superior do 1º nervo cervical, localizado aproximadamente no forame magno.
FLEXURA PONTINA é localizada na futura região da ponte, e divide o ENCÉFALO POSTERIOR nas partes caudal (MIELENCÉFALO) e rostral (METENCÉFALO).
MIELENCÉFALO torna-se a MEDULA OBLONGA.
METENCÉFALO torna-se a PONTE e o CEREBELO.
CAVIDADE DO ENCÉFALO POSTERIOR torna-se o 4º VENTRÍCULO e o CANAL CENTRAL no BULBO. 
MIELENCÉFALO (BULBO)
Porção caudal do MIELENCÉFALO (porção fechada do bulbo) assemelha-se à medula espinhal em seu desenvolvimento e estrutura.
O CANAL NEURAL do TUBO NEURAL forma um pequeno CANAL CENTRAL.
Neuroblastos das PLACAS ALARES do MIENCÉFALO migram para a zona marginal e formam áreas isoladas de substância cinzenta – os NÚCLEOS GRÁCEIS, medialmente, e os NÚCLEOS CUNEIFORMES, lateralmente (núcleos associados aos tratos de nome correspondentes que chegam ao bulbo vindos da medula espinhal).
A área ventral do bulbo contém um par de feixes de fibras – as PIRÂMIDES – constituídas de fibras corticoespinhais que descem do córtex cerebral em desenvolvimento.
PARTE ROSTRAL do MIELENCÉFALO – larga e achatada, principalmente em frente à flexura pontina.
FLEXURA PONTINA desloca lateralmente as paredes laterais do BULBO e leva a PLACA DO TETO a se distender e adelgaçar. A cavidade dessa parte do MIELENCÉFALO (parte do futuro 4º VENTRÍCULO) torna-se SEROMBOIDE (forma de diamante).
Deslocamento lateral das paredes do BULBO – PLACAS ALARES colocam-se lateralmente às PLACAS BASAIS do BULBO.
Com a mudança de posição das PLACAS, os NÚCLEOS MOTORES geralmente desenvolvem-se medialmente aos NÚCLEOS SENSITIVOS.
NEUROBLASTOS das PLACAS BASAIS do BULBO originam NEURÔNIOS MOTORES, assim como os neuroblastos da medula espinhal. 
No BULBO – NEUROBLASTOS formam núcleos (grupo de células nervosas), e estes organizam-se em 3 colunas lado a lado. Medial p/ lateralmente:
FERENTES SOMÁTICOS GERAIS – neurônios do nervo hipoglosso.
EFERENTES VISCERAIS ESPECIAIS – neurônios que inervam os músculos derivados dos arcos faríngeos.REVISAR ESPECIALMENTE
EFERENTES VISCERAIS GERAIS – recebem impulsos da superfície da cabeça.
AFERENTES SOMÁTICOS ESPECIAIS – recebem impulsos da orelha.
NEUROBLASTOS das PLACAS ALARES migram ventralmente e formamos NÚCLEOS OLIVARES.
METENCÉFALO (PONTE E CEREBELO)
Paredes do METENCÉFALO formam a PONTE e o CEREBLO.
A cavidade do METENCÉFALO forma a PARTE SUPERIOR do 4º VENTRÍCULO.
A FLEXURA PONTINA faz com que as paredes laterais da ponte se afastem, espalhando a substância cinzenta pelo assoalho do 4º VENTRÍCULO.
NEUROBLASTOS de cada PLACA BASAL formam núcleos motores e se organizam em 3 COLUNAS de cada lado.
CEREBELO origina-se de espessamento dorsais das PLACAS ALARES. 
Inicialmente, os intumescimentos cerebelares projetam-se para o 4º VENTRÍCULO.
Conforme os intumescimentos crescem e se fundem no plano mediano, eles avançam sobre a metade rostral do 4º VENTRÍCULO e sobrepõe-se à PONTE e ao BULBO. 
Alguns NEUROBLASTOS da ZONA INTERMEDIÁRIA das PLACAS ALARES migram para a ZONA MARGINAL, onde diferenciam-se em NEURÔNIOS do CÓRTEX CEREBELAR. 
Outros NEUROBLASTOS dessas placas originam os NÚCLEOS CENTRAIS, sendo o maior o NÚCLEO DENTEADO.
