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CCJ0015-WL-D-AMMA-07-Usucapião de Imóveis

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DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS
Aula 7 - Usucapião de Imóveis
Conteúdo Programático desta aula
 Usucapião
 Conceito e natureza jurídica
 Requisitos gerais e específicos 
 Espécies e respectivos prazos 
 Direito intertemporal
 Alegação em defesa e seus efeitos
Modos de Aquisição da 
Propriedade Imobiliária
Usucapião
Etimologia da palavra: usus (do 
latim, uso) + capionem (do latim, 
aquisição), que significa aquisição 
pelo uso.
• A usucapião é entendida, assim, como a 
aquisição de direito real através do exercício da 
posse mansa, pacífica, continuada e duradoura. 
É sabido que não apenas a propriedade pode 
ser adquirida através da usucapião, mas outros 
direitos reais, tais quais a servidão e o uso 
(usucapião de uso de linha telefônica). Dessa 
forma, a usucapião transforma um estado de 
fato (posse) em um estado de direito 
(propriedade, servidão etc). A usucapião é 
forma originária de aquisição da propriedade. 
Fundamento
Corrente subjetivista: o fundamento da 
usucapião é a presunção de que o proprietário 
abandonou o bem, renunciando-o tacitamente.
Corrente objetivista: A usucapião tem, como 
fundamento a consolidação da propriedade, 
dando juridicidade a uma situação de fato: a 
posse unida ao tempo. A posse é o fato 
objetivo, e o tempo, a força que opera a 
transformação do fato em direito 
PRESSUPOSTOS:
1) Posse contínua de alguma 
coisa: 
exercer poderes inerentes à 
propriedade, 
ininterruptamente. 
2) Posse mansa e pacífica: não 
pode haver resistência do 
proprietário. Essa resistência não 
pode ser física nem jurídica (ação 
possessória em face do 
possuidor). Se tiver algum 
interdito possessório, o tempo 
anterior é descartado.
3) Lapso temporal: varia de 2 a 
15 anos, dependendo da espécie 
de usucapião que será utilizada 
para aquisição da propriedade 
imóvel. Varia de 3 a 5 anos se 
tratar de bem móvel.
4)“Ânimus domini”: intenção 
de propriedade em relação 
àquela coisa.
Requisitos gerais e específicos 
A) Pessoais: referem-se às 
características pessoais, para 
usucapir, é necessário que o 
adquirente tenha capacidade 
jurídica, na forma da lei civil. 
Por outro lado, há que serem 
observadas as causas obstativas, 
suspensivas e interruptivas da 
prescrição elencadas nos arts. 
197 a 202, CC/2002.
Requisitos gerais e específicos 
B) Reais: referem-se ao objeto 
da usucapião, é dizer, aos bens e 
direitos suscetíveis de 
usucapião. Assim é que podem 
ser usucapidos os bens 
apropriáveis, estando, pois, 
excluídos os bens fora do 
comércio, os bens públicos e 
bens que, pela natureza da 
relação jurídica que autoriza a 
posse do possuidor, não podem 
ser usucapidos. 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a 
usucapião.
Art. 183. Aquele que possuir como sua área 
urbana de até duzentos e cinqüenta metros 
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e 
sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou 
de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde 
que não seja proprietário de outro imóvel 
urbano ou rural.
(...)
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos 
por usucapião.
Requisitos gerais e específicos 
C) Formais: os requisitos formais 
referem-se à posse (que deve 
ser exercida com animus 
domini), ao prazo e à sentença 
judicial (declaratória). A posse 
deve ser justa, não sendo 
condição essencial a boa-fé. 
Dessa forma, a posse há de ser: 
mansa, pacífica, pública, 
contínua e duradoura.
STF Súmula nº 263 - 13/12/1963 - Possuidor - Citação -
Ação de Usucapião
O possuidor deve ser citado, pessoalmente, para a ação 
de usucapião.
