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Prof. Eriton Geraldo Moura Vieira DIREITO CIVIL I Direito Civil I Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro Decreto-Lei 4.657/1942 – redação da pela Lei 12.376/2010 Direito Civil I A Lei da Leis “Disciplina as próprias normas jurídicas, determinando o seu modo de aplicação e entendimento, no tempo e no espaço”. Carlos Roberto Gonçalves Direito Civil I Modo de aplicação da Lei: Art. 5º. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. Direito Civil I Modo de entendimento: Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito Direito Civil I Modo de aplicação no tempo: Art. 1º. Salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada Direito Civil I Modo de Aplicação no Espaço: Art. 7º. A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. Direito Civil I Assim, a LINDB tem por funções regulamentar: O início da obrigatoriedade da lei: Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Direito Civil I O tempo de obrigatoriedade da lei; Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. Direito Civil I A eficácia global da ordem jurídica, não admitindo a ignorância da lei vigente, que a comprometeria: Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. Direito Civil I Os mecanismos de integração das normas quando houver lacunas; Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Direito Civil I Os critérios de hermenêutica jurídica: Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. Direito Civil I O direito intertemporal, para assegurar a estabilidade do ordenamento jurídico-positivo, preservando situações consolidadas Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. Direito Civil I § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. Direito Civil I § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. Direito Civil I O direito internacional privado brasileiro: Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. Direito Civil I Os atos civis praticados, no estrangeiro, pelas autoridades consulares brasileiras: Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado. A Lei no Tempo: Para produzir efeitos a lei deve passar pelos seguintes planos: existência: Deve haver uma previsão escrita; Validade: a lei deve obedecer ao plano regular de constituição; Eficácia: é a potencialidade da norma jurídica produzir efeitos no mundo jurídico (a norma ganha eficácia com a publicação); Efetividade: é a real produção de efeitos da norma jurídica Período de vacatio legis: O período varia de acordo com a vontade do legislador,importando assim a complexidade da lei expandida. Nem todas as leis (leis de pequena repercussão) precisam trazer este período, entrando em vigor assim junto com a sua publicação. Erro na lei: Erro entre a publicção e a entrada em vigor: é necessário corrigir e publicar novamente. O prazo para vigência começará a contar a partir da nova publicação. Erro após a entrada em vigor: é necessário uma nova lei para corrigir a antiga. Direito Civil I PARTE ESPECIAL: 5 LIVROS 1 – Do Direito das Obrigações Normas que tratam das relações jurídicas entre devedor e credor 2. – Do Direito de Empresa Contém normas que tratam das relações jurídicas entre devedor e credor Direito Civil I 3. – Do Direito das Coisas Normas que regulam as relações jurídicas referentes aos bens capazes de serem apropriados pelo ser humano. O elemento fundamental do direito das coisas e a PROPRIEDADE. 4. – Do Direito de Família Normas que regulam o casamento, as relações entre pais e filhos, o vinculo de parentesco e institutos com a tutela e a curatela 5. – Do Direito das Sucessões normas que regulam a transmissão do patrimônio de alguém que morreu. Direito Civil I LIVRO I DAS PESSOAS TÍTULO I DAS PESSOAS NATURAIS CAPÍTULO I DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE Das pessoas As pessoas são os sujeitos dos direitos conferidos nas normas. Personalidade: é a capacidade de ser sujeito de direitos e deveres. O início da personalidade das pessoas naturais ou físicas: nascimento com vida e acaba com a morte. Art. 1º. Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil Capacidade: medida da personalidade (habilidade para figurar em uma relação jurídica) Capacidade de direito: (aquisição e gozo de direitos) Capacidade de fato ou capacidade de ação: de exercer, por si só, os atos da vida civil Capacidade Jurídica e Legitimação Direito Civil I – Parte Geral É reconhecida a todo ser humano, sem qualquer distinção. Estende-se aos privados do discernimento e aos infantes em geral, independente de seu grau de desenvolvimento mental. Ex: podem receber herança, doações, etc. Capacidade de direito: Capacidade Jurídica e Legitimação Direito Civil I – Parte Geral É a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil. Assim, requisitos como maioridade, saúde, desenvolvimento mental, etc, limitarão as