Células das PLACAS ALARES originam também os NÚCLEOS PONTINOS, NÚCLEOS COCLEARES e VESTIBULARES e os NÚCLEOS SENSITIVOS do NERVO TRIGÊMEO.
FIBRAS NERVOSAS que ligam os córtices cerebral e cerebelar com a medula espinhal passam pela camada marginal da região ventral do METENCÉFALO. Essa região do TRONCO ENCEFÁLICO é chamada de PONTE por causa do espesso volume de FIBRAS NERVOSAS que cruzam seu plano mediano e formam uma volumosa crista em suas porções anterior e lateral.Estrutura do CEREBELO reflete seu desenvolvimento evolucionário.
- ARQUICEREBELO (LOBO FLOCULONODULAR), a parte evolucionalmente mais antiga, tem conexão com o aparelho vestibular.
- PALEOCEREBELO (VÉRMIS E LOBO ANTERIOR), de desenvolvimento mais recente, está associado a informações sensitivas vindas dos membros.
- NEOCEREBELO (LOBO POSTERIOR), evolucionalmente + recente, está relacionado ao controle seletivo dos movimentos dos membros.
ENCÉFALO MÉDIO (MESENCÉFALO) – Não se divide
O ENCÉFALO MÉDIO (MESENCÉFALO) é a parte do encéfalo que sofre menos transformações durante o desenvolvimento (exceto a parte mais caudal do encéfalo posterior). 
O CANAL NEURAL estreita-se formando o AQUEDUTO CEREBRAL, um canal que LIGA O 3º VENTRÍCULO ao 4º VENTRÍCULO.
NEUROBLASTOS migram das PLACAS ALARES do ENCÉFALO MÉDIO para o TETO e se agregam para formar 4 grandes grupos de neurônios, os COLÍCULOS SUPERIOR (reflexos visuais) e INFERIOR (reflexos auditivos) pareados, que estão relacionados aos reflexos visuais e auditivos.
NEUROBLASTOS das PLACAS BASAIS podem originar grupos de neurônios do TEGMENTO (núcleos vermelhos, núcleos do 3º e 4º nervos cranianos e núcleos reticulares).
SUBSTÂNCIA NEGRA (larga camada de substância cinzenta adjacente ao pedúnculo encefálico) também pode se diferenciar a partir da placa basal.
FIBRAS que saem do ENCÉFALO formam os PEDÚNCULOS ENCEFÁLICOS anteriormente.
PEDÚNCULOS CEREBRAIS tornam-se progressivamente + proeminentes conforme mais grupos de fibras descendentes (corticopontino, corticotubular e corticoespinhal) passam através do ENCÉFALO MÉDIO em desenvolvimento, em seu trajeto para o TRONCO ENCEFÁLICO e MEDULA ESPINHAL. 
ENCÉFALO ANTERIOR (PROSENCÉFALO) – DIVIDE-SE EM TELENCÉFALO e DIENCÉFALO (EPITÁLAMO, TÁLAMO e HIPOTÁLAMO).
Quando ocorre o fechamento do NEUROPORO ROSTRAL, aparecem duas evaginações laterais, chamadas de VESÍCULAS ÓPTICAS, uma de cada lado do encéfalo anterior.
VESÍCULAS ÓPTICAS são os PRIMÓRDIOS das RETINAS e dos NERVOS ÓPTICOS. 
Um segundo par de DIVERTÍCULOS surge logo após, mais dorsal e rostralmente – as VESÍCULAS TELENCEFÁLICAS.
As VESÍCULAS TELENCEFÁLICAS são o PRIMÓRDIO dos HEMISFÉRIOS CEREBRAIS, e suas cavidades tornam-se os VENTRÍCULOS LATERAIS.
A parte ROSTRAL ou ANTERIOR do ENCÉFALO ANTERIOR, incluindo os primórdios dos HEMISFÉRIOS CEREBRAIS, constitui o TELENCÉFALO.
A parte CAUDAL ou POSTERIOR do ENCÉFALO ANTERIOR, constitui o DIENCÉFALO.
AS CAVIDADES DO TELENCÉFALO e do DIENCÉFALO contribuem para a FORMAÇÃO DO 3º VENTRÍCULO (> contribuição do diencéfalo).