STF Súmula nº 391 - 03/04/1964 - Confinante Certo -
Citação - Ação de Usucapião
O confinante certo deve ser citado pessoalmente para 
a ação de usucapião.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS 
IMÓVEIS
1) Usucapião Extraordinária
(art. 1.238, CC): não precisa ter 
justo título nem boa-fé. Poderá 
adquirir por usucapião mesmo 
de má-fé 
Prazo: 15 anos.
Art. 1.238, parágrafo único, CC 
se adquirida a posse, mesmo que 
de má-fé, houver função social, 
o prazo será menor: 10 anos.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS
2)Usucapião Ordinária
(art. 1.242, CC): possuidor de 
boa-fé Prazo: 10 anos.
Art. 1.242, parágrafo único, CC 
quando houver o cancelamento 
no RGI. 3 requisitos: tem que ter 
sido adquirido onerosamente; 
quem transferiu a propriedade 
era quem tinha o registro no 
RGI; tem que ter a função 
social. Prazo cai para 5 anos.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS
3) Usucapião Rural 
(art. 1.239, CC): morar e plantar 
em área rural, terreno de até 50 
hectares. Não ter outra 
propriedade. 
Prazo: 5 anos. 
Se possuidor for proprietário de 
outro imóvel, poderá adquirir 
por outra usucapião, mas não a 
rural, e o prazo mudará, não 
será mais o de 5 anos.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS
4) Usucapião Urbana 
(art. 1.240, CC): quando 
alguém, que não é proprietário 
de outro imóvel, e ocupa 
propriedade urbana de até 
250m. Tem que morar. 
Prazo: 5 anos. 
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS
5)Usucapião Matrimonial:
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 
2 (dois) anos ininterruptamente e sem 
oposição, posse direta, com 
exclusividade, sobre imóvel urbano de 
até 250m² (duzentos e cinquenta 
metros quadrados) cuja propriedade 
divida com ex-cônjuge ou ex-
companheiro que abandonou o lar, 
utilizando-o para sua moradia ou de 
sua família, adquirir-lhe-á o domínio 
integral, desde que não seja 
proprietário de outro imóvel urbano 
ou rural.
V Jornada de Direito Civil STJ e CJF enunciados:
498. A fluência do prazo de 2 anos previsto pelo 
art. 1.240-A para a nova modalidade de 
usucapião nele contemplada tem início com a 
entrada em vigo da Lei n. 12.424/2011.
499. A aquisição da propriedade na modalidade de 
usucapião prevista no art. 1.240-A do Codigo Civil só 
pode ocorrer em virtude de implemento de seus 
pressupostos anteriormente ao divórcio. O requisito 
"abandono de lar" deve ser interpretado de maneira 
cautelosa, mediante a verificação de que o 
afastamento do lar conjugal representa 
descumprimento simultâneo de outros deveres 
conjugais, tais como assistência material e sustento do 
lar, onerando desigualmente aquele que se manteve na 
residência familiar e que se responsabiliza 
unilateralmente pelas despesas oriundas de 
manutenção da família e do próprio imóvel, o que 
justifica a perda da propriedade e a alteração do 
regime de bens quanto ao imóvel objeto de usucapião.
500. A modalidade de usucapião prevista no art. 
1.240-A do Código Civil pressupõe a 
propriedade comum do casal e compreende 
todas as formas de família ou entidaes 
familiares, inclusive homoafetivas.
501. As expressões "ex-cônjuge" e "ex-
companheiro", contidas no art. 1.240-A do 
Código Civil, correspondem à situação fática da 
separação, independentemente de divórcio.
502. O conceito de posse direta referido no art. 
1.240-A do Código Civil não coincide com a 
acepção empregada no art. 1.197 do mesmo 
Código.
