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Direito Internacional Privado Arquivo 3

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PROF. DANIEL MARTINS VAZ
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
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Código Bustamante
Surgiu com a Convenção de Havana de 1928
Foi promulgado aqui no Brasil pelo Decreto-Lei n° 18.871, de 13.08.1929
Cada país escolheu o seu elemento de conexão e excluiu o artigo que melhor lhe aprouvesse
É composto por 427 artigos distribuídos por assunto, ou seja, tratam primeiramente de um título preliminar, contendo regras gerais
Abrangeu as matérias de Direito Civil Internacional, de Direito Comercial Internacional, de Direito Penal Internacional e, por último, de Direito Processual Internacional
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Direito Internacional Privado – “Direito sobre o Direito”
Sobredireito – são regras direcionadas ao campo da aplicação espacial das normas materiais
É constituído por regras sobre a aplicação de um determinado Direito
Regulamenta a vida social das pessoas implicadas na vida internacional
Opera tradicionalmente através de regras de conexão ou normas indiretas
Nos últimos anos, as regras indiretas perderam a sua exclusividade, pois têm surgido regras de caráter material, alternativas em certas áreas específicas
Visa também solucionar conflitos de cultura
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Aspectos principais:
Existência de um elemento de estraneidade;
O sistema jurídico é insuficiente para cuidar do caso;
Surge o Direito Internacional Privado e o seu método, pela necessidade de criação de regras próprias;
Considera-se um conflito de jurisdições, sendo imperioso determinar a competência da justiça;
Deve-se determinar a lei aplicável, o seu funcionamento, prova e eventual aplicação do direito estrangeiro.
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Método conflitual
Base conceitual:
Visa classificar as relações jurídicas em categorias preestabelecidas no Direito Interno e, em seguida, atribuir cada uma dessas relações a uma ordem jurídica à qual ela pertence
Principal enfoque – na relação jurídica e na sua conexão territorial
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No século XIX, o Direito Internacional Privado apresentava objetivos formais, designadamente:
Tratamento das pessoas;
Harmonia decisória para as mesmas relações jurídicas;
Previsibilidade de soluções;
Relações jurídicas universais.
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No atual contexto:
Tendência para a materialização das regras de conflitos;
Criação de normas alternativas para obtenção de resultados mais justos;
Levar em consideração os valores que se pretende proteger, mormente ter em linha de conta a dignidade da pessoa humana.
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Características do sistema
Verificar se o juiz se refere a uma norma de conflito para determinar o direito aplicável ao litígio
Recondução à utilização do Direito do foro ou o estrangeiro
Compreensão e respeito ante a existência de grupos humanos ou comunidades que vivem sob ordens jurídicas distintas 
Possibilidade de aplicação do direito estrangeiro
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Normas de conflitos
Significado - as normas indiretas ou conflituais são regras de conexão, ou seja, apenas indicam a lei aplicável, mas não resolvem a questão jurídica de per si
Pressuposto a considerar – quando as diversas situações jurídicas estiverem ligadas a mais de um ordenamento jurídico
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Classificação (qualificação) a situação ou relação jurídica
Principais exemplos:
Estado e capacidade das pessoas – país de sua nacionalidade ou domicílio;
Bem – país em que estiver situada;
Ato jurídico – local de constituição ou que deva ser cumprido.
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Estrutura das normas de conflitos
Elementos estruturais:
Objeto de conexão (âmbito da norma/medida de aplicabilidade);
Elemento de conexão (elemento individualizador da ordem jurídica aplicável).
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Princípio da especialização
As normas de conflitos são numerosas
Cada uma delas tem um objeto de referência (âmbito de aplicação próprio)
Têm um âmbito especializado de aplicação, referem-se a matérias específicas 
Exemplos de matérias pertinentes: a forma dos atos jurídicos, a capacidade dos sujeitos e o regime da posse
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Normas de conflitos: aplicabilidade às relações jurídicas plurilocalizadas
Objeto (finalidade) - determinar a ordem jurídica que deverá fornecer o regime aplicável às situações ou relações privadas internacionais
Principais aspectos a salientar:
Promover e garantir a estabilidade (permanência e continuidade) das relações jurídicas plurilocalizadas;
Procurando assegurar a uniformidade da regulamentação dessas relações no âmbito dos vários sistemas jurídicos.

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