DIENCÉFALO
Nas PAREDES LATERAIS do 3º VENTRÍCULO formam-se 3 intumescências, que posteriormente se tornam o EPITÁLAMO, o TÁLAMO e o HIPOTÁLAMO.
O TÁLAMO é separado do EPITÁLAMO pelo SULCO EPITALÂMICO, e do HIPOTÁLAMO pelo SULCO HIPOTALÂMICO.
	TÁLAMO – SULCO EPITALÂMICO – EPITÁLAMO
	TÁLAMO – SULCO HIPOTALÂMICO – HIPOTÁLAMO
(Este último não é uma continuação do sulco limitante do encéfalo anterior e não se separa, como o sulco limitante, áreas sensitivas e motoras).
O TÁLAMO desenvolve-se rapidamente de cada lado e faz saliência na cavidade do 3º VENTRÍCULO, reduzindo-o a uma fenda estreita. 
(≈ 70% dos encéfalos, tálamos encontram-se e fundem-se na linha mediana, formando uma ponte se substância cinzenta que cruza por sobre o 3º VENTRÍCULO – a ADESÃO INTERLÂMICA).
O HIPOTÁLAMO surge pela proliferação de NEUROBLASTOS na ZONA INTERMEDIÁRIA das paredes diencefálicas, ventralmente aos sulcos hipotalâmicos. 
Posteriormente, desenvolvem-se vários núcleos relacionados com atividades endócrinas e a homeostasia. 
Um par de núcleos, chamados de CORPOS MAMILARES, forma intumescências na superfície ventral do HIPOTÁLMO.
O EPITÁLAMO origina-se do TETO e da PORÇÃO DORSAL da PAREDE LATERAL do DIENCÉFALO. 
Inicialmente, as intumescências hipotalâmicas são grandes, mas tornam-se relativamente pequenas com o tempo.
A GLÂNDULA PINEAL desenvolve-se como um divertículo mediano da parte caudal do teto do DIENCÉFALO.
A proliferação de células na sua parede logo converte este em uma glândula sólida em forma de cone.
A HIPÓFISE tem ORIGEM ECTODÉRMICA e se origina de duas fontes:
Uma EVAGINAÇÃO do TETO ECTODÉRMICO do ESTOMODEU – o DIVERTÍCULO HIPOFISÁRIO (bolsa de RATHKE)
Uma INVAGINAÇÃO do NEUROECTODERMA do DIENCÉFALO – o DIVERTÍCULO NEUROIPOFISÁRIO.
Essa origem embrionária dupla explica porque a HIPÓFISE é composta por 2 tecidos completamente ≠.
ADENO-HIPÓFISE (PARTE GLANDULAR) ou LOBO ANTERIOR, origina-se do ECTODERMA ORAL.
NEURO-HIPÓFISE (PARTE NERVOSA) ou LOBO POSTERIOR, origina-se do NEUROECTODERMA.
≈ na 3ª SEMANA o DIVERTÍCULO HIPOFISÁRIO projeta-se do teto do ESTOMODEU, tornando-se adjacente ao assoalho (parede ventral) do DIENCÉFALO. 
5ª SEMANA – bolsa alongou-se e constringiu-se em sua ligação com o epitélio oral, Entra em contato com o INFUNDÍBULO (derivado do divertículo neuroipofisário), uma invaginação ventral do DIENCÉFALO. 
O pedículo do divertículo hipofisário regride.
As partes da HIPÓFISE que desenvolvem-se do ECTODERMA do ESTOMODEU – as partes ANTERIOR, INTERMÉDIA e TUBERAL – formam a ADENO-HIPÓFISE.
6ª SEMANA – conexão da bolsa com a cavidade oral degenera e desaparece.
Células da parede anterior do DIVERTÍCULO HIPOFISÁRIO proliferam-se e originam a PARTE DISTAL DA HIPÓFISE.
Posteriormente, 
 
A junção do encéfalo posterior com o encéfalo médio é conhecida como istmo rombencefálico.
FLEXURAS ENCEFÁLICAS
Surgem entre a quarta e oitava semanas. São elas:
1) Flexura mesencefálica (figura 5): na região do mesencéfalo; direcionada ventralmente.