pessoas envolvidas. Será sempre necessária a participação de uma outra pessoa que as represente ou assista, conforme o caso. Capacidade de fato: Direito Civil I Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Personalidade = Valor jurídico/atributo “A personalidade é pressuposto para a inserção e atuação da pessoa na ordem jurídica.” Carlos Roberto Gonçalves Personalidade Jurídica Direito Civil I – Parte Geral Conceito: Aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil. OBS: Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade! Capacidade Jurídica e Legitimação Direito Civil I – Parte Geral Capacidade de fato Capacidade de direito + Capacidade Plena Capacidade Jurídica e Legitimação Direito Civil I – Parte Geral Sujeitos da relação jurídica: Pessoa: (persona) Natural Jurídica Capacidade Jurídica e Legitimação Direito Civil I – Parte Geral Pessoa Natural: Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Direito Civil I Conceito de pessoa natural Designação atribuída às pessoas físicas – ser humano que possui atributos físicos, psíquicos e morais - e tem personalidade jurídica, sendo titular de direitos e obrigações.) Capacidade Jurídica e Legitimação Direito Civil I – Parte Geral Pessoa Natural: Nascimento -> Ocorre quando a criança é separada do ventre materno, não importando se o parto foi ou não natural. Capacidade Jurídica e Legitimação Direito Civil I – Parte Geral Pessoa Natural: OBS: Não importa se o cordão umbilical foi cortado ou não. Capacidade Jurídica e Legitimação Direito Civil I – Parte Geral Pessoa Natural: Atenção!!!: Para se dizer que nasceu com vida, todavia, é necessário que haja respirado. Se respirou viveu. Exame: Docimasia hidrostática de Galeno. Capacidade Jurídica e Legitimação Direito Civil I – Parte Geral Docimasia hidrostática de Galeno: Direito Civil I – Parte Geral "A palavra docimasia tem origem no grego dokimasia e no francês docimasie (experiência, prova). Trata-se de medida pericial, de caráter médico-legal, aplicada com a finalidade de verificar se uma criança nasce viva ou morta e, portanto, se chega a respirar. Após a respiração o feto tem os pulmões cheios de ar e quando colocados numa vasilhame com água, flutuam; não acontecendo o mesmo com os pulmões que não respiram. Se afundarem, é porque não houve respiração; se não afundarem é porque houve respiração e, consequentemente, vida. Daí, a denominação docimasia pulmonar hidrostática de Galeno. No âmbito jurídico a docimasia é relevante porque contribui para a determinação do momento da morte, pois se a pessoa vem à luz viva ou morta, as consequências jurídicas serão diferentes em cada caso. Exemplos: Quando um homem, ao morrer, deixa a mulher grávida e a criança vêm à luz morta, o patrimônio do de cujus transmitir-se-á aos herdeiros deste, que poderão ser seus genitores. Se, por outro lado, a criança nascer viva e morrer imediatamente após o nascimento, o patrimônio do pai passará aos seus herdeiros, no caso, a mãe da criança." Direito Civil I – Parte Geral Personalidade Jurídica do Nascituro NASCITURO É o ser já concebido que se encontra em desenvolvimento no ventre* de sua genitora (existência intra uterina) * Nidação do zigoto Expressão utilizada para designar existência ultra uterina (concebida artificialmente) EMBRIÃO Direito Civil I Situação jurídica do nascituro: Teoria natalista a personalidade somente se inicia com o nascimento com vida. Tem como desdobramento a teoria da personalidade condicional vista a existência de uma condição suspensiva – o nascimento com vida. Direito Civil I – Parte Geral Personalidade Jurídica do Nascituro Teoria Natalista O nascituro só adquire personalidade APÓS o nascimento com vida. O nascituro tem apenas EXPECTATIVA de direitos, não sendo, pois, pessoa! Direito Civil I – Parte Geral Personalidade Jurídica do Nascituro Teoria da Personalidade Condicional A personalidade civil começa com o nascimento com vida, mas os direitos do nascituro estão sujeitos a uma condição suspensiva, ou seja, são direitos eventuais. Direito Civil I – Parte Geral Personalidade Jurídica do Nascituro Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo. Teoria da Personalidade Condicional Direito Civil I – Parte Geral Personalidade Jurídica do Nascituro Teoria Pré-Concepcionista “Desde o momento em que o espermatozoide fecunda o óvulo, seja in vitro ou in utero estariam preenchidas todas as condições para se considerar existente um novo ser.” (Fábio Ulhoa) Direito Civil I Teoria concepcionista Admite a existência da personalidade mesmo antes do nascimento, desde a concepção Direito Civil I O fim da personalidade se dá com a morte real ou natural. Morte presumida Ausência Comoriência Direito Civil I Direitos de personalidade são: Oponíveis erga omnes Indisponíveis Vitalícios Intransmissíveis Essenciais
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