CONFLITO INTERTEMPORAL DE NORMAS:
Usucapião extraordinária (art. 1238, caput, CC): aplicação 
da regra contida no art. 2.028, CC:
Art. 2.028. Serão os da lei anterior os prazos, quando 
reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada 
em vigor, já houver transcorrido mais da metade do 
tempo estabelecido na lei revogada.
Usucapião extraordinária (art. 1.238, parágrafo único) e 
usucapião tabular: aplicação da regra contida no art. 
2.029, CC:
Art. 2.029. Até dois anos após a entrada em vigor deste 
Código, os prazos estabelecidos no parágrafo único do 
art. 1.238 e no parágrafo único do art. 1.242 serão 
acrescidos de dois anos, qualquer que seja o tempotranscorrido na vigência do anterior
STF Súmula nº 237 - 13/12/1963 -
Usucapião - Argüição em Defesa
O usucapião pode ser argüido em defesa.
Caso concreto 01
José ingressou mansa e pacificamente na posse de imóvel 
de propriedade de Emanuel em fevereiro de 1992, 
passando lá a morar com sua família. Em março de 
2010, Emanuel ajuizou ação de reintegração de posse 
em face de José.
E sua defesa, José alegou que já havia usucapido o 
referido bem, pois estava na posse mansa, pacífica, 
incontestada e exercida com animus domini há mais de 
18 anos. O juiz, porém, aplicando a regra do art. 2.028, 
entendeu que a usucapião somente ocorreria em 2012, 
motivo pelo qual não acatou a tese de José e ainda 
determinou sua retirada do imóvel em prazo não 
superior a 30 dias.
Considerando a disciplina da usucapião contida no 
Código Civil, responda JUSTIFICADA e 
FUNDAMENTADAMENTE:
A) Qual a modalidade de usucapião alegada por José?
B) Foi correta a decisão judicial?
Questão objetiva 01
(TRF 1ª Região – Juiz Federal) Pedro, residente em 
Brasília e casado sob o regime de comunhão parcial 
de bens, alienou uma casa de 400 m2 situada no Rio 
Grande do Sul. Na ocasião, ocultou sua condição de 
casado. A escritura pública foi lavrada e registrada no 
cartório de registro de imóveis. Após doze anos, nos 
quais o comprador, de forma pacífica, residiu com 
sua família na casa, descobriu-se o estado de casado 
do alienante. Considerando essa situação hipotética, 
julgue os itens a seguir. 
I- O comprador, para contar o tempo exigido para a 
usucapião, deve ter exercido pessoalmente a posse 
durante todo o período, pois não pode acrescentar à 
sua posse a de seus antecessores.
II- O comprador pode adquirir a propriedade da casa 
pela usucapião urbana.
III- No caso de aquisição da propriedade da casa pela 
usucapião ordinária, exige-se que o possuidor tenha 
exercido a posse de boa-fé.
IV- O comprador pode adquirir a propriedade da casa 
pela usucapião ordinária.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e IV.
C) III e IV.
D) I, II e III.
E) II, III e IV.
Resposta correta: alternativa C.
Questão objetiva 02
(MPE 2010 – Promotor) Com relação à usucapião da propriedade 
imóvel, assinale a opção correta.
A) Se um condômino ocupar área comum, como se sua fosse, e sem 
qualquer oposição, a duradoura inércia do condomínio, aliada 
ao prazo legal, poderá provocar a usucapião.
B) Diferentemente do que ocorre com a usucapião ordinária, o 
prazo para a aquisição de propriedade por usucapião 
extraordinária é igual ao prazo para a posse simples e 
qualificada.
C) O justo título que enseja a aquisição da propriedade por 
usucapião é aquele que foi levado a registro pelo possuidor. 
D) De acordo com a jurisprudência dominante, não é possível 
usucapião voluntária de bem de família.
E) Se determinado condomínio for pro indiviso e a posse recair 
sobre a integralidade do imóvel, é possível que um dos 
condôminos usucape contra os demais comproprietários.
Resposta correta: alternativa E.

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