2) Flexura cervical (figura 5): na junção do rombencéfalo com a medula espinhal; direcionada ventralmente.
3) Flexura pontina (figura 5): entre o metencéfalo e o mielencéfalo; direção oposta das duas anteriores.
 
TELENCÉFALO
Logo após o aparecimento das vesículas ópticas (diencéfalo), um segundo par de divertículos aparece, mais dorsal e rostralmente, as vesículas telencefálicas (Figura 6), primórdios dos hemisférios cerebrais, cujas cavidades formam os ventrículos laterais. Gradualmente, vão se formando o pólo frontal e o pólo temporal, e posteriormente o pólo occipital começa a ser visto (Figuras 7 e 8). A expansão dos hemisférios não é uniforme, e a região entre os pólos frontal e temporal fica deprimida, constituindo a ínsula.
No período fetal ocorrem várias mudanças, as mais perceptíveissão:
1) União dos hemisférios cerebelares, com a visualização do verme na parte mediana;
2) Os hemisférios continuam seu crescimento, cobrindo, gradualmente, o diencéfalo e o mesencéfalo, e posteriormente uma parte do cerebelo (Figuras 7 e 8);
3) Os pólos frontal e temporal vão se unindo, cobrindo a ínsula, assim no nascimento, só uma fossa lateral indica sua presença;
4) Sulcos aparecem na superfície dos hemisférios (Figuras 7 e 8);
5) As flexuras cervical, pontina e mesencefálica tornam-se menos evidentes;
6) Os hemisférios acabam se encontrando na linha média, achatando suas superfícies mediais. Portanto, no feto, ocorre a diferenciação das principais partes do encéfalo e um grande crescimento deste (aumento de várias centenas de vezes em volume).
Depois do nascimento, o peso dobra durantes os primeiros nove meses de vida, e em torno dos seis anos atinge 90% do peso do adulto. Isso ocorre pela produção de células da glia, formação de dentritos e mielinização dos axônios.
As comissuras conectam áreas correspondentes dos hemisférios cerebrais. São elas: lâmina terminal, comissura anterior (une os lobos temporais direito e esquerdo) (Figura 8), comissura do hipocampo (une os pilares direito e esquerdo do fórnice), corpo caloso (une os hemisférios cerebrais direito e esquerdo) (Figura 8).
A partir da oitava semana, as vias aferentes e eferentes desenvolvem-se sobre a área insular, formando sinapses com o diencéfalo (Figura 7), por meio dos núcleos da base, dando origem a uma espessa camada fibrosa, a cápsula interna, que separa o núcleo caudado (telencéfalo), medial, do tálamo (diencéfalo), lateral; e, o putame (telencéfalo) do pálido (diencéfalo).
A parede dos hemisférios cerebrais é composta de quatro camadas: ventricular, subventricular, intermediária e marginal (fibras aferentes e neurônios dispersos).
As células da camada ventricular migram pela superfície formando a camada intermediária. Células da zona intermediária migram para a zona marginal e dão origem às camadas corticais, essa migração é conduzida principalmente pelas células da glia radial, que através de um prolongamento pioneiro (eixo condutor), as células vão subindo gradativamente e estendendo um prolongamento como uma cauda; por isso a substância cinzenta se localiza na periferia, e os axônios caminham centralmente para formar o grande volume de substância branca, o centro medular.
No início do desenvolvimento do telencéfalo, a superfície dos hemisférios cerebrais é lisa; contudo, com o crescimento, há o surgimento de sulcos e giros, que promove aumento da superfície do córtex sem necessitar de grande aumento do tamanho do crânio (Figuras 9 e 10). Os primeiros sulcos surgem nas áreas filogeneticamente mais antigas, como o sulco do cíngulo e o sulco do hipocampo do córtex límbico, o sulco calcarino do córtex visual e o sulco central das áreas motoras e sensoriais.
Após o nascimento, dificilmente surgem novas células neurais, mas as células já existentes desenvolvem mais prolongamentos, estabelecendo sinapses com outras células, o que é responsável pela grande capacidade de aprendizagem do cérebro. Durante o primeiro ano de vida, um neurônio cortical estabelece cerca de 100.000 sinapses com outros neurônios. Nesse contexto, a formação da bainha de mielina das fibras nervosas é muito importante, já que facilita a condução do impulso nervoso. O processo de mielinização não está totalmente completado até os 20 anos.
Atividade funcional do cérebro: Os primeiros indícios de atividade cerebral são percebidos com cinco ou seis semanas e consistem em movimentos de extensão ou flexão do colo e da região torácica. Eles vão progredindo gradualmente, sendo que todos os padrões motores parecem estar presentes no início do segundo trimestre.
DIENCÉFALO
Com o fechamento do neuroporo rostral, aparecem duas evaginações laterais, de cada lado do encéfalo anterior, as vesículas ópticas, primórdios das retinas e dos nervos ópticos. Elas identificam o diencéfalo. As evaginações medianas que deixam o encéfalo anterior são a glândula pineal (Figuras 8 e 11) e a neuro-hipófise. Uma característica marcante do diencéfalo é o tálamo dorsal, uma intumescência bilateral que aparece com aproximadamente cinco semanas.
Composto pelo epitálamo, tálamo e hipotálamo (Figura 11). O tálamo é separado do epitálamo pelo sulco epitalâmico, e do hipotálamo pelo sulco hipotalâmico.
Os tálamos se encontram e se fundem na linha mediana que cruza o terceiro ventrículo – a adesão intertalâmica.
O hipotálamo contém os corpos mamilares.
O epitálamo é formado pela glândula pineal.
A cavidade do diencéfalo é o 3º ventrículo (Figura 11).
Obs: No prosencéfalo não há subdivisão em lâminas alares e basais, porque o sulco limitante se estende cefalicamente somente até o encéfalo médio.
A hipófise origina-se de duas fontes:
1) Divertículo hipofisário (bolsa de Rathke) (Figura 12): evaginação do teto ectodérmico do estomodeu; originará a adenoipófise ou lobo anterior (parte glandular).
2) Divertículo neuroipofisário (Figura 12): invaginação do neuroectoderma do diencéfalo; originará a neuroipófise ou lobo posterior (parte nervosa).
MESENCÉFALO
É a parte do encéfalo que sofre as menores modificações durante o desenvolvimento. Na parte ventral (tegmento) (Figura 13), com um desenvolvimento intenso da formação reticular, observa-se uma continuação da estrutura rombencefálica, enquanto a parte dorsal, constituída pelos colículos superiores e inferiores (Figura 13), pode ser considerada uma continuação das regiões prosencefálicas. Os colículos se originam das lâminas alares e o tegmento se origina das lâminas basais. Os colículos superiores estão relacionados com os reflexos visuais, e os inferiores, com os reflexos auditivos. O tegmento contém os núcleos do terceiro nervo craniano. O núcleo do quarto nervo craniano aparece no istmo rombencefálico.
No período fetal, forma-se uma grande massa de fibras descendentes na região ventral, constituindo o pedúnculo da base. Essas fibras são corticoespinhais (piramidais) e corticonucleares.
Os pedúnculos da base juntamente com a substância negra e o tegmento, formam os pedúnculos cerebrais direito e esquerdo (Figura 13).
Cavidade: aqueduto cerebral (Figura 13) (liga o 3º ventrículo ao 4º ventrículo).
Metencéfalo
As paredes do metencéfalo formam o cerebelo e a ponte, enquanto que sua cavidade forma a parte superior do 4º ventrículo.
CEREBELO
Origina-se de espessamentos dorsais das placas alares do metencéfalo. No início do período fetal, os dois hemisférios cerebelares se unem dorsalmente, formando uma porção mediana, o verme. As partes laterais se expandem e começam a adquirir fissuras antes da metade da vida pré-natal. Comparativamente ao córtex cerebral, o córtex cerebelar se forma pela migração de células da zona matricial, formando as camadas sobrepostas (Figura 14). As células emigradas dispõem-se inicialmente em uma compacta camada cortical (camada granulosa externa), que de modo contrário ao córtex cerebral, ainda se prolifera na vida pós-natal. Essa intensa proliferação da camada granulosa externa é responsável pelo aumento da superfície do cerebelo. No sexto mês de vida intra-uterina.
O cerebelo se liga ao mesencéfalo, à ponte e ao bulbo, pelos pedúnculos cerebelares superior, médio e inferior, respectivamente, que são constituídos por feixes de fibras. A mielinização dos pedúnculos segue a ordem de formação, começando pelo inferior durante o segundo trimestre, depois pelo superior e, termina, com o médio, pouco antes do nascimento.
É formado pelo vestibulocerebelo (arquicerebelo), constituído pelo lobo floconodular; pelo espinocerebelo (paleocerebelo), constituído pela parte cranial do corpo; e, pelo pontocerebelo (neocerebelo), constituído pela parte caudal do corpo (Figuras 14 e 15).
O cerebelo possui dois tipos de substância cinzenta: os núcleos (denteado, globoso, emboliforme e fastigial) e o córtex cerebelar.
É o centro para controle do equilíbrio e da postura.
Cavidade:4º ventrículo (Figura 15).
PONTE
Reenvia sinais que ligam a medula espinhal e o córtex cerebral com o cerebelo. Contém os núcleos pontinos (Figura 15), cocleares e vestibulares, os núcleos sensitivos do nervo trigêmio e núcleo do nervo facial.
Cavidade: 4º ventrículo (Figura 15).
MIELENCÉFALO
As paredes do mielencéfalo formam o bulbo, enquanto que sua cavidade forma a parte inferior do 4º ventrículo (Figura 16).
O teto do encéfalo posterior se torna romboidal, devido à separação das lâminas alares, coberto dorsalmente por uma fina lamela, o véu medular, para a qual os vasos sanguíneos se invaginam, formando os plexos coróides (Figura 16). Assim as lâminas alares e basais ficam dispostas no assoalho do encéfalo posterior (Figura 16). Consequentemente, as áreas motoras (lâminas basais) são mediais às sensitivas (lâminas alares).
BULBO
Porção do encéfalo de maior semelhança com a medula espinhal.
Cavidade: porção inferior do 4º ventrículo, possuindo a forma rombóide.
Placa do teto (parede dorsal) distendida e muito adelgaçada, devido à flexura pontina (Figura 16).
Contém os núcleos gráceis, medialmente, e os núcleos cuneiformes, lateralmente (Figura 16) – áreas isoladas de substância cinzenta, formadas devido à migração dos neuroblastos das placas alares para a zona marginal.
O bulbo contém os núcleos dos nervos cranianos glossofaríngeo, vago, acessório e hipoglosso, derivados de células da lâmina basal.
Pirâmide (Figura 16): área ventral; contém as fibras do trato corticoespinhal.
Contêm centros e redes de nervos que regulam a respiração, batimentos cardíacos, movimentos reflexos e outras funções.
Anomalias do Encéfalo
1) Holoprosencefalia: há perda de estruturas da linha média levando a malformações encefálicas e faciais. As causas envolvem fatores genéticos e ambientais (diabetes materna, consumo materno de álcool na gestação).
2) Crânio Bífido (Figuras 17 e 19): causado por um defeito na ossificação dos ossos do crânio, sendo o mais frequentemente atingido a parte escamosa do occipital. Se o defeito é pequeno somente as meninges herniam (meningocele); se ocorre herniação das meninges e de parte do encéfalo, a anomalia se denomina meningoencefalocele; se a parte do encéfalo que hernia contem parte do sistema vestibular, denomina-se meningoidroencefalocele.
3) Exencefalia: exposição do encéfalo devido ao não fechamento da parte cefálica do tubo neural, com consequente não formação da abóbada craniana. O encéfalo exposto posteriormente se degenera, originando a anencefalia (Figura 18). O tronco encefálico pode permanecer intacto. Ocorre em 1 a cada 1.000 nascimento, sendo 2 a 4 vezes mais frequente em mulheres. A prevenção como na espinha bífida é o uso de ácido fólico na gestação.
4) Microcefalia: abóbada craniana menor do que o normal, com face de tamanho normal. Acompanhada de grave retardo mental. Multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais (exposição ao vírus da rubéola, citalomegalovírus, radiação ionizante, alcoolismo materno).
5) Malformação de Arnold-Chiari: deslocamento caudal e herniação de partes do cerebelo pelo forame magno. Ocorre em quase todos os casos de espinha bífida cística. E está associada com freqüência a hidrocefalia
IMPRIMIR FORMAÇÃO INICIAL DO ENCÉFALO E MEDULA ESPINAL: O EMBRIÃO DE 20 A 24 DIAS: https://books.google.com.br/books?id=S7zuBQAAQBAJ&printsec=frontcover&dq=embriologia+cl%C3%ADnica+10+edi%C3%A7%C3%A3o&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwifks_ZjZXRAhWCh5AKHZuFCRg4FBDoAQhVMAk#v=onepage&q&f=true 
MOSTRAR A FORMAÇÃO DO PLEXO CORIOIDE E DO LIQUIDO CEFALORRAQUIDIANO. 
PLEXOS COROIDES E LÍQUIDO CEREBROESPINHAL
O delgado teto ependimário do 4º VENTRÍCULO está coberto externamente pela PIA-MÁTER, derivada do MESÊNQUIMA associado ao ENCÉFALO POSTERIOR.
PIA-MÁTER VASCULAR + TETO EPENDIMÁRIO = TELA COROIDE DO 4º VENTRÍCULO.
Devido à ativa proliferação da PIA-MÁTER, a TELA COROIDE invagina-se no 4º VENTRÍCULO, onde diferencia-se formando o PLEXO COROIDE (envolvimento de artérias coroides da pia-máter).
PLEXOS COROIDES semelhantes formam-se no TETO do 3º VENTRÍCULO e nas PAREDES MEDIAIS dos VENTRÍCULOS LATERAIS.
Os PLEXOS CORÓIDES secretam o LÍQUIDO VENTRICULAR, que se torna o LÍQUIDO CEREBROESPINHAL (LCE) depois de receber acréscimos das superfícies do ENCÉFALO e da MEDULA ESPINHAL, assim como da camada da PIA-ARACNÓIDE das MENINGES.
O delgado teto do 4º VENTRÍCULO faz evaginações em 3 locais. Essas evaginações rompem-se, formando aberturas. 
As aberturas MEDIANA (FORAME de MAGENDIE) e LATERAL (FORAME de LUSCHKA) permitem ao LCE sair do 4º VENTRÍCULO e passar para o ESPAÇO SUBARACNÓIDEO.
O PRINCIPAL LOCAL DE ABSORÇÃO DO LCE PELO SISTEMA VENOSO É ATRAVÉS DAS VILOSIDADES ARACNÓIDEAS, que são protusões da ARACNÓIDE nos SEIOS VENOSOS DA DURA (grandes canais venosos entre as camadas da dura-máter).
Essas vilosidades são constituídas por uma fina camada celular originária do epitélio da aracnoide e do endotélio do seio.
8. DESCREVER A FORMAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO E AUTÔNOMO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO. 
- SNP: constituído por nervos cranianos, espinhais e viscerais, gânglios cranianos, espinhais e autônomos.
- SNP origina-se de várias fontes, principalmente da CRISTA NEURAL. 
- Todas as células sensoriais (somáticas e viscerais) do SNP originam-se das CÉLULAS DA CRISTA NEURAL.
- Corpos celulares das células sensoriais localizam-se fora do SNC. Com exceção das células do gânglio espiral da cóclea e do gânglio vestibular do NC VIII (nervo vestibulococlear), todas as células sensoriais periféricas são inicialmente bipolares, mas os dois prolongamentos logo se unem formando um prolongamento único e um tipo de neurônio unipolar. Esse prolongamento tem 1 ramo periférico e 1 ramo central. Na extremidade, o prolongamento periférico tem uma terminação sensitiva. O prolongamento central penetra a medula espinhal ou o encéfalo.
- Corpo celular de cada neurônio aferente é envolto por uma cápsula de células de Schwann modificadas – as CÉLULAS SATÉLITE, derivadas das células da crista neural. A cápsula é contínua com a bainha de neurilema das células de Schwann, que envolve os axônios dos neurônios aferentes. Por fora das células-satélite – camada de tecido conjuntivo contínua com a bainha do endoneuro das fibras nervosas. TC e bainha do endoneuro originados do MESÊNQUIMA.
- Células da CRISTA NEURAL do encéfalo em desenvolvimento migram para formar gânglios sensitivos dos nervos trigêmeo, facial, vestibulococlear, glossofaríngeo e vago.
- Células da CRISTA NEURAL também diferenciam-se em neurônios multipolares dos gânglios autônomos (incluindo os gânglios dos troncos simpáticos), gânglios dos plexos do tórax e do abdome, gânglios do parassimpático ou terminais, dentro ou perto das vísceras.
- Originam-se da CRISTA NEURAL as células dos paragânglios – células cromafins. Células da medula suprarrenal. Em sua maioria, grupos de células retroperitoneais e associadas a gânglios simpáticos.
- Corpos carotídeo e aórtico também possuem ilhas de células cromafins associadas a eles.
- Células da CRISTA também originam melanoblastos e células da medula suprarrenal.
NERVOS ESPINHAIS
FIBRAS NERVOSAS MOTORAS que saem da medula espinhal começam a aparecer no final da 4ª semana.
FIBRAS NERVOSAS originam-se de células nas placas basais da medula espinhal em desenvolvimento e emergem como radículas pela superfície ventrolateral.
Fibras que destinam-se a um determinado grupo muscular em desenvolvimento dispõem-se em um feixe, formando a raiz nervosa ventral.
Fibras nervosas da raiz nervosa dorsal são formadas por axônios originados das células da crista neural que migraram para a face dorsolateral da medula espinhal, onde diferenciam-se em células do gânglio espinhal.
Prolongamentos centrais dos neurônios do gânglio espinhal formam um único feixe que cresce e penetra a medula espinhal, em frente ao ápice do corno dorsal da substância cinzenta.
Prolongamentos distais das células do gânglio espinhalcrescem em direção à raiz nervosa ventral e por fim se unem a ela para formar um NERVO ESPINHAL.
Após formar-se, o NERVO ESPINHAL MISTO divide-se em RAMOS PRIMÁRIOS DORSAL e VENTRAL. 
O RAMO PRIMÁRIO DORSAL, divisão menor, inerva a musculatura axial dorsal, vértebras, articulações intervertebrais posteriores e parte da pele das costas.
RAMO PRIMÁRIO VENTRAL, principal divisão de cada nervo espinhal, contribui para a inervação dos membros e da parte ventrolateral da parede do corpo.
PRINCIPAIS PLEXOS VENOSOS (cervical, branquial e lombossacral) são formados por RAMOS PRIMÁRIOS VENTRAIS.
Conforme desenvolvem-se os brotos dos MEMBROS, os NERVOS DA MEDULA ESPINHAL provenientes do segmento em frente a ele alongam-se e nele penetram. 
FIBRAS NERVOSAS distribuem-se pelos MÚSCULOS, que diferenciam-se de células miogênicas originárias dos somitos.
A PELE dos membros em desenvolvimento também é suprida de modo segmentar.
No inicio do desenvolvimento, sucessivos ramos primários ventrais são unidos por ALÇAS de FIBRAS NERVOSAS, especialmente as que suprem os membros (ex: plexo braquial).
Divisão dorsal dos troncos dos plexos supre MÚSCULOS EXTENSORES e a superfície extensora dos MEMBROS.
Divisões ventrais do tronco suprem os músculos FLEXORES e a superfície FLEXORA.
9. Descrever o processo de desenvolvimento dos membros superiores e inferiores (enfatizando a inervação e suprimento sanguíneo neles) 
10. Indicar como cada camada celular contribui para o desenvolvimento da retina 
11. Mostrar qual a estrutura que originou e o processo de desenvolvimento das seguintes estruturas oculares: íris, cristalino, câmaras aquosas, córnea, coróide e esclera, pálpebras e glândula lacrimais 
12. Caracterizar o desenvolvimento de cada parte da orelha (interna, média e externa), citando o tecido que a originou e os pontos importantes de seu desenvolvimento. 
13. Apresentar como há a diferenciação das diferentes camadas da pele. 
14. Demonstrar o desenvolvimento das glândulas sudoríparas e sebáceas, enfatizando as estruturas que a originaram e como se organizam. 
15. Esquematizar o desenvolvimento das glândulas mamárias. 
16. Diferencie o desenvolvimento de pelos, dentes e unha (para isso, cite as estruturas que as originaram e o processo de desenvolvimento).

Outros materiais